(Mt 19.13-15; Mc 10.13-16; Lc 18.15-17)
Esse pequeno incidente foi tão impactante que os três
evangelistas o relataram, de maneira que é preciso nos deter aqui um pouco e
compreendermos sua relevância e apreendermos sua lição para nossa vida.
Perspectiva Correta
Para os discípulos os pais
trazendo as crianças para serem abençoadas atrapalhava Jesus, mas ele acolhe
amorosamente as crianças, tomando-as em seus braços.
•
Jesus sempre acolheu aqueles sem status político ou social.
•
O reino de Deus não é conquistado como um premio meritório, mas recebido como
um presente gracioso.
Aplicações
Jesus ama crianças, aqui
representando todos os desvalidos.
Precisamos corrigir sempre
nossa perspectiva para não transformarmos o Evangelho do Reino de Deus em algo meritório
e elitista
As boas obras não garante um
lugar no Reino de Cristo.
Contexto da História
Esse pequeno relato
evangélico está inserido dentro do contexto da resposta em relação ao Reino de
Deus. Mateus e Marcos a colocam imediatamente após a complexa discussão sobre o
divórcio, de maneira que diante de temas polêmicos é preciso a simplicidade de
uma criança para apreender a mensagem do Evangelho, o que contrasta com as
especulações farisaicas. Lucas utiliza o acolhimento das crianças por Jesus para
reforçar a importância da humilde dependência que deve ser manifestada no
relacionamento com Deus, conforme a parábola, que vem na sequencia, do fariseu
e do publicano. E os três evangelistas utiliza esse pequeno relato como
contraponto à pergunta anterior do jovem rico sobre o que se deve fazer para
ter direito a entrar no Reino de Deus.
Interpretando a História
Para Marcos (10.15) e Lucas (18.17)
o Reino de Deus deve ser recebido com a mesma singeleza e alegria com que uma
criança recebe um presente; mas o orgulho e arrogância humana as impulsionam a
tentar “conquistar” esse direito por seus esforços e méritos – fracassarão (Mt
19.19-20); pois não há nada em nós que possa impressionar Deus e a única forma
para entrarmos no Reino de Deus é reconhecermos nosso estado de pecado e
miséria e depender totalmente da graça (Lc 18.13). Receber o reino como uma
criança (Marcos 10:15; Lucas 18:17). Para os evangelistas ama criança é maior
ilustração dessa verdade.
Perigos
É preciso evitar
interpretações equivocadas de que trazer as crianças à igreja é uma garantia de
que elas já estão salvas; da mesma forma não se deve fazer uma analogia direta
de que o cristão deve agir como criança e ser ingênuo ou abrir mão do
conhecimento. Paulo escrevendo aos Corintos (1Co 3.1) e o autor de Hebreus
(5.13-14) repreendem seus respectivos leitores por permanecerem “infantis” no
conhecimento das coisas concernentes à Palavra de Deus. A maturidade na fé é
uma característica de todo verdadeiro crente.
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Historiologia Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/
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