sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Macroleitura dos Livros Bíblicos em 90 Minutos ou Menos


            A Bíblia ainda que seja uma longa história que começa no primeiro verso de Gênesis e se conclui no último verso do Apocalipse, perfazendo um total de 877 páginas (versão Almeida), na verdade a Bíblia (biblos)[1] é uma biblioteca onde se reúne 66 livros, contendo pequenos livros como Obadias e 3º João de apenas um capítulo e outros que chegam a 66 capítulos como Isaías e os 150 Salmos.

Uma das grandes desculpas para não se ler livros completos da Bíblia é a falta de tempo. Todavia a maior parte dos livros bíblicos exige menos tempo do que se imagina. Quando comparamos a leitura com outras atividades de lazer fica claro que outras atividades tomam muito mais tempo do que a leitura simples da maioria dos livros contidos na nossa Bíblia, conforme podem ser visualizados nos exemplos abaixo.

O filme “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” (edição estendida) ocupa 4 horas e 23 minutos. Neste mesmo tempo é possível lermos diversos livros bíblicos inteiros:

Qualquer um dos cinco primeiros livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números ou Deuteronômio (sendo Gênesis o maior [3 horas e meia] e Levítico [2 horas] o menor).

1-2 Reis [4 horas e 15 minutos] ou 1-2 Samuel [4 horas]

Jó (1 hora e 45 minutos)

Jeremias (4 horas; o profeta mais longo para ler)

Mateus ou Lucas (cerca de 2 horas e meia cada)

Atos (2 horas e 15 minutos)

Apocalipse (1 hora e 15 minutos)

Somente 1-2 Crônicas e os 150 Salmos levariam mais tempo do que este filme (4 horas e meia ou 5 horas, respectivamente).

Outro filme bastante popular é Harry Potter e a Pedra Filosofal (2 horas e 32 minutos) tempo que daria para ler vários livros bíblicos:

Deuteronômio (2 horas e 30 minutos)

Provérbios (1 hora e 45 minutos)

Esdras-Neemias (1 hora e 40 minutos juntos)

Marcos ou João (1 hora e meia ou 2 horas, respectivamente)

1-2 Coríntios (1 hora e 40 minutos)

 Jogos de Futebol (1 hora e meia, com prorrogação mais 30 minutos):

Josué ou Juízes (1 hora e 45 minutos cada)

Qualquer livro do Novo Testamento

Marcos (1,5 horas)

Romanos (1 hora)

Hebreus (45 minutos)

            Fica evidente por estes poucos exemplos aleatórios que fazer a leitura completa de um livro da Bíblia, mesmo os mais longos, são totalmente viáveis. Quebra-se o paradigma de que a leitura integral de um livro bíblico exige muito tempo.

            Esse tipo de macroleitura trás imensos benefícios, tais como: permite-nos compreender melhor o contexto do livro; apreender o fluxo e o desenvolvimento das ideias do autor (o que a leitura fracionada dificulta). Além desses benefícios cognitivos, há também a edificação efetivada pelo Espírito Santo e o prazer incomparável da comunhão pessoal com Deus.

            Verifique você mesmo quanto tempo você ocupa com as mídias sociais e compare com quanto tempo você ocupa com a leitura bíblica. As mídias sociais pouco acrescentam à sua comunhão com Deus, mas o tempo investido na macroleitura dos livros bíblicos produzira em você novas e extraordinárias perspectivas sobre Deus, fortalecendo sua fé e confiança Nele.

            Faça sua própria experiência!

 

Utilização livre desde que citando a fonte

Guedes, Ivan Pereira

Mestre em Ciências da Religião.

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[1] Biblos recebeu esse nome dos gregos como referência ao papiro, que era um dos principais produtos vendidos naquela época para confecção das mais diversas literaturas e registros documentais. Por causa disso, os gregos pegaram a palavra “biblos” e passaram a usá-la para se referir a livros ou conjunto de literaturas.

sábado, 8 de outubro de 2022

NT - Síntese por Capítulos – 1º Timóteo

 


O velho e encarcerado apostolo Paulo escreve esta preciosa carta em tom paternal para seu filho na fé Timóteo. Nestas linhas podemos sentir toda a preocupação que toma conta de Paulo em favor de seu amigo de longa data na caminhada missionária. Quantas experiências, lutas e dificuldades enfrentaram no transcorrer desses anos; sofrendo perseguições por parte dos judeus, bem como por parte das autoridades romanas; quantas vezes estiveram expostos à morte, unicamente por serem portadores da mensagem do Evangelho.

