quinta-feira, 29 de março de 2018

Isaías: O Último dos Cânticos do Servo de Yahvé - Prólogo (52.13-15)



            Como vimos em artigos anteriores o Profeta Isaías é com toda propriedade chamado de “Profeta Messiânico” ou ainda “Profeta Evangélico” pelo fato de que nenhuma outra profecia do Segundo Testamento trata tanto e de forma tão minuciosa a questão messiânica como esse grande profeta e nenhum outro de seus pares proféticos foi tão citado e/ou referenciado do que os escritos deste profeta.
            Na segunda parte de suas profecias Isaias vai registrar uma série de cânticos denominados de “Cânticos do Servo de Yahvé” (43.1 – 53.12), onde temos em detalhes a vinda do Messias que todos os evangelistas e escritores do Segundo Testamento não têm qualquer duvida em identifica-lo com a pessoa de Jesus Cristo (Mt 8.17; Mc 15.28; Lc 22.37; Jo 12.38; At 8.27-40; 1Pe 2.21–24). Mas a grande maioria dos judeus rejeitou e continua rejeitando Jesus Cristo e permanecem aguardando a vinda do Messias até os dias atuais.[1]
            A revelação do programa salvífico de Deus através da História, registrada na Bíblia, é gradativa. Nesta série extraordinária de cânticos as mensagens do profeta Isaías alcançam o que podemos chamar de o clímax das profecias messiânicas. O conjunto dos Cânticos revela a mensagem maravilhosa da graça salvadora de Deus. Os Cânticos estão em forma crescente e cada um deles amplia e ilumina o próximo caminhando para o clímax no quarto e último o Cântico do Servo Sofredor (52.13-53.12), que tem sido citado por muitos expositores bíblicos como sendo o texto mais importante do Primeiro Testamento e quase sua totalidade é utilizada pelos evangelistas nas suas respectivas narrativas da paixão de Cristo. Nele vemos a convergência de todas as descrições do Messias que Isaías usou desde o capítulo quatro (4.2-6). Aqui está a descrição mais clara e abrangente do Primeiro Testamento sobre os sofrimentos do Messias em um só lugar. No que concerne ao fato e à exatidão da descrição, poderia muito bem ter sido composta após a tragédia no Calvário (ROBINSON, 1954, p. 146). Policarpo a chamava de a passagem de ouro do Primeiro Testamento. (veja o quadro de referências dessa passagem nas narrativas evangélicas).
Contexto Próximo
            Para melhor compreensão deste último cântico é necessário compreendermos o desenvolvimento narrativo proposto por Isaías nos capítulos 50 a 52.12. Aqui o profeta apresenta dois tipos de servos: um é o desobediente servo identificado com a nação israelita, que abandonou o seu relacionamento com Deus (Isaías 50.1-3, 11), e o outro é o Servo obediente, Cristo (versos 4-10). Este segundo servo se identifica com as necessidades das pessoas e submete-se plenamente a Deus (versos 4-5). Ele sofre, mas confia em Deus e continua comprometido em fazer a vontade de Deus (versículos 6-9). Aqueles que temem o Senhor devem obedecer (ouvir) o Servo (verso 10). Imediatamente o profeta introduz uma série de imperativos onde enfatiza a necessidade urgente de que as pessoas ouçam e obedeçam (51.1–16). O senso de urgência é realçado mediante o fato de que Deus está pronto para manifesta sua ira (juízo) sobre eles (versos 17–23). A nação de Israel deve acordar (52.1–2). A partir daqui Isaías muda o tom e lembra-os de que se no passado Deus agiu para puni-los (versos 3–6), muito em breve agirá para salvá-los, e esta alegre mensagem de salvação, não ficará restrita apenas aos israelitas, mas será anunciada a todos as pessoas da terra (todas as nações - versos 7-10). Mas este anúncio torna ainda mais urgente que eles abandonem seu estilo de vida babilônico e retornem à comunhão em santidade com Deus (versos 11-12). Então quando chegamos aos últimos versículos do capítulo 52 (13-15) somos conectados diretamente à descrição dos sofrimentos que o Servo haverá de passar, como o agente da salvação de Deus, pelas quais todos (israelitas e gentios) que vierem a crer serão redimidos. 
