Divisão do Reino
O Reino de Judá
O Reino de Israel
Causas da Divisão
Quando da morte de Salomão o clima na Nação era de tensão
e insatisfação;
Altos
impostos; Corveia (serviço gratuito que se prestava ao soberano);
Já existia, de fato,
uma divisão natural entre as tribos sulistas e nortistas;
Roboão, filho de Salomão, é coroado em Siquém (Sul)
Jeroboão,
líder das tribos do Norte: Efraimita, funcionário de Salomão; Foge para o
Egito;
Assembleia das tribos solicitam alívio na carga
tributária
O jovem rei recém coroado recusa-se atender a solicitação
(1 Rs 12.14)
A decisão dos israelitas (tribos do Norte): “Vendo,
pois, todo o Israel que o rei não lhe dava ouvidos, tornou-lhe o povo a responder,
dizendo: Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho de
Jessé [tribos do Sul]. Às tuas tendas, ó Israel! Provê agora a tua casa, ó
Davi. Então Israel se foi às suas tendas [tribos do Norte]” (1Rs 12:16).
A divisão do Reino
Reino de Judá (Sul):
Judá e metade de Benjamim;
Reino de Israel (Norte):
As 10 tribos do Norte e metade de Benjamim;
Características dos dois Reinos
A Cronologia dos Reis de Israel e de Judá
JUDÁ (Sul)
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ISRAEL (Norte)
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Roboão
931-913 [17 anos – 1Rs 14.21]
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Jeroboão I 931-910 [22 anos – 1Rs 14.20]
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Abias 913-911 [3 anos – 1Rs 15.1, 2]
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Nadabe 910-909 [2 anos – 1Rs 15.25]
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Asa 911-870 [41 anos – 1Rs 15.9,10]
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Baasa 909-886 [24 anos – 1Rs 15.33]
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Elá 886-885 [2 anos – 1Rs 16.8]
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Zinri 885 [7 dias – 1Rs16.15]
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Tibni
[tentou reinar – 1Rs 16.21,22]
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Onri 885-874 [12 anos – 1Rs 16.23]
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Josafá 873-848 [25 anos – 1Rs 22.42]
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Acabe 874-853 [22 anos – 1Rs 16.29]
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Acazias 853-852 [2
anos – 1Rs 22.52]
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Jeorão 848-841 [8 anos – 2Rs 8.17]
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Jorão 852-841 [12 anos – 2Rs 3.1]
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Acazias
841 [1 ano – 2Rs 8.26]
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Jeú
841-814 [28 anos – 2Rs 10.36]
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Atalia (rainha) 841-835 [7 anos – 2Rs 11.3,4;
12.1]
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Joás 835-796 [40 anos – 2Rs 12.1]
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Jeoacaz 814-798 [17 anos – 2Rs 13.1]
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Amazias 796-767 [29 anos – 2Rs 14.2]
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Jeoás 798-782 [16 anos – 2Rs 13.10]
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Azarias/Uzias 792-740 [52 anos – II Reis
15.1-7; 2Rs 15.2]
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Jeroboao II 793-753 [41 anos – 2Rs 14.23]
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Zacarias 753 [6 meses – 2Rs 15.8]
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Salum752 [1 mês – 2Rs 15.13]
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Jotão 750-731 [16 anos – 2Rs 15.32,33]
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Manaém 752-742 [10 anos – 2Rs 15.17]
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Pecaías 742-740 [2 anos – 2Rs 15.23]
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Acaz 735-715 [16 anos 2Rs 16.1,2]
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Peca 752-732 [20 anos – 2Rs 15.27]
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Ezequias 729-686 [29 anos – 2Rs 18.1,2]
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Oseías 732-722 [9 anos – 2Rs 17.1]
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Manassés 696-042 [55 anos – 2Rs 21.1]
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Amom 642-640 [2 anos – 2Rs 21.1]
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Josias 640-609 [31 anos – 2Rs 22.1]
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Jeoacaz 609 [3 meses – 2Rs 23.31]
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Jeoaquim (Eliaquim) 608-598 [11 anos – 2Rs 23.36]
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Joaquim (Jeconias) 598-597 [3 meses – 2Rs 24.8]
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Zedequias (Matanias) 597-586 [11 anos – 2Rs
24.18]
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Observações:
Tem nomes parecidos e repetidos, é importante
consultas as referências Bíblicas, para não ficar nenhuma dúvida.
