Quando Jesus declarou: “Buscai em
primeiro lugar o Reino de Deus”, ele acrescentou “e a sua JUSTIÇA”, antes de
concluir “e todas estas coisas lhes serão acrescentadas”. Infelizmente no
cristianismo evangelical hedonista e materialista predominante nos dias atuais
no Brasil, a questão da Justiça do Reino tem sido preterida e até mesmo
premeditadamente excluída dos púlpitos e literaturas evangélicas produzidas no
país.
Enquanto o país passa mais uma vez por um momento
de grande tensão e onde visivelmente as instituições maiores da nação revelam
suas facetas nefastas - há um silêncio mórbido dos clãs evangélicos sobre a
questão da Justiça. Alguém já disse que o silêncio é um poderoso discurso! Ao
se calarem diante da deturpação da justiça, o evangelicalismo brasileiro
torna-se coparticipante das consequências diretas que estão e haverão de acontecer. O
pacto silencioso das lideranças religiosas e a injustiça deslavada que tem corroído
as bases institucionais e sociais do Brasil tem produzido uma conta impagável para
a Sociedade brasileira. Assim como aconteceu nos dias do profeta Amós, assim
também acontecerá no Brasil – o juízo de Deus descerá sobre esta Nação!
Quem
foi Amós?
Amós era do Reino de Judá (Sul), mas
foi chamado por Deus para proclamar uma mensagem no Reino de Israel (Norte). O
rei de Judá era Uzias (788–736 aC) e em Israel reinava Jeroboão II (789–748 aC
). Ambos foram os reis que por mais tempo reinaram, Uzias 52 anos e Jeroboão II
por 41 anos e depois de Davi e Salomão foi o período mais prospero de ambos os reinos,
e o período em que reconquistaram quase todos os territórios anteriormente
perdidos para seus inimigos.[1]
Tudo seria perfeito se não fosse por um detalhe – eles se esqueceram da Justiça.
Encantados e seduzidos pela
prosperidade (ascensão social) os moradores de Israel adotaram um estilo de
vida demarcado pelo hedonismo e sua consequente imoralidade. Seus desvarios
chegaram ao ponto do intolerável diante dos olhos de Deus; os pobres eram
tratados como mercadorias que eram vendidas e compradas nos mercados das
cidades; produziam e reproduziam seus atos corruptos para acobertar toda sorte
de malefícios e crimes hediondos praticados nas entranhas do poder político-econômico-religiosa,
uma tríade demoníaca que destrói toda e qualquer Justiça social.
A voz de Amós ressoa nesse ambiente onde a vida de uma
pessoa valia menos do que a de uma sandália. Para o profeta
havia apenas uma única possibilidade de mudar o destino final da nação
israelita: resgatar seu temor de Deus e praticar a sua Justiça. Qualquer outra alternativa
seria apenas postergar o juízo eminente de Deus sobre a vida deles.
Infelizmente, nem as autoridades constitucionais, nem as autoridades
religiosas, nem a população em geral deu credibilidade às palavras de Amós e o
resultado está registrado nas páginas posteriores da Bíblia e da História – o
reino de Israel (Norte) com toda sua prosperidade foi invadido pelos exércitos
assírios e foi completamente destruído e nunca mais foi restabelecido como
reino. Os sobreviventes foram espalhados por diversos outros países dominados
pelo império assírio e suas histórias desapareceram. E a nação brasileira não
passara ilesa de semelhante destino a não ser que resgate o temor de Deus e a
sua Justiça.
