Nos
três primeiros versos vimos João fazendo um pequeno prefácio desta composição
profética e agora nessas linhas subsequentes ele faz uma apresentação pessoal
aos seus leitores primários, através da saudação habitual muito semelhante às
demais correspondências neotestamentárias. Mas ele vai muito além de se auto
apresentar, pois o centro convergente do que irá escrever não é a sua pessoa,
como provavelmente o último dos apóstolos vivos, mas aquele a quem ele tem
servido – Jesus Cristo – a razão de tudo que ele vai escrever. Desde já João
quer enfatizar que é Jesus Cristo que esta por trás de todos os eventos
proféticos do Primeiro Testamento e que todos esses eventos serão cumpridos tão
somente nele e através dele.
1.4
– João, às sete igrejas na província da Ásia - Estas são as palavras de saudação do escritor ou
portador da mensagem; ele é conhecido e tem reconhecimento de sua autoridade
sobre as comunidades cristãs a que se dirige e, portanto, ele simplesmente se
identifica como João. É possível que houvesse mais comunidades cristãs na
Ásia,[1]
ou seja, atual Turquia, mas estas sete (que serão nomeadas no verso 11) são
representativas de todas as demais igrejas. O número sete ocorre 52
vezes no livro e indica plenitude divina, porque Deus
terminou a obra da criação e descansou no sétimo dia (cf. Gn 2.2). O termo grego ekklesia
(igreja) se refere às pequenas comunidades, inseridas dentro das cidades
cosmopolitas do Império Romano. Era o termo dado às assembleias populares, onde
se decidiam as grandes questões da comunidade (cf. At 19.39). Entretanto, a
maioria dos cristãos não tinha direito de participar destas assembleias
populares, pois não eram (polis, povo) cidadãos, mas estrangeiros, migrantes,
escravos (cf 1 Pe 1.1; 1 Co 1.26); então, eles se apropriam desta
preciosa palavra para identificar que em Cristo eles se constituíam uma nova
polis, que Deus, por meio de Cristo, esta formando no mundo (1 Pe 2.10).Esta
mensagem era para ser lida e divulgada a todas as comunidades cristãs, como já
era uma pratica comum em relação as demais epistolas contidas na nossa bíblia
(cf Cl 4.15).
1.4
- Graça e paz para vocês – Esta
é a saudação adequada todos os cristãos sejam gentios (graça) ou sejam judeus
(paz-shalom), pois todos são salvos pela mesma graça e usufruem da mesma paz proveniente
de Deus e por meio de Jesus Cristo. É típica de quase todo epistolário do
NT, todas as cartas de Paulo (ex. Rm 1.7), as duas de Pedro e a segunda de
João. A “graça” descreve a origem de todas as bênçãos usufruídas pelos
cristãos, das quais a “paz” é um perfeito resumo delas. Aqueles que por
natureza eram inimigos de Deus, e que, portanto, estavam debaixo da condenação
divina, agora mediante a graça que flui da cruz, são absolvidos da condenação e
reconciliados com Deus. E diferentemente da “Pax Romana” proporcionada pelo Imperador romano, que naquele
momento oprimia, perseguia e matava os cristãos, esta nova “Paz” tem sua
origem no próprio Deus Trino, e produz salvação e vida.
