sexta-feira, 15 de novembro de 2024

As Parábolas sobre o Reino de Deus/Reino do Céu


O Reino de Deus é um tema tão importante que Jesus contou muitas Parábolas sobre ele, para que as pessoas pudessem entendê-lo, calcular o custo de entrar nele e viver o caminho do reino ... é um estilo de vida que lhes custará tudo que tem, adverte Jesus ... assim, diante disto eles podem fazer uma escolha e dizer: "Estou dentro. Quero viver à maneira do Reino", ou, estou fora.

Abaixo temos um pequeno quadro que nos possibilita uma visualização das Parábolas sobre o Reino de Deus/Reino do Céu nos Evangelhos Sinóticos de Mateus, Marcos e Lucas. Essas parábolas incluem as histórias que Jesus contou para revelar como é o Reino dos Céus e para mostrar o contraste entre o Reino de Deus e o Reino deste mundo.

Jesus falou mais sobre o Reino de Deus do que sobre qualquer outra coisa. Suas primeiras palavras em seu ministério público foram: “O reino de Deus está próximo, arrependa-se e creia nas boas novas (evangelho)”.

Aqui você tem uma visão geral destas Parábolas e suas respectivas referências bíblicas, de maneira que é possível lê-las em conjunto dentro de uma perspectiva cronológica.

As Parábolas sobre o Reino de Deus/Reino do Céu


Observações

A expressão "Reino de Deus" e o "Reino dos Céus" podem ser usados de forma intercambiável. A nomenclatura Reino dos Céus é a forma semítica usada principalmente no livro de Mateus, que se destinava a seu público/leitor de origem judaica, enquanto a nomenclatura Reino de Deus é a forma grega da mesma frase usada principalmente nos evangelhos escritos por Marcos e Lucas, cujos público/leitor primários eram estrangeiros/gentios, de maneira que alguns detalhes precisam serem mais bem esclarecidos para que eles tivessem um entendimento correto dos ensinos.

A frase "reino dos céus" ocorre trinta e duas (32) vezes e somente no Evangelho de Mateus. A frase "reino de Deus" ocorre igualmente trinta e duas (32) vezes no Evangelho de Lucas, mais do que qualquer livro da Bíblia. Um exame dos paralelos sinóticos demonstrará que as duas frases se referem à mesma ideia.

 É perceptível que o evangelista Mateus oferece duas vezes mais Parábolas dentro deste tema do Reino do que seus colegas escritores. A razão mais simples é de que a origem judaica de seus leitores primários era ávida pelo tema que acalentavam ao longo dos séculos. As literaturas do Primeiro Testamento/Antigo Testamento estão repletas de referências sobre o assunto, o que alimentou por milhares de anos a fé e a expectativa dos judeus em todos os lugares sobre a implantação do Reino dos Céus através do Messias/Cristo, que haveria de vir. Uma vez que Jesus se apresenta como o Cristo/Messias, cria-se uma onda gigantesca do cumprimento das Profecias Messiânicas e que se revelam quando da entrada de Jesus em Jerusalém, quando eles gritavam: Hosana, Hosana aquele que vem em o nome do Senhor! Mas ao final desta mesma semana eles estariam gritando: Crucifica-o, Crucifica-o e solte Barrabás. A razão é que eles esperavam um reino físico/material, e Jesus vem trazer um Reino Espiritual. Ainda hoje a maior parte dos judeus aguardam a vinda do Messias.

Há muitas e relevantes lições que podemos aprender com esse pequeno conjunto de Parábolas sobre o Reino, mas pela brevidade do espaço quero destacar apenas algumas delas:

