segunda-feira, 12 de março de 2018

Jó um Conto da Realidade Humana: Fechando o Balcão de Negócios



            Estamos nos aproximando de mais uma Páscoa e as mais diferentes cenas relacionadas à última semana de Jesus com seus discípulos começam a serem resgatadas das páginas evangélicas. Uma dessas cenas é aquela em que Jesus caminha com seus discípulos pelos pátios externos do magnifico Templo de Jerusalém, embelezado pelo dinheiro público e corrupto de Herodes, o Grande, um dos mais sanguinários governantes daquela época, o mesmo que mandou matar os meninos de dois anos para baixo, na tentativa de eliminar seu possível adversário ao trono – o bebê rei que os sábios orientais buscavam para homenagear.
            Enquanto caminham pelos pátios apinhados de gente de todos os lugares da Palestina judaica e dos países próximas e distantes, pois se comemorava a festa da Páscoa, a mais importante do calendário religioso judaico. Não era a primeira vez que Jesus estava no Templo, conforme a narrativa joanina essa seria essa a terceira vez na companhia de seus discípulos. Mas, de forma totalmente inusitada e abrupta, Jesus tomado de uma fúria até então nunca presenciada pelos seus companheiros e amigos, começa a expulsar os mais diversos negociantes e vendedores ambulantes que ocupavam todos os possíveis espaços físicos dos pátios exteriores do Templo.
Suas palavras eram contundentes e plenas de zelo e amor por um lugar que deveria prezar pela santidade e adoração exclusiva ao Deus e Pai, ao Deus Redentor, que os havia tirado da escravidão do Egito e os conduzirá à terra Prometida. O evangelista Marcos oferece a versão mais longa desta cena:[1]
Quando chegaram de volta a Jerusalém, Ele foi para o templo e começou a expulsar os negociantes e seus fregueses, derrubando as mesas dos cambistas de dinheiro e as barracas dos vendedores de pombas impedindo que alguém carregasse mercadorias pelo templo. E dizia-lhes: "Está nas Escrituras: Meu templo deve ser um lugar de oração para todas as nações', mas vocês o transformaram num esconderijo de ladrões”.
            Para nos fazer corar de vergonha (conforme oração de Daniel), raramente Jesus caminharia pelos “corredores” das magnificas Catedrais Cristã sem sentir o mesmo asco e a mesma ira que sentiu naquele momento da narrativa evangélica. No transcorrer de sua história a Igreja Cristã vendeu e se vendeu sem qualquer escrúpulo. Os negócios e acordos mais espúrios e inimagináveis foram realizados à sombra das grandes Catedrais. A máxima de quanto maior o poder, maior é a corrupção, pode ser vista nos milhares de registros oficiais ou apócrifos (não oficiais) da história do cristianismo.
            E para nos fazer corar de vergonha esse mercado da fé cristã continua fortemente atuante nas mais diversas expressões da religião cristã evangélicas. E mesmo naquelas que se autodenominam históricas, ou seja, advindas do grande movimento reformador do século XVI (e mesmo durante aquele movimento) o balcão de negócios jamais se fechou ou mesmo diminuiu de intensidade, apenas e tão somente se adaptou às novas nomenclaturas. Os interesses mercantilistas e narcisistas continuam predominando de forma generalizada em toda a cristandade quer seja nos países ricos ou nos países mais miseráveis. Os atuais “Sumos Sacerdotes”, com suas mais criativas nomenclaturas, continuam controlando o poder e a circulação das mais diversas “mercadorias”, oferecidas aos que afluem para os lugares que deveriam ser para exclusiva adoração e louvor ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
            Esse balcão de negócios tem um nome: retribuição e atualmente é conhecida também por teologia da prosperidade. E assim como Jesus naquele ato extremo repudiou o comportamento nefasto dos mercadores e seus mentores revestidos de autoridade religiosa, a história e a vida de Jó e tudo que aconteceu com ele é a forma que Deus encontrou para confrontar o pensamento equivocado e retributivo do próprio Jó, sua esposa e seus amigos.

Essa forma de retributiva de pensar é natural do ser humano. Esperamos sempre alguma recompensa por algo de “bom” ou “certo” que venhamos a fazer, mesmo quando simplesmente o que fazemos seja apenas um dever ou obrigação. Não matamos, roubamos ou cobiçamos e achamos que merecemos alguma retribuição divina por isso. Creio que o astuto e ardiloso Jacó (antes de virar Israel) foi um dos pioneiros a desenvolver esta nefasta teologia. E aqui fica uma sugestão para que os mentores da famigerada “teologia da prosperidade” posso renomear de “teologia de Jacó”.