Todas e quaisquer formas de injustiça são condenáveis aos
olhos de Deus. Há um numero grande de exemplos do juízo de Deus sobre aqueles
que obstinadamente optam pelos malefícios da injustiça. Em todo o tempo o ser
humano tende a dissimular seus atos corruptos revestindo-os com uma camada
sutil de boas intenções. Nos dias de Amós o Templo construído na capital Samaria,
com todas as ornamentações e enriquecimento encantavam os olhos e estufava o
peito de orgulho de seus líderes religiosos, da corte real, dos juízes e da
população em geral. Os cultos atraiam milhares de pessoas pois ali se realizavam
todos os rituais explicitados nas Escrituras, culminando com os sacrifícios prescritos
na Lei. Mas nos recônditos da vida cotidiana o que prevalecia era toda sorte de
corrupção e imoralidade, dentro e fora dos espaços do templo; dentro e fora dos
espaços públicos; dentro e fora das convivências sociais. Uma liderança
corrompida e prostituída somente poderia produzir uma nação corrupta e
prostituta. A liderança é a expressão de sua população – quanto mais corrupto é
um governo, mais corrupto torna-se a sua população. O silêncio do povo diante
dos atos corruptos e indecentes de suas lideranças apenas revelam sua
complacência ou covardia e ambas servem apenas de tampa para seus próprios
caixões fúnebres. O profeta Amós foi levantado e enviado por Deus para ser uma
voz contundente para despertar as consciências e os corações dos israelitas –
mas assim como havia sido nos dias de Elias – o povo simplesmente se fez de surdos,
cegos e mudos. O único sentimento que a mensagem de Amós produziu naquela
sociedade foi de repúdio e revolta contra o profeta e contra sua mensagem. Ele
foi acusado de fomentador de revolta e de querer o mal contra os israelitas,
visto que era do reino do Sul (Judá). O profeta e sua mensagem foram repudiados
pelas lideranças institucionais e ridicularizadas pelas lideranças religiosas.
A Mensagem
de Amós
De forma muito inteligente o profeta
Amós inicia sua mensagem enumerando as razões pelas quais o juízo de Deus será
eminente sobre as nações ao derredor de Israel: contra Damasco (1.3); contra a
Filisteia (1.6); contra Tiro (1.9); contra Edom (1.11); Contra Amon (1.13) e
contra Moabe (2.1). Os ouvintes vibram com cada acusação feita pelo profeta
contra as nações inimigas.
Mas então o profeta olha bem nos
olhos de seus ouvintes e começa a declarar os pecados e as injustiças
praticadas pela nação israelita; com a mesma firmeza e convicção com que
proclamou o juízo eminente sobre cada uma das nações vizinhas, agora Amós
enumera as acusações que pesam sobre os israelitas e a sentença que paira suas
cabeças. Com pequenas diferenças de abordagens diversos comentaristas bíblicos
enumeram ao menos quatro acusações graves de Deus contra a nação de Israel,
conforme podemos visualizar na tabela abaixo (SICRE, 2011, p. 132):
KEIL
|
1.
Injustiça nos tribunais
2.
Opressão dos simples
3.
Profanação do nome divino pela
prostituição
4.
Profanação do santuário com
bebedeiras
|
FEY
|
1.
Venda como escravos
2.
Corrupção do direito
3.
Promiscuidade nas relações sexuais
4.
Inobservância da norma sobre fianças
e multas
|
AMSLER (opressão)
|
1.
No tribunal
2.
Na vida social
3.
Na família
4.
No culto
|
WOLFF
|
1.
Venda como escravos de inocentes e
necessitados
2.
Opressão dos pobres
3.
Abuso das moças
4.
Malversação de dívidas
|
Ainda
que não haja perfeita consonância das nomenclaturas dos comentaristas o quadro
geral é muito claro no fato de que as acusações do profeta são contundentes e
de pleno conhecimento de todas as esferas sociais vigentes e inclusive o povo
de forma geral. Há uma confluência silenciosa entre todas as esferas de poder
sustentada pela passividade do povo. Por está razão declara o profeta, o juízo
de Deus será manifestado sobre toda a nação e não apenas sobre algum de seus
segmentos. É um alerta para todos aqueles que pensam que não tem nada haver com
o que está acontecendo na vida do país; enganam-se, pois quando o juízo de Deus
derramado o será sobre toda a nação e não somente sobre alguns corruptos de
plantão.
O profeta não pregou apenas para as instâncias dos
poderes constituídos, mas pregou na praça pública para todos que ali passavam e
ouviam. Deus não fez e não faz mistério sobre o que estava e esta por acontecer
sobre toda a injustiça, de ontem e de hoje. O juízo de Deus foi manifestado
sobre todas as nações ao derredor, mas também igualmente o foi sobre a própria
nação de Israel (Reino do Norte).
