domingo, 31 de dezembro de 2023

Jesus Cristo nas Escrituras (Levítico)

 E o sacerdote queimará tudo isso no altar. É um holocausto, oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao Senhor — Levítico 1.9, NVI

          No livro de Gênesis temos o quadro terrível da queda da raça humana. O ser humano criado à imagem e semelhança de Deus escolhe confrontá-lo e acaba rompendo sua comunhão com seu Criador. Mas Deus já de antemão providencia um caminho de volta Gn 3.15. Esta promessa será o fio condutor de toda a história bíblica sendo concluída apenas no livro do Apocalipse onde o ser humano é reinserido no Jardim de Deus.

          No livro do Êxodo temos a formação da nação de Israel e por meio dela Deus efetivará seu plano redentor. O simbolismo salvífico de Deus está presente em todo o desenvolvimento deste livro tendo sua apoteose no sacrifício do cordeiro pascoal – o qual Jesus Cristo – o cordeiro pascoal definitivo vai se revestir integralmente na cruz do calvário.

          O livro de Levítico segue o fim condutor estabelecido nos livros anteriores. Em Gênesis o ser humano afasta-se de Deus; em Êxodo Deus resgata o ser humano escravizado pelo pecado e em Levítico esse ser humano resgatado é capacitado a se relacionar novamente com seu Criador.

O livro de Levítico somente faz sentido para aqueles que foram reconciliados com Deus. Seu ensino, à luz do Novo Testamento, é para aqueles que já reconheceram seu estado de pecador, que reconheceram Cristo como seu resgatador e agora estão habilitados buscarem a presença de Deus. O livro nos mostra a perfeita santidade divina e a absoluta impossibilidade do pecador se aproximar de Deus, exceto por meio da expiação.

Uma vez estabelecido o tema central o livro passa a ilustrá-lo. Ele nos coloca frente a frente com a grande questão do sacrifício em prol do pecado. A ênfase continua no sacrifício destina-se a impactar fortemente o leitor/ouvinte sobre o quão terrível é o pecado aos olhos de Deus. Para aqueles que não entendem a seriedade do pecado e quão terrível são suas consequências, o livro não passa de uma lista interminável e horrenda de sacrifícios.

Como um grande farol construído sobre a rocha que é Cristo, o livro conduz o ser humano entre os rochedos do pecado de maneira que suas vidas não sejam despedaçadas e venham a naufragar no mar da vida.

          O que só temos em ilustrações virtuais em Levítico, vemos em realidade na cruz de Cristo. A cruz torna-se verdadeiramente uma manifestação do amor imensurável de Deus; O amor de Deus Pai revelado em plenitude por meio do Filho que, "Por um espírito eterno, ofereceu-se imaculado a Deus" Hebreus 9.14. Mas ela fez mais do que isso, pois revela que Deus está de fato e de verdade comprometido em resgatar o pecador.

A Cruz de Cristo revela as duas faces do pecado humano: revela a total aversão que Deus tem do pecado (em todas as suas nuances) o que fica evidente no calvário; e o amor imensurável de Deus que vai às últimas consequências para, entregando-se a si mesmo no Filho, para salvar o pecador João 3.16.

Embora nosso intelecto não possa compreender o mistério da Expiação, nossos corações e consciências são habilitados a proclamá-la com eficiência. Tendo reestabelecido a paz pelo sangue de sua cruz Colossenses 1.20. Consolo sem medida tem sido estas palavras para as almas em aflição em todos os lugares e épocas! Somente aqueles que experimentam verdadeiramente toda a agonia e dor produzida pelo pecado, que tão tenazmente nos acedia, reconhece o valor imensurável da Cruz de Cristo.

Os primeiros capítulos de Levítico descrevem cinco tipos de ofertas. Uma apenas não seria suficiente para renderizar a ideia da perfeição do sacrifício do Cristo.

O primeiro aspecto que atrai a nossa atenção é que em cada oferta, temos três objetos distintos: a oferta, o sacerdote, e o ofertante (aquele que traz a oferta). Portanto, é preciso compreender-se o significado ou abrangência destas três figuras, pois Jesus Cristo está representado em cada uma delas:

·       Cristo é a oferta. "A oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todosHebreus 10.10.

·       Cristo é o sacerdote. "Temos um Sumo Sacerdote, Jesus, o Filho de DeusHebreus 4.14.

·                 Cristo é quem oferece. "Ele se entregou para nós, a fim de nos redimir de todos iniquidade" Tito 2.14.

As ofertas são divididas em duas classes principais: aromas suaves/agradáveis, entre os quais o holocausto (o sacrifício consumido pelo fogo) é o mais importante, pois era oferecido em expiação pelo pecado. A vítima era completamente queimada no altar no pátio do Tabernáculo. Era um sacrifício integral, completo, inteiro – nada era reservado. 