            O jovem Jacó havia passado a perna (ludibriado) seu irmão Esaú e recebido de seu pai Isaque a benção da primogenitura. O irmão frustrado e enraivecido promete que assim que passasse os dias de luto do velho pai, iria mata-lo. Sua mãe Rebeca, que ajudara na armação da ação enganadora, envia Jacó para as terras distantes onde havia parentes próximos deles, mais precisamente um irmão dela de nome Labão (o que se pode esperar de um tio com esse nome).
            No transcorrer de sua jornada solitária ele cansado deita-se para dormir e tem uma visão em sonho de uma escada que ligava o céu e a terra e anjos desciam e subiam através dela. E Deus reitera a ele as mesmas promessas da Aliança que havia firmado com seu avô Abraão e seu pai Isaque. Acordando ele ergue um altar com pedras e faz uma declaração de fé: certamente Deus está nesse lugar e deu o nome de Betel (Casa de Deus).
Era a grande oportunidade de Jacó se relacionar mais intimamente com seu Deus, que acabara de se manifestar a ele de forma especial. Em vez de enxergar a oportunidade de se humilhar e adorar a Deus, o que Jacó vê é uma grande oportunidade de negociar e levar vantagem com Deus. E sem qualquer pudor ou dúvida (qualquer semelhança não é mera coincidência com os Jacós atuais) ele faz a seguinte proposta retributiva para Deus: “Se o Senhor me abençoar ... eu lhe darei o dizimo (décima parte) de tudo que conseguir”.
E assim caminharam os israelita-judeus e assim têm caminhado os cristãos em sua longa história. “Se eu fizer a minha parte o Senhor tem que fazer a dele”. O Jacó de ontem e o Jacó de hoje não entende absolutamente nada do que seja um relacionamento com Deus. Em seu sonho-visão Deus havia acabado de declarar todas as bênçãos que lhe sobreviria:
No sonho o Senhor apareceu a Jacó e disse: "Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão e de Isaque, seu pai. Vou dar a você essa terra na qual está deitado. Será sua e dos seus descendentes. Os seus descendentes serão tantos que serão como o pó da terra! Eles cobrirão o território todo, de norte a sul e de leste a oeste. Todas as nações da terra serão abençoadas por meio de você e dos seus descendentes. E o que vale mais é que eu estou com você. Pode contar com a minha proteção, aonde quer que vá. E esteja certo de que eu trarei você de volta a esta terra, são e salvo. Porque estarei sempre com você, até cumprir tudo que estou prometendo" (Gn 28.13-15).
            Jacó precisava apenas crer e continuar sua caminhada, não havia qualquer razão ou motivo para ele tentar fazer um “acordo” com Deus. Ele receberia tudo graciosamente.
A Questão da Retribuição no Livro de Jó
            O contexto histórico do livro de Jó é o período patriarcal. Nesse tempo de Jó (e Jacó) ainda não temos a revelação escrita, que viria muitos séculos depois com Moisés.
            O pensamento “teológico” nesse momento é simples, mormente formada por alguma herança religiosa oral e na contemplação da natureza. Logo no inicio da narrativa vemos a cena muito comum de Jó, como sacerdote de sua família (casa) levanta-se ao amanhecer para oferece sacrifícios a Deus em favor dele e dos seus familiares.
            O prologo tem como objetivo mostrar que Jó era um homem temente a Deus e que tinham um bom testemunho, referendado pelo próprio Deus: meu servo Jó. Todos que viviam em sua casa, quanto os seus amigos e vizinhos não tinham o que apontar contra Jó.
            Tomamos conhecimento de que ele era um homem de grandes posses e poder econômico. Certamente nos dias atuais ele seria um maioral do agronegócio. E dentro do pensamento teológico popular a prosperidade de Jó era uma ação retributiva de Deus, pois como vimos acima ele era um homem temente (crente) a Deus e cumpria todas as prescrições religiosas conhecida de forma voluntária, pois naquele tempo nem havia a Lei (Moisés) e em retribuição Deus o abençoava. E essa tese é exposta claramente no argumento de Satanás diante de Deus, de que Jó é um hipócrita religioso, pois somente é “justo e integro”, ou seja, temente a Deus, porque está acercado das bênçãos materiais e lança o desafio: tira tudo que ele tem e verá como te nega.