Na carta Paulo deixa transparecer que tem plena consciência de que sua jornada está para ser encerrada. Mas em vez de lamentos o apostolo toma renovado animo quando pensa que a obra terá continuidade através de uma nova geração que tem em Timóteo um digno representante. O seu ministério está se encerrando, mas o de Timóteo e tantos outros estão apenas começando.

Só este contexto já seria motivo mais do que suficiente para examinarmos esta correspondência paulina. Mas o seu conteúdo é ainda mais extraordinário. Em cada parágrafo o apostolo enfatiza a relevância incomparável do ministério da pregação do Evangelho. É uma correspondência pessoal, mas que se reveste de um valor incalculável para todos os líderes cristãos em todos os tempos sejam quais forem as circunstâncias.

Mas como sempre, Paulo jamais deixa de pensar em todos os cristãos independentes de suas funções eclesiásticas. É uma carta para todos nós, para mim e para você. Pois cada um de nós recebeu dons e talentos para serem colocados à serviço da expansão do Reino por meio da Igreja.

Portanto, essa correspondência toca o coração e a alma de todos aqueles que foram chamados para proclamarem a única e insubstituível mensagem do Evangelho.

Abaixo você encontrara uma suscinta síntese dos poucos capítulos desta epístola, mas que acredito ser suficiente para aguçar o seu paladar e te estimular a empreender um estudo mais aprofundado do seu conteúdo.

I Timóteo 1 - Alerta Contra Falsos Mestres

Como não poderia deixar de ser Paulo inicia com uma saudação pessoal.  O tempo é curto por isso o apostolo começa exortando o jovem pastor a repreender todas as formas de legalismo, normalmente do judaísmo, e falsos ensinos (deturpações do Evangelho). Aproveita para trazer à memória de Timóteo sua própria conversão que é decorrente da pura manifestação da graça de Deus e não do legalismo ou ritos religiosos.  Paulo conclui este capítulo encorajando Timóteo a combater o bom combate e manter sua consciência limpa.

1 Timóteo 2 - Instruções sobre adoração

Passa então para algumas questões práticas relacionadas à vida cristã, exortando ao dever de orar por aqueles que foram investidos de autoridade para que se possa viver pacífica e tranquilamente. Ele enfatiza de que a salvação é disponibilizada para todos (vs. 4). Paulo conclui com instruções específicas para as mulheres em relação ao testemunho cristão.

1 Timóteo 3 - Escolhendo Presbíteros e Diáconos

Paulo enumera algumas características que são essenciais na vida daqueles que aspiram à liderança das igrejas cristãs. Importante salientar que há apenas dois tipos de oficiais investidos – presbíteros e diáconos, toda essa hierarquia atual é criação meramente humana. Os oficiais da igreja devem devem primeiramente cuidar bem suas próprias casas, a fim de gerenciar bem a casa de Deus. Paulo conclui as instruções explicitando a forma correta com que devem se comportar na casa de Deus.

1 Timóteo 4 - Conselho para Timóteo

Agora Paulo passa a tratar especificamente com Timóteo como um jovem pastor. Primeiro ele deve observar os tempos, fazer a leitura correta do que está ocorrendo no cotidiano. Lembra-o de que dias difíceis virão em que alguns abandonarão a fé e seguirão ensinos de demônios, como proibir o casamento e abster-se de certos alimentos. Paulo lembra ao jovem pastor de que tudo é criado por Deus, portanto deve ser recebido com ação de graças. Passa a encorajar Timóteo a desenvolver uma vida piedosa, dedicando-se a leitura das escrituras e pregando e ensinando. O jovem pastor tem o próprio Paulo como modelo de vida e de doutrina correta. Contrariamente aos falsos mestres o lema de Paulo é “faça o que eu faço e ensine o que eu ensino”.