Aqui temos a representação da vida de perfeita obediência de Cristo à vontade de seu Pai, em favor de nós, não apenas como Aquele que carrega nossos pecados, mas como Ele próprio se constituindo na oferta perfeita a Deus que é suficiente para satisfazer plenamente a justiça de Deus: uma vida de completo abandono, coração, mente e vontade, oferecidos sem reservas a Deus Efésios 5.2. Na oferta, de farinha fina e do óleo representa-se o cumprimento do dever ao próximo.

Jesus, como Homem, cumpriu estas duas oferendas em sua vida humana perfeita na terra. Na flor de farinha triturada, reduzida a pó e oferecida pelo fogo, vemos uma imagem de Jesus, machucado, dia após dia, por aqueles a quem Ele fez o bem, pelo qual se doou continuamente, suportando a contradição dos pecadores.

A oferta pelo pecado se distingue do holocausto. Ela era especificamente oferecida em expiação pelo pecado. A gordura queimada no altar de brasa, mostrava que o sacrifício fora aceito, mas todo o resto era queimado fora do acampamento indicando a extrema gravidade do pecado aos olhos de Deus. O Senhor Jesus tornou-se está "oferta pelo pecado" por nós: "Agora, no final dos tempos, apareceu apenas uma vez para abolir o pecado por seu sacrifício. Hebreus 9.26. Jamais poderemos imaginar a angústia desse contato com o pecado para a alma imaculada do nosso Redentor, a angústia causada pelo abandono de Deus, quando Ele foi "feito pecado por nós". (Ele Coríntios 5:21).

Na consagração de Arão como Sumo Sacerdote e em seus deveres ao longo deste livro, temos um símbolo do nosso grande soberano Sacerdote. Na consagração de seu filho e dos levitas, devemos ver o sacerdócio de todos os verdadeiros crentes em Jesus. Na terrível cena em que dois filhos de Arão Nadab e Abihu não levam a sério as ordenanças em relação ao tabernáculo e oferecem fogo estranho em seus incensários e ali são consumidos pelo fogo do altar, fica o alerta para todos aqueles que acham que podem adorar a Deus de qualquer maneira.

Os incensários dos sacerdotes deveriam ser acesos no altar dos holocaustos cf. Levíticos 16.12 e Números 16.46, somente esta era a forma correta pela qual eles deveriam servir no altar do Senhor. Da mesma forma somente com base na obra expiatória de Cristo as orações podem subir a Deus como perfume agradável a Ele. No culto quem deve ser agradado não é o ofertante, mas aquele que está sendo adorado.

Muitos capítulos de Levítico são relacionados às leis da vida cotidiana dos israelitas. Aqui temos duas verdades paralelas – essas leis revelam o quanto Deus se preocupa com o bem-estar físico e moral de seus filhos. Mas também demonstraram que o serviço do Senhor extrapola os espaços do tabernáculo e invadem os espaços cotidianos dos ofertantes. A expressão tão cara ao livro de Levítico - "Sereis santos, pois eu, o SENHOR, teu Deus, eu sou santo" - implica que santidade não apenas momentos estáticos de culto, mas um estilo de vida que deve distinguir aqueles que tem um compromisso com Deus e aqueles que vivem descompromissados Dele. As palavras santo e santidade, permeia toda a narrativa deste livro. O apostolo Paulo compreendeu muito bem este princípios e escreve aos cristãos em Corinto: “Assim seja se você está comendo, bebendo ou fazendo qualquer outra coisa, tudo deve ser feito como que para a glória de Deus. Tendo, portanto, tais promessas, Amados, vamos nos purificar de todos contaminação da carne ou do espírito, na conclusão do Nossa santificação no temor de Deus1Coríntios 7.1.

No símbolo da lepra (Capítulos 13 e 14), temos o alerta de que o pecado nos priva da comunhão com Deus. Somente depois de ter sido examinados e constatado de que não há quaisquer vestígios da doença (da cabeça aos pés, ou seja, em sua totalidade) é que a pessoa era declarada limpa e apta para oferecer sacrifícios ao Senhor e estaria livre para participar das celebrações. João escreve de forma maravilhosa esse princípio com base no sacrifício remidor de Jesus Cristo: “Se confessarmos os nossos pecados (declararmos que somos de fato e de verdade culpados), Ele [Cristo] é fiel e justo para nos perdoar os pecados (todos e cada um) e nos purificar de toda injustiça1João 1.9.

Assim como o sacerdote tinha que sacrificar os dois pombos ou passarinhos como ofertas pelo pecador purificado, assim Jesus Cristo morreu por nossas transgressões e ressuscitou por nossas ofensas, para a nossa justificação. Quanto a previsão divina é Misericordiosa! Os pardais estavam ao alcance dos mais pobres: assim o ato de fé está disponível a todos igualmente.