Existem nomes na Bíblia que são repetidos e
parecidos, ou seja, há Reis de Judá com os mesmos nomes de Reis de
Israel.
Tem reis com mais de um nome, sendo a mesma
pessoa.
Tem data de reinado que difere de um livro (Reis)
para outro livro (Crônicas). Exemplo o rei Uzias.
Características do Reino de Israel (Norte):
Teve 4 diferentes dinastias;
Era mais populoso e militarmente
mais poderoso;
Era politicamente instável: 20
reis em 209 anos (média de 10 anos por rei);
Sucessão de traições e
conspirações
Criou santuários em Betel e Dã:
Dã: Objetivo de rivalizar com
Jerusalém; 2 bezerros de ouro e sacerdotes não levitas;
Recebeu
forte influência de práticas idólatras;
As Quatro Dinastias de Israel
1ª Dinastia: Casa de Jeroboão (931-909 a.C.)
2 reis: Jeroboão e Nadabe
Jeroboão I:
Reinou 22 anos em Israel;
Estabeleceu sua capital em Siquém;
Fez dois bezerros de ouro, para
Israel adorar, colocou um em Dã e
outro em Betel (I Reis 12. 28-30); expulsou
os levitas de Israel;
O profeta Aias prediz a ruína da
casa de Jeroboão (I Rs.14.1-20)
Houve guerra entre Roboão
(Sul) e Jeroboão (Norte) todos os dias I Reis 15.6
Nadabe:
Filho de Jeroboão, reinou 2 anos;
Foi traído e morto por Baasa em
uma batalha contra os filisteus;
2ª Dinastia:
Casa de Baasa (909-885 a.C.)
2 reis: Baasa e Elá
Baasa:
Da tribo de Issacar, reinou por 24
anos em Israel;
Estabeleceu como capital a cidade
de Tirza;
Matou toda a descendência de
Jeroboão;
Cumprindo a profecia de Aías(1
Rs14:10)
Portanto, eis que trarei mal sobre
a casa de Jeroboão; destruirei de Jeroboãotodo o homem até ao menino, tanto o escravo
como o livre em Israel; e lançarei fora os descendentes da casa de Jeroboão,
como se lança fora o esterco, até que de todo se acabe.
Jeú profetiza contra Baasa (I Reis
16.1-7)
Elá
Filho de Baasa, reinou 2 anos
sobre Israel (1 Reis 16.8);
Foi morto por Zinri, general de
seu exército:
Cumprindo a profecia de Jeú (1Rs
16:1-3);
Então veio a palavra do SENHOR a
Jeú, filho de Hanani, contra Baasa, dizendo: Porquanto te levantei do pó, e te
pus por príncipe sobre o meu povo Israel, e tu tens andado no caminho de
Jeroboão, e tens feito pecar a meu povo Israel, irritando-me com os seus
pecados, Eis que tirarei os descendentes de Baasa, e os descendentes da sua
casa, e farei a tua casa como a casa de Jeroboão, filho de Nebate.
Zinri
Reinou apenas 7 dias (I Reis 16.15)
Zinri assassinou Elá (I Reis 16.10)
Assim destruiuZinritoda a casa de
Baasa, conforme a palavra do Senhor que falara pelo ministério do profeta Jeú,
sobre Baasa. E por todos os pecados de Baasa, e os 3 pecados de Ela, seu filho,
com que pecaram e com que fizeram pecar a Israel, irritando ao Senhor, Deus de
Israel com as suas vaidades. Zinrirefugiou-se na parte interior do palácio, pôs
lhe fogo, e pereceu nas chamas. I Reis 16.18
Zinri foi morto por outro general
Onri, que sitiou a capital Tirza.
3ª Dinastia:
Casa de Onri (885-(885-841 a.C.)