1.4
- daquele que é, e que era, e que está por vir – João designa Cristo em seu livro com três palavras
gregas intraduzíveis com exatidão em português que designam sua Divindade, sua Humanidade e
sua futura vinda, um verbo e dois particípios ativos substanciados. O escritor
utiliza abundantemente a elaboração ternária para se referir à
Trindade, como um todo, e a cada uma pessoa dela. Hoje falamos: “Pai,
Filho e Espírito Santo”, naqueles dias iniciais, quando as doutrinas e
formulas litúrgica ainda estavam sendo elaboradas, os cristãos declaravam: “É-Era-Vem”;
“os Sete Espíritos”; “Jesus Cristo”, que será repetida mais duas
vezes (4.8 e 11.17). João esta expressando aqui como os cristãos viam e
compreendiam a ação trinitária na vida deles e da igreja. Esta primeira
referência se relaciona ao Deus Pai que é agora, que é desde a eternidade e que
será eternamente. Assim como Deus se manifestou a Moises e ao povo
de Israel, novamente o “Eu sou aquele que sou” (cf a versão grega - Ex
3.14) se manifesta ao seu povo. João altera a última parte da formula judaica
tardia “aquele que será” por “aquele que vem”, substituindo o
verbo e o tempo verbal, pois sua intenção é conectar a presença de Deus na
história humana e particularmente na história de seu povo, Israel e Igreja, não
apenas de forma factual ou pontual, mas uma
presença constante e perene. Deus nunca esteve distante
de Seu povo, pois Ele não apenas conduz a
história, Ele é a história de Seu povo.
1.4
– e da dos sete Espíritos que estão diante do seu trono – aqui a referência é à segunda Pessoa da
Trindade. Como já mencionamos, o numero sete refere-se a integralidade
ou plenitude, e não que existem sete Espíritos Santos. No AT o profeta Isaías
fala de sete (na verdade seis) modos pelos quais o Espírito haveria de se
manifestar na vida do Messias/Cristo (Is 11.2-4) e Jesus mesmo indica as
diversas formas pelas quais o Espírito age (João 14.16-27). Esta forma de se
referir ao Espírito Santo será repetida na narrativa (3.1; 4.5; 5.6). O
Espírito Santo é a fonte de toda bênção e de todo dom perfeito que vem do trono
de Deus.
1.5
– e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel Testemunha, o Primogênito dos
mortos, o Príncipe dos reis da terra. – Assim
como a descrição de Deus Pai é tríplice, v. 4, também igualmente se faz a
descrição do Filho. Estes três títulos são extraídos do Salmo
89, onde o Messias é chamado Testemunha fiel (v.38), Primogênito (v.
28) e Altíssimo sobre os reis da terra (v. 28). Testemunha esta
relacionado à mártir, que é o contexto daqueles
primeiros leitores (2.10,13; 3.14; 6.9; 11.7; 13.7-10;, 15; 17.6; 20.4),
portanto, mediante a possibilidade de morrerem por sua fé, eles são consolados
com o fato de que Jesus foi Fiel até à morte; mas Jesus é também
o Primogênito (irmão mais velho, preeminência) e assim como
Deus o ressuscitou dentre os mortos (Cl 1.18; Fl 2.9; Hb 5.7), assim também
acontecerá com todos os seus irmãos e irmãs (Rm 8.29; 1 Co 15.20-23) que
permanecerem fieis mesmo diante do martírio; finalmente Jesus é declarado
o Príncipe sobre todas as autoridades humanas, desde o menor
até o maior (Ap 6.15). João esta plenamente consciente da tendência
humana em usurpar o lugar divino, pois os imperadores Júlio César, Augusto,
Cláudio, Vespasiano e Tito tinham sido oficialmente declarados divinos após
a sua morte pelo Senado romano, e os três últimos haviam usado o
termo Divus (divino) em suas moedas. O Imperador
Domiciano, enquanto João estava escrevendo, exige que seja proclamado como Dominus et Deus (Senhor
e Deus). Um dos propósitos do
Apocalipse é mostrar que apesar das aparências, Jesus Cristo é o verdadeiro
Soberano dos reis da terra, Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Para
os cristãos que vivem entre a sua primeira e a sua segunda vinda o fato de que
Cristo é o Príncipe dos reis da terra que tem que ser aceito pela fé, porque a
evidência da história será frequentemente contrário. Enquanto aqueles
primeiros cristãos estavam dispostos a morrerem do que se curvarem diante de
outro senhor, em vários momentos da história cristã e muito mais nestes últimos
dias, os cristãos abriram mão desta realidade do Senhorio de
Cristo e voluntariamente se
curvam aos “príncipes” deste século, contentando-se com as migalhas que caem de
suas mesas, desejosos de usufruírem dos benefícios passageiros deste mundo
louco, abrindo mão do direito de se assentar junto à mesa do Príncipe da
Paz, o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores no seu Reino Eterno.