Todavia, antes do leproso já purificado retomar seu lugar na comunidade ele precisa tomar um banho completo. O simbolismo de consagração e separação de toda imundícia do pecado. Agora ele estava livre para se apresentar diante do Senhor e lhe oferecer seu sacrifício.

De todo calendário religioso contido no livro de Levítico – o grande Dia da Expiação (Capítulo 16) é sem dúvida alguma o ápice. Era um Dia da humilhação. Todo o povo era conclamado a confessar a Deus os seus pecados. Só acontecia uma vez por ano, igualmente, registra o escritor de Hebreus 9.28 "Cristo ofereceu-se uma única vez para carregar [sobre si] os pecados de muitos [os nossos pecados]”. O sacrifício de Jesus Cristo não será repetido jamais.

Neste dia o Sumo Sacerdote adentrava ao Santos dos Santos e ali oferecia sacrifício [sangue de touro] por si mesmo, por sua família.  A oferta pelo Pecado do povo consistia em dois bodes. Lançada sorte um era imolado e o sangue dele era aspergido no propiciatório e diante do propiciatório, por sete vezes (número do completo). O outro bode, denominado de emissário, o Sacerdote colocava a mão sobre a cabeça dele confessando o pecado do povo, e depois era conduzido para o deserto "com a ajuda de um homem que tinha esse cargo – ouçamos as palavras testemunhais de João Batista em relação a Jesus Cristo - "Eis que o Cordeiro de Deus tira os pecados do mundo;”; agora as palavras do profeta Isaías “o SENHOR pôs sobre Si a iniquidade de Todos nósJoão 1.29; Isaías 53.6.

Evidente que nenhum animal grande ou pequeno (ou mesmo milhares) poderiam substituir perfeitamente o pecador. Mas todo o livro de Levito é sombra daquele sacrifício perfeito que Jesus Cristo ofereceria em nosso favor. Por esta razão ele assume a plenitude de nossa humanidade - "Deus em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo 2Coríntios 5.19. Assim Cristo como sendo perfeitamente humano e perfeitamente divino expiou os nossos Pecados de uma vez por todas Hebreus 1.2-3 e 2.14.

A nossa salvação e o perdão de nossos pecados estão relacionados diretamente com o sacrifício de Jesus Cristo no calvário. Não sem motivo o apostolo Pedro escreve: “Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver, transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito1Pedro 1.18-19.

O PRECIOSO SANGUE DE CRISTO
Redenção através do sangue - 1 Pedro 1.18-19.
Perdão através do sangue - Efésios 1.7.
Justificação pelo sangue - Romanos 5.9.
Paz através do sangue - Colossenses 1.20.
Purificação pelo sangue - 1 João 1.7.
A Libertação do pecado pelo sangue - Apocalipse 1.5.
Santificação pelo sangue - Hebraico 13.12.
Entrada gratuita pelo sangue - Hebreus 10.19.
Vitória através do sangue - Apocalipse 12.11.
Glória Eterna através do sangue - Apocalipse 7.14-15.

 

Utilização livre desde que citando a fonte

Guedes, Ivan Pereira

Mestre em Ciências da Religião.

me.ivanguedes@gmail.com

Outro Blog

Historiologia Protestante

http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/  

Contribua para a manutenção deste blog




Artigos Relacionados

Jesus Cristo nas Escrituras: Gênesis

https://reflexaoipg.blogspot.com/2023/10/jesus-cristo-nas-escrituras-genesis.html?spref=tw

Síntese Bíblica – Levítico

https://reflexaoipg.blogspot.com/2016/02/sintese-biblica-levitico.html?spref=tw

Pentateuco: Introdução Geral

https://reflexaoipg.blogspot.com/2016/02/pentateuco-introducao-geral.html

Profetas: Os Cânticos do Servo de Yahvé em Isaías – Introdução

http://reflexaoipg.blogspot.com/2018/02/profetas-os-canticos-do-servo-de-yahve.html?spref=tw

Profetas: Citações de Isaías nos Evangelhos

http://reflexaoipg.blogspot.com/2018/02/profetas-citacoes-de-isaias-nos.html?spref=tw

Páscoa: O Abandonado que nunca Abandonou (Mc 14.50-52)

http://reflexaoipg.blogspot.com/2019/02/pascoa-o-abandonado-que-nunca-abandonou.html

A Crucificação e Morte no Evangelho Segundo João

http://reflexaoipg.blogspot.com/2017/02/a-crucificacao-e-morte-no-evangelho.html?spref=tw

 


sábado, 30 de dezembro de 2023

Reflexão: Quem é Jesus Cristo? ou Quem é Jesus Cristo para mim?