1 Timóteo 5 - Honra e Cuidado para Viúvas

Naqueles dias as viúvas ficavam desamparadas, de maneira que o apostolo passa a dar instruções sobre o cuidado especial para com essas irmãs, de maneira a suprir suas necessidades. Mas as famílias delas, quando parte da comunidade, não podem negligencia-las e cuidar delas, mas aquelas viúvas cristãs cujas famílias não são cristãs, devem ser amparadas e supridas pela igreja. Ele também orienta sobre o respeito pelos mais idosos e conclui com alguns conselhos práticos para Timóteo.

1 Timóteo 6 – Últimas Recomendações

O ministério é árduo e muitas vezes o pastor é tentado a buscar vantagens adicionais e Paulo instrui Timóteo a fugir do desejo de adquirir riqueza e buscar justiça, fé, amor, resistência e gentileza. Mais uma vez ele diz a Timóteo para combater o bom combate e aguardar com expectativa a vida eterna que lhe está reservada. Suas últimas palavras ao jovem pastor Timóteo é para que guarde cuidadosamente o que lhe foi confiado.

 

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
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O Mundo do Apóstolo Paulo: A Filosofia

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Referências Bibliográficas

BARCLAY, William. El Nuevo Testamento comentado. Buenos Aires (Argentina), Asociación Editorial la Aurora, 1974.

BROWN, Raymond. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Paulinas, 2004 (Coleção Bíblia e história Série Maior).

CARROL, B. H. Exposição das epístolas pastorais. 2ª ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista.

HAWTHORNE, Gerald F. e MARTIN, Ralph P. e REID, Daniel G. (Org.). Dicionário de Paulo e suas cartas. 2ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2008.

HIEBERT, D. Edmond. A primeira epístola a Timóteo. Brasil: Imprensa Batista Regular, 1965.

KELLY, John Norman Davidson. I e II Timóteo e Tito – introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida Nova, 2008. [Série Cultura Bíblica].

SPAIN, Carl. Epístolas de Paulo e Timóteo e Tito. São Paulo: Editora Vida Cristã, 1980.

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

NT - Síntese por Capítulos – Romanos

 


        A preciosa epístola que Paulo escreveu aos cristãos que viviam na cidade de Roma, se constitui em um dos documentos mais amado e estudado de toda a literatura neotestamentária. Milhares de comentários desta carta foram produzidos ao longo dos séculos, mas ainda não se esgotou todo o ouro preciso que se pode extrair dela.

 A epístola de Romanos é considerada pelos melhores comentaristas bíblicos como sendo a composição mais madura de Paulo, que já havia percorrido no mínimo vinte anos desde a sua conversão e que apesar dos planos futuros compartilhados com seus leitores, não muito tempo depois de envia-la haveria de ter encerrado o bom combate da fé cristã, quando haveria de ser decapitado na própria cidade de Roma.

O conteúdo geral é uma exposição escrita com maestria sobre a maravilhosa graça de Deus e a justificação pela fé que decorre dela. O seu tema tornou-se ao longo da História o ponto de partida para os maiores avivamentos e movimentos reformistas da Igreja Cristã. E ainda hoje impacta e transforma a vida de milhares de cristãos em todo o mundo.

Sem qualquer outra pretensão abaixo você encontrara uma micro síntese de cada capítulo desta amada e inestimável correspondência paulina.

