sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Natividade o ano Inteiro: O Bebê que Salvou o Mundo (João 1.1, 14)


            Como um pequeno e frágil bebê salvou o Mundo? Qual o nome dele? Seu nome hebraico é Yeshua, mas ele ficou conhecido no mundo inteiro como Jesus. E como ele exatamente salvou o mundo? Vejamos o começo, o inicio, o verdadeiro começo da história do Natal:

No início era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus... E a Palavra tornou-se carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, glória como do único Filho do Pai, cheio de graça e verdade (João 1.1; 14).

            Como Jesus salvou o mundo? Simplesmente nascendo! O Deus eterno e glorioso tornou-se “carne”, tornou-se gente como a gente, viveu a nossa vida, morreu a nossa morte, para que pudéssemos viver a Sua vida.

Quem é a Palavra? O evangelista declara que Palavra estava com Deus "no começo". É uma frase do Gênesis capítulo 1. E não só a Palavra estava com Deus "no início da criação", mas a Palavra era Deus.

O bebê Jesus salvou o mundo simplesmente por nascer porque Seu nascimento significava que o próprio Deus adentra a nossa história. Mas não só entre nós; o Filho de Deus tornou-se um de nós e essa verdade significa que nada poderia ser o mesmo novamente. Este mundo, a História, minha vida tudo e todos foram afetados pelo nascimento deste bebê.  

É preciso deixar claro que Jesus não veio remendar a História humana, Jesus nasceu para transformar radicalmente a História da humanidade. E nem Herodes ou o inferno inteiro poderia impedir. Pois Ele está cheio de graça e verdade, que vai abalar as estruturas deste Mundo. Aquele bebê em uma manjedoura em um vilarejo na Palestina imperceptível no mapa mundial, vai transformar a História humana, como ninguém jamais o fez ou haverá de fazer.  Todas as estruturas humanas serão afetadas e tudo e todos haverão de se subordinar à Sua soberania.

Aquele bebê colocado em panos naquela manjedoura tornou-se homem, e cumprindo seu propósito eterno deixou-se pendurar em um maldito madeiro- morrendo a nossa morte, da forma mais cruenta possível. Mas como nenhum outro ser humano foi capaz de fazer Jesus rompe os grilhões da morte – Ele ressuscita, para nunca mais morrer. E agora, todo aquele que nele crê experimenta da Sua vida!

A grande questão hoje é: você crê que a Palavra se fez carne e habitou entre nós? A sua resposta definira o seu futuro, não apenas aqui neste mundo, mas na eternidade!

A oferta natalina de Jesus vale o ano inteiro – Vinde a Mim para que tenham vida! Hoje pode ser o seu Natal, o dia em que Jesus Cristo nasce em seu coração e transforma a sua vida. Em Cristo você torna-se uma nova criatura ou parte integrante da nova criação; nele seus pecados são perdoados e você agora, livre da sentença de morte que pesava sobre sua vida, pode ser reconciliado com Deus e usufruir da paz que excede todo o entendimento.  

            O nosso Natal, o Natal evangélico é comemorado o ano inteiro, pois vemos a Sua glória como do Unigênito do Pai. Hoje é tempo de Salvação! Creia no Senhor Jesus Cristo e passe a celebrar conosco o Natal o ano inteiro. Um Natal “cheio de graça e verdade”.  

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
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terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Exegese no Evangelho Segundo João (4.24) - Contexto Remoto


 

A divergência cúltica existente entre os samaritanos e os, judeus tem sua origem na divisão do reino de Israel.

Após a morte de Salomão, a nação foi dividida em duas partes: o reino do sul (Judá), com sua capital política-religiosa em Jerusalém; o reino do norte (Israel), com sua capital inicialmente em Siquém.

Jeroboão, reinando em Israel, tinha um sério problema, pois seus súditos continuavam tendo Jerusalém como centro cúltico. Para alcançar seus propósitos políticos, ele constituiu dois centros cúlticos, sendo um em Dã, e outro em Betel, que se localizavam nos dois extremos do reino. Não satisfeito, prolifera os altares nos altos; estabelece uma nova ordem de sacerdotes que não pertence à tribo de Levi; estabelece seu próprio calendário religioso; e finalmente, oferece sacrifícios no altar em Betel (cf. I Reis 12.25-33).