          Estas duas perguntas podem conter muitas semelhanças, mas a resposta de cada uma delas conduz a respostas finais muito distintas.

          Um jovem pastor luterano passou anos lutando contra o nazismo e por fim foi preso e por fim condenado à morte. O seu nome era Dietrich Bonhoeffer e enquanto aguardava o desfecho final ele escreveu inúmeras cartas a parentes e amigos. Em uma delas, escrita para escrita a Maria von Wedemeyer, ele exprime a sua convicção que, nos anos vindouros, ou seja nos dias atuais, a grande questão para os cristão seria não Quem é Jesus Cristo, mas Quem é Jesus Cristo para mim?

          Como mencionei no início elas possuem semelhanças, mas são distintas em seu cerne. O que as distinguem?

          A primeira questão é levantada por qualquer pessoa que se disponha a pesquisar e escrever sobre Jesus Cristo. Ele é um personagem histórico controverso e ao longo dos séculos tem suscitado intermináveis teses e debates acadêmicos. Milhões de páginas já foram e com certeza continuarão a serem produzidas sobre esta questão. Mas sejam quais foram as conclusões destes exaustivos trabalhos literários e acadêmicos, o fato é que não muda uma vírgula na vida de seus escritores/pesquisadores.

          Mas a segunda formulação: Quem é Jesus Cristo para mim? É pessoal! Não se trata e não se contenta com uma resposta, ainda que honesta e correta, sobre a pessoa de Jesus Cristo, mas do que Ele representa e o que Ele significa para minha vida e para minha história presente e futura.

          Vivenciamos hoje a multiplicação da informação. O google e tantos outros motores de busca nos possibilitam em alguns minutos termos acesso a milhares de páginas e pesquisas sobre todos e quaisquer assuntos que possa nos interessar. Se colocarmos agora em um destes buscadores “Jesus Cristo” milhares de endereços eletrônicos surgirão a ponto de não termos tempo suficiente para examinar cada um deles. A nossa cultura está fascinada e inundada pela informação, mas poucos são aqueles que exigem qualquer compromisso pessoal com o tema pesquisado. E esta ausência de compromisso pessoal com o tema pesquisado, neste caso em particular Jesus Cristo, produzira milhões de informações, MAS NENHUM COMPROMISSO COM ELE. E está tem sido a grande artimanha do inferno nestes séculos pós iluminismo. O que Satanás não suporta em hipótese alguma é qualquer compromisso pessoal com Jesus Cristo. Ele tem que ser mantido à distância como se deve fazer com qualquer objeto de estudo. Nada de envolvimento pessoal. Jesus Cristo deve ser apenas um tema e/ou objeto de estudo e pesquisa – nada mais.

          Nunca se falou, escreveu, estudou, debateu, produziu tanto sobre Jesus Cristo, como nos nossos dias atuais. Todavia, poucas gerações se postam de forma tão alienantes de Jesus e Seu Evangelho, como as gerações destes últimos milênios.  

          Todavia, muitos cristãos, espero que o leitor seja um deles, estão descobrindo que informação sobre Jesus Cristo não é suficiente, não satisfaz a sede da alma e não produz perspectiva futura tranquilizadora. É preciso algo mais. Um compromisso de obediência e fé. E isso só é possível para aqueles que podem responder com toda convicção o que Jesus Cristo é para sua vida.

          Na teologia se faz distinção entre a igreja como organização e a igreja como corpo de Cristo. Participar da primeira não implica que a pessoa de fato automaticamente faz parte da segunda.

          Desde Constantino para hoje a grande preocupação passou a ser em arrolar pessoas na igreja organizacional. Antes ser membro da igreja implicava em perda, perseguição e muitas vezes em martírio; depois ser membro da igreja institucional passou a ser uma busca implacável pela prosperidade, status social e vida confortável.

          Antes para receber o batismo e ser arrolado como membro em uma igreja cristã exigia-se um compromisso de obediência vivencial dos princípios estabelecidos pelo Senhor Jesus Cristo e registrados nas Escrituras bíblicas. Hoje basta a pessoa frequentar regularmente e contribuir financeiramente com a respectiva instituição religiosa e se a contribuição for muito boa, a frequência presencial pode ser bastante flexibilizada.  

          Quando estudamos sobre a vida das mulheres e homens que responderam de forma pessoal e vivencial a pergunta sobre quem era Jesus para suas vidas, verificamos rapidamente o quão distantes estamos desta realidade. Talvez esteja sendo muito duro, mas vivemos o mais baixo nível de espiritualidade desde os primeiros séculos do cristianismo. Nunca houve um número tão grande de “cristãos” destituídos de um compromisso de obediência e fé nas Escrituras.  O inferno nunca vendeu tanto a “fé sem compromisso de obediência” como nestes últimos dias atuais. Não é sem razão que Jesus levantou esta questão olhando para os nossos dias: “Quando o Filho do Homem retornar encontrará, pois, fé na terra? Lucas 18.8” A qual fé Jesus está se referindo? Certamente não é a fé genérica reproduzida pelas informações literárias/acadêmicas; mas a fé pessoal vivencial daqueles que tem um compromisso de obediência com a Sua vontade e propósito.