Quando adentramos a este último cântico somos arrebatados ao cume mais alto da cordilheira profética messiânica do Primeiro Testamento. Este cântico tem sido chamado de o "Cântico Épico da Redenção" do Primeiro Testamento quando alcança seu clímax em sua grande revelação do Redentor. Todos os movimentos inspirados se unem nesta sinfonia de salvação através do sacrifício vicário do Servo sofredor. A ênfase do poema está no "Messias vitorioso e triunfante". É através do sofrimento substitutivo do Servo que a salvação é alcançada e ele é exaltado. Com uma linguagem poderosa, o profeta Isaías descreve como a graça de Deus libertara todos os povos da escravidão do pecado através de seu servo sofredor.

Prólogo (52.13-15)
            Assim como no livro de Jó este último cântico abre-se com um prólogo, que ocupa os últimos três versos do capítulo cinquenta e dois, também é semelhante porque só aqui e no final é que Deus fala. Outra semelhança é o fato de como em Jó aqui também é o próprio Deus quem faz a apresentação – “Eis aqui meu servo” (como havia feito no primeiro cântico 42.1).
            Os ouvintes/leitores conhecem os cânticos anteriores é já sabem que o Servo tem uma missão divina para realizar (42.1-4) e que implica em muito sofrimento (49.1-7; 50.4-7). O profeta omitiu propositalmente a razão do intenso sofrimento para agora, no último cântico, explicitar o grande motivo desse terrível sofrimento pelo qual o Servo voluntariamente (em obediência a Deus) terá que suportar.
É o próprio Senhor (Yahweh) que apresenta o Servo e os principais temas da poesia nos versos de abertura, que aparecem e reaparecem nos grandes movimentos centrais. Todos os comentaristas são obrigados a debater aqui a questão imposta sobre “quem” é esse Servo. Uma abordagem ampla sobre esses debates com as diversas opiniões pode ser encontrada no excelente comentário Albert Barnes - Notes on the Bible - referente a 52.13-15 a 53.1-12. Mas de forma bem pedagógica cito a explicação proposta por Stanley M. Horton em seu precioso comentário deste livro profético:
O uso da frase “o servo do Senhor” pode ser retratada como três círculos concêntricos, o círculo exterior é a nação de Israel como um todo, pois ela foi chamada para fazer uma obra para o SENHOR; o círculo mediano é o remanescente piedoso de Israel que foi fiel ao SENHOR, mas que não poderia fazer a grande obra que precisava ser realizada, a obra de redenção e restauração; e o círculo mais interior é o próprio Messias, aquEle que realiza essa obra pela sua morte e ressurreição (2003, p. 553).[2]
Eis que o meu servo procederá com sabedoria [prosperará];
será exaltado, e elevado,
e mui sublime (52.13)
            Apesar de todo sofrimento e humilhação a Ele infringido, conforme os cânticos anteriores, Deus mesmo declara que o seu Servo haverá de prosperar sobre tudo e sobre todos, pois procederá com sabedoria (administrará seu reino com admirável sabedoria).[3]
            Mas como tão bem afirmou Paulo a sabedoria de Deus é loucura para os sábios e entendidos deste mundo tenebroso (1Co 1.23-24). A sabedoria do Servo o leva a mais profunda humilhação, em plena obediência ao Senhor, se submete à dolorosa e vergonhosa morte de cruz sendo completamente abandonado por Deus (Deus meu! Deus meu! Por que me abandonastes!). E deste aparente fracasso Ele é elevado pelo próprio Deus ao lugar mais alto de honra e de glória. O mundo jamais compreendera esse tipo de sabedoria, bem como o evangelicalismo brasileiro hedonista.
