segunda-feira, 8 de abril de 2019

Páscoa: Um Exercício de Cronologia da Paixão



                As quatro narrativas evangélicas contidas no Segundo Testamento ocupam a maior parte nos registros da última semana de Jesus, desde sua subida com os discípulos da região da Galiléia até a cidade de Jerusalém e sua entrada triunfal montado em um jumentinho e aclamado pela multidão, grande parte deles advindos das regiões da Galiléia e que tinham conhecimento de tudo que Jesus havia feito em todas as Vilas por onde passara nos últimos quase três anos.
                Outro marco relevante é a última ceia da Páscoa (primeira cristã) de Jesus com seus discípulos em um Cenáculo, sala grande, onde ele ministra suas últimas lições aos discípulos e alerta-os para os acontecimentos que sucederam a partir daquela noite. Após a ceia ele sai acompanhado dos discípulos e se dirige ao jardim do Getsêmani onde ocupara as próximas horas orando ao Pai (enquanto os discípulos dormem).  A hora está chegando, se aproximam os guardas do templo, com arregimentados contratados e talvez uma guarda romana e certamente Judas Iscariotes. O discípulo aproxima-se do Mestre e com um beijo o identifica e rapidamente Jesus é preso e levado diante das autoridades eclesiásticas judaicas, aqui começa a cronologia de suas últimas horas.
                Como deixo claro no título do artigo esse é um exercício, visto que há poucas referências claras sobre em que horário aconteceu exatamente os movimentos, mas a leitura dos textos é fascinante e edificante, portanto, vale a pena observarmos os detalhes que nos oferecem cada um dos evangelistas. O relógio inicia-se na madrugada da sexta-feira e encerrando-se nesse mesmo dia poucos minutos antes da 18h quando se inicia o sábado judaico. Usarei a versão Almeida Revisada nas transcrições das narrativas correspondentes.

Evento
Tempo
Mateus
Marcos
Lucas
João
Julgamento diante de Anás (ex-sumo sacerdote).
2h00