Somente no reinado de Onri a cidade de Samaria é estabelecida (1Reis 16.4), que veio a se constituir na capital do Reino do Norte e passou a ser o centro religioso dos israelitas. Posteriormente Samaria passou a ser uma referência de idolatria e promiscuidade religiosa (Is 8.4; 9.9; Jr 23.13; Ez 23.4; Os 7.1; Mq 1.16).

Após sua invasão pela Assíria (2Reis 17.3 ss.) e os israelitas levados em cativeiro, conforme a politica de conquista assíria a região da Samaria foi repovoada por vários grupos étnicos (2Reis 17.24), que trouxeram seus próprios deuses e cultos, favorecendo uma miscigenação sincretista entre estes e uma minoria remanescente de samaritanos israelitas.

No período de Neemias, os samaritanos tentam uma reaproximação com os judeus, mas não são aceitos (Neemias 13.28 ss.). Após serem rejeitados, partem para a construção de seu próprio templo no monte Gerezim, que se constitui, nas palavras de Russell Norman Champlin, na "divisão real entre os descendentes dos grupos religiosos que constituído os reinos de Israel e de Judá" (1991, p.89).

Mas no ano 128 a.C., João Hircano, um dos reis macabeus, destruiu completamente este templo. Mas, como esclarece o comentarista bíblico G. Hendriksen: "Os adoradores, não obstante, continuarem a oferecer seu culto em cima da montanha, onde havia se levantado o sagrado edifício” (1980, p. 172).            É por isso que a mulher samaritana em seu dialogo com Jesus não faz referência ao templo, mas ao monte (João 4.20).

A grande deficiência do culto samaritano é que se derivava apenas do Pentateuco, urna vez que os demais livros do Velho Testamento eram desconsiderados pelos samaritanos. Deste modo, o culto deles era totalmente destorcido, em relação ao culto verdadeiro, exigido por Deus, e que se acha amplamente revelado na totalidade das Escrituras.

É dentro deste amplo contexto histórico que se desenvolve parte do diálogo de Jesus com a Mulher samaritana, no que concerne à questão da adoração.

Estrutura do Contexto

            O pensamento central da perícope (4.19-24) é a questão da adoração. Os adoradores devem adorar ao Pai (Deus) em espírito e verdade, independentemente do local geográfico. É possível visualizarmos no gráfico abaixo:

 


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Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
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 Referências Bibliográficas

BRUCE, F. F. João – Introdução e Comentário. 2ª ed. São Paulo: Vida Nova & Mundo Cristão, 1990.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado, v. 2, 2ª ed. São Paulo: Milenium, 1987.

HENDRIKSEN, Guilhermo. Juan – comentário del Nuevo Testamento. Michigan: Subcomision Literatura Cristiana de la Iglesia Cristiana Reformada, 1980.

ROBERTSON, A. T. Imágenes Verbales em el Nuevo Testamento. v. 5. Barcelona: CLIE, 1990.

TAYLOR, W. C. Evangelho de João – tradução e comentário. v. 2. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1957.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

A Ira de Deus - o silêncio é ensurdecedor

 


            Nestes dias em que a graça de Deus não apenas é barateada, mas ultrajada e vilipendiada, não apenas pelos céticos e ateus, mas infelizmente por uma grande parcela dos que se autodenominam evangélicos modernos, mencionar a “Ira de Deus” é uma aberração inaceitável – por isso há um silêncio ensurdecedor em relação a esta verdade bíblica e evangélica.

            A ignorância proposital deste tema é uma marca distintiva da igreja do final dos tempos. Uma igreja mundana e materialista que teme a sociedade e sua mídia corruptora, mas não teme a Deus; uma igreja que troca voluntariamente sua primogenitura por qualquer prato barato de cinco minutos de fama; uma igreja que se preocupa em construir seus castelos e feudos eclesiásticos, mas faz vistas grossas a toda sorte de corrupção que assola a nação brasileira.