Esse é um jeito estranho de ser sábio, um jeito estranho de governar, um jeito estranho de ser exaltado, um caminho irracional para ser bem sucedido. Tudo o que sabemos sobre ser bem sucedido, eficácia e exaltação diz que se deve afirmar-se para ser exaltado, mas jamais ser humilhado. A humildade certamente não é o caminho para conquistar o poder. Satanás apresentou a Jesus o caminho do sucesso e do poder, conforme seu “best-seller” lido por todos os poderosos deste mundo - um caminho que teria claramente contornado a humilhação da cruz (Mt 4.1-11). Quando Jesus estava na cruz, Satanás, através dos espectadores, fez a oferta final; Ele ofereceu-lhe a oportunidade de descer da cruz e começar seu reinado (Mt 27.38-44). As autoridades religiosas judaicas e o populacho extravasam seu repúdio a um pretenso “Messias” que se deixa pregar em uma vergonhosa cruz; e os seus próprios discípulos ficam atônitos e sem ação diante do Gólgota e o representativo desta sensação de profunda frustração está nos dois discípulos que retornam para Emaús, cuja mistura de dor e decepção embaçam seus olhos de tal maneira que não conseguem reconhecer o Jesus ressurreto que caminha e conversa com eles através da longa jornada de praticamente um dia inteiro (Lc 21.13-35).
No entanto, Jesus desde o princípio optou pela sabedoria do alto, escolheu o caminho do Servo - o caminho da humildade, o caminho da obediência, o caminho da cruz. E será assim que Ele prosperará. Pouco antes de proclamar que ele seria levantado (crucificado), ele disse: "Agora o juízo está sobre este mundo; agora o governante deste mundo será expulso" (Jo 12.31). A grande batalha que ele travou foi com Satanás, e a grande vitória foi vencida na cruz. Foi assim que Ele tem atraído milhares e milhares de pessoas para si mesmo. É assim que ele nos atrai para Ele mesmo. E é esta a razão pela qual Ele foi exaltado por Deus.  
            A sequência destas três formas verbais: exaltado, elevado e sublime,[4] refere-se à sequência dos eventos relacionados com o Servo: exaltado no sentido que emergirá de seu estado de humilhação; elevado, pois receberá honra continuamente; sublime, pois será alçado à sua glória eterna. Sem muito esforço é possível antever aqui os eventos ocorridos com Jesus Cristo em sua morte (humilhado), ressurreição (exaltado), ascensão (elevado) e entronização (sublime/glorificado).[5]
            Nenhum outro alcançou maior glória do que o Senhor Jesus Cristo. Sua exaltação se realiza em sua ressurreição, ascensão e entronização na glória celestial. Ele foi elevado acima de todos poderosos da história humana. Isaías declara que o Servo haverá de receber a mais alta exaltação. Será uma exaltação total e absoluta. Deus lhe dará um nome acima de todos os nomes. Portanto, Ele é o único que pode salvar/redimir/resgatar seu povo.
            No livro de Atos temos as declarações de exaltação de Jesus Cristo: “Ora, a este Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis” (2.32-33). “O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus dos nossos antepassados, glorificou seu servo Jesus, a quem vocês entregaram para ser morto e negaram perante Pilatos, embora ele tivesse decidido soltá-lo” (3.13; cf. versos 14,15 e 18). “Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, no apartar, a cada um de vós, das vossas maldades” (3.26). Atos (1.1-11) apresenta um relato histórico da ascensão de Jesus Cristo. O livro do Apocalipse nos apresenta de forma inigualável o Jesus Cristo glorificado, que governa todas as coisas e que virá para exercer sua prerrogativa de julgar os vivos e os mortos. Mas este não é o Jesus que interessa aos evangélicos hedonistas do século XXI.
Os versículos 14 e 15, que concluem a primeira estrofe, apresentam uma estrutura que se concentra na primeira linha do versículo 15, marcada com "X". As linhas "A" e "B" apresentam reação ao Servo do Senhor, e as linhas "1" e "2" apresentam a razão dessa reação.

Como pasmaram muitos à vista dele,
pois o seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer,
e a sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens. (52.14)
            de igual modo ele aspergirá muitas nações,
e reis calarão a boca por causa dele.