Romanos 1—O Evangelho é o Poder de Deus
O primeiro capítulo nos apresenta as credenciais de Paulo, bem como de seus leitores e da mensagem do Evangelho ao qual Paulo foi chamado para proclamar a todas as pessoas. Desde as primeiras linhas o velho apóstolo deixa claro duas teses: a primeira é que todos pecaram (e continua pecando), de maneira que são indesculpáveis diante do tribunal de Deus; e a segunda é que somente no Evangelho da graça de Cristo o ser humano poderá reverter sua situação de condenação.  
Romanos 2—O Juízo Justo de Deus
Paulo começa advertindo seus leitores judeus, havia milhares de judeus vivendo em Roma e um número não especificado deles haviam aderido às comunidades cristãs, de que possuir e conhecer Lei mosaica  e de serem circuncidados na infância não os tornavam automaticamente justos aos olhos de Deus. Esses leitores e ouvintes de origem judaica certamente ficaram horrorizados com tal ensinamento, mas Paulo enfatiza que viver de acordo com regras e regulamentos só traz julgamento e condenação. Paulo conclui sua argumentação de que um verdadeiro judeu (cristão) é aquele que experimentou a circuncisão do coração (novo nascimento) que é uma ação exclusiva do Espírito de Deus.
Romanos 3—Justiça Independentemente da Lei
Paulo continua sua argumentação anterior ampliando ainda mais, pois agora ele coloca tanto os judeus quanto os gentios na mesma condição de culpados diante de Deus. Mas o apostolo acende uma luz no final deste terrível túnel do juízo de Deus e declara que a justiça (justificação) que a lei era impotente para nos dar, Deus a deu a nós gratuitamente ao enviar Jesus. Ele sustenta que esta justiça (justificação) vem pela fé para todos os que creem em Cristo Jesus independentemente da obediência perfeita à lei.
Romanos 4—Justificados pela Fé
Neste capítulo Paulo argumenta com testemunhos históricos de que a fé sempre foi o meio pela qual Deus nos justifica. Ele remete seus leitores de volta aos patriarcas do Primeiro Testamento que foram justificados pela fé, não pelas obras, para ilustrar seu ponto de vista. E o apostolo faz uso desses exemplos para comprovar sua tese central de que os gentios desde sempre estiveram inseridos na promessa que foi dada a Abraão. O mundo inteiro foi abençoado por meio dele porque ele creu em Deus e não pela obediência à Lei, visto que Abraão é antes da promulgação da Lei. Foi fé que lhe deu créditos para que alcance a justificação.
Romanos 5—Os Resultados da Justificação pela Fé
Exposto sua tese da justificação pela fé Paulo passa a demonstrar os seus resultados na vida do cristão. Fomos reconciliados com Deus por meio de Jesus Cristo. Deus não poupou Seu próprio filho, mas graciosamente O deu por nós desfazendo o que Adão havia feito no Éden. Se a morte veio pelo pecado de um homem, a vida vem mais abundante em todos os sentidos através do dom de Jesus. Paulo enfatiza que essa reconciliação não é algo que fizemos por merecer, mas em todos os sentidos da palavra, os crentes são justos, santos e aceitáveis ​​a Deus por meio de Cristo.
Romanos 6—Liberdade do Pecado
Este capítulo é fundamental para uma vida cristã autêntica. Aqui Paulo ensina enfaticamente que quando nascemos de novo, o poder do pecado é rompido em nossas vidas. Paulo defende que somos libertos do pecado e vivificados para Deus por meio de Jesus Cristo, não por obras ou pela obediência da Lei. Nossa natureza pecaminosa foi crucificada com Cristo quando fomos batizados em sua morte. Agora, por meio de dele, recebemos o dom de Deus, que é a vida eterna.
Romanos 7—Casado com Cristo
O apostolo passa a demostra o contraste entre viver preso à lei e viver pelo Espírito de Deus. Não vivemos mais em escravidão, mas agora somos livres para vivermos para Deus. A luta com a nossa natureza pecaminosa continua ferrenha (guerra) e deixa seus hematomas e cicatrizes, mas Paulo sustenta que não haveremos de sucumbir a ela. Em Cristo passamos a viver pelo Espírito e produzimos frutos de acordo com nossa nova natureza.
Romanos 8—Vida no Espírito
