terça-feira, 10 de abril de 2018

Qual a Tua Pergunta? (Reflexão)


570 Visualizações

            Alguém escreveu no muro: "Cristo é a Resposta". Alguns dias depois, outra pessoa escreveu embaixo: "Qual é a Pergunta?" Tão importante quanto uma boa resposta - é uma boa pergunta.
O que nos impulsiona e nos move não é tanto a resposta - mas sim a pergunta.
A pergunta trás à tona a dúvida; expõe o que realmente esta preocupando o nosso coração; o que esta desassossegando a nossa alma; torna claro o que realmente ocupa a nossa atenção e quais realmente são os nossos verdadeiros Interesses.
UMA PERGUNTA ERRADA, CERTAMENTE LEVARÁ
A UMA RESPOSTA IGUALMENTE ERRADA.
Mas por que evitamos fazer as perguntas certas, aquelas que realmente importam?
Uma resposta provável é de que não queremos sair da nossa zona de conforto. No transcorrer da vida construímos um pequeno castelo e nos entrincheiramos dentro dele e qualquer coisa que possa colocar em risco a nossa "segurança", ou seja, qualquer coisa que possa nos desestabilizar deve ser evitado a qualquer custo. E nada gera mais desconforto do que uma boa pergunta. Você é realmente feliz? O que vem depois da morte? Estas e outras semelhantes são perguntas que penetram os mais bem construídos castelos e atingem com força intensa a nossa alma, de maneira que devem ser evitadas ou substituídas por perguntas mais amenas e até banais: Quem matou aquele personagem da novela? O que vou fazer neste feriado? Qual o time que será campeão este ano?
E quando conseguimos formular as perguntas que realmente importa? Quando vivenciamos um momento de crise. É durante as crises, quando tudo na nossa vida fica desfocado e quando os nossos aparentes fundamentos são abalados é que nos abrimos totalmente para enfrentarmos as perguntas que realmente precisam ser feitas. Durante a crise nos desnudamos e enfrentamos os grandes questionamentos, que estão latentes em nossa alma e que estavam adormecidos no recôndito de nosso coração.
A genuína felicidade, segurança e fé somente são encontradas nas respostas às grandes perguntas. Enquanto não tivermos coragem suficiente para formularmos as perguntas certas, permaneceremos no limbo da falsa segurança e da pseudo-esperança.
Em suma o que realmente importa é:
"QUAL A SUA PERGUNTA?"
O que te move? O que te motiva? O que te interessa?
Onde esta o Teu coração?
Você esta preocupado com o destino eterno da sua vida?

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Historiologia Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/


Artigos Relacionados
A MULHER À BEIRA DO POÇO
O HOMEM QUE QUERIA SABER MAIS
O GRANDE AMOR DE DEUS
BETÂNIA: Um Lugar de Refrigério e Vida
Um Luto Que Termina em Festa
Tempus Fugit
SALMO 23.1 - O Cuidado Pastoral de Deus
(Re)aprendendo a Olhar o Outro
O Jovem Que Pensava Saber Tudo