Pois aquilo que não lhes foi dito verão,
e o que não ouviram compreenderão. (52.15)

Os sofrimentos infligidos ao Servo foram de tal forma que impactou a todos que o contemplaram. Seu semblante ficou tão deformado que Ele perdeu as características de sua humanidade: “Sua forma foi tão mudada que quase não podiam dizer que Ele era um ser humano” (cf. Is 49.7 e 50.6).[6] Toda a dignidade humana lhe fora roubada de maneira que não se podia reconhecê-lo como uma pessoa. Jesus tornou-se "o sofrimento personalizado" conforme o poema deixa claro mais adiante. Seus sofrimentos foram algo espantoso e não somente físico, mas mental e espiritual.[7] É como se o profeta estivesse sentado ao pé do Calvário. Ele vê o Servo (Cristo) pendurado no madeiro depois de ter sido cruelmente fustigado, cheio de espinhos, ferido e açoitado. Seu rosto estava coberto de contusões e sangue. Mas esse Servo de Deus, que será brutalmente morto, será exaltado, e essa será outra visão que espantará os que O contemplarem em seu poder e glória.
Assim como os amigos de Jó as pessoas que vierem a contemplar tão grande sofrimento do Servo dirão que ele fez algo terrível para receber tão terrível castigo da parte de Deus, um pecador acima de todos os homens. Mas o resultado chocante de seus sofrimentos é a provisão de purificação não apenas para os israelitas de acordo com a carne, mas para todas as nações, isto é, nós também. O justo pelos injustos, o santo pelos pecadores, pois Ele estará sendo moído pelas nossas iniquidades e recebendo sobre si a sentença de morte de nossos pecados. Toda a justiça de Deus cairá sobre Ele, para não cair sobre nós e Ele será abandonado pelo Pai, para que nós possamos declarar em alto e bom som “Abba Pai”.
            O aspergir [borrifar][8] está frequentemente associada à purificação do pecado no Primeiro Testamento (Êx 24.8; Lv 3.6; Nm 19.21, Ez 36.25). Mas diferentemente agora todas as nações e não apenas Israel/Judá, terão pleno acesso ao perdão e salvação proveniente, não mais dos sacrifícios de animais levíticos, mas unicamente do único e perfeito sacrifício de Jesus Cristo (Servo) no Calvário.
Os reis da terra se calaram, o silêncio de reconhecimento da grandeza daquele que está diante deles. Aqueles de todas as tribos, povos e raças que  nunca souberam e nunca virão creram. Eles que nunca tinham ouvido as profecias do Primeiro Testamento de um Salvador (Messias) vindouro; eles que não tiveram a vantagem de séculos de ritual religioso (Tabernáculo, Calendário religioso Levítico, Templo) apontando para a necessidade do sofrimento vicário de um Cordeiro perfeito; mas na proclamação do Evangelho eles poderão ouvir e ver (perceber) a verdade gloriosa sobre o sofrimento do Servo, ou seja, que ele morreu pelos seus pecados. O apóstolo Paulo, instrumento para traduzir essa mensagem messiânica do Servo Sofredor para os gentios, concluindo sua exposição do Evangelho aos crentes da cidade de Roma, faz esta declaração maravilhosa para todos os povos: Mas antes, como está escrito [Isaías]: “Hão de vê-lo aqueles que não tinham ouvido falar dele, e o entenderão aqueles que não o haviam escutado” (Rm 15.21). Tudo aqui se encaixa harmoniosamente com a escatologia desenvolvida por Isaías de um reino messiânico universal.
            A exaltação de Cristo (Servo) é para abençoar, não para condenar (verso 13). O reconhecimento de sua grandeza é ilustrado pelo fato de que reis e nações se prostrarão diante Dele (cf. Is 49.23; Sl 76.12; 102.15; 107.40; 138.4; 148.11; Jó 12.21; ainda Is 41.2; 45.1; 49.7,22,23; 60.3,16).
A mensagem de salvação e dos poderosos feitos do Senhor que os demais povos nunca haviam ouvido ou visto, lhes serão anunciadas e eles contemplaram a grande salvação de Deus (Rm 15.21; cf. também 16.25,26). Mesmo sendo rejeitado por Sua própria nação, Ele será crido por muitos povos que nunca tinham ouvido falar sobre Ele.

Conclusão
            Estas primeiras estrofes que compõe o prólogo desse último cântico do Servo servem de preparação para a proclamação completa que se fará a seguir. A descrição da inversão da situação do Servo do Senhor causará um impacto profundo e intenso sobre as nações e poderosos da terra e serve para despertar o ouvinte/leitor de que o que virá a ser declarado é algo maravilhoso e grandioso.