          Cada um de nós tem que responder à esta questão singular: Quem é Jesus na sua vida? Ter dúvida sobre a resposta ou simplesmente ignorá-la revela sua resposta. Quando Jesus Cristo não produz qualquer impacto na sua vida; se o Evangelho não produz mudanças radicais em sua forma de ver e viver sua vida; significa que Jesus Cristo é apenas um produto de conhecimento e pesquisa e nada mais. Mas sou constrangido a lhe dizer que este conhecimento, por mais amplo que seja, não vai lhe salvar a alma.

Quem é Jesus Cristo para mim? Quem é Jesus Cristo na minha vida? Esta é a questão que preciso responder com toda convicção de meu coração; esta é a pergunta que expressa a fé salvadora e vivencial. Não fico satisfeito com menos do que um compromisso de obediência com a vontade de meu Senhor e Salvador Jesus Cristo. Meu objetivo maior na vida é estar a cada dia mais semelhante a Ele, a ponto de ser identifico com Ele em tudo que penso e faço.

Quem é Jesus Cristo na sua vida?

 

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Historiologia Protestante

Contribua com a manutenção deste blog



Artigos Relacionados
Reflexão: Um Chamado para Ouvir

https://reflexaoipg.blogspot.com/2023/10/reflexao-um-chamado-para-ouvir.html?spref=tw
Quando o Silêncio Fala Mais Alto

https://reflexaoipg.blogspot.com/2021/11/reflexao-quando-o-silencio-fala-mais.html?spref=tw
Jesus Cristo nas Escrituras: Gênesis

https://reflexaoipg.blogspot.com/2023/10/jesus-cristo-nas-escrituras-genesis.html?spref=tw     
(Re)aprendendo a Olhar o Outro

http://reflexaoipg.blogspot.com.br/2016/09/joao-41-42-reaprendendo-olhar-o-outro.html
Tempus Fugit

http://reflexaoipg.blogspot.com.br/2016/01/tempus-fugit.html
A Síndrome da Cegueira (Reflexão)

https://reflexaoipg.blogspot.com/2018/08/a-sindrome-da-cegueira-reflexao.html
O Grade Amor de Deus

http://reflexaoipg.blogspot.com.br/2016/12/o-grande-amor-de-deus.html
Betânia: Um Lugar de Refrigério e Vida

http://reflexaoipg.blogspot.com.br/2016/02/betania-um-lugar-de-refrigerio-e-vida.html

  


terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Jesus Cristo nas Escrituras: Êxodo

 


Há uma fonte cheia de sangue, Tirado das veias de Immanuel,
E pecadores mergulhados sob esse dilúvio
Perder todas as suas manchas culpadas: Perder todas as suas manchas culpadas,

Hino "There is a Fountain" Escrito: William Cowper

[Disse Deus a Moisés] "Reúna a assembleia de Israel e diga: 'Vejam o que temos que fazer no dia dez deste mês. Cada um vai pegar um cordeiro. Dentro dos grupos de famílias, terá de ser um cordeiro para cada família” (v.3).

“Agora, o cordeiro não pode ter defeito físico. Em vez de cordeiro, pode ser um cabrito. Cada um guardará o animal até o dia quatorze deste mês. Nesse dia, no fim da tarde, cada cordeiro ou cabrito será morto. E o seu sangue será colocado no alto e nos lados das portas das casas onde comerem desses animais sacrificados” (vs.5-7).

“O sangue vai servir de sinal nas casas em que vocês estiverem. Quando Eu enxergar sangue nas portas, passarei por alto, sem ferir ninguém ali. Assim, a praga de destruição com a qual vou ferir o Egito, não atingirá vocês” (v.13).

Êxodo 12.3, 5-7, 13

É impossível para um estudante da bíblia, ainda que iniciante, ler o livro de Êxodo e não o relacionar às narrativas evangélicas. Os versos acima mencionados é apenas uns entre tantos outros que se relacionam diretamente  à vida e ministério de Jesus Cristo.

Até hoje os judeus mais conservadores celebram a Páscoa, dentro da perspectiva judaica, onde se recorda a libertação do povo israelita da escravidão imposta pelos egípcios.