  • A primeira é de que o reino de Deus é muito mais valioso do que qualquer coisa que possamos vir a possuir aqui neste mundo (a parábola do tesouro escondido). Os fomentadores da chamada “teologia da prosperidade” iludem seus ouvintes, pois nada neste mundo é perene, apenas o Reino de Deus é eterno.
  • Todos são bem-vindos, mas muitos escolherão se afastar ou rejeitar o convite de Deus (a parábola da rede).
  • O reino de Deus começa quase imperceptível, mas se torna a maior das plantas de jardim (a parábola do grão de mostarda).
  • O reino de Deus nos transforma, de dentro para fora e muda o mundo ao nosso redor e/o nossos valores e perspectivas (a parábola do fermento).
  • O reino de Deus é como um grande banquete festivo de casamento, onde Cristo receberá sua noiva a Igreja (a parábola do grande banquete).
  • Infelizmente muitos ficaram de fora da Festa do Casamento (do Reino de Deus) porque estavam muito ocupados fazendo outras coisas (a parábola das dez virgens).
  • Deus confia-nos dons e talentos para usá-los para expansão e edificação do Reino e sua Justiça (a parábola dos cinco talentos).
  • Uma marca distintiva do Reino é de que Deus, em Cristo, perdoa todas as nossas dívidas e desta forma devemos igualmente (se somos súditos/herdeiros deste Reino, temos (não é opcional, mas condicional) perdoamos a todos e quaisquer que nos devem (a parábola do servo impiedoso).
  • Todos são bem-vindos no reino de Deus e todos recebem a mesma recompensa, independentemente de quanto tempo e como veio a professar sua fé (a parábola dos trabalhadores na vinha).
  • É a generosidade (graça) de Deus que nos habilita a adentrarmos nesse Reino, é um dom gratuito que nos foi dado (a parábola dos trabalhadores na vinha).

 

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
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Historiologia Protestante
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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

APOCALISE - Visão Inaugural e Comissionamento (1.9-20)

O livro começa com uma declaração sobre a origem e transmissão da revelação de Deus através de Jesus Cristo que envia um anjo (mensageiro) a João na Ilha de Patmos, que por sua vez tem que dar a conhecer aos outros. Versos 1-3 formam um prefácio ao livro inteiro. Explica primeiro como a revelação ocorreu e qual é o seu propósito, e então pronúncia uma bênção sobre aqueles que eles leem e ouvem as palavras deste livro com uma atitude obediente.

Nos versos seguintes (4-8) João faz as saudações habituais aos leitores/ouvintes e conclui com uma doxologia dupla, a primeira de outras que irão a um crescente.

Visão Inaugural e Comissão a Escrever (1.9-20).

Nestes versos de 9 a 20 João vai se identificar com seus leitores-ouvintes. Ele é um servo de Cristo e irmão deles, pois compartilham da mesma fé. Portanto, João não é um superior escrevendo a subordinados, mas um servo igual – irmão, companheiro. O nosso comissionamento não nos torna superiores aos nossos irmãos – sempre seremos servos.

Seu direito de falar era que ele tinha passado por tudo o que aqueles a quem ele estava escrevendo estavam passando. O profeta Ezequiel escreve em seu livro: "Então eu vim para os exilados em Telabib, que morava perto do rio Chebar, e ali permaneci atônito entre eles sete dias." Ezequiel 3.15

João não está fazendo turismo na Ilha de Patmos – ele foi deixado lá como exilado (preso político) por causa da sua fé em Jesus Cristo. Mas ele não é o único, os cristãos estão sendo perseguidos por todo o Império Romano – e João se identifica ainda mais com eles. (Nos identificamos com os irmãos/irmãs que estão sendo perseguidos e mortos?).

Observação: João não reclama de sua condição de preso, separado de seus familiares e amigos – esse é o preço de sua fidelidade a Jesus Cristo.

Nossa pregação e testemunho tem que ser abalizado pela forma com que enfrentamos as tragédias da vida cotidiana. João e Ezequiel interagiam com seus ouvintes....

João junta três palavras: tribulação (thlipsei) reino (basileiāi), perseverança (hupomonēi). Tanto a tribulação quanto o reino eram realidades presentes e exigiam perseverança. Isso não mudou nesses dois mil anos.

