É o “corpus juris”, o código básico
da lei civil e canônica (religiosa) do judaísmo pós-bíblico, também conhecido
como período interbíblico. A palavraTalmud deriva da raiz
hebraica Lamod (estudo), assim Talmud é uma
abreviatura para (estudo da Torá)). Consiste, de grosso modo, de duas
obraspertencentes a duas épocas distintas:
Mishná – o texto fundamental escrito
em hebraico;
Guemara, que é o seu comentário e
interpretação, escrito em aramaico;
Há dois Talmud,
o palestino, datando do sec. 400 a.C, e o babilônico,
datando do sec. 500 a.C. O Talmud babilônico contém a primeira lista
definitiva de livros da Bíblia hebraica. Ambos os Talmud contêm material
que é comum seguindo uma forma semelhante de organização, embora também haja
diferenças consideráveis em seus conteúdos. O Talmud é organizado debaixo de
seis títulos longos, subdivididos em vários sub-títulos: origens, pessoas
designadas, mulheres, danos, coisas santas, e pureza.[1]
O Talmud contém os trabalhos
intelectuais, opiniões e ensinamentos dos antigos sábios judeus, expondo e desenvolvendo as
leis religiosas e civis da Bíblia, durante um período de cerca de 8 séculos
(desde o ano 300 a.C. até ano 500 d.C.).[2]
O Talmud inclui dois diferentes elementos:
Halahá (lei) – reúne os estatutos da
lei oral, contendo as discussões das escolas da Palestina e da Babilônia, para
alcançar as fórmulas definitivas da Lei.
Hagadá – que mesmo partindo do texto
bíblico, ensina por meio de lendas, alegorias, reflexões de moral e
reminiscências históricas.
A palavra Talmud referia-se no principio somente
à Guemara; posteriormente o nome veio a ser aplicado a
ambos: Mishná e Guemara e tem a seguinte relação entre si: a primeira é
o texto e a segunda o comentário.
O Talmud é um conjunto de sessenta
e três livros legais, éticos e históricos,
escritos pelos antigos rabinos. Foi publicado no ano de 499 d.C. nas
academias religiosas na Babilônia, onde vivia a maior parte dos judeus daquela
época. É uma compilação de leis e de erudição e, durante séculos, foi o mais
importante compêndio das escolas judaicas. O judaísmo ortodoxo baseia
suas leis geralmente nas decisões encontradas no Talmud. Parte considerável
dessa obra enciclopédica só oferece interesse a estudiosos profundos da lei.
Mas o Talmud é muito mais do que uma série de tratados legais. Intercalados nas
discussões dos eruditos há milhares de parábolas, esboços biográficos, anedotas
humorísticas e epigramas que fornecem uma visão
íntima da vida judaica nos dias que antecederam e seguiram de perto à
destruição do Estado judeu. É um reservatório de sabedoria tão valioso hoje
quanto o foi há quase dois mil anos. Os mesmos mestres judaicos que produziram
o Talmud compilaram também o Midrash, coleção de comentários
rabínicos sobre os ensinamentos morais da Bíblia, frequentemente citados em
sermões e na literatura judaica. Em torno de cada verso das Escrituras, os
eruditos teceram considerações morais, muitas vezes em forma de parábolas.
Utilização
livre desde que citando a fonteGuedes, Ivan
PereiraMestre em
Ciências da Religião.me.ivanguedes@gmail.comOutro BlogHistoriologia
Protestante
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[1] ELLISEN, Stanley A. Conheça
Melhor o Antigo Testamento, Ed. Vida, 1991, p.14
[2] O cristianismo seguiu a mesma
tradição e desenvolveu os seus próprios conjuntos de comentários dos textos
bíblicos, tanto do Primeiro Testamento ou AT como do Segundo Testamento ou NT,
bem como seus aspectos jurídicos por meio de suas Confissões de Fé e Códigos de
Leis Eclesiásticas.
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