4 reis: Onri, Acabe, Acaziase
Jorão;
Onri:
Reinou 12 anos em Israel (Os doze
anos de Onri incluem os quatro anos em que Tibni tinha um reino rival -1 Rs16;21-23);
Estabilizou politica e
economicamente o Reino do Norte;
Período de prosperidade e
apostasia; aumenta a influência do culto a Baal;
Onri comprou de Semero o Monte de
Samaria e ali edificou uma cidade e a chamou de Samaria (I Reis 16.24) – onde foi
construído o Templo Samaritano
Samaria permaneceu como capital de
Israel até ser invadida e destruída pelos exercítos da Assíria 150 anos mais
tarde;
Sua localização era estratégica
pois ao mesmo tempo vigiava os movimentos de Judá (Sul) e mantinha controle
sobre as terras mais ricas de seu Reino.
Acabe:
Filho de Onri, reinou por 22 anos;
Casou-se com Jezebel, mulher
idólatra, filha de Etbaal, rei dos sidônios,
construiu em Samaria um templo a Baal e o serviu (I Reis 16.30.33).
Tomou a vinha de Nabote e foi
confrontado pelo profeta Elias;
Foi castigado com um dos piores
períodos de seca da história.
Morreu em combate contra a Síria,
quando estava disfarçado de um soldado comum;
Seu corpo foi lambido pelos cães,
em cumprimento a profecia de Elias (1Rs 21.19);
Falar-lhe-ás, dizendo: Assim diz o
Senhor: Mataste e ainda por cima tomaste a herança? Dir-lhe-ás mais: Assim diz
o Senhor: No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote, cães lamberão o
teu sangue, o teu mesmo.
Seu Reinado foi tão perverso e
idolatra que a expressão “a casa de Acabe”
tornou-se sinonimo para referências a todos os reinados ruins (II Reis 21.2s;
cf. Miqueias 6.16).
Acazias
Filho de Acabe (I Reis 22.40; II
Reis 1. 1-18) Reinou 2 anos (I Reis 22.52);
E fez o que era mau aos olhos do
SENHOR; porque andou nos caminhos de seu pai, como também nos caminhos de sua
mãe, e n os caminhosde Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel. E
serviu a Baal, e se inclinou diante dele, e indignou ao SENHOR, Deus de Israel,
conforme tudo quanto fizera seu pai (I Reis 22.52-54)
Tentou fazer aliança com o rei
Josafá (Sul), mas não conseguiu;
Acazias caiu pelas grades de um
quarto alto, buscou socorro em Baal-Zebute, deus de Ecrom, mas adoeceu e morreu
(II Reis 1.2-18).
Enviou duas tropas soldados para
prenderem o profeta Elias, ambas foram incineradas por fogo advindo dos céus
(II Reis 1.9ss.)
A luta entre o rei Acazias e o
profeta Elias era decorrente da disputa entre os deuses filisteus (Baal-Zebube,
de Ecrom) e Yahve.
Jorão (Jeorão
em algumas versões)
Reinou 12 anos (II Reis 3.1; II
Reis 1.17);
Irmão de Acazias e também filho de
Acabe (II Reis 3.1; II Reis 8.16; II Reis 8.25-29);
E fez o que era mau aos olhos do
senhor; porém não como seu pai, nem como sua mãe; porque tirou a estátua de
Baal, que seu pai fizera.
Pediu ao rei Josafá (Judá) e aos
reis de Edom para irem com ele à guerra contra os moabitas(II Reis 3.5-27);
Ficaram sem água e apelaram ao
profeta Eliseu, que somente atendeu por causa da presença do rei Josafá (Sul), conforme
(II Reis 3).
O profeta Eliseu diversas vezes
avisou o rei Jorão dos movimentos da Síria, de maneira que os israelitas sempre
venciam as batalhas;
Mas apesar de testemunhar inumeras
vezes o poder de Yahweh, Jorão aderiu aos pecados de
Jeroboão, filho de Nebate - que fizera pecar a Israel; não se apartou deles (II
Reis 3. 2-3).