            Provavelmente em nenhuma parte do Primeiro Testamento, há uma exposição tão clara do propósito pelo qual o Salvador morreu. Isaías precede de forma inigualável toda mensagem evangélica que se constituirá no Segundo Testamento. Nem mesmo os evangelistas, ou as mais profundas cartas paulinas e talvez o Apocalipse possa alcançar a sublimidade das palavras do profeta Isaias aqui proferidas setecentos anos dos eventos relacionados ao Senhor Jesus Cristo.


Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
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Referências Bibliográficas
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[1] A partir das interpretações judaicas ao longo dos séculos têm surgido inúmeras propostas diferentes para interpretar esses cânticos. O grande comentarista J. Ridderbos em seu precioso comentário sobre o livro de Isaias nos oferece uma ampla discussão sobre as mais importantes linhas interpretativas destes cânticos (1990, p. 338-345).
[2] Outra ilustração semelhante e muito pedagógica é a elaborada pelo comentarista bíblico Franz Delitzsch em que ele propõe que o conceito de servo poderia ser simbolizado por uma pirâmide: “A base era Israel como um todo; a seção central era aquele Israel, que não era meramente Israel segundo a carne, mas também segundo o espírito; o ápice é a pessoa do Mediador da salvação que sai de Israel.” (1889, p. s/n – 42.1).
[3] O Targum traduz assim essa frase: “eis que meu servo, o Messias, prosperará”. Temos aqui uma afinidade com os salmos de entronização nos quais Yahweh é reconhecido como Rei de Israel. O Calvário sempre foi loucura para os gregos e escândalo para os judeus, mas para todo crente ensina Paulo o Calvário é a “sabedoria de Deus” (1Co 1.24). A exaltação de Cristo, vencendo a morte, demonstra a sabedoria de Deus e a ignorância do ser humano decaído.
[4] “Sublime e elevado” são usados em combinação quatro vezes neste livro e em nenhum outro livro do Primeiro Testamento. Nos outros três lugares (6.1; 33.10; 57.15) são usadas para se referir a Deus. É possível que Paulo estivesse cantando essas músicas enquanto escrevia aos filipenses e escrevia seu hino cristológico: “assumindo a forma de um escravo ... ele se humilhou”, mas Deus “exaltou soberanamente” a Jesus (2.6-9). Também Atos: “teu santo servo” e “foi exaltado” 2.13, 26 e 33).
[5] O Targum tem aqui uma interpretação messiânica, tal como faziam os antigos rabinos como Aben Ezra e Alshech. Diz o Targum: "Eis que Meu Servo, o Messias, aparecerá". Banchama afirma que o Messias seria exaltado acima de Abraão e Moisés, e seria superior aos anjos ministrantes (assim diz Pesika, no Targum sobre Núm. 27.2).
[6] Não tem faltado comentarista que em harmonia com a interpretação judaica afirmam que a nação de Israel é o “servo” em decorrência de sua longa história de abusos sofridos. Mas tais intepretações acabam sendo prejudicadas pelo conjunto dos Cânticos que enfatizam a personalidade do Servo e não sua tipificação.
[7] Como tão bem vai descrever Lucas em sua narrativa evangélica do Getsêmani.
[8] A palavra traduzida como "borrifar/aspergir" também significa a “assustar”, ainda que o significado principal desta palavra seja "borrifar/aspergir". O termo também significa "sobressalto". Se o significado primário de uma palavra não se encaixa no contexto, então é possível selecionar um significado secundário ou metafórico que satisfaz essas exigências. Uma vez que o profeta está traçando um paralelo entre o assombro dos espectadores com a execução do Messias e o grande assombro dos reis quando o Messias está sentado em Seu trono de glória, é possível aceitar o significado "espanto" como o termo correto expressando a ideia do hebraico nesta conexão. Devemos, portanto, tornar a expressão: "ele deve surpreender muitas nações".