18: 13-23
E conduziram-no primeiramente a Anás pois era sogro de Caifás, sumo sacerdote naquele ano.
14
Ora, Caifás era quem aconselhara aos judeus que convinha morrer um homem pelo povo.
Pedro Nega Jesus
15
Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote,
16
enquanto Pedro ficava da parte de fora, à porta. Saiu, então, o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, falou à porteira, e levou Pedro para dentro.
17
Então a porteira perguntou a Pedro: Não és tu também um dos discípulos deste homem? Respondeu ele: Não sou.
18
Ora, estavam ali os servos e os guardas, que tinham acendido um braseiro e se aquentavam, porque fazia frio e também Pedro estava ali em pé no meio deles, aquentando-se.
O Sumo Sacerdote Interroga Jesus
19
Então o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
20
Respondeu-lhe Jesus: Eu tenho falado abertamente ao mundo eu sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se congregam, e nada falei em oculto.
21
Por que me perguntas a mim? pergunta aos que me ouviram o que é que lhes falei eis que eles sabem o que eu disse.
22
E, havendo ele dito isso, um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: É assim que respondes ao sumo sacerdote?
23
Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal mas, se bem, por que me feres?
Jesus diante de Caifás (atual Sumo Sacerdote e genro de Anás)
3h30
26.56-68
56 Mas tudo isso aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então todos os discípulos, deixando-o fugiram. Jesus Perante o Conselho 57Aqueles que prenderam a Jesus levaram-no à presença do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos.58E Pedro o seguia de longe até o pátio do sumo sacerdote e entrando, sentou-se entre os guardas, para ver o fim.59Ora, os principais sacerdotes e todo o sinédrio buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem entregá-lo à morte60e não achavam, apesar de se apresentarem muitas testemunhas falsas. Mas por fim compareceram duas,61e disseram: Este disse: Posso destruir o santuário de Deus, e reedificá-lo em três dias.62Levantou-se então o sumo sacerdote e perguntou-lhe: Nada respondes? Que é que estes depõem contra ti?63Jesus, porém, guardava silêncio. E o sumo sacerdote disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho do Deus.64Repondeu-lhe Jesus: É como disseste contudo vos digo que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu.65Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que agora acabais de ouvir a sua blasfêmia.66Que vos parece? Responderam eles: É réu de morte.67Então uns lhe cuspiram no rosto e lhe deram socos68e outros o esbofetearam, dizendo: Profetiza-nos, ó Cristo, quem foi que te bateu?
14.53-65
53Levaram Jesus ao sumo sacerdote, e ajuntaram-se todos os principais sacerdotes, os anciãos e os escribas.54E Pedro o seguiu de longe até dentro do pátio do sumo sacerdote, e estava sentado com os guardas, aquentando-se ao fogo.55Os principais sacerdotes testemunho contra Jesus para o matar, e não o achavam.56Porque contra ele muitos depunham falsamente, mas os testemunhos não concordavam.57Levantaram-se por fim alguns que depunham falsamente contra ele, dizendo:58Nós o ouvimos dizer: Eu destruirei este santuário, construído por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não feito por mãos de homens.59E nem assim concordava o seu testemunho.60Levantou-se então o sumo sacerdote no meio e perguntou a Jesus: Não respondes coisa alguma? Que é que estes depõem conta ti?61Ele, porém, permaneceu calado, e nada respondeu. Tornou o sumo sacerdote a interrogá-lo, perguntando-lhe: És tu o Cristo, o Filho do Deus bendito?62 Respondeu Jesus: Eu o sou e vereis o Filho do homem assentado à direita do Poder e vindo com as nuvens do céu.63Então o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: Para que precisamos ainda de testemunhas?64Acabais de ouvir a blasfêmia que vos parece? E todos o condenaram como réu de morte.65E alguns começaram a cuspir nele, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe socos, e a dizer-lhe: Profetiza. E os guardas receberam-no a bofetadas.

18.24
Então Anás o enviou, maniatado, a Caifás, o sumo sacerdote.
(Segunda e Terceira negação de Pedro)
Jesus é trazido à presença do Sinédrio (a mais alta corte judaica)
6h00

15.1
Logo de manhã tiveram conselho os principais sacerdotes com os anciãos, os escribas e todo o sinédrio e maniatando a Jesus, o levaram e o entregaram a Pilatos.
22.66-71
Logo que amanheceu reuniu-se a assembléia dos anciãos do povo, tanto os principais sacerdotes como os escribas, e o conduziam ao sinédrio deles, onde lhe disseram:67Se tu és o Cristo, dize-no-lo. Replicou-lhes ele: Se eu vo-lo disser, não o crereis68e se eu vos interrogar, de modo algum me respondereis.69Mas desde agora estará assentado o Filho do homem à mão direita do poder de Deus.70Ao que perguntaram todos: Logo, tu és o Filho de Deus? Respondeu-lhes: Vós dizeis que eu sou.71Então disseram: Por que ainda temos necessidade de testemunho? pois nós mesmos o ouvimos da sua própria boca.