1.5 – Àquele que nos
ama e nos libertou [lavou] dos nossos pecados pelo seu sangue – Após a tríplice declaração da grandeza de
Cristo, segue-se uma descrição tríplice de sua obra salvadora. O nosso
Redentor, manifesta-se em eterno e imensurável amor, indescritivelmente
demonstrado na Sua morte na cruz em favor de nós. A expressão “nos ama” está no tempo presente que
indica uma ação continua, ou seja, Cristo nos ama constantemente e não há um
único momento em que esse amor não seja manifestado a nós (Rm 5.8). Ao derramar Seu sangue – aqui como símbolo
de vida (cf. Lv 17.11) – Ele nos libertou do poder do pecado, cancelando nossa
dívida impagável diante do tribunal divino. Aqui temos uma das mais lindas
definições de um cristão: aquele
que é amado por Cristo e libertos de seus pecados. Este livro e
sua mensagem tornam-se preciosa e plenamente compreendida somente por aqueles
que experimentam o amor e perdão de Cristo. Estes cristãos sabem que sejam quais
forem as circunstâncias neste mundo eles são mais que vencedores por Jesus que
os ama. Jesus é o único que pode nos salvar da ira de
Deus, como indicado pelas taças neste livro, e, finalmente, do lago de fogo, (1
Ts 1.10). Aqui, em um livro que contém o julgamento de Deus sobre toda a terra,
traz-se à memória dos leitores a mensagem do Evangelho de que através da morte
e ressurreição de Cristo “Deus
reconciliou o mundo consigo, em Cristo, sem contar os pecados dos homens contra
eles" (2 Co 5.14-21). O sangue de Jesus que efetua a
purificação de todo pecado é um tema da epístola de João (1 Jo 1.7), bem como é
a referência ao amor de Deus (1 Jo 4.7-11).
1.6
– e nos fez para ser um reino e sacerdotes para servir a Deus e seu Pai
Literalmente “um reino de sacerdotes”. A expressão “nos fez” antecipa o ministério ou função
que os salvos haverão de desenvolver na eternidade, pois além de nos amar e
morrer por nós Jesus nos fez (constituiu) súditos do Reino de Deus e com a
sublime função de sacerdotes (cf. Ap 5.10; 20.6; 22.5), e como sacerdotes eles
tem livre acesso a Deus. A Igreja é denominada também de Reino (cf Mt
5.2-5; 19.28; Lc 22.30) A principal referência para reino e sacerdotes vem de
Êxodo 19.5-6 e 1 Pedro 2.9. Na primeira referência os israelitas receberam a
promessa de que, permanecendo em obediência a Deus, seriam tesouro de Deus de
entre todas as nações da terra e seriam para Deus um reino de sacerdotes e uma
nação santa. A tribo dos levitas foi escolhida e se construíram
sacerdotes, mas com a morte de Jesus, o véu do templo foi dividido em dois,
porque a partir de então todos os santos, não apenas os levitas serão
constituídos sacerdotes. A segunda referência enfatiza que os
cristãos são um povo escolhido, um povo exclusivo de Deus, sacerdócio real e
nação santa, que irá declarar os louvores de Deus que os chamou das trevas (o
reino de Satanás, Atos 26.18) para a sua maravilhosa luz. Enquanto
no AT sacerdote era um mediador entre Deus e as pessoas
oferecendo sacrifícios e incenso em e por seus pecados. No NT o
sacerdócio dos crentes significa declarar ao mundo a boa notícia do Evangelho,
que Jesus morreu por seus pecados e intercedendo, em seu nome, em favor de
outros. É preciso aqui destacar o equivoca da denominada “Teologia de Domínio”
cuja intepretação literal deste texto colocam os cristãos como reis deste mundo.
