Há uma
fonte cheia de sangue, Tirado das veias de Immanuel,E pecadores
mergulhados sob esse dilúvioPerder todas as suas manchas culpadas: Perder todas as suas manchas culpadas,
Hino
"There is a Fountain" Escrito: William Cowper
[Disse
Deus a Moisés] "Reúna a assembleia de Israel e diga: 'Vejam o que temos
que fazer no dia dez deste mês. Cada um vai pegar um cordeiro. Dentro dos
grupos de famílias, terá de ser um cordeiro para cada família” (v.3).
“Agora,
o cordeiro não pode ter defeito físico. Em vez de cordeiro, pode ser um
cabrito. Cada um guardará o animal até o dia quatorze deste mês. Nesse dia, no
fim da tarde, cada cordeiro ou cabrito será morto. E o seu sangue será colocado
no alto e nos lados das portas das casas onde comerem desses animais
sacrificados” (vs.5-7).
“O
sangue vai servir de sinal nas casas em que vocês estiverem. Quando Eu enxergar
sangue nas portas, passarei por alto, sem ferir ninguém ali. Assim, a praga de
destruição com a qual vou ferir o Egito, não atingirá vocês” (v.13).
Êxodo
12.3, 5-7, 13
É
impossível para um estudante da bíblia, ainda que iniciante, ler o livro de
Êxodo e não o relacionar às narrativas evangélicas. Os versos acima mencionados
é apenas uns entre tantos outros que se relacionam diretamente à vida e ministério de Jesus Cristo.
Até
hoje os judeus mais conservadores celebram a Páscoa, dentro da perspectiva
judaica, onde se recorda a libertação do povo israelita da escravidão imposta
pelos egípcios.
Na
noite da Páscoa toda a família senta-se à mesa para a refeição do Seder. A mesa
de jantar estão todos os elementos para lembrar a libertação da escravidão de
seus antepassados. Há a perna de osso de cordeiro, ervas amargas, água salgada
e todos os outros elementos que oferecem uma expressão visual de sua jornada,
de maneira a transmitir visualmente a antiga tradição de geração a geração. Há
mais de 3.500 anos, o caçula da família se senta à mesa e faz quatro perguntas
ao pai: Por que esta noite é diferente das outras, e só comemos pão ázimo?
Por que comemos todos os tipos de ervas em outras noites, mas esta noite
comemos apenas ervas amargas? Por que é que todas as noites não
precisamos de molhar os nossos vegetais uma única vez, mas esta noite fazemo-lo
duas vezes? Por que nos reclinamos em nossas cadeiras à mesa esta noite? O
pai então passa a ler a antiga Hagadá [Hagadah] do
hebraico הגדה, o livro
da Páscoa, onde é explicado que o pão ázimo os lembra da pressa com que tiveram
que deixar o Egito; as Ervas amargas lembram a amargura da servidão e da
escravidão; a imersão da salsa em água salgada representa a libertação através
do Mar Vermelho e como o exército egípcio se afogou em perseguição. E,
finalmente, inclinar-se para trás na mesa expressa sua liberdade em que eles
não são mais escravos.
O
fato de faraó não os libertar já nas primeiras pragas tinha um duplo propósito
- didático e teológico. O didático era para deixar claro aos israelitas que era
Deus quem os estava libertando e não Moisés, ou seus próprios esforços ou
qualquer vestígio de bondade de faraó; o teológico está mais enfaticamente
revelado na última praga, em que os primogênitos dos egípcios são mortos e os
dos israelitas preservados. Todavia, a preservação dos infantes israelitas estava
simbolicamente representado na morte do cordeiro e cujo sangue deveria ser aspergido
sobre as vergas e os umbrais de suas casas, de maneira que o anjo da morte ao
passar e vendo o sangue ali não entrava naquela casa. Portanto, fica bem claro,
que a preservação da vida dos primogênitos israelitas não era méritos deles ou
de seus pais, mas unicamente a graça de Deus que aceitou provisoriamente o sacrifício
substitutivo do cordeiro anteriormente imolado.