terça-feira, 3 de abril de 2018

Apocalipse: A Soberania de Deus


Nos dias em que o livro do Apocalipse foi escrito o império romano ainda dava as cartas em grande parte do mundo conhecido. O imperador romano e seus exércitos fizeram reinos e reis se curvarem diante deles e as ordens emanadas de Roma repercutiam até as mais extremas localidades e vilarejos debaixo de seus domínios.
Mas os romanos não foram nem o primeiro e nem o último império a surgir no mundo. Desde os primórdios da história humana temos relatos de impérios que surgiram e desapareceram. Até recentemente se falava do império russo e americano e que atualmente são apenas sombra do que foram.
Todos estes impérios e seus líderes, de ontem e de hoje, pensavam que estavam no controle do mundo. Mas os fatos históricos são contundentes em demonstrar que todos e cada um deles jamais estiveram realmente no “controle” dos acontecimentos. Um a um surgiram e desapareceram.
O Apocalipse foi escrito para mostrar quem está no controle.
O capítulo quatro do Apocalipse marca uma mudança drástica tanto do cenário quanto do assunto a ser desenvolvido. Nos primeiros capítulos o palco era a terra, mas agora é o céu. Nos primeiros onze versículos o escritor nos transporta juntamente com ele para diante do Deus eterno e glorioso assentado no trono, que simboliza seu Reino e Soberania.[1]
O termo “trono” aparece nada menos do que dezessete vezes nos capítulos quatro e cinco. Este trono esta no céu e não na terra, pois o exercício de seu poder e soberania se estende sobre todas as esferas da vida, seja terrena ou celestial.[2]
O escritor não faz qualquer tentativa de descrever a Deus, mas apenas descreve toda glória e resplendor produzido por sua presença ali. Toda descrição visa indicar características do caráter deste que se assenta no trono – sua santidade, sua justiça e a salvação provida através do Filho.
Ao redor do trono encontram-se vinte e quatro anciãos assentados em tronos representativos de todos aqueles que foram salvos, tanto no Primeiro quanto no período do Segundo Testamento, quer fossem judeus ou gentios. O objetivo deles é somente um – adorar Àquele que está assentado no trono, pois somente Ele é digno de receber adoração e louvor.
“Não devemos, contudo, perder de vista o fato de que a verdadeira razão por que estes vinte e quatro tronos com seus ocupantes são mencionados aqui é para intensificar a glória do trono que ocupa o centro. Esse trono representa a soberania de Deus. Os vinte e quatro anciãos estão constantemente rendendo homenagem ao Ser que ocupa o trono, tão grande é ele!” (HENDRIKSEN, 1987, p.108.
Os relâmpagos, as vozes e os trovões que irrompem intermitentemente a cena sugerem as manifestações visíveis e audíveis da presença poderosa de Deus (cf. no Sinai – Êxodo 19.16). Os poetas hebreus utilizavam os trovões para indicar a presença e a majestade de Deus (cf. I Samuel 2.10).
Se esta visão da Soberania de Deus não for adequadamente compreendida, tanto a unidade do livro quanto seu propósito será perdido. A certeza absoluta de que Deus reina soberanamente foi o alento do coração e da alma daqueles primeiros cristãos que estavam sendo esmagados pelo poder déspota de Roma e seus implacáveis imperadores; continua sendo o grande farol que dá sentido e direção para os cristãos atuais, que vivem nas trevas intensas do pós-modernismo com sua total falta de verdades absolutas.
Mais do que em qualquer outra época, os cristãos deveriam cantar a todo pulmão o que o salmista já cantava em seus dias e que os anciãos e seres viventes cantam eternidade adentro: “REINA O SENHOR, tremam os povos. ELE ESTÁ ENTRONIZADO ACIMA DOS QUERUBINS, abale a terra” (Salmo 99.1).

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Historiologia Protestante
http.//historiologiaprotestante.blogspot.com.br//


Artigos Relacionados
Apocalipse. A Mensagem e Temas Centrais (2ª Parte)
Apocalipse: A Mensagem e Temas Centrais (1ª Parte)
Apocalipse. Jesus Cristo Glorificado
Apocalipse. Por que estudar o livro do Apocalipse?
Apocalipse. Seu Valor e Relevância
Apocalipse. Por Que Foi Escrito?
Apocalipse. Dificuldades Para a Leitura e Compreensão.
Apocalipse. A Relação com a Literatura Apocalíptica
Apocalipse. Comentário (1.1-3)

Referências Bibliográficas
ALEXANDER H. E. Apocalipse. São Paulo. Ed. Ação Bíblica do Brasil, 1987.
ASHCRAFT, Morris. Comentário Bíblico Broadman, v.12, ed. JUERP, 3ª ed., 1983.
CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado, v. 6, ed Milenium, São Paulo, 1988.
CORSINI Eugênio. O Apocalipse de São João. São Paulo. Edições Paulinas, 1984.
DOUGLAS J. D. O Novo Dicionário da Bíblia. São Paulo. Ed. Vida Nova, 2001.
FAUSSET, A. R. The Fausset's Bible Dictionary. Grand Rapids, Michigan: Zondervan, 1949.
HENDRIKSEN, William. Mais Que Vendedores - Interpretação do livro do Apocalipse. São Paulo.  ed. CEP, 1987.
EASTON, Matthew George. Easton's Bible Dictionary. Thomas Nelson, 1897.
ELWELL, Walter A. (Edited) Baker's Evangelical Dictionary of Biblical Theology.  Grand Rapids, Michigan: Baker Book House Company, 1996.  [Baker Reference Library].
LAYMON, Charles M. The Book of Revelacion. Nova York. Abingdon Press, 1960.
LADD, George. Apocalipse – Introdução e comentário. São Paulo. Vida Nova, 2008.
McDOWELL, Edward A. O Apocalipse – Sua Mensagem e Significação. Rio de Janeiro. Casa Publicadora Batista, 1960.
SMITH, William, and LEMMONS, Reuel G. The New Smith's Bible Dictionary. Garden City, N.Y.: Doubleday & Co, 1979.
SUMMERS Ray. A Mensagem do Apocalipse. Rio de Janeiro. Ed. JUERP, 1980.



[1] “Eu continuei olhando até que foram postos uns tronos e um Ancião de dias se assentou” (Daniel 7.9).
[2] “O Senhor tem estabelecido o Seu trono nos céus, e o Seu reino domina sobre tudo”. (Salmo 103.19).