Viver pelo Espírito é experimentar da paz que passa a nortear os nossos corações. É o Espírito Santo que continuamente testifica com nosso espírito de que somos de fato e de verdade filhos de Deus. Ele é a nossa garantia de que nada jamais poderá nos separar do amor de Cristo. Esta é uma passagem que nos enche de esperança e reafirma que nosso futuro é glorioso em Cristo.
Romanos 9—Filhos da Promessa pela Fé em Cristo
Aqui Paulo retorna ao ponto anterior que não são filhos naturais que são filhos de Deus, mas sim filhos da promessa. A promessa vem pela fé em Cristo, não pelas obras da Lei. Ele usa o exemplo dos israelitas, que buscaram a justiça pela lei sem obtê-la, e dos gentios, que a buscaram pela fé e obtiveram a justiça por meio de Jesus Cristo. O capítulo 9 é a reafirmação de que somente a fé em Cristo nos salva.
Romanos 10—A Palavra da Fé
Paulo trata especificamente a questão da fé. Ao confessar com nossa boca que Jesus Cristo é o Senhor e crendo nisso em nossos corações, somos salvos – nada mais, nada menos. Cristo é o fim da lei, pois ele cumpre toda a lei, para que possamos ser justificados e tornados justos somente pela fé nele. A fé vem por ouvir esta mensagem do evangelho e responder a ela. Paulo encoraja seus primeiros leitores até os dias atuais de que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
Romanos 11—Um Remanescente de Israel
Paulo traz a discussão de que, embora Israel como nação tenha rejeitado Jesus como o Messias, pela graça um número remanescente haverá de crer para a salvação. Mesmo diante da rejeição deles em relação a Jesus a mensagem de salvação foi então aberta aos gentios. Eles rejeitaram Cristo, mas Cristo não os rejeitou, visto que o plano de Deus inclui conceder misericórdia a toda humanidade, incluindo os judeus.
Romanos 12—Sacrifícios Vivos
Mediante tudo que foi anteriormente exposto Paulo conclama a todos os seus leitores a se oferecerem como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus – é a única resposta que podemos dar. Fazemos isso renovando nossas mentes para a verdade da palavra de Deus, servindo e abençoando o corpo de Cristo por meio de nossos dons e, acima de tudo, amando e sendo dedicados uns aos outros. Paulo conclama seus leitores a viver uma vida de paz, servindo fielmente ao Senhor em todas as coisas e vencendo o mal do mundo pela fé.
Romanos 13—Submissão às Autoridades
Paulo continua exortando os cristãos a se revestirem de Cristo Jesus e viverem como Seus filhos neste mundo presente. Como cristãos devemos nos submeter às autoridades constituídas e prestar respeito onde for devido. Devemos viver e servir ao Senhor por amor, mostrando aos outros a luz do evangelho.
Romanos 14—Os Fracos e os Fortes
Paulo amplia um pouco mais e encoraja seus leitores para que tudo que fizerem seja feito visando, almejando a glória de Cristo. Somos chamados para contribuir de todas as formas para que haja paz e edificação mútua dentro do corpo de Cristo (Igreja). Em hipótese alguma devemos condenar ou desprezar aqueles que são mais fracos na fé, mas estarmos plenamente convencidos do que é aceitável em nossas próprias mentes, pois tudo o que não vem da fé é pecado.
Romanos 15—Unidade entre os crentes
Paulo conclui sua carta enfatizando a necessidade de unidade dentro do corpo de crentes (igreja). Devemos tomar o encorajamento das escrituras e de Cristo como nosso exemplo e aprendermos a convivermos em harmonia apesar das diferenças e limitações de cada irmão. E uma vez que compreendemos o que é o Evangelho somos responsabilizados para comunicá-lo com todas as pessoas, sejam quais forem e onde estiverem.
Romanos 16—Elogios e Saudações
Este capítulo é precioso, pois revela a gratidão que Paulo tem para com todos aqueles que de alguma forma tinham contribuído com sua vida e seu ministério missionário. Quanto aos cristãos em Roma, dos quais a maioria ele não conhecia pessoalmente, declara seu afeto e ele aproveita estas últimas linhas para lhes dar uma orientação final quanto ao cuidado com as falsas doutrinas e ensinamentos, bem como com aquelas pessoas que poderia causar divisão entre eles. Ele os lembra de que Satanás logo será esmagado sob seus pés e que o Evangelho é capaz de sustentá-los até o dia de Jesus.
 