Em momento algum o texto embasa tal ensino e isso jamais ocorrerá neste período
que antecede a volta de Jesus Cristo glorificado. Como “sacerdócio real” temos
autoridade espiritual para submetermos os poderes das trevas em nome de Jesus
(cf. Ef 6.12; Lc 10.19; Mc 16.17, etc.), mas jamais em relação aos povos ou
nações desse mundo. Quando contrariou esse princípio, ao assumir o poder
temporal sobre o Império e submeteu as nações debaixo de sua autoridade eclesiástica,
que a Igreja Cristã na Idade Média iniciou a sua decadência espiritual. E todas
as vezes e em qualquer lugar que a Igreja assume o poder político temporal, ela
perde sua essência de Igreja de Cristo.
1.6 – a ele a glória e o poder pelos
séculos dos séculos! Amém. O
evangelista concluiu a frase com uma doxologia (cf. Mt 6.13), a primeira no
livro, que vão surgindo em sequencia crescente no transcorrer do livro: aqui a
doxologia é dupla; é tríplice em 4.9,11; é quadruplica em 5.13 e sextuplica em 7.12. Aqui uma vez mais se
reafirma a verdade de que Jesus Cristo é Deus, pois somente Deus pode receber a
glória. A frase “pelos séculos dos séculos”, utilizada primeiramente por Paulo (Gl
1.5) é usado vinte e uma vezes por João no Apocalipse. Esta frase grega, a mais
ampla para designar o tempo, é o no plural multiplicado por seu próprio plural!
Uma eternidade não é suficiente para contar as maravilhas de Cristo. Sua glória
e esplendor jamais sofrerá desgaste com o passar do tempo e Ele será
glorificado e exaltado infinitamente pelos salvos. Esse Amém é a expressão coletiva uníssona inclusiva de todos os salvos
em todos os tempos e que lá estarão participando da mesma salvação e alegria comum.
1.7
– Eis que ele vem com as nuvens e todo olho o verá, até mesmo
aqueles que o traspassaram; e todos os povos da terra se lamentarão por causa
dele. Assim será! Amém. – “Eis” é uma expressão imperativa
utilizada para "chamar a atenção
para o que pode ser visto, ouvido ou entendido mentalmente de alguma forma”
e João a utiliza 26 vezes no livro do Apocalipse. Enquanto os dois versos
anteriores (5 e 6) referem-se àqueles que conhecem a Jesus, este verso faz
referencia àqueles que não conhecem e/ou reconhecem Jesus como Senhor e Salvador. Para
aqueles que creem em Jesus o seu regresso à terra trará um corpo novo com o
qual usufruirá da vida eterna no Reino de Deus, mas para aqueles que o
rejeitaram ou ignoraram haverá apenas desespero e morte. A segunda vinda será
pública, todo olho o verá (Zc 12.10; cf Mt 24.30), ele vai trazer castigo sobre
aqueles que o rejeitaram (2 Ts 1.7-9; Ap 6.15-17; 11.18; 14.1720; 19.15), mas
vai ser louvado pelos que creram (2 Ts 1.10; Ap 19.6-9). O anúncio da
segunda vinda de Cristo e o consequente juízo sobre toda a humanidade é um dos grandes
temas deste livro, esta primeira menção no inicio (v. 7) torna-se
recorrente em todo o livro até seu penúltimo verso (Ap 3.3; 11; 6.12; 11.12;
14.14; 16.15; 17.14; 19.11; e na conclusão 22.7; 12; 20). A questão, portanto,
que se deve fazer não é “O que virá?”, mas sim “Quem
virá?”. Esta visão da segunda vinda de Cristo é extraída da combinação
das mensagens proféticas de Daniel (7.13) e Zacarias (12.10). Em Daniel temos
a imagem do Filho do Homem, o qual receberá o poder universal e eterno e que o
caracteriza Cristo como aquele que vem como Senhor e Juiz do mundo (Dn 7.26);
as palavras de Zacarias, citadas no evangelho de João (19.37), se
constituem em um alerta terrível de juízo para todos aqueles
que rejeitam a Jesus, pois em Sua volta não haverá mais
tempo para arrependimento e conversão, apenas para um lamento eterno.
