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Gênesis 27.1; 1 Samuel 3.2; Juízes 16.21
Encontraremos
em diversos textos bíblicos e em momentos distintos um diagnóstico de cegueira.
Está cegueira é recorrente no final da vida de muitos dos personagens bíblicos
conforme constatamos nos exemplos abaixo.
Nos tempos dos Patriarcas: Isaque ao final de
sua vida foi acometido de uma cegueira (Gn 27.1) que acabou por comprometer seu
discernimento, da qual se aproveitaram Rebeca e Jacó para receber a
primogenitura em lugar de seu irmão Esaú. Posteriormente Jacó também experimentou
a cegueira em sua velhice (Gn 48.10). Os habitantes de Sodoma foram cegados no
dia anterior à destruição da cidade, pelos anjos que visitaram a família de Ló,
sobrinho de Abraão, para adverti-los para saírem rapidamente, pois a ira de
Deus seria derramada sobre aquela sociedade depravada.
Nos tempos dos Juízes e Samuel: o último dos juízes
foi Sansão, que vivendo displicentemente seu ministério de nazireu
(consagração) acabou sendo seduzido e enganado por uma mulher filisteia e
depois de ter seus cabelos raspados também teve seus olhos vazados pelos
inimigos (Jz 16.21) e posteriormente teve uma morte violenta. Após os Juízes
sobressaem a figura dos sacerdotes, dentre os quais temos o envelhecido Elias
que também foi acometido de cegueira (1Sm 3.2), tanto física quanto moral e
espiritual que o impedia de ver a maldade e depravação de seus próprios filhos.
Nos dias dos Reis: O último rei de Judá foi Zedequias que como a maioria de
seus antecessores não andou em conformidade com a vontade de Deus. O final de
sua vida foi trágico, após uma tentativa frustrada de fugir dos soldados
babilônicos foi preso e após contemplar a execução de seus filhos, teve seus
olhos queimados a ferro em brasas (2Rs 25.7).
Cegueira
Nacional: Os israelitas no transcorrer de sua história demonstra uma total
cegueira em relação aos preceitos estabelecidos por Deus na Aliança que havia
sido estabelecido com eles. Primeiramente caiu o Reino do Norte (Israel) e
posteriormente da mesma fora e pelas mesmas razões caiu o Reino do Sul (Judá).
Nos tempos de Jesus: A cegueira predominante neste período do ministério de
Jesus foi a cegueira do legalismo e da hipocrisia religiosa. Os maiores
representantes desta categoria foram certamente os fariseus e escribas, que
apesar de terem conhecimento da Lei de Moisés, nunca foram capazes de enxergarem
o valor espiritual delas e nem de discernirem nela a pessoa de Jesus Cristo
como o Messias. Juntamente com eles podemos incluir a completa cegueira
espiritual de toda classe sacerdotal do Templo de Jerusalém, que tramaram nos
bastidores a prisão e a morte de Jesus Cristo, unicamente para poderem manter
seu status quo.
Nos dias do Apocalipse: Mas infelizmente,
antes mesmo de terminar o primeiro século do cristianismo, Jesus Cristo escreve
uma carta dirigida a uma das Igrejas estabelecidas na Ásia Menor – Laodicéia, que
afirmavam não precisar de absolutamente nada, mas na verdade estavam
completamente cegos em suas estultícias e pecados, e necessitavam urgentemente do
colírio para seus olhos proveniente do próprio Cristo glorificado (Ap. 3.17).
Como
está nossa visão? Como podemos evitar que sejamos acometidos de tão grave
cegueira espiritual? O único antidoto é nos apossarmos do colírio provindo da
graça maravilhosa de Jesus, mediante a fé diligente, acompanhadas da virtude,
conhecimento, autocontrole, perseverança, piedade e amor fraternal (2Pe 1.5-8).
(Texto
adaptado de Marco Leßmann)
Utilização
livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan
Pereira
Mestre em
Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
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Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/
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