            O tema da ira de Deus pode ter sido ignorado pela igreja do século XXI, mas jamais foi ignorada nas páginas das Escrituras, desde as primeiras páginas de Gênesis até as últimas páginas do Apocalipse. Já nas páginas iniciais do livro de Gênesis temos a terrível manifestação da ira de Deus através do Dilúvio e no transcorrer das narrativas temos outras manifestações do juízo de Deus sobre os pecadores contundentes. Nas páginas do Segundo Testamento a tônica da ira de Deus continua ressoando constantemente: João Batista claramente enfatizava o tema em suas pregações incentivando seus ouvintes a se arrependerem enquanto havia tempo (Mateus 3.7); Jesus não se omitiu sobre o tema (Lucas 21.23); o apostolo Paulo é muito claro e incisivo em anunciar o juízo eminente de Deus (Romanos 1.18; 9.22; Efésios 5.6; Colossenses 3.6); João menciona-o claramente uma vez em sua narrativa evangélica (3.36), mas faz dele um tema central do Apocalipse (14.6 ss.). Mas nos nossos dias atuais, chamados por alguns de pós-modernismo, onde Deus está cada vez mais fora da equação - ninguém quer tocar no assunto. Não é politicamente correto falar sobre um Deus que se ira, que julga e dá a sentença condenatória. Os púlpitos são apenas caixa de ressonância dos ouvidos sensíveis de um público que cada vez mais repudia o tema da ira de Deus.

            Uma das razões pelas quais os cristãos de forma geral e os púlpitos de forma particular evitam o tema da ira de Deus é que não desejam serem rotulados de “fundamentalistas”. Este termo a muito tempo tornou-se uma espécie de marca de Caim; ser rotulado de “fundamentalista” é ser motivo de repúdio dos líderes ortodoxos moderados; é motivo de zombaria e escarnio por parte das lideranças cristãs liberais. Falar sobre a ira de Deus é ser classificado como analfabetos ignorantes, moralista hipócrita e atualmente um novo termo ceifador – negacionistas – uma pessoa que não é feliz e não quer que ninguém seja feliz. O bom pregador, que atrai atenção de muitos ouvintes, é aquele que trata de dramas pessoais, quanto mais lacrimosos melhor; que oferece sugestões de mentoria, ou seja, que compartilhar as experiências pessoais que podem servir de guia para se alcançar uma vida bem sucedida (financeira, profissional, conjugal, etc...).

            O pregador apreciado é aquele se parece cada vez mais com os pseudos famosos do Tik-Tok ou influencer, em que se preocupam com todos os aspectos técnicos de uma transmissão de alta qualidade, independentemente da qualificação espiritual de quem vai transmitir e muito menos de quem vai ouvir – o que importa é a quantidade do público e que tem que ser crescente – e para que isso ocorra os temas tem que ser bem escolhidos pela equipe de apoio de marketing. O que as pessoas desejam ouvir, a maquiagem adequada para o protagonista, as cores de suas roupas, o corte de seu cabelo.... Certamente que Jonathan Edwards teria muito pouco espaço para pregar sermões como “Pecadores nas mãos de um Deus irado”.

            Muitas lideranças evangélicas ainda acreditam que o ensino sobre a ira de Deus constitui um pressuposto básico da fé cristã, todavia, eles temem mais a reação negativa de seus membros. Eles têm que manterem as contas em dia, a manutenção das estruturas e atividades são cada vez mais caras e exigem cada vez mais recursos e não se pode melindrar os contribuintes com temas incômodos e desconfortáveis.

            Mas infelizmente cresce rapidamente o numero daqueles que ocupam os púlpitos e as lideranças eclesiásticas, que simplesmente não acreditam e não aceitam o ensino bíblico de um Deus irado e de um Juiz implacável. A tese deles é que um Deus de amor jamais manifestaria juízo e ira sobre as pessoas; um Deus que ama jamais enviaria alguém para o inferno cujo sofrimento será eterno. Os pregadores não podem se transforma em ogros sádicos que ficam assustando as pessoas com as labaredas do inferno. Uma pregação sadia é aquela que une as pessoas em torno da mensagem de um Deus amoroso que aceita tudo e todos livremente sem quaisquer exigências; que vivenciam um processo permanente de inclusão social, onde qualquer pessoa se sinta completamente confortável no meio desta comunidade cristã, sem serem incomodadas por suas opções de vida pessoal, ainda que sejam opções claramente contraditórias com o ensino bíblico.

            O teólogo H. Richard Niebuhr analisando o liberalismo teológico nos distantes anos de 1920 sintetizou da seguinte forma: o liberalismo apresenta “um Deus sem ira, que trouxe pessoas sem pecado para um reino sem julgamento através de pregações de Cristo sem uma cruz”. Esse é o cristianismo dos dias atuais.