Jesus é levado à presença de Pilatos (Governador da Judéia e responsável por Jerusalém).
6h30
27.1-2
Ora, chegada a manhã, todos os principais sacerdotes e os anciãos do povo entraram em conselho contra Jesus, para o matarem2e, maniatando-o, levaram-no e o entregaram a Pilatos, o governador.
15.2-5
Pilatos lhe perguntou: És tu o rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus: É como dizes.3e os principais dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas.4Tornou Pilatos a interrogá-lo, dizendo: Não respondes nada? Vê quantas acusações te fazem.5Mas Jesus nada mais respondeu, de maneira que Pilatos se admirava.
23.1-7
E levantando-se toda a multidão deles, conduziram Jesus a Pilatos.2E começaram a acusá-lo, dizendo: Achamos este homem pervertendo a nossa nação, proibindo dar o tributo a César, e dizendo ser ele mesmo Cristo, rei.3Pilatos, pois, perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus: É como dizes.4Então disse Pilatos aos principais sacerdotes, e às multidões: Não acho culpa alguma neste homem.5Eles, porém, insistiam ainda mais, dizendo: Alvoroça o povo ensinando por toda a Judéia, começando desde a Galiléia até aqui.6Então Pilatos, ouvindo isso, perguntou se o homem era galileu7e, quando soube que era da jurisdição de Herodes, remeteu-o a Herodes, que também naqueles dias estava em Jerusalém.
18.28-38
Depois conduziram Jesus da presença de Caifás para o pretório era de manhã cedo e eles não entraram no pretório, para não se contaminarem, mas poderem comer a páscoa.29Então Pilatos saiu a ter com eles, e perguntou: Que acusação trazeis contra este homem?30Responderam-lhe: Se ele não fosse malfeitor, não to entregaríamos.31Disse-lhes, então, Pilatos: Tomai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe os judeus: A nós não nos é lícito tirar a vida a ninguém.32Isso foi para que se cumprisse a palavra que dissera Jesus, significando de que morte havia de morrer.Meu Reino Não é Deste Mundo33Pilatos, pois, tornou a entrar no pretório, chamou a Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus?34Respondeu Jesus: Dizes isso de ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?35Replicou Pilatos: Porventura sou eu judeu? O teu povo e os principais sacerdotes entregaram-te a mim que fizeste?36Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus entretanto o meu reino não é daqui.37Perguntou-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.38Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade? E dito isto, de novo saiu a ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum.
Jesus é levado à presença do rei Herodes Antipas.
7h00


23.8-12
Ora, quando Herodes viu a Jesus, alegrou-se muito pois de longo tempo desejava vê-lo, por ter ouvido falar a seu respeito e esperava ver algum sinal feito por ele9e fazia-lhe muitas perguntas mas ele nada lhe respondeu.10Estavam ali os principais sacerdotes, e os escribas, acusando-o com grande veemência.11Herodes, porém, com os seus soldados, desprezou-o e, escarnecendo dele, vestiu-o com uma roupa resplandecente e tornou a enviá-lo a Pilatos.12Nesse mesmo dia Pilatos e Herodes tornaram-se amigos pois antes andavam em inimizade um com o outro.