Na noite da Páscoa toda a família senta-se à mesa para a refeição do Seder. A mesa de jantar estão todos os elementos para lembrar a libertação da escravidão de seus antepassados. Há a perna de osso de cordeiro, ervas amargas, água salgada e todos os outros elementos que oferecem uma expressão visual de sua jornada, de maneira a transmitir visualmente a antiga tradição de geração a geração. Há mais de 3.500 anos, o caçula da família se senta à mesa e faz quatro perguntas ao pai: Por que esta noite é diferente das outras, e só comemos pão ázimo? Por que comemos todos os tipos de ervas em outras noites, mas esta noite comemos apenas ervas amargas? Por que é que todas as noites não precisamos de molhar os nossos vegetais uma única vez, mas esta noite fazemo-lo duas vezes? Por que nos reclinamos em nossas cadeiras à mesa esta noite? O pai então passa a ler a antiga Hagadá [Hagadah] do hebraico הגדה, o livro da Páscoa, onde é explicado que o pão ázimo os lembra da pressa com que tiveram que deixar o Egito; as Ervas amargas lembram a amargura da servidão e da escravidão; a imersão da salsa em água salgada representa a libertação através do Mar Vermelho e como o exército egípcio se afogou em perseguição. E, finalmente, inclinar-se para trás na mesa expressa sua liberdade em que eles não são mais escravos.

O fato de faraó não os libertar já nas primeiras pragas tinha um duplo propósito - didático e teológico. O didático era para deixar claro aos israelitas que era Deus quem os estava libertando e não Moisés, ou seus próprios esforços ou qualquer vestígio de bondade de faraó; o teológico está mais enfaticamente revelado na última praga, em que os primogênitos dos egípcios são mortos e os dos israelitas preservados. Todavia, a preservação dos infantes israelitas estava simbolicamente representado na morte do cordeiro e cujo sangue deveria ser aspergido sobre as vergas e os umbrais de suas casas, de maneira que o anjo da morte ao passar e vendo o sangue ali não entrava naquela casa. Portanto, fica bem claro, que a preservação da vida dos primogênitos israelitas não era méritos deles ou de seus pais, mas unicamente a graça de Deus que aceitou provisoriamente o sacrifício substitutivo do cordeiro anteriormente imolado.

Uma cena extraordinária da narrativa evangélica é a de João Batista se referindo ao senhor Jesus: eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo Jo 1.29. Enquanto o pregador faz esta declaração lá no templo de Jerusalém os sacerdotes estavam imolando os cordeiros que seriam oferecidos em sacrifício para remissão dos pecados.

O cordeiro tornou-se o modelo perfeito do Libertador vindouro (anunciado por João Batista), o Senhor Jesus Cristo. Assim como Ele estava na plenitude de Sua vida quando foi para a cruz, o cordeiro de um ano e sem mancha ou defeito estava na plenitude de seu vigor. O apostolo Pedro recordo todos estes fatos, ao escrever sua primeira carta, e referindo-se ao sacrifício substitutivo de Cristo declara que fomos salvos pelo "precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mácula e sem defeito" 1Pe 1.19.

No livro de Êxodo, a descrição detalhada do sacrifício deste cordeiro pascal é dada, incluindo instruções específicas de que nenhum de seus ossos deveria ser quebrado Ex 12.46. Em perfeito sincronismo na narrativa evangélica quando os soldados se aproximaram de Cristo na cruz, o evangelista destaca: "Mas quando chegaram a Jesus, quando o viram já morto, não lhe quebraram as pernas... Pois estas coisas aconteceram para que a Escritura se cumprisse: Seu osso não será quebrado" Jo 19.33, 36.

Tanto aqueles primeiros israelitas, quanto nós hoje, somos salvos pelo sangue do cordeiro morto.

Os israelitas foram salvos naquela noite cheia de morte pela fé, ao aplicaram o sangue do cordeiro nos umbrais de suas casas. Nós somos salvos hoje pela fé em Jesus Cristo que derramou seu precioso e puro sangue em nosso favor na cruz do calvário. A Bíblia diz: "A alma que pecar morrerá" Ez 18.20. A única maneira de sermos salvos e preservados da ira de Deus sobre todo pecado é aspergindo pela fé o sangue de Jesus Cristo em nossos corações.

Mil e quinhentos anos depois daquela primeira Páscoa, Jesus reuniu seus discípulos em um cenáculo no Monte Sião, na cidade de Jerusalém, para comemorar a Páscoa com os mais próximos e queridos a ele. Ele sabia, quando partiu o pão e levantou o cálice, que em mais algumas horas seu próprio corpo seria partido por eles (nós) e seu próprio sangue derramado para abrir o caminho para eles (nós) ao céu. A aplicação de sangue nos umbrais daquelas casas israelitas significava duas coisas: libertação da escravidão e libertação da morte. Semelhantemente ao aplicarmos o sangue de Cristo em nossas vidas significa as mesmas duas coisas: libertação da escravidão do pecado, que tem seu modo de nos prender e escravizar, e libertação da morte espiritual. O apostolo Paulo compreendeu perfeitamente esta verdade e escreve aos cristãos estabelecidos na cidade de Roma: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom de Deus é a vida eterna por meio de Cristo Jesus, nosso Senhor" Ro 6.23.