            Certamente ficaria uma enorme lacuna no cânon neotestamentário se esta extraordinária carta de Paulo aos Romanos não tivesse sido incluída. Aqui vemos com toda a clareza a ação do Espírito Santo na composição não apenas na individualidade dos escritos bíblicos, mas também na seleção e inclusão de cada uma destas literaturas reunidas nesta sobrenatural biblioteca divina. E tudo isso para a nossa edificação e sabedoria.
 
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Guedes, Ivan Pereira
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Referências Bibliográficas
BARCLAY, William. Romanos - El Nuevo Testamento comentado. Buenos Aires (Argentina), Asociación Editorial la Aurora, 1974.
BRUCE, F. F. Romanos – introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1991.
CALVINO, João. Exposição de Romanos. Tradução Valter Graciano Martins. São Paulo: Edições Paracletos, 1997. [Comentário à Sagrada Escritura].
CRANFIELD, C. E. B. Carta aos Romanos. Tradução Anacleto Alvarez. São Paulo: Edições Paulinas, 1992. [Grande Comentário Bíblico].
ERDMAN, Charles R. Comentários de Romanos. Tradução Waldyr Carvalho Luz. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, s/d. (Fhiladelphia: The Westminster Press, 1925).
 

domingo, 2 de outubro de 2022

Comentário Devocional: Salmos 119.1-8 - Letra Alef (א)


            Esse e os demais artigos extraídos do Salmo 119 são resultantes das Devocionais Matinais que venho mantendo com alguns irmãos que tem perseverado. Esse alimento matinal extraído da Palavra de Deus tem nos dado sustância para as lidas de nosso cotidiano, bem como tem nos dado a oportunidade de reservamos um tempo precioso de comunhão com Deus e uns com os outros.

            Portanto, querido leitor, por serem preparados para momentos devocionais, não espere encontrar profundas analises hermenêutico-exegéticas, mas com certeza encontrara uma exposição bíblica plenamente saudável e harmoniosa com os melhores comentários devocionais dos Salmos.  

            Como pode ser visto em artigo anterior introdutório o Salmo 119 foi composto no estilo ou formato acrostico (9, 10, 25, 34, 37, 111, 112, 119 e 145). O compositor teve o cuidado exaustivo de compor cada estrofe com uma especifica letra do alfabeto hebraico, iniciando com a letra Alef (א) e concluindo vinte e duas estrofes depois com a letra Tav (ת) a última letra do alfabeto.[1] Em algumas poucas versões se manteve o nome das Letras, outras trazem um espaço maior entre cada estrofe, mas infelizmente na maioria das versões em português não há qualquer identificação desta característica acrosticas do Salmo[2].

            Esse formato acrostico por si é um trabalho belíssimo de poesia, mas o salmista acrescenta ainda mais uma peculiaridade – o tema de todo o Salmo, assim como cada uma das suas vinte e duas estrofes, é a Torah, as Escrituras hebraica e/ou o Antigo Testamento (atualmente identificado nas academias por Primeiro Testamento). É uma linda e profunda declaração de amor do Salmista pela Palavra de Deus, que por sua vez expressa todo o seu amor pelo Deus revelado por meio destas Escrituras.

            Em algumas poucas versões em português se manteve o nome das Letras, outras trazem um espaço maior entre cada estrofe, mas infelizmente em muitas versões não há qualquer identificação desta característica acrosticas do Salmo.

            A palavra Torah (תוֹרָה)[3] ainda que possa ser traduzida por Lei, em referência ao conjunto de leis que Deus ordenou ao povo de Israel por meio de Moisés registrada no Pentateuco,[4] enquanto habitaram quarenta anos no deserto, após terem sido libertados da escravidão do Egito; abrange um significado muito mais amplo, pois se refere a toda a Instrução que Deus comunicou ao seu povo ao longo de toda sua existência e desta forma incluem os Profetas e demais literaturas contidas no Primeiro Testamento. A Torah é a bússola que dirige todo crente, em meio a este mundo tenebroso, na direção correta da vontade de Deus e sempre corrigi a nossa rota quando tomamos uma direção errada.

O Caminho da Genuína Felicidade

Neste artigo inicial veremos a Primeira Estrofe que começa no verso 1 até o verso 8 – se sua bíblia não faz distinção aproveite e marque, pode até pintar com lápis de cera (versos 1-8) e ao lado do primeiro verso anote o nome da primeira letra - alef.  

O salmista começa com uma descrição do caminho para a verdadeira felicidade, assim como Jesus começou seu Sermão da Montanha, e o mesmo tema do Primeiro Salmo que abre todo o conjunto dos Salmos (saltério).

A Felicidade é o objetivo de todas as pessoas (Silvio Santos vendeu milhões de carnês do Baú da Felicidade). A questão é que as pessoas procuram a Felicidade em Caminhos que não irão encontrar. Parafraseando o autor de Provérbios: “há caminhos que parecem conduzir à felicidade, mas o final deles é decepção, amargura e a total infelicidade”. O salmista apresenta nesse longo Salmo o único caminho seguro para genuína felicidade aqui e na eternidade.