Tribulação é viver debaixo de grande pressão. A situação dos cristãos era essa (e continua sendo para milhares de cristãos hoje): eles estavam enfrentando terríveis perseguições; e o que os sustentavam era a esperança de que adentrariam no reino de Deus e para isso eles estavam dispostos a perseverarem, até mesmo ao ponto do martírio. "Aquele que perseverar (resistir) até o fim será salvo" Mateus 24.13. Paulo escreveu: "Através de muitas tribulações devemos entrar no reino de Deus" Atos 14.22. Em Segundo Timóteo lemos: "Se perseverarmos, também reinaremos com ele" 2 Timóteo 2.12.

O caminho para o reino é o caminho da resistência. Mas antes de sairmos desta passagem, devemos anotar uma coisa. Essa resistência deve ser encontrada em Cristo. Ele mesmo suportou até o fim e ele é capaz de permitir que aqueles que caminham com ele alcancem a mesma resistência e alcancem o mesmo objetivo.

Enquanto João está em Patmos o Espírito Santo lhe dá uma revelação especial:

Eu estava no Espírito - de alguma forma especial e incomum o Espírito Santo interage com João (não podemos nos esquecer de que o Espírito Santo é uma pessoa e não apenas uma “força” e/ou “poder”). Os profetas do AT eram tomados, capacitados e inspirados e até mesmo arrebatado pelo Espírito Santo – o mesmo ocorre aqui com João. [Paulo foi arrebatado até o terceiro céu] e não sabia explicar se no corpo ou fora do corpo...quem somos nós para sabermos!]. Se não estamos vivendo no e pelo Espírito, estamos vivendo na e pela Carne.

No dia do Senhor- A palavra aqui proferida como "Senhor"(κυριακῇ - kuriakē), ocorre apenas neste lugar e em 1 Coríntios 11.20, onde é aplicada à ceia do Senhor. Os comentaristas mais conservadores optam por interpretar como sendo o Domingo Cristão. Os primeiros documentos cristãos como a Didaquê identificam o Domingo como sendo o Dia do Senhor!

João é instruído a escrever o que ele está vendo. É seu dever compartilhar a mensagem que Deus lhe dá. Todo crente deve primeiro ouvir e depois transmitir, mesmo que o preço da transmissão seja extremamente caro (martírio).

voz alta - Ao longo de Apocalipse, um som ou voz alto indica a solenidade do que Deus está prestes a revelar. A voz do Cristo glorificado e exaltado.

Deus transformou sua Prisão em Bênção

Por causa de sua fé e pregação de Jesus Cristo o velho apostolo foi feito prisioneiro e deportado para a pequena e sombria ilha chamada Patmos, a cerca de 40 km da costa da Ásia Menor, no Mar Egeu. Os governadores das várias províncias romanas podiam exercer seu próprio critério quanto a se os acusados e considerados culpados seriam escravizados, banidos para uma ilha ou executados. O velho João foi banido em vez de executado – provavelmente em decorrência de sua idade ou da clemência do governador local. Mas o que seria o fim de sua carreira apostólica, o exilio de Patmos tornou-se para João a porta aberta para a continuidade de seu ministério apostólico. As correntes do Império Romano podiam prender seu corpo, mas não podiam prender sua alma. Desconectado do resto do mundo, ele entrou em uma comunhão com seu Senhor como nunca havia experimentado antes.

O nosso ministério e a nossa vida só acabam quando Deus diz que acabou, nem um minuto antes. Quantas cartas o apostolo Paulo escreveu em seus encarceramentos? Até mesmo as suas enfermidades eram transformadas em cartas que ainda hoje falam conosco!

Aplicação

ü  As provações podem ser suportadas e Deus fez provisão para o cristão em tais momentos (1 Coríntios 10.13).

ü  Deve-se notar que "tribulação, reino e perseverança" são três das realidades para aqueles "em Cristo".

ü  O as provações e tribulações são essenciais para o crescimento espiritual (1 Pedro 1.6,7). Devemos ser perseverantes na vida cristã, desistir não é uma opção.

ü  Neste mundo, é muito provável em algum momento termos um governo antagônico, é possível que sejamos presos por causa da Palavra de Deus e do Evangelho. A aprovação de leis de difamação religiosa pode fazer com que isso aconteça.

Pode chegar ao estágio em que não se pode dizer legalmente que Jesus Cristo é o único caminho João 14.6. Se isso acontecer, devemos permanecer fiéis à Palavra de Deus e às Suas exigências em nossa vida.

