Reino Dividido |
Os dois
livros de Reis estão incluídos no bloco da Bíblia Hebraica denominado de “Profetas Anteriores”,[1] que incluem os livros de Josué, Juízes e Samuel. Os
livros de Rute e Ester fazem parte de outro bloco chamado de “Escritos”. O conjunto destas literaturas
cobre um período de oitocentos anos da história dos israelitas, de Josué
(entrada em Canaã) até a narrativa de Ester (Império Persa)[2].
Tanto
na bíblia hebraica quanto todas as demais versões, são unânimes em os dois
volumes de Reis imediatamente após os de Samuel, dando a entender que se trata
de um desenvolvimento gradual do livro anterior, sendo possível pensar que
originalmente Reis formassem uma espécie de conclusão do livro de Samuel.
Os dois livros de Reis
continuam o registro da Aliança de Deus iniciada com Abraão e perpassa a morte
do rei Davi (seu reinado e o de Saul foram registrados em Samuel), a sucessão
de Salomão, a posterior divisão do Reino e a consequente destruição
primeiramente do Reino do Norte (Israel) e não muito tempo depois do Reino do
Sul (Judá).
Autoria
O autor é desconhecido,
entretanto uma tradição judaica preservada no Talmude babilônico (Baba Bathra,
15a.) credita sua organização e/ou compilação ao profeta Jeremias, o que faz
algum sentido visto que Jeremias acompanhou os últimos quarenta anos da
história de Israel/Judá. Todavia, o comentarista bíblico Charles Caldwell Ryrie
aceita com ressalva está possibilidade como indica:
Quem foi o autor ou compilador destes
livros, fez uso das fontes históricas (11.41; 14.19,29). Ele foi provavelmente
um dos exilados que morou na Babilônia, talvez um desconhecido, ou Esdras ou
Ezequiel ou Jeremias, entretanto alguém diferente de Jeremias teria escrito o
último capítulo de II Reis, uma vez que Jeremias aparentemente morreu no Egito,
e não na Babilônia (Jr 43.6-7).
Todavia, toda e qualquer alternativa são apenas
hipóteses, visto que há poucas indicações de autoria com base no contexto
literário da obra. A chamada “Escola
Deuteronomista” indicam o final do séc. VIII e inicio do VII a.C., cujo
objetivo era a preservação dos princípios da Aliança, de maneira que a
editoração foi feita em duas etapas: a primeira feita antes do Exílio, centrada
na Reforma do rei Josias e a segunda no período do Exílio, após a libertação do
rei Joaquim. Mas como as demais são apenas suposições.
O fato é que toda a História de Israel/Judá tem como
fundamento os princípios estabelecidos na literatura precedente que chamamos
Pentateuco (Gn-Dt). Sejam os historiadores ou os profetas tudo está subordinado
à Lei do Senhor entregue por meio de Moisés e que tem no livro de Deuteronômio
sua síntese. Portanto, encontrar vestígios de Deuteronômio nos registros
históricos e proféticos é algo inevitável e totalmente compatível com a
integridade textual narrativa.
O escritor ou editor dos livros indica ao menos três
fontes primárias para elaboração de sua obra: Os “registros históricos de Salomão” (1 Rs 11.41), os “registros históricos dos reis de Israel”
(1 Rs 14.19, repetida dezessete vezes na narrativa) e o “registros históricos dos reis de Judá” (1 Rs 15.23, repetida quinze
vezes na narrativa). Evidente que eram fontes conhecidas de seus leitores
primários e se constituíam em registros oficiais feitos pelos escribas
(secretários) oficiais dos reis, bem ao estilo das civilizações mesopotâmicas
da Assíria e Babilônia.
Outro aspecto importante é que diante da destruição de
Israel e posterior cativeiro babilônico de Judá, parece que é o ponto final
dessa história, mas a narrativa de Reis concluiu com uma mensagem de esperança,
visto que somente Deus pode por um ponto final na História de Seu Povo. Essas
narrativas históricas aqui preservadas são o registro da esperança messiânica,
quando Deus mais uma vez renovará sua Aliança com seu povo, através do
representante perfeito da dinastia de Davi - o Messias.