Entretanto, o termo hebraico fala de uma felicidade objetiva e concreta e não apenas emocional e subjetiva. Em toda a Bíblia este termo é utilizado para descrever a vida das pessoas, e somente estas, que são alvo das bênçãos de Deus. A Salvação é a maior e mais extraordinária das bênçãos que somente o crente recebe e por isso ele é um bem-aventurado, uma pessoal realmente feliz. O que não significa que ele está isento de enfrentar fornalhas ardentes, cova de leões ferozes ou passar pelos vales da sombra da morte. A genuína felicidade é aquela que enfrenta e suporta todas as adversidades na plena certeza de que todas as coisas cooperam para o seu bem e de maneira que até mesmo as mais difíceis e inexplicáveis situações que surgem na sua vida Deus transformara cada uma delas em bênção (cf. a vida de José nos ensina). 

Mas quem são estas pessoas Felizesque encontraram a verdadeira bênção? O salmista responde na primeira linha do Salmo:

Felizes são aqueles que fazem da Lei do Senhor o seu caminho

e andam por ela sem se desviar.

Caminho aqui é uma forma poética para se referir a uma forma especifica de se viver. Desta forma o poeta bíblico mantém a metáfora de andar/viver explicando que somente aquele que anda ou vive em conformidade com a Torah será verdadeiramente abençoado ou feliz.  

Há dois princípios aqui: o primeiro é o quanto estamos dispostos a viver diariamente dentro dos Padrões estabelecidos pela Palavra de Deus – do quanto de fato e de verdade estamos dispostos a fazer dela a nossa única Regra de Fé e Prática. O segundo é o quanto estamos dispostos a perseverar neste propósito de obedecer a Palavra de Deus.

O verso dois traz uma questão interessante: a verdadeira Felicidade, usufruir as bênçãos de Deus exige ESFORÇO:

“Felizes aqueles que se esforçam para obedecer”

Obedecer a Palavra de Deus não é para preguiçosos; para negligentes; para displicentes – exige Esforço, Dedicação, Abnegação. É só nos lembrarmos do Getsêmani (enquanto Jesus orava, até que seu suor se transformasse em gotas de sangue; os discípulos dormiam sossegados). A Torah é para ser praticada, pois ela não é um conjunto de pensamentos filosóficos abstratos, mas um manual vivencial – deve ser amalgamada em todas as esferas da nossa vida cotidiana.

 

Mas o salmista aperta ainda mais o parafuso: obedecer de todo o coração aparece seis vezes neste Salmo (119.2 , 10 , 34 , 58 , 69 , 145 ) – integralmente, sem reservas..., portanto esta felicidade não é para aqueles que estabelecem limites - eu vou obedecer até aqui..., não é para aqueles que escolhem apenas o que lhes interessam do Evangelho..., isto eu estou disposto a fazer, mas este ponto não (sou crente, mas não sou fanático). Infelizmente hoje Deus tem sido procurado cada vez mais nas frias pesquisas acadêmicas e nos compêndios teológicos e cada vez menos com o coração. 

E no verso quatro ele explica porque devemos obedecer integralmente a Palavra de Deus: Tu nos destes os teus mandamentos, para serem obedecidas diligentemente (na Linguagem de Hoje: para serem obedecidas de verdade) e não para pendurar em quadrinhos de parede, adesivos de carro e camisetas.

Ele nos oferece ao menos duas razões para obedecermos diligentemente, de verdade: primeiro Satanás é terrivelmente astuto e diligente em nos tentar; segundo somos por demais débeis e frágeis.

No verso 6 ele faz uma declaração interessante:

Fazendo isso, eu sei que ninguém poderá me acusar de coisa alguma, Então não terei vergonha de respeitar todos os Teus mandamentos”.

Fazendo da Palavra de Deus o nosso caminho, podemos andar de cabeça erguida, pois toda acusação que pesava sobre nós e todos os nossos pecados foram pregados na Cruz – não temos medo do Tribunal de Deus, pois a Justiça de Cristo nos reveste. O apostolo Paulo declarou: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.33,34). Tristemente vemos hoje muitos evangélicos que tem vergonha de declarar "Eu sou um cristão!”, ou “Eu Creio na Bíblia!”. O salmista declara com toda convicção: “não terei vergonha de obedecer todos os Teus mandamentos”.