Jesus é conduzido novamente à presença de Pilatos.
7h30
27.15-26
Ora, por ocasião da festa costumava o governador soltar um preso, escolhendo o povo aquele que quisesse.16Nesse tempo tinham um preso notório, chamado Barrabás.17Portanto, estando o povo reunido, perguntou-lhe Pilatos: Qual quereis que vos solte? Barrabás, ou Jesus, chamado o Cristo?18Pois sabia que por inveja o haviam entregado.19E estando ele assentado no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não te envolvas na questão desse justo, porque muito sofri hoje em sonho por causa dele.20Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram as multidões a que pedissem Barrabás e fizessem morrer Jesus.21O governador, pois, perguntou-lhes: Qual dos dois quereis que eu vos solte? E disseram: Barrabás.22Tornou-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, que se chama Cristo? Disseram todos: Seja crucificado.23Pilatos, porém, disse: Pois que mal fez ele? Mas eles clamavam ainda mais: Seja crucificado.24Ao ver Pilatos que nada conseguia, mas pelo contrário que o tumulto aumentava, mandando trazer água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Sou inocente do sangue deste homem seja isso lá convosco.25E todo o povo respondeu: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos.26Então lhes soltou Barrabás mas a Jesus mandou açoitar, e o entregou para ser crucificado.
15.6-15
Ora, por ocasião da festa costumava soltar-lhes um preso qualquer que eles pedissem.7E havia um, chamado Barrabás, preso com outros sediciosos, os quais num motim haviam cometido um homicídio.8E a multidão subiu e começou a pedir o que lhe costumava fazer.9Ao que Pilatos lhes perguntou: Quereis que vos solte o rei dos judeus?10Pois ele sabia que por inveja os principais sacerdotes lho haviam entregado.11Mas os principais sacerdotes incitaram a multidão a pedir que lhes soltasse antes a Barrabás.12E Pilatos, tornando a falar, perguntou-lhes: Que farei então daquele a quem chamais reis dos judeus?13Novamente clamaram eles: Crucifica-o!14Disse-lhes Pilatos: Mas que mal fez ele? Ao que eles clamaram ainda mais: Crucifica-o!15Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhe Barrabás e tendo mandado açoitar a Jesus, o entregou para ser crucificado.
23.13-25
Então Pilatos convocou os principais sacerdotes, as autoridades e o povo,14e disse-lhes: Apresentastes-me este homem como pervertedor do povo e eis que, interrogando-o diante de vós, não achei nele nenhuma culpa, das de que o acusais15nem tampouco Herodes, pois no-lo tornou a enviar e eis que não tem feito ele coisa alguma digna de morte.16Castigá-lo-ei, pois, e o soltarei.17[E era-lhe necessário soltar-lhes um pela festa.]18Mas todos clamaram à uma, dizendo: Fora com este, e solta-nos Barrabás!19Ora, Barrabás fora lançado na prisão por causa de uma sedição feita na cidade, e de um homicídio.20Mais uma vez, pois, falou-lhes Pilatos, querendo soltar a Jesus.21Eles, porém, bradavam, dizendo: Crucifica-o! crucifica-o!22Falou-lhes, então, pela terceira vez: Pois, que mal fez ele? Não achei nele nenhuma culpa digna de morte. Castigá-lo-ei, pois, e o soltarei.23Mas eles instavam com grandes brados, pedindo que fosse crucificado. E prevaleceram os seus clamores.24Então Pilatos resolveu atender-lhes o pedido25e soltou-lhes o que fora lançado na prisão por causa de sedição e de homicídio, que era o que eles pediam mas entregou Jesus à vontade deles.
18.39-19.16
Tendes, porém, por costume que eu vos solte alguém por ocasião da páscoa quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?40Então todos tornaram a clamar dizendo: Este não, mas Barrabás. Ora, Barrabás era salteador.
Nisso, pois, Pilatos tomou a Jesus, e mandou açoitá-lo.2E os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha sobre a cabeça, e lhe vestiram um manto de púrpura3e chegando-se a ele, diziam: Salve, rei dos judeus! e davam-lhe bofetadas.4Então Pilatos saiu outra vez, e disse-lhes: Eis aqui vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele crime algum.5Saiu, pois, Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. E disse-lhes Pilatos: Eis o homem!6Quando o viram os principais sacerdotes e os guardas, clamaram, dizendo: Crucifica-o! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós, e crucificai-o porque nenhum crime acho nele.7Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei, e segundo esta lei ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus.8Ora, Pilatos, quando ouviu esta palavra, mais atemorizado ficou9e entrando outra vez no pretório, perguntou a Jesus: Donde és tu? Mas Jesus não lhe deu resposta.10Disse-lhe, então, Pilatos: Não me respondes? não sabes que tenho autoridade para te soltar, e autoridade para te crucificar?11Respondeu-lhe Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fora dado por isso aquele que me entregou a ti, maior pecado tem.12Daí em diante Pilatos procurava soltá-lo mas os judeus clamaram: Se soltares a este, não és amigo de César todo aquele que se faz rei é contra César.13Pilatos, pois, quando ouviu isto, trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Pavimento, e em hebraico Gabatá.14Ora, era a preparação da páscoa, e cerca da hora sexta. E disse aos judeus: Eis o vosso rei.15Mas eles clamaram: Tira-o! tira-o! crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei? responderam, os principais sacerdotes: Não temos rei, senão César.16Então lho entregou para ser crucificado.
Jesus sofre violência e escarnio por parte dos soldados romanos
6h-9h
27.27-30
Nisso os soldados do governador levaram Jesus ao pretório, e reuniram em torno dele toda a coorte.28E, despindo-o, vestiram-lhe um manto escarlate29e tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e na mão direita uma cana, e ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, rei dos judeus!30E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana, e davam-lhe com ela na cabeça.31Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe o manto, puseram-lhe as suas vestes, e levaram-no para ser crucificado.
15.16.19
Os soldados, pois, levaram-no para dentro, ao pátio, que é o pretório, e convocaram toda a coorte17vestiram-no de púrpura e puseram-lhe na cabeça uma coroa de espinhos que haviam tecido18e começaram a saudá-lo: Salve, rei dos judeus!19Davam-lhe com uma cana na cabeça, cuspiam nele e, postos de joelhos, o adoravam.