Em nova batalha, agora aliado ao
rei Acazias (Sul), mais uma vez contra a Síria, em Ramote-Gileade, o rei Jorão
foi ferido (II Reis8.28,29; II Crônicas
22.5-7).
O profeta Eliseu é orientado por Yahweh para ungir a Jeú como novo rei
Morreu pelas mãos de Jeú (II Reis
9.14-25)
4ª Dinastia: Casa de Jeú (841-753 a.C.)
5 reis: Jeú, Jeoacás, Jeoás, JeroboãoII e Zacarias
Jeú
Reinou 28 anos (II Reis 10.36)
Foi ungido pelo profeta Eliseu ( II Reis 9.1-13) rei de Israel quando estava
em Ramote-Gileade; quando ainda o rei Jorão estava vivo, o que caracteriza um golpe de Estado.
Extermina a casa do rei Acabe/Jezabel: Os cães lamberam o sangue dela, exatamente como o profeta
Elias havia profetizado antes (II Reis 9.34-37); reuniu, com um ardil, e matou todos os profetas de Baal e
destruiu o seu templo (II Reis 10.15-30);
Por essa atitude contra a idolatria Yahweh confirmou a
dinastia de Jeú até a quarta geração (II Reis 10.30; 15.12).
Todavia, Jeú não se apartou de seguir os pecados de
Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel, a saber, dos bezerros de
ouro, que estavam em Betel e em Dã. Não teve cuidado de andar com todo o
coração na lei do Senhor, Deus de Israel, nem se apartou dos pecados de
Jeroboão que fez pecar a Israel (II Reis 10 29-31).
Em decorrência deste comportamento mau, na área política, houve enfraquecimento de
Israel e o território foi reduzido pois Hazael, rei da Síria sobe contra Israel e conquista toda a terra desde o
Jordão ao nascente de Gileade, os gaditas, os rubenitas e os manassitas.
E para não perder o restante, teve que pagar tributos ao rei da Assíria Salmanasar III, conforme consta no chamado Obelisco Negro (agora no Museu Britânico), onde um relevo retrata o que parece ser um embaixador de Jeú ajoelhado diante do rei assírio e trazendo-lhe presentes. A inscrição declara: “O tributo de Jeú (Ia-ú-a), filho de Onri (Hu-um-ri) [querendo dizer sucessor de Onri]; dele recebi prata, ouro, uma tigela-saplu de ouro, um vaso de ouro com fundo pontiagudo, taças sem pé, de ouro, baldes de ouro, estanho, um bastão para o rei.” (PRITCHARD,1969. p. 281).
O rei Jeú morreu e foi sepultado em Samaria (II Reis 10.32-36)
E para não perder o restante, teve que pagar tributos ao rei da Assíria Salmanasar III, conforme consta no chamado Obelisco Negro (agora no Museu Britânico), onde um relevo retrata o que parece ser um embaixador de Jeú ajoelhado diante do rei assírio e trazendo-lhe presentes. A inscrição declara: “O tributo de Jeú (Ia-ú-a), filho de Onri (Hu-um-ri) [querendo dizer sucessor de Onri]; dele recebi prata, ouro, uma tigela-saplu de ouro, um vaso de ouro com fundo pontiagudo, taças sem pé, de ouro, baldes de ouro, estanho, um bastão para o rei.” (PRITCHARD,1969. p. 281).
Jeoacaz (Acazias, rei de Judá (Sul) também é
chamado de Jeoacaz (II Crônicas 21.17)
Reinou 17 anos (II Reis 13.1) filho de Jeú (II Reis 13.1;
II Reis 10.35);
Reino como co-regente com o pai, Jeú, os três primeiros
anos;
Diante do caos político-econômico, pois Hazael, rei da
Síria, oprimia os israelitas há anos, decorrente do comportamento idolatra do
seu pai, ele clama a Yahweh, que levanta os assírios contra a Síria, aliviando
a situação.