Data
A libertação do rei
Joaquim (Judá) da prisão é o último evento registrado em II Reis. Isto
aconteceu no 37º ano do encarceramento dele (560 aC). Então I e II Reis não
poderiam ter sido escritos antes daquele evento.[3] O escritor não faz nenhuma referência ao edito de
libertação de Ciro da Pérsia (539), que demarca oficialmente o fim do cativeiro
(2 Cr 36.22,23); de modo que se esse acontecimento fundamental já tivesse
ocorrido enquanto se preparava a edição dos livros de Reis o autor certamente teria
feito algum registro ou menção. É mais coerente dizer que os livros foram
completados na forma final deles entre 560 e antes de 539 aC.
Título do Livro
Em alguns manuscritos
gregos do Primeiro Testamento temos a unificação dos livros de Samuel e Reis
sob a denominação simples de “Bassileiai”
(reinos), onde os livros de Samuel
recebem o título de “Primeiro e Segundo
Livro dos Reinos”, e os livros de Reis
uma sequencia natural de “Terceiro e
Quarto Livro dos Reinos”. Mas a versão da Septuaginta, seguida pelas nossas
versões em português, optou por dividi-los em unidades menores por causa da
praticidade dos registros em rolos – 1 e 2 Samuel – 1 e 2 Reis.
O título “Reis” é
apropriado uma vez que eles registram a história dos reis de Israel e Judá do
tempo de Salomão até o cativeiro babilônico. Primeiro Reis inicia com o
registro da morte do rei Davi e a sucessão de Salomão e termina abruptamente
com o inicio do reinado de Acazias em 853 aC.
Tema e Propósito
Depois da morte de Davi
(capto. 1-2), o seu filho Salomão foi seu sucessor no trono. Os capítulos 3-11
acompanham a vida e reinado de Salomão, inclusive a elevação de Israel ao seu
apogeu, a expansão do reino, e a construção do templo e do palácio em
Jerusalém. Mas nos seus últimos anos, ele distanciou-se do Senhor por causa das
esposas pagãs que o influenciaram e o afastaram da adoração do Deus de Israel.
Como resultado, Salomão acendeu o estopim da divisão do reino.
Durante o próximo
século, o Primeiro volume de Reis
trás as histórias conjugadas dos reis das duas nações, que em sua maioria foram
desobedientes e indiferentes aos profetas de Deus e seus preceitos. E aqui fica
claro o método utilizado pelo escritor para incluir mais ou menos material
sobre cada rei – eles são avaliados em
relação à sua fidelidade à Aliança e sua disposição de seguir o padrão
estabelecido na figura de Davi, o grande modelo.
O próximo rei foi
Reboão (filho de Salomão) que perdeu a parte norte do reino. A partir deste
ponto o Reino do norte que
incluiu 10 tribos ficou conhecido como Israel,
e o Reino
do Sul (Meridional) que incluiu
as tribos de Judá e Benjamim passaram a ser nominado de Judá.
Nos últimos capítulos desse
primeiro volume, o enfoque está no embate do péssimo rei Acabe (Norte) e o
íntegro profeta Elias que condenou a maldade do rei e confrontou corajosamente
a desobediência dos israelitas. Então, o tema central é mostrar como a
desobediência conduziu ao rompimento do reino. O bem-estar da nação
dependia da fidelidade de sua liderança e do povo à Aliança firmada por Deus.
Primeiro Reis não só dá um registro da história destes reis, mas demonstra que
o sucesso de qualquer rei (e da nação como um todo) dependia da medida de
submissão do rei à lei de Deus. O livro verdadeiramente ilustra como “A justiça exalta as nações, mas o pecado é o
opróbrio dos povos” (Pv. 14.34). Deslealdade para com a Aliança de Deus
resulta em declínio e cativeiro.
O segundo volume de Reis continuam a história de Elias e o sucessor
dele, Eliseu, mas também continua o que poderia ser chamado de o “Relato dos Dois Reinos”. Como tal,
continua focalizando a história do Reino
do norte - Israel e o Reino do Sul - Judá
até que finalmente eles são conquistados e levados em cativeiro.
A nação de Israel
(Norte) vai cair pelas mãos da Assíria (722 AC), um dos mais bestiais impérios
que já existiu. O profeta Habacuque, quando toma conhecimento da parte de Deus
que os exércitos assírios seriam levantados contra Israel, fica atônito.