sexta-feira, 16 de março de 2018

Páscoa: Jesus no Cenáculo - Prelúdio (João 13.3)


Jesus sabia que receberia do Pai todas as coisas, que tinha vindo de Deus e voltaria para Deus. E como Ele amava aos seus discípulos! (Parafrase – Biblia Viva)
Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus, (Corrigida Fiel – Português)
Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder, e que viera de Deus e estava voltando para Deus; (Nova Versão Internacional – Português)
Jesus, sabendo que o Pai lhe entregara tudo nas mãos, e que viera de Deus e para Deus voltava, (Revisada – Português)

Texto Grego – Textus Receptus
13:3  εἰδὼς ὅτι πάντα ἔδωκεν αὐτῷ ὁ πατὴρ εἰς τὰς χεῖρας καὶ ὅτι ἀπὸ θεοῦ ἐξῆλθεν καὶ πρὸς τὸν θεὸν ὑπάγει. ειδως ο ιησους οτι παντα δεδωκεν αυτω ο πατηρ εις τας χειρας και οτι απο θεου εξηλθεν και προς τον θεον υπαγει

Como vimos o evangelista João inicia essa grande perícope com um pequeno proêmio o qual já vimos os dois primeiros versos e concluímos com o exame desse terceiro.
Esse verso três retrata o autentico Jesus joanino como aquele que recebe plenos poderes de Deus, de maneira que é plenamente livre e soberano sobre tudo e todos que estão envolvidos nos acontecimentos acontecendo e os que seram desdobrados, pois a hora havia chegado.
Esse verso é fundamental para deixar bem claro ao leitor e ao crente em todas as épocas de que tudo que concerne aos mínimos detalhes dos acontecimentos que compõem a Paixão são muito mais ações de Jesus, do que ações passivas de sofrimento e morte, decorrente de sua perfeita união com o Pai (Deus), que seus próprios discípulos compreederam apenas após o Pentecostes, pois sem a capacitação do Espírito Santo ninguém haverá de compreender está unidade divina.  
Jesus sabia:[1] Uma vez mais o evangelista enfatiza que Jesus tem pleno conhecimento de tudo que está e vai ocorrer nas horas subsequentes “Jesus sabia” (cf. 6.61; 13.1.3; 18.4; 19.28), ele é aquele que executa a ação aqui. Sabia antes, sabe agora e continuara sabendo, este é o fundamento da paz e das ações de Jesus. Todos haverão de surpreender com cada detalhe que está por vir, menos Jesus que tudo sabe de antemão. Sabe que Judas haverá de traí-lo; sabe que Pedro haverá de negá-lo; sabe que todos irão abandoná-lo; sabe que os lideres religiosos e políticos de Jerusalém se uniram para mata-lo; sabe que será humilhado e desprezado por aqueles pelos quais havia deixado sua glória; sabe que o final deste tempo é a cruz e este cálice o Pai não vai deixar passar; mas sabe também que vencerá a morte com sua ressurreição. Jesus sabe todas as coisas!
É difícil para nós imaginarmos. Quantas vezes desejamos saber cinco minutos, cinco horas ou cinco dias do nosso futuro! E, no entanto, se pudéssemos, poderíamos optar por evitar o caminho que estará diante de nós. Mas Jesus, conhecendo de antemão os terríveis acontecimentos ainda por acontecerem, permaneceu firme em Seu caminho pré-estabelecido em plena submissão ao Pai. Ele podia ver não apenas a cruz, mas também contemplava a coroa. Por esta razão Ele suporta tudo com serenidade sem que sua mente entre em colapso no limiar do Getsêmani e do Gólgota.
O evangelista nomeia três coisas que Jesus sabia:
que o Pai tinha dado[2] (entregue) nas suas mãos todas as coisas [= semitismo para “todos”): é expressão paralela em 3.35 “o Pai ama o Pilho e tudo pôs em suas mãos”. O termo todas as coisas”,[3]  inclui tudo o que existe, tanto no céu como na terra. Ele tinha toda autoridade do Pai (Mt 11.27; Lc 10.22). Colocar todas as coisas nas mãos de alguém, ou debaixo de seus pés, é equivalente a dar-lhes autoridade sobre tudo e fazer o que assim desejar e da forma que desejar. Tudo que Jesus haveria de fazer será com plena consciência de sua divindade e messiado. Tudo está nas mãos de Jesus, inclusive sua própria vida, a qual ninguém poderia toma-la, a não ser que Ele mesmo a desse espontânea e livremente (cf. 10,18: Está em minhas mãos entregá-la [a vida] e está em minhas mãos recuperá-la. Este é o mandamento/encargo que recebi do meu Pai). – como o fez!