E fez o que era mal aos olhos do Senhor; porque seguiu os
pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel; não se apartou
deles. Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra Israel, o qual os deu na mão
de Hazael, rei da Síria, e na mão de Ben-Hadade, filho de Hazael, todos aqueles
dias (II Reis 13.2-9)
Seu exército sofreu grandes perdas para os sírios, ficando
apenas com 50 cavaleiros, 10 carros e 10.000 infantes.
Morreu e foi sepultado em Samaria (II Reis 13.8-10).
Jeoás (algumas versões trazem a grafia de Joás)
Reinou 16 anos (II Reis 13.10) - filho de Jeoacaz (II Reis
13.9);
E fez o que era mal aos olhos do Senhor; não se apartou de
nenhum dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel, porém
andou neles (II Reis 13.11)
Procurou o velho profeta Eliseu, que lhe disse que haveria
de vencer três batalhas contra os Sírios (II Reis 13.15-19)
Com essas vitórias reconquistou muitos territórios
israelitas sob controle dos sírios;
Sem a orientação de Yahweh, o rei Amazias de Judá (Sul)
atacou o reino do Norte, mas foi vergonhosamente derrotado.
Nesta ocasião Jeoás marchou contra Jerusalém e destruiu
parte de seus muros (II Reis 14.1-14; II Crônicas 25.5-24);
Morreu Jeoás e foi sepultado em Samaria (II Reis 13.13 14)
Jeroboão II
Reinou 41 anos (II Reis 14.23) - filho de Jeoás (II Reis
14.23)
Jeroboão II pelejou e reconquistou Damasco e Hamate,
pertencentes a Judá (II Reis 14.25-29);
E fez o que era mal aos olhos do Senhor; nunca se apartou
de nenhum dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel (II
Reis 14.24)
Provavelmente por causa deste triste refrão, seu longo
reinado ocupa pouco espaço nas narrativas históricas (II Reis 14.23-29);
Mas é no seu reinado que os profetas Amós e Oséias exercem
seu ministério, repreendendo e condenando suas práticas idolatras, depravadas e
opressora.
Com o enfraquecimento dos assírios e dos sírios, Jeroboão
ampliou o território israelita até os limites de Davi e alcançou grande
prosperidade econômica;
Mas com a prosperidade veio toda sorte de desvios
religiosos-sociais; que foram duramente condenados pelos profetas:
Opressão dos ricos sobre os pobres (Amós 2.6,7)
Religiosidade estéril e ritualista (Amós 5.21-24)
Falsa mensagem de segurança (Amós 6.1-8)
Tanto Jeroboão quanto o povo rejeitaram a mensagem do
profeta (Amós 7.10-17)
Em 722 a.C. Samaria foi tomada e seus habitantes deportados
pelos exércitos da Assíria. O Reino do Norte nunca mais foi reestabelecido.
Esses próximos e últimos reis
de Israel representam o período mais medíocre e pernicioso da curta história do
Reino do Norte. O escritor de Crônicas ignora por completo a trajetória desses
últimos reis nortistas, até porque está centrado na história de Judá, que
permanecerá, mesmo após o Cativeiro Babilônico.
Zacarias (Não confundir com o profeta Zacarias)
Reinou 6 meses (II Reis 15.8) - filho de Jeroboão II (II
Reis 14:29; II Reis 15.8)
Último governante da dinastia de Jeú (II Reis 15.12)
O refrão continua: “E fez o que era mal aos olhos do
Senhor, como tinham feito seus pais; nunca se apartou dos pecados de Jeroboão,
filho de Nebate, que fez pecar a Israel” (II Reis 15.9).
Salum, filho de Jabes, conspirou contra ele, e o feriu
diante do povo, e o matou, e reinou em seu lugar (II Reis 15.10-11).
Salum
Reinou apenas um mês (II Reis 15.13) - filho de Jabes (II Reis 15.10 e 13)
Menaém, filho de Gadi, subiu
de Tirza, e veio a Samaria, e feriu a Salum, filho de Jabes, em Samaria,
e o matou, e reinou em seu lugar (II
Reis 15.14-15).