Jesus tem que percorrer todo o penoso (Via Dolorosa) caminho até o Calvário, carregando a cruz na qual seria crucificado.
Pouco antes das 9h00
27.31-34
Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe o manto, puseram-lhe as suas vestes, e levaram-no para ser crucificado. 32 Ao saírem, encontraram um homem cireneu, chamado Simão, a quem obrigaram a levar a cruz de Jesus.33Quando chegaram ao lugar chamado Gólgota, que quer dizer, lugar da Caveira,34deram-lhe a beber vinho misturado com fel mas ele, provando-o, não quis beber.
15.20-23
Depois de o terem assim escarnecido, despiram-lhe a púrpura, e lhe puseram as vestes. Então o levaram para fora, a fim de o crucificarem. 21E obrigaram certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a carregar-lhe a cruz.22Levaram-no, pois, ao lugar do Gólgota, que quer dizer, lugar da Caveira.23E ofereciam-lhe vinho misturado com mirra mas ele não o tomou.
23.26-33
Quando o levaram dali tomaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus.27Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres, as quais o pranteavam e lamentavam.28Jesus, porém, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos.29Porque dias hão de vir em que se dirá: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram!30Então começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós e aos outeiros: Cobri-nos.31Porque, se isto se faz no lenho verde, que se fará no seco?32E levavam também com ele outros dois, que eram malfeitores, para serem mortos.33Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram, a ele e também aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.
19.16-17
Então lho entregou para ser crucificado.17Tomaram, pois, a Jesus e ele, carregando a sua própria cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota,
As primeiras três horas na cruz
9h-12h