E nesse “todas as coisas” estão também os nossos pecados. Deus, o Pai, colocou todo o pecado em sujeição ao nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 19.28-30; Cl 1.20; Hb 4.15; 9.22; 1Co 15.54-57).
e que havia saído [enviado] de Deus: é uma frase única de João (cf. 8.42; 13.3; 16.28,30; 17.8), trazendo a ideia de origem (divina), de lugar (céus) e também de porque, o motivo e a razão pela qual se “afastou” momentaneamente do Pai e da sua glória. Há um foco em sua preexistência, sua natureza divina eterna em perfeita e absoulta comunhão com o Pai (estava desde o principio com Deus [Pai] e era Deus). Como Deus, todas as coisas estão em suas mãos. Ele é co-igual, co-infinito e co-eterno com Deus o Pai e com Deus o Espírito Santo. Como Deus, Jesus Cristo se tornou homem sem abri mão de Sua Divindade. O apóstolo Paulo ensinou aos filipenses que Jesus abriu voluntariamente mão de sua glória eterna (não de sua divindade), para assumir a plenitude de nossa humanidade.
Ele não foi coagido a vir, veio motivado pelo mesmo amor do Pai pelo ser humano perdido “vim buscar e salvar os perdidos”. Todo o mistério da encarnação de Jesus está relacionado à separação momentânea do Pai, pois Ele deixou a presença de Deus como o "Enviado", mas após sua morte e ressurreição, Ele haverá de retornar à glória que ele tinha com o Pai antes dos tempos eternos Esse tema de que Jesus foi enviado [saído] da parte de Deus Pai é recorrente nesse evangelho por mais de quarenta vezes. Esta é a origem que o mundo não conhece (cf. 3.8; 7.27s; 8.14) e somente após uma conversão efetuada pelo Espírito Santo (como no Pentecostes em relação aos discípulos) é que alguém pode realmene discernir a divindade do Filho.
Algumas razões pelas quais Jesus precisou assumir a plenitude de nossa humanidade:
§  Jesus Cristo teve que se tornar verdadeiramente humano para ser o nosso Salvador (Fp 2.7-8; Hb 2.14-15).
§  Jesus Cristo teve que assumir nossa humanidade para se constituit no único mediador entre nós e Deus (Jó 9.2, 32-33; 1Tm 2.5-6).
§  Jesus Cristo teve que assumir nossa humanidade para ser o nosso Sumo Sacerdote (Gn 14.18-20; Hb 7.4-5, 14, 28; 10.5, 10-14)
§  Jesus Cristo teve que tornar-se verdadeiramente humano para ser o nosso rei e governante para sempre (cumprir a Aliança davídica 2Sm 7.8-16; Sl 89.20-37; linhagem de José (Mt 1.6) e a linha de Maria (Lc 3.31).
e voltaria para Deus:  (cf. João 7.33; 14.12,28; 16.5,10,17,28; 20.17). Aqui temos mais um dualismo típico de João - acima vs. Abaixo. Os versos 1 e 3 sintetizam o movimento do Verbo feito carne: saiu do Pai e veio ao mundo; agora sai do mundo e regressa ao Pai. Ele tinha vindo "de" (apo - ἀπὸ) Deus e estava voltando "para" (pros - προς) Deus, mais especificamente refere-se ao "lugar de Deus", Sua sala do trono, este é o lugar para onde Jesus Cristo está retornando; para estar sentado à direita do Pai, onde todas as coisas estaram sujeitas a Ele.
Jesus sempre teve plena consciência de onde veio e para onde voltaria e enquanto discutia com os fariseus no templo ele declara: “Mesmo que eu testifique sobre mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, pois sei de onde eu vim e para onde eu vou” (João 8.14). Mas entre os dois movimentos - existe a cruz. Ante de voltar ao Pai é necessário sorver todo o cálice do sacrifício e da morte. Mas, Jesus Cristo ressuscitou e venceu a morte, como cantavam os primeiros cristãos: Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo (1Co 15.55-57).