É por estas razões mencionadas acima que o Senhor confrontava os líderes religiosos céticos declarando-lhes: "Examinai as Escrituras; porque nelas tendes a vida eterna; e são elas que testificam a meu respeito" Jo 5.39. Quando examinamos cada livro da Bíblia, haveremos de encontra Jesus em cada um deles, mas certamente o livro de Êxodo é particularmente uma minienciclopédia sobre Jesus Cristo e sua obra redentora na cruz.  Neste precioso livro encontramos Jesus, nosso Cordeiro pascal.

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Historiologia Protestante

Contribua para a manutenção deste blog



Artigos Relacionados

Jesus Cristo nas Escrituras: Gênesis

https://reflexaoipg.blogspot.com/2023/10/jesus-cristo-nas-escrituras-genesis.html?spref=tw

Síntese Bíblica – Êxodo

https://reflexaoipg.blogspot.com/2016/02/sintese-biblica-exodo.html?spref=tw

Leitura & Reflexão Bíblica: Êxodo Capítulo 1

https://reflexaoipg.blogspot.com/2018/11/leitura-reflexao-biblica-exodo-capitulo.html?spref=tw

Pentateuco: Introdução Geral

https://reflexaoipg.blogspot.com/2016/02/pentateuco-introducao-geral.html

Profetas: Os Cânticos do Servo de Yahvé em Isaías – Introdução

http://reflexaoipg.blogspot.com/2018/02/profetas-os-canticos-do-servo-de-yahve.html?spref=tw

Profetas: Citações de Isaías nos Evangelhos

http://reflexaoipg.blogspot.com/2018/02/profetas-citacoes-de-isaias-nos.html?spref=tw

Páscoa: O Abandonado que nunca Abandonou (Mc 14.50-52)

http://reflexaoipg.blogspot.com/2019/02/pascoa-o-abandonado-que-nunca-abandonou.html

A Crucificação e Morte no Evangelho Segundo João

http://reflexaoipg.blogspot.com/2017/02/a-crucificacao-e-morte-no-evangelho.html?spref=tw

                                                          





sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Parábolas em Ordem Cronológica: Luz do Mundo (Mateus 5.14-16)

    

Sejam bem-vindos!

Estamos desenvolvendo uma série de estudos utilizando os textos parabólicos evangélicos como nossa bússola. Mas por que estudarmos as Parábolas? Vejamos algumas razões:

• Porque as parábolas são a melhor revelação do tema central de todo o Novo

Testamento: o anúncio do Reino de Deus.

• Nas parábolas estão as declarações mais claras e incisivas feitas para Jesus. Cada parábola exige uma resposta... o ouvinte e/ou leitor tem que participar.

• Além disso, são elas que nos permitem conhecer melhor e mais profundamente a mente de Jesus Cristo. O que se constitui em um privilégio único e incomparável.

• Por esta razão, na medida em que alguém se aprofunda nas parábolas se aprofunda no essencial para genuinamente ser um discípulo de Jesus.

• Embora cada parábola toque apenas um ponto do Reino de Deus, a soma de todos eles nos oferece um quadro amplo e maravilhoso deste Reino ao qual somos inseridos por meio de Cristo.

 

DESAFIO: Leia o texto evangélico desta Parábola ((Mt 7.24-27 e Lc 6.47-49) e dê o seu título para ela.

    Esta pequena parábola dita por Jesus foi colocada, pelo evangelista Mateus, dentro do contexto maior do chamado Sermão do Monte. Aqui encontramos os ensinos fundamentais de Jesus sintetizados de forma a tornar mais fácil sua memorização.    

    Logo após as chamadas Bem-Aventuranças que estabelece o contraste entre o estilo de vida da sociedade decaída e o estilo de vida que Jesus propõe – ele faz está declaração extraordinária – VOCÊS SÃO A LUZ DO MUNDO.

    Neste princípio há algumas verdades que devemos compreender.

Verso 14 – A luz nas Escrituras, indica o verdadeiro conhecimento de Deus e todos os seus atributos ou características de Seu caráter – aquilo que Deus é. Jesus é a expressão plena desta Luz (quem vê a mim, vê o Pai que me enviou). Desta forma, todos os discípulos de Jesus devem também manifestar a Luz, ou seja, o caráter de Deus em meio a uma sociedade que vive nas trevas do pecado.

    Nós não apenas somos abençoados, com todos os benefícios da Salvação, como também somos portadores e comunicadores destas bênçãos para a vida de outras pessoas.