27.35-44
Então, depois de o crucificarem, repartiram as vestes dele, lançando sortes, [para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Repartiram entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica deitaram sortes.]36E, sentados, ali o guardavam.37Puseram-lhe por cima da cabeça a sua acusação escrita: ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS.38Então foram crucificados com ele dois salteadores, um à direita, e outro à esquerda.39E os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça40e dizendo: Tu, que destróis o santuário e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo se és Filho de Deus, desce da cruz.41De igual modo também os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam:42A outros salvou a si mesmo não pode salvar. Rei de Israel é ele desça agora da cruz, e creremos nele43confiou em Deus, livre-o ele agora, se lhe quer bem porque disse: Sou Filho de Deus.44O mesmo lhe lançaram em rosto também os salteadores que com ele foram crucificados.
15.24-32
Então o crucificaram, e repartiram entre si as vestes dele, lançando sortes sobre elas para ver o que cada um levaria.25E era a hora terceira quando o crucificaram.26Por cima dele estava escrito o título da sua acusação: O REI DOS JUDEUS.27Também, com ele, crucificaram dois salteadores, um à sua direita, e outro à esquerda.28[E cumpriu-se a escritura que diz: E com os malfeitores foi contado.]29E os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ah! tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas.30salva-te a ti mesmo, descendo da cruz.31De igual modo também os principais sacerdotes, com os escribas, escarnecendo-o, diziam entre si: A outros salvou a si mesmo não pode salvar32desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos, Também os que com ele foram crucificados o injuriavam.
23.33-43
Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram, a ele e também aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.34Jesus, porém, dizia: Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem. Então repartiram as vestes dele, deitando sortes sobre elas.35E o povo estava ali a olhar. E as próprias autoridades zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou salve-se a si mesmo, se é o Cristo, o escolhido de Deus.36Os soldados também o escarneciam, chegando-se a ele, oferecendo-lhe vinagre,37e dizendo: Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo.38Por cima dele estava esta inscrição [em letras gregas, romanas e hebraicas:] ESTE É O REI DOS JUDEUS.39Então um dos malfeitores que estavam pendurados, blasfemava dele, dizendo: Não és tu o Cristo? salva-te a ti mesmo e a nós.40Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando na mesma condenação?41E nós, na verdade, com justiça porque recebemos o que os nossos feitos merecem mas este nenhum mal fez.42Então disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.43Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.
19.18-27
onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.19E Pilatos escreveu também um título, e o colocou sobre a cruz e nele estava escrito: JESUS O NAZARENO, O REI DOS JUDEUS.20Muitos dos judeus, pois, leram este título porque o lugar onde Jesus foi crucificado era próximo da cidade e estava escrito em hebraico, latim e grego.21Diziam então a Pilatos os principais sacerdotes dos judeus: Não escrevas: O rei dos judeus mas que ele disse: Sou rei dos judeus.22Respondeu Pilatos: O que escrevi, escrevi.23Tendo, pois, os soldados crucificado a Jesus, tomaram as suas vestes, e fizeram delas quatro partes, para cada soldado uma parte. Tomaram também a túnica ora a túnica não tinha costura, sendo toda tecida de alto a baixo.24Pelo que disseram uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será (para que se cumprisse a escritura que diz: Repartiram entre si as minhas vestes, e lançaram sortes). E, de fato, os soldados assim fizeram.25Estavam em pé, junto à cruz de Jesus, sua mãe, e a irmã de sua mãe, e Maria, mulher de Clôpas, e Maria Madalena.26Ora, Jesus, vendo ali sua mãe, e ao lado dela o discípulo a quem ele amava, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.27Então disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.
As três horas de trevas
Meio dia às 15h
27.45-50
E, desde a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona.46Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactani isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?47Alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam: Ele chama por Elias.48E logo correu um deles, tomou uma esponja, ensopou-a em vinagre e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber.49Os outros, porém, disseram: Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo.50De novo bradou Jesus com grande voz, e entregou o espírito.
15.33-37
E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre a terra, até a hora nona.34E, à hora nona, bradou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá, sabactani? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? 35Alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam: Eis que chama por Elias.36Correu um deles, ensopou uma esponja em vinagre e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber, dizendo: Deixai, vejamos se Elias virá tirá-lo.37Mas Jesus, dando um grande brado, expirou.
23.44-46
Era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até a hora nona, pois o sol se escurecera45e rasgou-se ao meio o véu do santuário.46Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou.
19.28-30
Depois, sabendo Jesus que todas as coisas já estavam consumadas, para que se cumprisse a Escritura, disse: Tenho sede. 29Estava ali um vaso cheio de vinagre. Puseram, pois, numa cana de hissopo uma esponja ensopada de vinagre, e lha chegaram à boca.30Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
Acontecimentos sobrenaturais na hora da morte de Jesus.
15h
27.51-56
E eis que o véu do santuário se rasgou em dois, de alto a baixo a terra tremeu, as pedras se fenderam,52os sepulcros se abriram, e muitos corpos de santos que tinham dormido foram ressuscitados53e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.54ora, o centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o terremoto e as coisas que aconteciam, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era filho de Deus.55Também estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galiléia para o ouvir56entre as quais se achavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.
15.38-41
Então o véu do santuário se rasgou em dois, de alto a baixo.39Ora, o centurião, que estava defronte dele, vendo-o assim expirar, disse: Verdadeiramente este homem era filho de Deus.40Também ali estavam algumas mulheres olhando de longe, entre elas Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago o Menor e de José, e Salomé41as quais o seguiam e o serviam quando ele estava na Galiléia e muitas outras que tinham subido com ele a Jerusalém.
23.45,47-49
e rasgou-se ao meio o véu do santuário. Quando o centurião viu o que acontecera, deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo.48E todas as multidões que presenciaram este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltaram batendo no peito.49Entretanto, todos os conhecidos de Jesus, e as mulheres que o haviam seguido desde a Galiléia, estavam de longe vendo estas coisas.