Mas este caminho de volta ao Pai tem três etapas: 1) Ressurreição, 2) Ascensão e 3) Entronização.
1)    Ressurreição: é o fundamento da nossa fé, posto que atesta de modo incontestável que Deus interveio na história humana para salvar os pecadores. O apóstolo Paulo deixa claro a supra importância desta verdade da resssurreição de Cristo: “se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé e vã nossa pregação” (1Co 15.17). A ressurreição é a manifestação do poder de Deus que comunica vida aos pecadores “mortos em seus delitos e pecados” por meio de Jesus Crito. Ele é o primogénito entre os mortos e todos ressuscitaremos por Ele e n’Ele.
2)    Ascensão e Entronização: Com a Ascensão, que sucedeu quarenta dias após a Ressurreição (cf. Atos 1.9-10) e sua Entronização, termina a missão de Cristo, ou seja, a sua encarnação para realização do projeto salvador de Deus. A Ascensão é sinal da nova situação de Jesus. Assenta-se à direita do Pai, não somente como o Filho eterno, mas também enquanto verdadeiro Homem, vencedor do pecado e da morte. A glória da Ressurreição completa-se agora com a pública entronização nos céus como Soberano da criação, junto do Pai, onde recebe a adoração e o louvor dos seres celestiais e reina soberanamente, como tão maravilhosamente descrito no livro do Apocalipse.
Se na sua encarnação Ele nos redime dos nossos pecados e nos reconcilia com Deus, na sua Ascensão e Entronização Cristo nos introduz na glória celestial. Ele é o Segundo Adão, o Cabeça da Nova Criação que Deus está realizando por meio dele. Sentado à direita do Pai, Jesus continua o seu ministério de único Mediador entre nós e Deus.
E completando este quadro maravilhoso, dez dias depois da Ascensão ao céu, Jesus enviou o Espírito Santo aos discípulos conforme havia prometido. O Espírito Santo continua a obra salvifica de Cristo, regenerando e introduzindo os pecadores e inserindo-os na Igreja de Cristo, que é o Seu Corpo espiritual.
            Lamentavelmente os evangélicos brasileiros tem minimizado ano após ano estas verdades tão extraordinárias da Ressurreição, Ascensão e Glorificação de Jesus Cristo. Até pouco tempo ainda tínhamos em muitas igrejas evangélicas históricas os chamados cultos das sete palavras; o culto da ressurreição pelo domingo de manhã, mas nesses últimos tempos até mesmo isso tem sido demarcado por templos esvaziados, como se tratasse de meras tradições religiosas de pouco importância. Quanto a Ascensão e Entronização são raríssimas as igrejas que as incluem em suas liturgias dominicais, como se fossem apenas tradição católica romana e não verdades eternas que emanam das páginas bíblicas do Segundo Testamento.
Desta forma desde a cena de Betânia (12.1), esta última Páscoa já não é mais a Páscoa dos Judeus, mas a Páscoa de Jesus, o Cordeiro de Deus que libertará a humanidade do seu pecado. Ela será a Páscoa da libertação do ser humano escravizado pelo pecado: possibilitar-lhe-á o êxodo das trevas para a luz (8.12; cf. 4.34), inaugurará a vida e a festa (7.37); será o último dia (cf. 6.39; 6.40; 7.37), em que tudo ficará concluído (19.30).

"Ele saiu de Deus sem deixá-Lo;
 e ele vai a Deus sem nos abandonar "
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Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
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Referências Bíblicas
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[1] No grego é o mesmo que "sabendo" e pode ser qualquer um dos dois significados. Aqui talvez fosse preferível “porque Ele sabia”. É a palavra grega “eidon” (εἶδον) como um particípio do verbo no Tempo Perfeito, Voz Ativa e Caso Nominativo.
[2] É verbo grego  “edoken” (ἔδωκεν) no Tempo Aoristo, na Voz Ativa e Modo Indicativo de “didomi” (δίδωμι) que significa dar; conceder, permitir, colocar; nomear; estabelecer; entregar, causar”.
[3] Essas serão as últimas palavras de Jesus aos seus discípulos antes de ascender aos céus: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra, portanto, ide e pregai o evangelho a toda criatura" (Mateus 28.18).