            Deus aceita o desafio proposto por Satanás, que será repetido depois em relação à saúde física dele, não porque sabia que Jó não o negaria (pois sempre foi Deus quem o sustentou e sustentaria), mas porque Deus quer ensinar a genuína teologia percebida na vida de Abel, Enos, Enoque e revelada de forma padrão na vida de Abraão (chamado o pai da fé). Todos esses e muitos outros não mencionados nas páginas da bíblia, se relacionaram com Deus de uma forma pessoal e sem resquícios retributivo.
            Tudo que vai acontecer no transcorrer da história de Jó vai desconstruir por completo toda a estrutura teológica retributiva tão cuidadosamente elaborada pelos mais competentes sábios (atuais teólogos sistemáticos) da época patriarcal.
            Na medida em que Satanás vai tirando uma a uma tudo que Jó possuía, até que não lhe restou absolutamente nada, inclusive os seus amados filhos, coroa das bênçãos divina, toda a estrutura teológica retributiva vai ruindo juntamente com ele.
            Sua esposa e seus amigos e o próprio Jó ficam completamente abismados e sem poder compreender o que está acontecendo. É sintomático o fato de que ao chegarem e se depararem com a desgraçada situação em que Jó se encontra, seus amigos ficam em silêncio, sem emitirem uma única palavra (durante os sete dias seguintes, os três se sentaram junto com Jó, sobre a cinza, sem dizer uma única palavra). Um tempo completo (sete) de total e absoluto silêncio, não apenas pela situação degradante do amigo, mas porque eles não podiam entender e aceitar o que estava acontecendo com ele. Não fazia sentido, pois eles conheciam Jó, sabiam que ele era “sincero e justo, obediente a Deus e cuidadoso para não cometer pecado!” (1.8).
            O silêncio deles foi a única saída para tentarem inserir aquela cena caótica e deprimente na sua teológica retributiva, mas quanto mais pensavam, menos entendiam. Quanto mais tentavam ajustar a cena à suas teologias, mais estupefatos ficavam. Só lhes restava então se refugiarem no silêncio.
            E quando os amigos resolvem abrir a boca no esforço de ajustarem a atual realidade de Jó à teologia retributiva, um a um fracassam e retornam ao seu silêncio. E o próprio Jó, que apesar de toda perda e sofrimento, não abdicou de sua fé e confiança em Deus (Bendito seja o nome do Senhor!), quando tenta se encaixar nesse contexto teológico retributivo, não consegue.
            É extremamente significativo o fato de que do capítulo três até o capítulo trinta e sete há um completo silencio da parte de Deus. Somente no capítulo trinta e oito Deus fala com Jó em meio a uma tempestade (representativo da própria situação de Jó). E somente a partir da fala de Deus é que Jó consegue encontrar sentido em todo aquele caos (aqui temos o reflexo do capítulo primeiro de Genesis, quando Deus fala e trás ordem e beleza aonde havia somente o caos e escuridão).
            É a partir do momento em que Deus fala que Jó pode reformular toda sua teologia, jogando no lixo a ideia retributiva, e restaurando a teologia original da plena soberania e graça de Deus:
ENTÃO JÓ RESPONDEU ao Senhor: Agora eu compreendo que o Senhor pode fazer tudo que quiser e que ninguém pode impedir o Senhor de realizar seus planos. O Senhor perguntou quem foi o ignorante que tentou negar a sua sabedoria e justiça; fui eu, Senhor. Falei de coisas que eu não entendia, coisas que eu não conhecia, pois eram maravilhosas demais para mim. O Senhor me disse: Escute-me e eu lhe farei algumas perguntas que você deve responder. Agora eu respondo: Somente agora eu conheço o Senhor de verdade! Antes eu só O conhecia de ouvir falar. Por isso, eu me arrependo de meu orgulho e me cubro de terra e de cinza para mostrar minha tristeza.