O sepultamento de Jesus
Entre as 15h e 18h
27.57-60
Ao cair da tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que também era discípulo de Jesus.58Esse foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que lhe fosse entregue.59E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo, de linho,60e depositou-o no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, retirou-se.61Mas achavam-se ali Maria Madalena e a outra Maria, sentadas defronte do sepulcro.
15.42-46
Ao cair da tarde, como era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado,43José de Arimatéia, ilustre membro do sinédrio, que também esperava o reino de Deus, cobrando ânimo foi Pilatos e pediu o corpo de Jesus.44Admirou-se Pilatos de que já tivesse morrido e chamando o centurião, perguntou-lhe se, de fato, havia morrido.45E, depois que o soube do centurião, cedeu o cadáver a José46o qual, tendo comprado um pano de linho, tirou da cruz o corpo, envolveu-o no pano e o depositou num sepulcro aberto em rocha e rolou uma pedra para a porta do sepulcro.
23.50-54
Então um homem chamado José, natural de Arimatéia, cidade dos judeus, membro do sinédrio, homem bom e justo,51o qual não tinha consentido no conselho e nos atos dos outros, e que esperava o reino de Deus,52chegando a Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus53e tirando-o da cruz, envolveu-o num pano de linho, e pô-lo num sepulcro escavado em rocha, onde ninguém ainda havia sido posto.54Era o dia da preparação, e ia começar o sábado.
19.31-42
Ora, os judeus, como era a preparação, e para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, pois era grande aquele dia de sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados dali.32Foram então os soldados e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele fora crucificado33mas vindo a Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas34contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.35E é quem viu isso que dá testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro e sabe que diz a verdade, para que também vós creiais.36Porque isto aconteceu para que se cumprisse a escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado.37Também há outra escritura que diz: Olharão para aquele que traspassaram.O Sepultamento de Jesus38Depois disto, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, embora oculto por medo dos judeus, rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus e Pilatos lho permitiu. Então foi e o tirou.39E Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus de noite, foi também, levando cerca de cem libras duma mistura de mirra e aloés.40Tomaram, pois, o corpo de Jesus, e o envolveram em panos de linho com as especiarias, como os judeus costumavam fazer na preparação para a sepultura.41No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim, e nesse jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda havia sido posto.42Ali, pois, por ser a véspera do sábado dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro, puseram a Jesus.
As mulheres acompanham o sepultamento de Jesus
18h
27.61-66
Mas achavam-se ali Maria Madalena e a outra Maria, sentadas defronte do sepulcro. No dia seguinte, isto é, o dia depois da preparação, reuniram-se os principais sacerdotes e os fariseus perante Pilatos,63e disseram: Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, quando ainda vivo, afirmou: Depois de três dias ressurgirei.64Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até o terceiro dia para não suceder que, vindo os discípulos, o furtem e digam ao povo: Ressurgiu dos mortos e assim o último embuste será pior do que o primeiro.65Disse-lhes Pilatos: Tendes uma guarda ide, tornai-o seguro, como entendeis.66Foram, pois, e tornaram seguro o sepulcro, selando a pedra, e deixando ali a guarda.
15.47
E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde fora posto.
23.55-56
E as mulheres que tinham vindo com ele da Galiléia, seguindo a José, viram o sepulcro, e como o corpo foi ali depositado.56Então voltaram e prepararam especiarias e unguentos. E no sábado repousaram, conforme o mandamento.


Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
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