Menaém
Reinou 10 anos - II Reis 15.17 - filho de Gadi (II Reis
15.14,17)
Iniciou seu reinado da forma mais violenta possível:
Então, Menaem feriu a Tifsa e todos os
que nela havia, como também seus termos desde Tirza, porque não lha tinham
aberto; e os feriu, pois, e todas as mulheres grávidas fendeu pelo meio (II
Reis 15.16).
Depois de dez anos de governo, onde relativamente expressou
certo temor a Yahweh, ele retoma o caminho pernicioso de seus antecessores:
E fez o que era mal aos olhos do Senhor;
todos os seus dias se não apartou dos
pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel (II Reis 15.18)
Cada vez mais acossado pelo Império Assírio, o rei Menaém têm que pagar tributo mil talentos de prata a
Pul, rei da Assíria para não ser levado cativo (II Reis 15.19-20).
A Morte de Menaém (II Reis 15.21-22)
Pecaías
Reinou 2 anos (II Reis 15.23) - filho de Menaém (II Reis 15.23)
O refrão nefasto se repete: “E fez o que era mal aos olhos
do Senhor; nunca se apartou dos pecados de Jeroboão, filho e Nebate, que fez
pecar a Israel” (II Reis 15.24).
E Peca, filho de Remalias, seu capitão, conspirou contra ele e o feriu em Samaria, no paço da
casa do rei, juntamente com Argobe e com Arié; e com ele estavam cinquenta
homens dos filhos dos gileaditas e o matou e reinou em seu lugar (II Reis
15.25-26).
Prevalecia o regime de assassinatos, violência sobre
violência, de maneira que o reino de fato não poderia permanecer.
Peca
Reinou 20 anos (II Reis 15.27) - filho de Remalias (II Reis 15.25; cf. Isaias 7.1,4).
Há uma sucessão de reis, mas o refrão é o mesmo:
E fez o que era mal aos olhos do Senhor;
nunca se apartou
dos pecados de Jeroboão, filho e
Nebate, que fez pecar a Israel (II Reis 15.28-29).
Diante da ameaça crescente do império Assírio, tenta uma
aliança com o rei Acaz de Judá (Sul), mas foi malsucedido. Revoltado leva
cativo duzentos mil judeus: mulheres, filhos e filhas (II Crônicas 28.8).
Ao retornar à Samaria encara mais uma invasão dos assírios,
agora com Tiglate-Pileser, que tomou a Ijom, e AbelBeteMaaca, e a Janoa, e a Quedes, e a Hazor, e a
Gileade, e à Galiléia, e à toda
a terra de Naftali, e os levou cativos
para a Assíria (II Reis 15.29)
Diante desta política equivocada e fracassada: “Oséias,
filho de Elá, conspirou contra Peca, filho de Remalias, e o feriu,e o matou, e
reinou em seu lugar, no vigésimo ano de
Jotão, filho de Uzias” (II Reis 15.30-31)
Ora, o mais dos atos de Peca e tudo quanto fez, eis que
estão escritos no livro das Crônicas dos Reis de Israel (II Reis 15.31 – esta
fonte histórica se perdeu).
Oséias
Reinou 9 anos (II
Reis 17.1) - filho de Elá
(II Reis 15.30; 17.1)
Oséias será o último rei de Israel (Norte)
Foi respaldado pelo governo assírio, a quem estavam
subordinados.
Com a morte de Tiglate-Pileser, o rei israelita se alia ao
rei do Egito, deixando de pagar os tributos aos assírios.
A reação Assíria foi violenta: mandou Oséias para prisão, e
após um terrível cerco de três anos invadiram a cidade e a destruíram, levando
sua população para o cativeiro e trazendo outros povos para habitar em Samaria
e demais regiões de Israel.
Essa era a razão, quando nos dias de Jesus, os judeus
repudiavam os Samaritanos, classificando-os de judeus impuros.
Esta foi a chamada primeira Diáspora. A população israelita foi levada para as regiões da
Babilônia, e outras áreas, sob o domínio dos assírios.