Sua capital Samaria, suas instituições e sua população
foram completamente desarraigadas e os remanescentes foram exilados para nunca
mais retornarem como nação independente. Os samaritanos dos dias de Jesus eram
os poucos remanescentes da população israelita, misturados com outros povos que
para ali foram levados, vivendo sobre os escombros do que outrora fora uma das
capitais mais ricas da Palestina. Esse é o preço de não se dar ouvidos à
mensagem do profeta – não sem razão o refrão das Sete Cartas contidas no
Apocalipse, conclusão da história humana, endereçadas as Sete Igrejas é: quem
tem ouvidos ouça!
Conceito de Justiça em Amós
Há três termos intercambiáveis que
expressam o termo “justiça” no Primeiro Testamento:[1] justiça
(משפט - 425 vezes na Bíblia
Hebraica, presente em 32 dos 39 livros); retidão/integridade (צדקה - é o termo mais genérico, mas em
seu significado como justiça tem um apelo ao relacionamento humano e ações
práticas diárias que resultam em fazer a coisa certa) e equidade (מישרים - vem da raiz ישר) é a justiça [honestidade] em
referência ao próprio Deus [YHWH], é a
forma de se viver que agrada a Deus.
No contexto ou junção destes três termos, e não
especificamente em apenas um deles, se deve construir a ideia prevalecente que pode
definir justiça como sendo todas e
quaisquer ações e deliberações destinadas a zelarem pelo bem estar de todos,
permitindo que igualmente os vulneráveis possam ter uma vida condigna e onde
prevaleçam as relações de plena liberdade e, por conseguinte, combata qualquer
tipo de opressão pessoal, familiar, social e institucional.
Essa é a justiça que emana do próprio Deus e que Ele
espera que prevaleça em todas as relações humanas, mas que se exige com
veemência de qualquer instância de poder, visto que toda autoridade provem do
próprio Deus. Desta maneira, tudo que possa contrariar estes princípios são
vistos como sendo atos de injustiça e desta forma não permanecerá em pé diante
do tribunal de Deus e sofrera as sanções condenatórias expressas na Lei do
Senhor. Apropriando-nos das palavras de Tiago (2.26) um evangelicalismo do
Reino (a salvação, as bênçãos, a prosperidade) sem as implicações da justiça do Reino é um evangelicalismo
natimorto. E todos aqueles que tentam viver desta forma ouviram no final as
palavras de Jesus (dirijas aos membros da igreja em Laodicéia): “Você diz: ‘Estou rico, adquiri riquezas e
não preciso de nada. Não reconhece, porém, que é miserável digno de compaixão,
pobre, cego, e que está nu’ (Ap. 3.17)”. Dentro do conceito de Aliança que
Deus estabeleceu no Primeiro Testamento, ele nunca aceitou um relacionamento
que não tivesse como base a justiça e no Segundo Testamento Jesus jamais
separou o que Deus havia unido – Reino e
Justiça!
No contexto geral dos dois Testamentos
podemos perceber que Deus é a origem, mantenedor e executor da Justiça. E
podemos expressar isso em três esferas (dimensões) na revelação progressiva de
Deus: na criação, na Aliança e na Escatologia (Reino). Assim, temos a Justiça
no inicio, na transição e na conclusão da História humana. Os profetas fazem
desta Justiça o fundamento de todas as suas pregações – é o que Deus espera de
todas as Nações, portadoras da Revelação Geral (por isso Amós inicia os juízos
sobre as nações vizinhas) e como Paulo conclui: “por isso são indesculpáveis”; mas é o que Deus espera e irá cobrar
particularmente do seu povo, portador da Revelação Especial, em todos os
lugares e em todos os tempos (inclusive nesse tempo pós-moderno) e será esse o
critério para julgar os vivos e os mortos, conforme a mensagem do Apocalipse.
Por isso Pedro ao escrever aos líderes das comunidades judaico-cristãs
dispersas do primeiro século, declara com veemência: “o juízo de Deus começará pela
Casa de Deus”. O evangelicalismo brasileiro, assim como os israelitas
dos dias de Amós estão completamente despreocupados com esta questão, mas quando o juízo de Deus chegar não haverá
tempo para arrependimento – o tempo de arrepender-se e retornar a Deus e
sua Justiça é hoje.