A narrativa evangélica trás Jesus em Sua primeira vinda até o Gólgota, como
Salvador do mundo; a narrativa do Apocalipse trás Jesus em toda Sua glória e
poder como Juiz do mundo. A convicção deste acontecimento é enfatizada por uma
dupla confirmação Sim (grego) e Amém (hebraico).
1.8
– Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, que é, e que era, e que
há de vir, o Todo-Poderoso. – A
palavra final é do próprio Deus. Assim como Alfa e Ômega é
a primeira e a última letra do alfabeto grego,[2] Deus mesmo é o começo e o fim da
história, e cada página do Apocalipse demonstra esta soberania Dele na história
humana. Esta designação de Alfa e Ômega é repetida no final do livro (21.6 e
22.13).[3] Jesus veio à terra e
morreu na cruz (que era), ele é agora exaltado à mão direita de Deus e
intercede por nós (que é) e ele está
voltando em poder e glória para reinar (que está para vir ). Em
Colossenses 1.15-20 o apóstolo Paulo ensinava àqueles primeiros cristãos que
todas as coisas foram criadas por Cristo e para Cristo, Ele é o começo da
criação, o primogênito dentre os mortos, sendo o primeiro a ressuscitar dentre
os mortos. Quando Cristo retornar, Ele vai consumar esta História e os
justos irão ressuscitar dentre os mortos e haverá uma nova História com um novo
céu e nova terra. O “Todo-Poderoso” é
uma expressão grega utilizada na versão grega (Septuaginta) sempre relacionada
ao nome Yahvé (49 vezes). Das nove vezes que ocorre no Segundo Testamento, oito
estão no Apocalipse uma vez em 2 Co 6.18).
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
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Historiologia Protestante
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N/S
SUMMERS
Ray. A Mensagem do Apocalipse. Rio de Janeiro: Ed. JUERP, 1980.
[1]
No Segundo
Testamento, não é usado no sentido amplo em que é agora, como aplicado a todo o
continente, mas em sua maior significação incluiria apenas a parte sudoeste da
Ásia Menor, da qual Éfeso era a capital (cf. Atos 2.9). Se havia mais de sete
igrejas nessa região não é insinuado pelo autor deste livro e, nesse ponto, não
temos conhecimento certo. Fica evidente que estas sete eram as principais
igrejas, mesmo que houvesse outra mais.
[2] Este modo de falar é emprestado dos
judeus, que expressam a totalidade das coisas nas letras א aleph e ת tau ,
a primeira e última letra do alfabeto hebraico; mas como João estava
escrevendo em grego, ele acomoda o todo no alfabeto grego, dos quais Α alfa e Ω ômega são as primeiras e
últimas letras. Os rabinos usavam a expressão "de aleph a tau" para
expressar a totalidade de uma questão, desde o início até o fim. Outra
curiosidade é que a junção de Aleph-tau em hebraico fazer את eth (terra, planeta).
[3] Nas narrativas evangélicas Jesus usou
a expressão “EU SOU” não menos que oito vezes. Além disso, desses oito usos no
Segundo Testamento, cinco deles estão no evangelho de João; e a aparição de
mais dois desses usos aqui no primeiro capítulo do Apocalipse enfatiza a
estreita correspondência entre ele e os outros trabalhos joaninos. É forte
argumento de que uma mesma mente está por trás de ambas as literaturas.
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