Quando pouco mais de cem anos, os judeus também foram
levados cativos, agora pelos próprios babilônios, que haviam subjugado os
assírios, encontram seus coirmãos já estabelecidos nas cidades do Império
O rei Oséias foi apenas a gota que fez transbordar o cálice
da ira e Deus sobre o Reino de Israel (Norte). Desde seu início com Jeroboão I,
todos os demais reis cantaram o mesmo refrão: “E
fez o que era mal aos olhos do Senhor;” ainda
que no caso dele: “contudo, não como os reis de Israel que
foram antes dele” (II Reis 17.2).
A narrativa abaixo do historiador bíblico transparece toda
melancolia do triste fim de um Reino, que apesar de todos os rogos insistentes
de Deus, para que se arrependessem e retornassem à Aliança, optaram por
permanecerem rebeldes e desobedientes:
“No ano nono de Oséias, o rei da Assíria
tomou a Samaria, e transportou a Israel para a Assíria, e fê-los habitar em
Hala e em Habor, junto ao rio Gozã, e nas cidades dos medos. E sucedeu assim pôr
os filhos de Israel pecarem contra o SENHOR, seu Deus, que os fizera subir da
terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito; e temeram a outros deuses. E rejeitaram os
seus estatutos e o
concerto que fizera com seus pais, como também os testemunhos
com que protestara contra eles; e andaram após a vaidade e ficaram vãos, como também após as nações que estavam
em roda deles, das quais o SENHOR lhes tinha dito que não fizessem como elas. E
deixaram todos os mandamentos do SENHOR, seu Deus, e fizeram imagens de
fundição, dois bezerros; e fizeram um ídolo do bosque, e se prostraram perante
todo o exército do céu, e serviram a Baal. Também fizeram passar pelo fogo a
seus filhos e suas filhas, e deram-se a adivinhações, e criam em agouros; e venderam-se
para fazer o que era mal aos olhos do SENHOR, para o provocarem à ira. Pelo que
o SENHOR muito se indignou contra Israel e os tirou de diante da sua face; nada
mais ficou, senão a tribo de Judá. Até Judá não guardou os mandamentos do
SENHOR, seu Deus; antes, andaram nos estatutos que Israel fizera. Pelo que o
SENHOR rejeitou a toda semente de Israel, e os oprimiu, e os deu nas mãos dos
despojadores, até que os tirou de diante da sua presença. Porque, depois que o
Senhor rasgou a Israel da casa de Davi, e eles fizeram rei a Jeroboão, filho de
Nebate, Jeroboão apartou a Israel de seguir o SENHOR e os fez pecar um grande
pecado. Assim, andaram os filhos de Israel em todos os pecados que Jeroboão
tinha feito; nunca se apartaram deles. Até que o SENHOR tirou a Israel de
diante da sua presença, como falara pelo ministério de todos os seus servos, os
profetas; assim, foi Israel transportado da sua terra à Assíria, onde permanece
até ao dia de hoje (II Reis 17.15-23).
A QUEDA DE SAMARIA - REINO NORTE - ISRAEL SE DEU EM 722 a.C.
O Reino Norte é derrotado e
levado cativo para Assíria, por Salmaneser, rei da Assíria em 722 a.C (II
Rs.17.3-6; 18.9-12)
Aproximadamente 208 anos após a divisão do Reino Unido.
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan
Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
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Historiologia
Protestante
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Referências
Bibliográficas
BUIS, Pierre. O
livro dos Reis. Tradução de Maria Cecília de M. Duprat. São Paulo:
Paulus, 1997. [Cadernos Bíblicos; 70].
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Introdução ao Velho Testamento. Rio de Janeiro: JUERP, 1969.
GARDNER, Paul
(Editor). Quem é quem na bíblia sagrada – a história de todos os
personagens da bíblia. Tradução de Josué Ribeiro. São Paulo: Vida,
1999.
Halley, H. Manual
Bíblico. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Nova Vida, 1983.
HOFF, Paul. Os
livros históricos. São Paulo: Vida, 1996.
MESQUITA, Antônio
Neves de. Estudo nos livros dos Reis. Rio de Janeiro: JUERP,
1983.
PRITCHARD, James B.
(Ed.). Ancient Near Eastern Texts – Relating to the Old Testament. New
Jersey: Princeton University Press, 1969.
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