Judá (Sul) mesmo
assistindo o terrível fim de seus coirmãos do Norte, não mudaram suas posturas
e permaneceram no ilusório caminho de uma religiosidade estéril e hipócrita e
menos de quarenta anos depois haverão de experimentar o derramar do juízo de
Deus através do império babilônico (586 AC). O profeta Jeremias, que por
quarenta anos pregou veementemente alertando os judeus do eminente juízo
divino, agora chora vestido de saco e cinza e escreve as mais doloridas e tocantes
odes de toda a Escritura – Lamentações – onde expõem de forma nua e crua os
motivos e razões pelas quais sua capital amada Jerusalém foi transformada em
monturos e o precioso templo construído por Davi/Salomão foi completamente
queimado e seus utensílios levados como despojos pelos invasores.
As narrativas desse
segundo volume de Reis é um perpetuo testemunho de que insistentemente, em
ambos os reinos, os profetas continuamente permanecem advertindo as lideranças
civis, religiosas e o povo em geral, visto que pregam nas ruas e praças, que
Deus os castigaria a menos que eles se arrependessem. A tese central de Segundo Reis é que o pecado
deliberado na vida de uma nação trás um fim aflitivo.
Em I e II Samuel, nasce uma nação, em I Reis a nação é dividida, e em II Reis Israel/Judá é disperso. Depois de anos pleiteando com
seu povo através dos profetas, a paciência de Deus finalmente volta-se para
disciplinar como Ele havia prometido, pois Sua graça e misericórdia são tão rea
quanto sua ira e justiça contra o pecado em todas e quaisquer de suas formas. E
porque ambos os livros compartilham a mesma História em dois volumes, eles
compartilham o mesmo tema e meta. Eles nos ensinam como a deslealdade
(desobediência para com a lei de Deus) acaba por atrair a disciplina de Deus e
produzir a subversão da monarquia. Os dois reinos desmoronaram por causa do
fracasso de suas lideranças religiosas e civis em administrar e conduzir o povo
com sabedoria e manter o padrão estabelecido por Deus em sua Torá. O livro do
Apocalipse deixa claro que no fim dos tempos todas as Nações serão avaliadas
por esse mesmo critério, visto que a Torá (Lei, Instrução, Palavra) de Deus se
estende do Gênesis ao Apocalipse.
História
Secular e História da Salvação
Abro um
pequeno parêntese aqui, pois há um frenesi em fazer uma distinção total entre uma
História Secular e uma História da Salvação. No meu entendimento o que Deus
uniu (História) não podemos dicotomizar. Para Deus não duas ou três ou quatro
histórias – existe apenas uma História que têm inicio Nele e que se concluirá
Nele.
O relato histórico
ocorre de fato apenas quando os eventos estão interligados, e suas causas e
efeitos são estudados, produzindo um axioma, um repensar os fatos ocorridos
próximos ou distantes do historiador. Assim sendo, os fatos narrados nos
chamados livros históricos, assim como em toda a Escritura (Gênesis-Apocalipse)
é História no seu mais alto teor. Os escritores bíblicos desde Moisés até João
(Apocalipse) registram com fidelidade os acontecimentos que presenciaram ou
lhes foram revelados, que são amplamente comprovados pelas informações fatuais
por eles registrados. Evidente que as afirmações teológicas não ficam refém dos
fatos históricos (um nome, um local, uma data), mas a teologia bíblica não é
desenvolvida em Marte ou nas regiões celestiais, mas dentro da História humana.
Portanto, "o povo hebreu foi o
primeiro no Oriente que, muito antes dos gregos, tinha o conceito de história,
que não apenas compunha anais e crônicas, mas escrevia sobre a história
verdadeira" (ELBOGEN , apud, EY, VIII, 1931, p. 107).
Um aspecto muito
significativo, abundante nos livros de Reis e Crônicas, mas recorrentes em
outras literaturas bíblicas, é que em uma pesquisa histórica citam-se os
documentos e fontes sobre o tema proposto, de maneira que os escritores
bíblicos remetem seus leitores às fontes primárias (cf. indicadas acima) de
modo a fundamentarem as informações por eles declaradas.