A Injustiça de Israel
Nas palavras de Amós encontramos
duas vertentes que revelam o comportamento cruel e injusto que prevalecia na
sociedade israelita. A primeira nasce do hedonismo dos ricos e poderosos e a
segunda das instâncias de poder executivo
(palácio, corte) e judiciário-legislativo
que naqueles dias (como hoje no Brasil) elaboravam e utilizavam as leis para
seus próprios interesses e não para o bem estar social e religioso (o templo e o culto influenciava profundamente a vida
social).
Essa tríade monarquia-judiciário-religioso deveria se constituir nos instrumentos para promover a justiça e a
vida, mas nos dias de Amós (e sempre) eles serviam de instrumento de
malignidade e morte. As ações destas esferas de poder deveriam produzir bênçãos
(bem estar) para todos, mas distorcidamente tornaram-se maldição para a
população em geral e particularmente para os mais desvalidos. De guardiões do bem estar social,
tornaram-se os predadores implacáveis
da sociedade. O profeta Amós é a VOZ de Deus que se faz ouvir em prol das
vítimas desta tríade predatória, satânica
e amaldiçoadora.
Para Amós e todos os demais profetas bíblicos a
responsabilidade de garantir a justiça social era tanto uma exigência divina quanto
um símbolo de boa governança e disso dependia a legitimidade dos que exerciam seus papéis sociais em qualquer uma
de suas respectivas instâncias de poder. Consequentemente, quaisquer destes
nominados que distorcesse as funções de suas prerrogativas, fosse o rei, legislador
ou eclesiástico estavam sujeitos a
serem destituídos de suas funções e
prerrogativas. As garantias que Deus disponibilizou as autoridades constituídas
sempre estiveram subordinadas à equidade dos direitos e deveres sociais, caso
contrário, deveriam e foram em muitos casos destituídos.
Todas essas instâncias eram responsabilizadas igualmente
por Deus para inibir todos e
quaisquer vestígios de opressão, corrupção, injustiça e exploração. Qualquer
instância estabelecida tinha o dever de trabalhar em proporcionar o bem-estar e
a justiça social. Ao se desviarem dessa
finalidade estavam sujeitos ao repúdio e revolta popular. Nenhum rei,
legislador ou eclesiástico eram autônomos, mas cada um e todos eles estavam subordinados à promoção da justiça em
favor de todos os seus concidadãos.
Amós declara que Deus é não apenas a origem das
instituições de poderes, mas que Ele também é extremamente zeloso da equidade
destas instâncias. Os profetas são os
instrumentos para resgatar os valores estabelecidos por Deus e para despertar a
consciência daqueles que foram colocados para o exercício destas funções. O
rei, o legislador e o sacerdote deveriam estar sempre atentos à voz profética,
pois Deus estava com o prumo nas mãos para determinar se o muro da justiça
estava sendo construído corretamente ou se esse muro haveria de cair sobre os próprios
construtores corruptos (Amós 7.7-8). Por este prisma o muro da justiça no
Brasil é uma enorme muralha (da China) prestes a cair sobre toda sociedade
brasileira provocando convulsões sociais sem precedentes na história dessa
Nação.
O profeta nomeia diversos segmentos sociais que estavam
sujeitos aos descalabros das instituições de poder: os justos ou inocentes
(aquele que está dentro de seus direitos, dentro da legalidade); os pobres (todos aqueles que se encontra em
uma circunstância de opressão, abuso e injustiça); os necessitados (sem amparo econômico, explorados economicamente, não
tem as necessidades básicas da vida, incluindo comida, água e roupas); órfãos e viúvas (são os vulneráveis e indefesos); os aflitos e oprimidos (são
vulneráveis ao abuso legal nos tribunais; sujeitos a exploração econômica sob
a forma de excessiva tributação impostos; sofrem privação e humilhação interna).