            O silêncio ensurdecedor sobre a ira de Deus não é um sinal de evolução dos evangélicos, mas de decadência espiritual das igrejas. Quando o medo mediático intimida e acovarda os pregadores é sinal de que o temor de Deus se esvaiu completamente. Quando o processo de desvalorização das Escrituras alcança os púlpitos, o Deus da bíblia já se afastou delas assim como ocorreu em relação à glória de Deus que saiu pela janela do templo israelita e dirigiu-se para o deserto, conforme registrado pelo profeta Ezequiel (cap. 9-10).

            Evidentemente que sempre houve aqueles que se utilizaram do tema da ira de Deus de forma equivocada e até esquizofrênica produzindo um medo nos corações das pessoas, mas não o genuíno temor de Deus. Na boca dos profetas veterotestamentário a pregação sobre o juízo eminente de Deus sobre aqueles que não desejavam se arrependerem de seus pecados era sempre no sentido de alertá-los e convidá-los a uma conversão à Deus; igualmente os pregadores neotestamentário somente utilizavam o tema da ira de Deus para conduzir as pessoas ao arrependimento e consequente fé salvadora. Quaisquer outras motivações é uma distorção grave da exposição da ira de Deus.

            Assim como o apóstolo Paulo declara que jamais deixou de pregar sobre todos os desígnios de Deus, hoje essa responsabilidade pesa sobre os ombros de todo aquele que exerce a função de ensino nas igrejas. E todos os desígnios de Deus incluem a graça salvadora, mas certamente também inclui a ira de Deus. Onde uma destas vertentes não se faz presente o Evangelho de Cristo não está genuinamente pregado e ensinado e parafraseando Paulo – torna-se outro evangelho.

            Um Deus de amor e graça que não condena o pecado e nem aplica a sentença final de morte, não é o Deus da Bíblia. E a prova cabal desta verdade está Cruz. Nela temos a manifestação da plenitude do amor imensurável de um Deus que está disposto às últimas consequências para salvar o pecador, como igualmente é o alerta para as consequências de uma vida pecaminosa, o juízo implacável de um Deus santo. Não é possível pregarmos o Evangelho da Cruz, sem pregarmos sobre a graça e o juízo de Deus – os dois temas são indissociáveis nas Escrituras.

            Não somos chamados para sermos coach para melhorar a vida das pessoas, mas somos enviados a pregarmos o Evangelho da Cruz que transforma a vida do pecador. Não somos enviados para pregarmos uma mensagem agradável aos ouvidos das pessoas, mas a pregarmos a mensagem da Cruz, pois somente esta mensagem se constitui no poder de Deus para salvação de todo aquele que crer.

            A boa notícia (Evangelho) contida nas páginas da Bíblia é que “Jesus morreu por nós e ressuscitou para nos salvar da ira de Deus que está por vir”, qualquer outra mensagem não produzira salvação e reconciliação do pecador com Deus (cf. 2 Tessalonicenses 1.2-10; Colossenses 3.1-11). Como nos dias de Noé, Jeremias e Paulo esta mensagem da ira de Deus e sua graça continua sendo loucura e escândalo para a maioria dos ouvintes. Mas aprouve a Deus salvar os pecadores por meio desta pregação e não de outras quaisquer. É preciso romper urgentemente esse silêncio ensurdecedor, ou seja, é preciso pregar a tempo e fora de tempo sobre o eminente juízo de Deus sobre a vida de todos aqueles que sistematicamente rejeitam a mensagem salvadora da ensanguentada Cruz.

O Evangelho da Cruz terá a última palavra!

 

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Guedes, Ivan Pereira
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sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Natividade o ano Inteiro: O Esmagador de Serpentes

 


“Vou colocar inimizade entre você e a mulher,
e entre a sua semente e a semente dele.
Ele vai esmagar a sua cabeça
e você o ferirá no calcanhar”(Gênesis 3.15).

Vivemos acercados por toda sorte de conflitos, de maneira que na maior parte do tempo nos esquecemos qual de fato é o MAIOR problema deste mundo e das nossas próprias vidas: devido a nossa rebelião contra Deus, Satanás está exercendo sua influência destruidora (Ef 2.1-2). Ele é um ser furioso que respira morte contra os escolhidos de Deus (Ap 12.12-13). Todavia, seus dias estão contados.