Livres do medo e já resgatados, vivendo em obediência à Palavra de Deus, não temos medo de nada e a paz que excede todo entendimento faz sossegar nosso coração e nossa alma – nem o inferno e nem as circunstâncias podem tirar isso de nós!

Diante dos benefícios de fazer da Palavra de Deus o seu Caminho (a sua maneira de viver nesse mundo); o Salmista declara seu desejo de louvar a Deus (expressar sua gratidão):

Eu Te louvarei com retidão de coração.

A Felicidade do Crente inicia em Deus e se manifesta em Louvor a Deus! Todo conhecimento que não produz uma vida de louvor a Deus é inútil, carnal e diabólico. Uma mente cheia do conhecimento bíblico e um coração vazio de gratidão a Deus é antagônico e uma afronta a Deus. Satanás tinha conhecimento da Bíblia, mas a distorce para tentar o próprio Cristo.

E o salmista conclui com um pedido:

“Por favor, não me deixes sozinho!”.

Nunca me deixes com as minhas próprias forças, nem com o meu próprio coração! Não desista de mim! Sua confiança de que cumpriria os mandamentos de Deus baseava-se unicamente no fato de que Deus não o abandonasse. Não há outro fundamento de persuasão de que seremos capazes de guardar os mandamentos de Deus do que aquele que se baseia na crença e na esperança de que Ele não nos deixará.

O salmista tem plena consciência de suas limitações para obedecer na prática os mandamentos de Deus, e diferente da postura de Pedro que achava capaz por si mesmo de suportar as pressões que viria, mas que vergonhosamente nega seu Mestre três vezes, o salmista tem a humildade para pedir que Deus em hipótese alguma o deixe por conta própria. O salmista entenderia muito bem as palavras de Cristo – “porque sem Mim (separados de Mim) vocês não podem fazer coisa alguma”.

Quantas vezes nos falta essa humildade do salmista e sobra aquela autoconfiança de Pedro, e aqui está a distinção de uma vida cristã bem aventurada, feliz e uma vida cristã medíocre, que não se destaca na qualidade, no valor ou na originalidade e, portanto, torna-se uma vida cristã infeliz. Ao contrário o Salmista aspira obedecer plenamente os Mandamentos de Deus, pois o ama de todo o seu coração, forças e entendimento.

“Ó, não me abandone nem um momento que seja!”.

 

Vamos orar:

Nosso Deus eterno, cheio de misericórdia e graça, desejamos obedecer todos os teus mandamentos, pois te amamos com toda a intensidade de nosso ser. Todavia, esbarramos em nossas próprias limitações e fragilidades humanas, por isso ó Deus te rogamos: não nos abandone! Precisamos sentir sua presença junto conosco em todo o percurso desta nossa vida. Sem Ti nada somos e sem Ti nada podemos fazer. Ouça esta nossa oração, pois a fazemos em o nome do Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amém e Amém!

 

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
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[1] Cada uma das vinte e duas estrofes (parágrafos) tem oito linhas (versos), e cada uma das linhas em cada estrofe começa com a letra hebraica apropriada que marca essa estrofe.

[2] Lamentavelmente na maioria das versões da Bíblia as composições poéticas não são identificadas e assim se perde uma parte significativa da força e beleza destes textos.  Grandes porções dos textos proféticos foram escritos em formato poético para que os primeiros ouvintes, que não dispunham da facilidade do texto escrito, pudessem mais facilmente memorizar as mensagens e reproduzi-las com maior grau de fidelidade. Jesus aplica esse método em abundância em seu ministério: as bem-aventuranças; as parábolas.

[3] A Lei de Deus também é chamada de sua palavra, mandamentos, declarações, juízos, estatutos, ordenanças, instruções, preceitos, injunções, testemunhos, promessa, caminho e vereda e pelo menos um destes termos ocorre em quase todos os versículos do salmo.

[4] Pentateuco significa “cinco rolos ou livros” e se refere aos cinco primeiros livros da Bíblia e cuja autoria é referendada a Moisés.