Vocês são” ... o verbo está no tempo presente o que traz a ideia de que devemos ser luz em todo o tempo...enquanto vivermos neste mundo devemos ser Luz do Mundo; devemos comunicar as bênçãos da Salvação.

ALERTA: não somos luz em nós mesmos, mas somos portadores da verdadeira Luz que é Jesus Cristo. Para que a nossa Luz brilhe continuamente e sem interrupções é necessário estarmos conectados com Jesus o tempo todo.

Versos 14-16 – assim brilhe a luz de vocês diante das pessoas – a Luz não pode por nenhuma razão ficar escondida, pois desta forma perde sua razão de ser. A luz deve ser colocada em um local adequado para que possa iluminar todo o ambiente; ela deve ser útil a todas as pessoas.

    Como tão bem sintetizou Tiago: a fé sem obras torna-se inútil – uma Luz que fica escondida, camuflada, minimizada torna-se inútil. As nossas ações devem ser benéficas na vida das pessoas; devem trazer entendimento da vontade de Deus; devem comunicar continuamente a mensagem de Salvação.

    Jesus vai mais longe e diz que a nossa Luz (ações) deve brilhar mais intensamente do que a luz dos escribas e fariseus. Devemos amar mais, perdoar mais, sermos mais humildes.... O inferior e mediano não é a proposta de dele.

    Ele sabia que seu ministério terreno seria de curta duração, para isso ele separou e preparou homens e mulheres, para que depois de Sua partida (retorno ao Pai) estes discípulos pudessem continuar manifestando Sua Luz no mundo.

Temos sido de fato e de verdade Luz nesta sociedade?

    Onde quer que estejamos – devemos brilhar intensamente! O Rev. Cyro de Oliveira sempre falava que desejava viver como uma vela Iluminando até o último minuto de sua vida (e de fato ele viveu assim).

    Que desejemos viver desta forma também.

Brilhando Por Jesus

Vejo no céu esplendente

Do sol a clara luz!

Quero viver tão somente,

Brilhando por Jesus.

Brilhando, brilhando,

Brilhando qual doce luz!

Brilhando, brilhando,

Brilhando por meu Jesus!

Quero na vida exaltá-lo

Na escola e no estudar.

Quero também imitá-lo

Em casa e no brincar.

 Amável com toda a gente,

Assim me quer Jesus!

De rosto alegre e contente

Brilhando como a luz.

 O feio e triste pecado,

Ajuda-me a vencer!

Tendo Jesus ao meu lado,

Eu quero aqui viver.

 Amém


Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Historiologia Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/

 Contribua para a manutenção deste blog



Artigos Relacionados

Parábolas: Uma Ordem Cronológica

https://reflexaoipg.blogspot.com/2017/06/parabolas-uma-ordem-cronologica.html?spref=tw

Parábolas de Jesus – Introdução

http://reflexaoipg.blogspot.com/2016/12/parabolas-de-jesus-introducao.html?spref=tw

Parábolas em Ordem Cronológica: Pano novo em roupa velha

https://reflexaoipg.blogspot.com/2022/03/parabolas-em-ordem-cronologica-pano.html?spref=tw

NT – Evangelhos

http://reflexaoipg.blogspot.com.br/search/label/NT%20-%20Evangelhos

NT – Introdução Geral

http://reflexaoipg.blogspot.com.br/search/label/NT%20-%20Introdu%C3%A7%C3%A3o%20Geral

Referências Bibliográficas

BAILEY, Kenneth. As Parábolas de Lucas [A poesia e o camponês – uma análise literária cultural das parábolas de Lucas]. São Paulo: Vida Nova, 1985.

CABRAL, Elienai. Todas as Parábolas de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

CERFAUX, Mons. L. O tesouro das parábolas. São Paulo: Paulinas, 1974.

GOURGUES, Michel. Parábolas de Jesus em Marcos e Mateus. São Paulo: Loyola. 2006.

LOCKYER, Herbert. Todas as parábolas da bíblia – uma análise detalhada de todas as parábolas da bíblia. São Paulo: Editora Vida, 1999. 

JEREMIAS, Joachim. As parábolas de Jesus. São Paulo: Paulus, 2007.

KENDALL, R. T. The Parables of Jesus – a guide to understanding and applying the stories Jesus told. Michigan: Chosen, 2004/2006.

KISTEMAKER, Simon J. As Parábolas de Jesus. Tradução: Eunice Pereira de Souza. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1992. [13º edições].

MACARTHUR, John. As parábolas de Jesus comentadas por John Macarthur. São Paulo: Thomas Nelson, 2016.

PLOEG, J. P. M. van der. Jesus nos fala: as parábolas e alegorias dos quatro evangelhos. São Paulo: Paulinas, 1999.

SNODGRASS, Klyne. Compreendendo todas as parábolas de Jesus – guia completo. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.