A Conversão de Asafe no Salmo 73
            Mesmo tendo conhecimento da história de Jó, o cantor e compositor Asafe, um dos responsáveis pelo culto diário no Templo de Jerusalém, experimenta uma crise teológica avassaladora. Sua crise de fé é semelhante à de Jó e seus amigos, pois como aqueles partilham de uma mesma teologia retributiva.[2]
E tudo começa na medida em que Asafe olha a vida de seu vizinho, com seu estilo mundano e ímpio de viver e compara com sua forma religiosa justa e integra (ao menos aos seus olhos). E quanto mais Asafe tenta entender menos entende e mais confuso ele fica. O seu vizinho ímpio prospera a passos largos, enquanto ele vive dentro de um padrão de vida mediana, com um coberto cada vez mais curto (ainda que os medidores econômicos dissessem que não há inflação). Até a família do vizinho é mais saudável do que a dele, pois acabara de chegar de uma consulta desmarcada do SUS, porque o médico não veio para o plantão.
A crise de Asafe alcança um ponto nevrálgico onde ele cogita em chutar o balde e esquecer esse negócio de religião e de fé: “Mas eu quase tropecei e caí. Por pouco abandonei o caminho certo” (v. 2). “será que foi à toa que eu me esforcei para não pecar e permanecer puro? Veja qual foi o resultado: sofrimento e problemas durante toda a vida!” (v. 13-14). “Quando meu coração ficou revoltado contra Deus, as minhas emoções entraram em guerra dentro de mim; agi como um irresponsável, como um louco ignorante diante de Ti” (v. 21-22).
Mas assim como aconteceu com Jó, Deus fala com Asafe: “Até que um dia, quando estava no templo de Deus, entendi [comecei a entender]” (v. 17). E finalmente Asafe joga fora sua teologia retributiva e retoma (conversão) seu relacionamento sob a perspectiva correta da soberania e graça de Deus e como Jó ele faz uma das mais lindas declarações de fé de toda a bíblia: Quem mais, tenho eu, além de Ti? Ninguém! Aqui na terra, o que eu mais desejo é a tua presença. Minha saúde pode acabar, meu coração ficar doente, mas Deus é a fortaleza da minha vida. Ele [Senhor] é a minha eterna riqueza [meu bem maior; meu bem mais precioso]!”
O evangelicalismo hedonista brasileiro nada mais é do que uma versão moderna da teologia retributiva, a religião tornou-se um balcão de negócios e a única solução é uma conversão a Deus. Assim como e Asafe necessitamos retornar à única teologia bíblica da soberania e graça de Deus. Assim como Jesus fez no Templo de Jerusalém, precisamos expulsar o balcão de negócios em que se transformou o nosso coração e a nossa , que deveria ser exclusivamente para e em Deus somente. Precisamos ver novamente a glória de Deus como Jó viu (mas agora meus olhos te veem) e recolocar Deus como o centro de nossa vida como Asafé fez (o Senhor é a coisa mais importante da minha vida) e ouvirmos o que Deus disse reiteradas vezes ao velho apóstolo Paulo: “A MINHA GRAÇA TE BASTA”.
            Concluo fazendo uma adaptação com muita liberdade do refrão de uma música evangélica que se tornou muito popular: [3]
Porque o Senhor é meu Bem Maior ...
Entra na minha casa,
Entra na minha vida,
Mexe com minha estrutura
Sara todas as feridas
Me ensina a ter santidade
Quero Amar somente a TI.


Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Historiologia Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/

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Referências Bibliográficas
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[1] Mas é significativo que Lucas, o mais sucinto dos sinóticos nesse registro, coloca antes a cena maravilhosa de Jesus contemplando não apenas o Templo, mas toda a cidade de Jerusalém e chorando por causa de seus habitantes, cujos corações embrutecidos haveria de condená-los à morte eterna. Ele seria morto, mas ele ressuscitaria, entretanto, aquelas pessoas iludidas por sua religiosidade com base na retribuição e/ou autojustiça através da observância dos preceitos legais, haveriam de enfrentar o tribunal de Deus.
[2] Os discípulos de Jesus em determinado momento de sua caminhada expressão essa mesma teologia retributiva quando perguntam a Ele: "Nós deixamos tudo para seguir o Senhor. Que vantagem vamos tirar disso?" (Mt 19.27). Jesus passa quase três anos desconstruindo a teologia retributiva da mente de seus discípulos e construindo a teologia do Reino de Deus (soberania e graça). O Evangelho de Cristo é totalmente antagônico a qualquer tipo de teologia retributiva. 
[3] "Faz um Milagre em Mim" é uma canção gospel que rendeu diversas premiações e um disco de diamante triplo do álbum Compromisso. Em 2009 a canção atingiu recorde de execuções, tornando-se um hit popular em todo país, fazendo sucesso entre todas as classes sociais, religiões, programas.

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