As palavras citadas acima registradas no primeiro livro da bíblia foram pronunciadas por Deus logo após o ato de rebelião e desobediência dos primeiros seres humanos contra a vontade revelada Dele.

Muitos séculos depois, Jesus o Verbo encarnado, enquanto caminhava pelas estradas empoeiradas da região da Palestina judaica em direção à Jerusalém e à cruz, declarou em alto e bom som de que esta promessa estava por se cumprir nele: “chegou o momento do julgamento deste mundo (decaído, caótico); agora o príncipe deste mundo será expulso” (Jo 12.31).

O rei Herodes, tipificando a maldade inerente do ser humano decaído e influenciado por Satanás, tentou matar Jesus ainda recém-nascido, mas falhou. O próprio Satanás ousadamente tentou Jesus no deserto, mas o poder do Filho prevaleceu sobre Satanás, iniciando o processo do aniquilamento do reino das trevas (Mt 4.1-11).

Durante seus quase três anos de ministério terreno Jesus trouxe cura para os oprimidos e uma mensagem de libertação para aqueles que viviam no cativeiro do pecado (Atos 10.37-38). Mas o golpe letal contra a serpente veio quando Jesus morre na Cruz, cumprindo o “ferimento no calcanhar” conforme havia sido declarado por Deus ainda no Jardim do Éden. O dia transforma-se em tensas trevas, a terra se abala, a multidão grita apavorada, os discípulos fogem – é o fim, acabou! Satanás prevaleceu. 

Mas então vem o Domingo, primeiro dia da semana, o tumulo está vazio, Jesus Cristo ressuscitou! Está vivo! Jesus esmaga a cabeça da serpente, cumprindo o propósito salvador e redentor de Deus (Atos 3.17-18)! Na Sua morte e ressurreição Jesus não apenas tira os nossos pecados como anula todas as acusações que pesavam sobre nós no tribunal justo e santo de Deus, de maneira que somos resgatados das trevas e transportados para o reino da luz (Colossenses 1.13-14; 2.13-15).

Agora aguardamos o retorno de Jesus, quando Satanás já derrotado será definitivamente lançado no inferno e todos os salvo estarão para sempre com seu Senhor e Salvador (Ro 16.19-20; Ap 19-22). Enquanto isso, a Palavra de Deus nos garante que nada e ninguém serão capazes de nos separar do amor de Deus (Rm 8.38-39).

A obra de Jesus, iniciada no Natal e concluída na Páscoa, torna-nos mais que vencedores e agora é só uma questão de tempo para que nossa esperança seja consumada. Jesus assumiu a plenitude de nossa humanidade, para que por meio dele pudéssemos participar de sua eternidade.

 

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Ler Contribui Para Uma Melhor Qualidade de Vida

 


            A correria da vida acaba nos absorvendo de tal forma que ficamos completamente exauridos. Uma pausa periódica durante o dia de 10 a 15 para a leitura de um bom livro ajuda a quebrar o ritmo alucinante que nos impomos. Devemos ler não para nos ocuparmos, as famosas horas vagas que existem apenas teoricamente, mas devemos ler principalmente quando estamos no ritmo acelerado. Ao inserirmos estas pausas para leitura, criaremos rupturas naturais em nossa agitação.  

Muito ocupado para ler? Leia Mais, Não Menos!

            Quando perguntamos às pessoas por que elas não leem, a resposta provável, com algumas variações é: “Estou muito ocupado” ou “Não tenho tempo”. Ainda que seja compreensível e aparentemente a leitura vai acrescentar mais um item na agenda já apertada do seu dia-a-dia, convido você a olhar por um ângulo diferente: a pausa para leitura não aumenta o ativismo, mas o reduz. É como se você estivesse caminhando em um dia ensolarado e fizesse uma pequena pausa debaixo da sombra refrescante de uma árvore frondosa, para depois seguir o seu caminho em direção ao local desejado.

Leitura Proporciona Relaxamento

Nosso estilo de vida cotidiana não apenas se caracteriza por excessos de atividades, mas agrega também estresse, tensão e ansiedade. A pausa para pequenos momentos de leitura servira como oportunidade para desacelerarmos e respirarmos com mais tranquilidade.