Ao se encarnar Jesus
entra literalmente na nossa História – seu ministério, sua morte e ressurreição
– são fatos históricos. Agora se as pessoas haverão de crer ou não crer que
Deus é condutor de todos os fatos históricos registrados na Bíblia é outra
questão. Parafraseando as palavras colocadas na boca de Abraão, por Jesus,
dirigida ao rico em tormentas, quando este lhe pede que Lázaro ressuscite e
avise seus irmãos para que não venham a ter o mesmo destino terrível e Abraão
lhe responde: “Mesmo que alguém
ressuscite e os avisem, eles não creram, pois eles têm Moisés e os Profetas e
ainda assim não creem”. Mesmo que se prove a infalibilidade de todos os
pontos e vírgulas dos registros históricos bíblicos, eles ainda não haverão de crer.
Concluindo o parêntese: os registros bíblicos são História.
Os livros contêm
principalmente narrativas históricas. Pode-se argumentar que esta é a mais
antiga historiografia autêntica da literatura mundial. Pela primeira vez na história
da humanidade, uma nação produziu uma narrativa contínua, organizando
documentos em uma apresentação ordenada e com um único propósito geral (WALTON,
1989, p. 119 e DEVRIES, 1985, p. XXIX-XXXII; apud ARNOLD, 2001, p. 222).
Esboço: Primeiro
Reis contém duas seções naturais: o Reino Unido (1-11) e o reino dividido
(12-22).
I. O Reino Unido. O Reinado de Quarenta Anos de Salomão
(1.1-11)
A. A Ascensão de
Salomão (1.1-3.1)
B. A Sabedoria de Salomão
(3.2-4.34)
C. O Templo de Salomão
(5.1-8.66; cf. 2 Cron. 2.1-7.22)
D. A Fama de Salomão (9.1-10.29;
cf. 2 Cron. 8.1-9.28)
E. O Declínio e Queda
de Salomão (11.1-43)
II. O Reino Dividido. Os Primeiros Oitenta Anos dos Dois
Reinos (12-22)
A. A Causa da Divisão
(12.1-24)
B. O Reinado de Jeroboão no
Israel (12.25-14.20)
C. O Reinado de Roboão
em Judá (14.21-31)
D. O Reinado de Abias em Judá
(15.1-8)
E. O Reinado de Asa em
Judá (15.9-24)
F. O Reinado de Nadabe no Israel
(15.25-31)
G. O Reinado de Baasa
em Israel (15.32-16.7)
H. O Reinado de Elá no Israel
(16.8-14)
I. O Reinado de Zinri
em Israel (16.15-20)
J. O Reinado de Onri em Israel
(16.21-28)
K. O Reinado de Acabe
em Israel (16.29-22.40)
L. O Reinado de Josafá em Judá
(22.41-50)
M. O Reinado de Acazias
em Israel (22.51-53)
Esboço:
Segundo Reis também se divide em duas seções naturalmente. A primeira, o Reino
Dividido (1.1-17.41), focaliza especificamente o reinado de ambas as nações até
a dispersão do Reino de Israel (Norte). A segunda seção, o Reino Sobrevivente
de Judá (18.1-25.30), retrata os reis do Sul ou
Meridional (Judá).
