quarta-feira, 15 de agosto de 2018

A Síndrome da Cegueira (Reflexão)


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Gênesis 27.1; 1 Samuel 3.2; Juízes 16.21
Encontraremos em diversos textos bíblicos e em momentos distintos um diagnóstico de cegueira. Está cegueira é recorrente no final da vida de muitos dos personagens bíblicos conforme constatamos nos exemplos abaixo.
Nos tempos dos Patriarcas: Isaque ao final de sua vida foi acometido de uma cegueira (Gn 27.1) que acabou por comprometer seu discernimento, da qual se aproveitaram Rebeca e Jacó para receber a primogenitura em lugar de seu irmão Esaú. Posteriormente Jacó também experimentou a cegueira em sua velhice (Gn 48.10). Os habitantes de Sodoma foram cegados no dia anterior à destruição da cidade, pelos anjos que visitaram a família de Ló, sobrinho de Abraão, para adverti-los para saírem rapidamente, pois a ira de Deus seria derramada sobre aquela sociedade depravada.
Nos tempos dos Juízes e Samuel: o último dos juízes foi Sansão, que vivendo displicentemente seu ministério de nazireu (consagração) acabou sendo seduzido e enganado por uma mulher filisteia e depois de ter seus cabelos raspados também teve seus olhos vazados pelos inimigos (Jz 16.21) e posteriormente teve uma morte violenta. Após os Juízes sobressaem a figura dos sacerdotes, dentre os quais temos o envelhecido Elias que também foi acometido de cegueira (1Sm 3.2), tanto física quanto moral e espiritual que o impedia de ver a maldade e depravação de seus próprios filhos.
Nos dias dos Reis: O último rei de Judá foi Zedequias que como a maioria de seus antecessores não andou em conformidade com a vontade de Deus. O final de sua vida foi trágico, após uma tentativa frustrada de fugir dos soldados babilônicos foi preso e após contemplar a execução de seus filhos, teve seus olhos queimados a ferro em brasas (2Rs 25.7).
Cegueira Nacional: Os israelitas no transcorrer de sua história demonstra uma total cegueira em relação aos preceitos estabelecidos por Deus na Aliança que havia sido estabelecido com eles. Primeiramente caiu o Reino do Norte (Israel) e posteriormente da mesma fora e pelas mesmas razões caiu o Reino do Sul (Judá).
Nos tempos de Jesus: A cegueira predominante neste período do ministério de Jesus foi a cegueira do legalismo e da hipocrisia religiosa. Os maiores representantes desta categoria foram certamente os fariseus e escribas, que apesar de terem conhecimento da Lei de Moisés, nunca foram capazes de enxergarem o valor espiritual delas e nem de discernirem nela a pessoa de Jesus Cristo como o Messias. Juntamente com eles podemos incluir a completa cegueira espiritual de toda classe sacerdotal do Templo de Jerusalém, que tramaram nos bastidores a prisão e a morte de Jesus Cristo, unicamente para poderem manter seu status quo.
Nos dias do Apocalipse: Mas infelizmente, antes mesmo de terminar o primeiro século do cristianismo, Jesus Cristo escreve uma carta dirigida a uma das Igrejas estabelecidas na Ásia Menor – Laodicéia, que afirmavam não precisar de absolutamente nada, mas na verdade estavam completamente cegos em suas estultícias e pecados, e necessitavam urgentemente do colírio para seus olhos proveniente do próprio Cristo glorificado (Ap. 3.17).

Como está nossa visão? Como podemos evitar que sejamos acometidos de tão grave cegueira espiritual? O único antidoto é nos apossarmos do colírio provindo da graça maravilhosa de Jesus, mediante a fé diligente, acompanhadas da virtude, conhecimento, autocontrole, perseverança, piedade e amor fraternal (2Pe 1.5-8).

(Texto adaptado de Marco Leßmann)

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
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http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/

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