Amós e seus companheiros profetas
utilizavam esses termos de forma intercambiáveis para pintar o terrível quadro da injustiça que se contemplava na
Sociedade de seus dias e que pouco ou quase nada se difere das atuais
Sociedades em todos os países do mundo. O conjunto destes termos descrevem
aqueles que são vítimas de injustiça, são socialmente marginalizados,
economicamente desfavorecidos e politicamente oprimidos.
Na medida em que a balança da
justiça pende para os poderosos caracteriza-se um estado de opressão. Nos dias
de Amós, como nos dias de hoje, a justiça se compactuou com os poderosos e
legisladores e se transformaram em gananciosos e implacáveis predadores da
população de forma geral, mas onde os mais desvalidos tornam-se vitimas
completamente indefesas. Enquanto a tríade
satânica acumula o prestígio, honra e riqueza e distorce o Direito à sua
imagem e semelhança, a Nação padece de toda sorte de males e malefícios
advindos da opressão e miséria a que são relegados, tendo na violência social
sua ponta do iceberg, pois abaixo estão os milhões de desapropriados de seus
direitos elementares e constitucionais. A tríade maneja o poder e usa a opressão
e a injustiça para conquistar seus objetivos nefastos.
Conclusão
O silencio alienante da maior parte dos evangélicos
brasileiros diante de todas as formas de injustiça que tem imperado na
Sociedade brasileira é significante do desapego e descompromisso deste
evangelicalismo hedonista e materialista que tem predominado no meio de todas
as instituições evangélicas nacionais.
Enquanto os escolásticos de plantão ficam discutindo os
pontos e vírgulas de suas exegeses uma cáfila de camelos passa pelo fundo de
uma agulha; enquanto embelezam seus templos com marfim, ouro e prata a
injustiça prevalece em todas as instâncias da sociedade brasileira; enquanto
seus líderes e membros lutam para manteres suas zonas de conforto, os
desvalidos e miseráveis sofrem toda sorte de opressão da tríade satânica, sem
ninguém para se levantar em favor deles.
Onde está a voz profética?
“O que Eu quero ver
é a justiça correndo como um rio. Quero ver uma
correnteza de justiça e retidão”
(Amós 5.24 - Bíblia Viva).
(Amós 5.24 - Bíblia Viva).
Mas que não se enganem, pois, a areia da
ampulheta do tempo de paciência de Deus está se esgotando rapidamente e se não
houver um arrependimento genuíno e um retorno imediato aos princípios de
justiça e equidade terão que enfrentar o juízo de Deus sobre suas vidas.
COITADOS DOS QUE vivem
confortavelmente, cheios de luxo, em Jerusalém e Samaria, famosos e populares
entre o povo de Israel.
Vão a Calne e vejam o que
aconteceu ali: Depois deem um pulo à grande Haná e a Gate, na terra dos
filisteus. Já foram melhores e maiores do que vocês, mas vejam o que lhes
aconteceu!
Vocês
afastam qualquer pensamento do castigo que os espera, mas as suas obras acabam
apressando o Dia do Julgamento.
Vocês se deitam em camas de
marfim, cercados de luxo. Comem a carne das ovelhas mais novas e dos
bezerrinhos especialmente escolhidos.
Vocês cantam preguiçosamente
ao som da harpa e se divertem em ser músicos tão bons quanto o rei Davi.
Vocês bebem vinho à vontade
e usam os perfumes mais caros sem dar a mínima importância a seus irmãos, que
precisam de ajuda!
Por isso, vocês serão os
primeiros a virar escravos. De repente, a sua grande farra terá um fim!
O Senhor Deus do Universo
jurou pelo seu próprio nome: "Detesto
o orgulho e a glória falsa de Israel. Odeio suas belas mansões. Entregarei esta
cidade e tudo o que nela existe aos seus inimigos”.
Amós 6.1-8 (Bíblia Viva)
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan
Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
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Daniel de Oliveira]. São Paulo: Editora Teológica, 2003
[1] Israel
(Norte), no auge de seu domínio militar ganhou controle sobre as rotas
comerciais e desta forma acumulou riqueza em suas cidades através dos lucros
obtidos com o comércio internacional.
[2] Infelizmente
o espaço deste artigo não permite que abordemos um a um a riqueza destes termos
no âmbito das escrituras dos dois Testamentos.
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