Uma
cena extraordinária da narrativa evangélica é a de João Batista se referindo ao
senhor Jesus: eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo Jo
1.29. Enquanto o pregador faz esta declaração lá no templo de Jerusalém
os sacerdotes estavam imolando os cordeiros que seriam oferecidos em sacrifício
para remissão dos pecados.
O
cordeiro tornou-se o modelo perfeito do Libertador vindouro (anunciado por João
Batista), o Senhor Jesus Cristo. Assim como Ele estava na plenitude de Sua vida
quando foi para a cruz, o cordeiro de um ano e sem mancha ou defeito estava na
plenitude de seu vigor. O apostolo Pedro recordo todos estes fatos, ao escrever
sua primeira carta, e referindo-se ao sacrifício substitutivo de Cristo declara
que fomos salvos pelo "precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro
sem mácula e sem defeito" 1Pe 1.19.
No
livro de Êxodo, a descrição detalhada do sacrifício deste cordeiro pascal é
dada, incluindo instruções específicas de que nenhum de seus ossos deveria ser
quebrado Ex 12.46. Em perfeito sincronismo na narrativa evangélica quando
os soldados se aproximaram de Cristo na cruz, o evangelista destaca: "Mas
quando chegaram a Jesus, quando o viram já morto, não lhe quebraram as
pernas... Pois estas coisas aconteceram para que a Escritura se cumprisse: Seu
osso não será quebrado" Jo 19.33, 36.
Tanto
aqueles primeiros israelitas, quanto nós hoje, somos salvos pelo sangue do
cordeiro morto.
Os
israelitas foram salvos naquela noite cheia de morte pela fé, ao aplicaram o
sangue do cordeiro nos umbrais de suas casas. Nós somos salvos hoje pela fé em
Jesus Cristo que derramou seu precioso e puro sangue em nosso favor na cruz do
calvário. A Bíblia diz: "A alma que pecar morrerá" Ez 18.20.
A única maneira de sermos salvos e preservados da ira de Deus sobre todo pecado
é aspergindo pela fé o sangue de Jesus Cristo em nossos corações.
Mil
e quinhentos anos depois daquela primeira Páscoa, Jesus reuniu seus discípulos
em um cenáculo no Monte Sião, na cidade de Jerusalém, para comemorar a Páscoa
com os mais próximos e queridos a ele. Ele sabia, quando partiu o pão e
levantou o cálice, que em mais algumas horas seu próprio corpo seria partido
por eles (nós) e seu próprio sangue derramado para abrir o caminho para eles
(nós) ao céu. A aplicação de sangue nos umbrais daquelas casas israelitas
significava duas coisas: libertação da escravidão e libertação da morte. Semelhantemente
ao aplicarmos o sangue de Cristo em nossas vidas significa as mesmas duas
coisas: libertação da escravidão do pecado, que tem seu modo de nos prender e
escravizar, e libertação da morte espiritual. O apostolo Paulo compreendeu
perfeitamente esta verdade e escreve aos cristãos estabelecidos na cidade de
Roma: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom de Deus é a vida
eterna por meio de Cristo Jesus, nosso Senhor" Ro 6.23.
É
por estas razões mencionadas acima que o Senhor confrontava os líderes
religiosos céticos declarando-lhes: "Examinai as Escrituras; porque nelas
tendes a vida eterna; e são elas que testificam a meu respeito" Jo
5.39. Quando examinamos cada livro da Bíblia, haveremos de encontra Jesus
em cada um deles, mas certamente o livro de Êxodo é particularmente uma minienciclopédia
sobre Jesus Cristo e sua obra redentora na cruz. Neste precioso livro encontramos Jesus, nosso Cordeiro
pascal.
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Ivan PereiraMestre
em Ciências da Religião.me.ivanguedes@gmail.comOutro
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