O estresse e a ansiedade por longo prazo tornam-se nocivas e prejudiciais à mente, ao corpo e ao espírito, pois vai deixando resíduos ao longo dos dias, semanas e meses. Para minimizarmos esses efeitos colaterais prejudiciais podemos inserir em nossa rotina diária as pequenas pausas para leitura. Na verdade o que precisamos é ler mais, não menos.

Ler Fortalece o Caráter Cristão

            O Espírito Santo utiliza-se das boas leituras para desenvolver o caráter cristão. O caráter é o que determina por que estamos ocupados e como podemos lidar com as questões cotidianas. As leituras são exercícios que mantem a nossa mente e espírito fortalecidos de maneira que vamos descobrindo as melhores maneiras de lidarmos com os focos de estresse, ansiedade, tensão, etc..., nos incentivando a confiarmos mais em Deus e colocarmos todas essas questões em Suas mãos.  Evidente que essa influência não vem de qualquer leitura, mas de leituras selecionadas com critérios e com oração. Iniciando sempre pela leitura devocional das Escrituras complementado por leituras edificantes.

A Boa Leitura Nos Capacita a Estabelecermos Prioridades

Ainda que tudo exija de nós atenção uma pessoa sábia e que tem discernimento saberá estabelecer o que realmente é prioritário para aquele dia, semana, mês e ano. As boas leituras nos ensinam quais de fato devem ser nossas prioridades, aquelas que verdadeiramente haverão de contribuir de forma positiva e construtiva para as nossas vidas e nossos relacionamentos familiares e profissionais. Ajuda-nos a discernir diariamente qual é a vontade de Deus. Quanto mais compreendemos a vontade de Deus, mais fácil fica estabelecermos prioridades e o resultado final é que diminuiremos em muito as fontes nocivas que sugam nossas energias, contribuindo para uma vida mais saudável.

Não precisamos e nem devemos negligenciar atividades essenciais por causa da leitura. A leitura não é necessariamente pegarmos um livro de trezentas páginas e o lermos do primeiro ao último parágrafo ocupando muitas horas do nosso dia. O hábito de pequenas pausas para leitura no transcorrer do dia, independentemente da correria, é uma alternativa viável e positiva. A boa leitura é essencial para uma melhor qualidade de vida!

Sugestão Prática

Dentro de seu ritmo de leitura selecione alguns livros que você se compromete a ler durante este ano; havendo dúvidas quais livros escolher consulte alguém mais experiente e que possa lhe indicar os melhores livros. Lembre-se, não é ler qualquer coisa, mas ler bons livros.

Leitor Iniciante: Se você não tem hábito de leitura, escolha doze livros e se comprometa a lê-los um a cada mês deste ano.

Leitor Habitual: Escolha vinte e quatro livros e mantenha o ritmo de um livro a cada duas semanas.

Leitor Engajado: Escolha cinquenta e dois livros, sendo um a cada semana do ano.

Leitor Voraz: Dobre a meta para cento e quatro livros no transcorrer do ano, o que estabelece um ritmo exigente de dois livros por semana.

Dicas:

- Inicie sempre com o ritmo mais simples

- Incentive o seu cônjuge a dividir a lista com você

- Envolva toda sua família na lista dos livros a serem lidos neste ano

- Forme pequenos grupos na sua comunidade para que possam compartilhar as leituras

- Divirta-se com isso!

 

Utilização livre desde que citando a fonte

Guedes, Ivan Pereira

Mestre em Ciências da Religião.

me.ivanguedes@gmail.com

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Referências Bibliográficas        

ALTER, Robert; KERMODE, Frank. Guia Literário da Bíblia. São Paulo: Fundação editora da UNESP, 1997.

BRUGGEN, Jacob Van. Para ler a Bíblia: uma introdução à leitura da Bíblia. Traduzido por Theodoro J. Havinga. São Paulo: Cultura Cristã, 1998.  

FEE, Gordon D. & Douglas Stuart. Entendes o que lês? Traduzido por Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova, 2002.

SIFOLELI, Israel. Manual de Hermenêutica bíblica. São Paulo, Fonte Editorial, 2016.

BEEKMAN, John e CALLOW, John. A Arte de Interpretar e Comunicar a Palavra Escrita - Técnicas de Tradução da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1992.