I. O Reino Dividido (1.1-17.41)
A. O Reinado de Acazias no Israel (1.1-18)
B. O Reinado de Jeorão (Jorão) em Israel (2.1-8.15)
1. A transladação de Elias (2.1-11)
2. O começo do ministério de Eliseu (2.12-25)
3. A expedição de Jorão contra Moabe (3.1-27)
4. O ministério de Eliseu (4.1-8.15)
C. O Reinado de Jorão (Jeorão) em Judá (8.16-24)
D. O Reinado de Acazias em Judá (8.25-29)
E. O Reinado de Jeú em Israel (9.1-10.36)
F. O Reinado de Atalia em Judá (11.1-16)
G. O Reinado de Jeoas (Joás) em Judá (11.17-12.21)
H. O Reinado de Jeoacaz em Israel (13.1-9)
I. O Reinado de Jeoás
em Israel (13.10-25)
J. O Reinado de Amazias em Judá (14.1-22)
K. O Reinado de Jeroboão II em Israel (14.23-29)
L. O Reinado de Azarias (Uzias) em Judá (15.1-7)
M. O Reinado de Zacarias em Israel (15.8-12)
N. O Reinado de Salum em Israel (15.13-15)
O. O Reinado de Menaém no Israel (15.16-22)
P. O Reinado de Pecaías em Israel (15.23-26)
Q. O Reinado de Peca em Israel (15.27-31)
R. O Reinado de Jotão em Judá (15.32-38)
S. O Reinado de Acaz em Judá (16.1-20)
T. O Reinado de Oséias em Israel (17.1-41)
1. A Derrota de Israel (17.1-6)
2. Os Pecados de Israel (17.7-23)
3. A Dispersão de Israel (17.24-41)
II. O Reino
Sobrevivente de Judá (18.1-25.30)
A. O Reinado de Ezequias (18.1-20.21)
B. O Reinado de Manassés (21.1-18)
C. O Reinado de Amom (21.19-26)
D. O Reinado de Josias (22.1-23.30)
E. O Reinado de Jeoacaz (2 Cron. 36.1-4) (23.31-33)
F. O Reinado de Jeoaquim (23.34-24.7)
G. O Reinado de Joaquim (24.8-16)
H. O Reinado de Zedequias (24.17-25.21)
1. Rebelião
contra a Babilônia e destruição do Templo (24.17-25.10)
2. terceira
deportação para a Babilônia (25.11-21)
I. O Exercício Governamental de Gedalias, Governador
Fantoche (25.22-26)
J. A libertação de Joaquim na Babilônia (25.27-30)
Observe cuidadosamente
o instrutivo contraste que Ryrie faz do conteúdo de I e II Reis. Estes contrastes demonstram claramente a
verdade de que o Pecado Deliberado tem um Fim Terrível.
1 & 2
Reis em Contraste
|
|
1 REIS
|
2 REIS
|
Começa com o rei
Davi
|
Termina com o domínio da Babilônia
|
Abre com a glória de Salomão
|
Termina com a vergonha de Jeoaquim
|
Começa com as bênçãos da obediência
|
Termina com a maldição da desobediência
|
Abre com a construção do templo
|
Termina com a destruição do Templo
|
Descreve o progresso da apostasia
|
Descreve as conseqüências da apostasia
|
Apresenta como os reis fracassaram em governar o povo
de Deus
|
Descreve as conseqüências daquele fracasso
|
Apresenta o profeta Elias
|
Apresenta o profeta Eliseu
|
Enfatiza a paciência de Deus
|
Confirma o castigo certo de Deus sobre o pecado
|
Utilização livre desde que citando a
fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
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Testamento. Judá e o Domínio Persa
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e o Exílio Babilônico
Primeiro Samuel. Introdução
Geral
Rute. Introdução Geral
Juízes. Introdução Geral
Josué. Introdução Geral
J. Elbogen, Historiographie, in E.Y., VIII, 1931, pag.
107; cfr. A.C. Dentain,
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HILL, Andrew E. e WALTON. J. N. Panorama do Antigo Testamento. Tradução Lailah de Noronha. São
Paulo. Editora Vida, 2006.
[1] Para os historiadores israelitas toda
História está subordinada à vontade de Deus e os seus protagonistas exercem a
função profética e não apenas como meros relatores de fatos históricos. Isto
não implica em negar a veracidade dos fatos registrados e amplas descobertas
arqueológicas tem comprovado a consistência das informações contidas nessas
narrativas históricas. A diferença básica entre os “Profetas Anteriores” e os
“Profetas Posteriores” está em que a narrativa de Josué a Crônicas narram de
forma contínua os fatos históricos, enquanto nos escritos dos profetas
propriamente dito os fatos são fragmentados em conformidade com o período e os
acontecimentos os quais eles participaram. O mais importante é que a História é
o grande palco da atuação dos Profetas bíblicos, pois Deus atua na História
humana.
[2] A Septuaginta (versão grega) fez um
arranjo diferente e agrupou todos os livros históricos (Josué-Ester), o que foi
mantido na versão da Vulgata Latina e posteriormente nas versões protestantes.
[3] Os que defendem uma data anterior a
essa identificam estes finais como sendo uma interpolação incluída
posteriormente.
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