 

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
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Referências Bibliográficas

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ASHCRAFT, Morris. Comentário Bíblico Broadman, v.12, ed. JUERP, 3ª ed., 1983.

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CARRILLO, Miguel Rosell. Apocalipsis: La Revelación para estos días finales. www.centrorey.org, 2009.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado, v. 6, ed Milenium, São Paulo, 1988.

CLARKE, Adam, The New Testamento of Our Lord and Saviour Jesus Christ. Nova York: Abingdon-Cokesbury Press, vol. II, s. d.

CORSINI Eugênio. O Apocalipse de São João. São Paulo: Edições Paulinas, 1984.

COX, Douglas E. A Guide to Revelation. https://creationconcept.info/GR/GRS-index.html

DOUGLAS J. D. O Novo Dicionário da Bíblia. São Paulo: Ed. Vida Nova, 2001.

HENDRIKSEN, William. Mais Que Vendedores - Interpretação do livro do Apocalipse. São Paulo:  ed. CEP, 1987.

LAYMON, Charles M. The Book of Revelacion. Nova York: Abingdon Press, 1960.

LADD, George. Apocalipse – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.

McDOWELL, Edward A. O Apocalipse – Sua Mensagem e Significação. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1960.

TRUMAN, Cliff. Comentario a Apocalipsis. Editorial: N/S

SUMMERS Ray. A Mensagem do Apocalipse. Rio de Janeiro: Ed. JUERP, 1980. 


sexta-feira, 8 de novembro de 2024

DEVOCIONAL LIVRO PROFETA OBADIAS - Introdução


 A Justiça Divina Sobre Toda a Arrogância Humana

Estamos iniciando uma nova jornada, desta vez na companhia do profeta Obadias. Talvez um dos profetas bíblicos mais desconhecidos por duas razões ao menos: é o menor livro do AT (se vc folhear muito rápido sua bíblia talvez passe por ele sem perceber - apenas 21 versos); e o segundo motivo que acredito ser o mais agravante é que a temática central deste pequeno livro não é agradável aos ouvidos de cristãos pós (qualquer coisa) – A JUSTIÇA DE DEUS SOBRE A ARROGÂNCIA HUMANA.

Infelizmente não são apenas os ímpios que se aborrecem e rejeitam está temática do profeta (como fizeram os edomitas), mas uma parcela crescente de evangélicos atuais rejeitam e contrapõem-se ao assunto do Juízo de Deus (principalmente esta ala de falsos líderes que querem fazer uma “nova versão da Bíblia”. Pessoas vazias de Deus e cheias de si mesmas e que na verdade se constituem elas mesmas “pequenos deuses” buscando ímpios e depravados para adorá-las.

Esta pregação concisa e direta do profeta Obadias a tantos séculos atrás continua vibrante e indispensável ainda (e acrescentou um mais) nestes últimos tempos que antecedem a Volta de Cristo que virá em poder e glória para JULGAR os vivos e os mortos! MARANATA!!

O GRANDE PERIGO

Os ouvintes contemporâneos do profeta menosprezaram sua mensagem e pagaram o alto preço dos exílios primeiro pelos Assírios (reino do Norte – Samaria) e depois pelos exércitos babilônicos (reino do Sul – Judá).

Igualmente o fizeram a geração pós-exílica nos dias de Jesus, que continuaram a desprezar as palavras proféticas de Obadias e cuja sua preciosa cidade de Jerusalém foi consumida pelo fogo dos exércitos romanos (anos 70 dC), mesmo depois dos alertas constantes de Jesus.

Destino semelhante experimentará esta geração evangélica que cada vez mais se assemelha em grau, gênero e número, ao vivencial edomita e sistematicamente rejeitam a correção da Palavra de Deus. O Juízo de Deus foi, é e continuará sendo uma realidade integrante das Escrituras bíblicas, ainda que uma grande maioria continue tampando seus ouvidos para não ouvirem as palavras do profeta de Deus.

Cristologia em Obadias:

Cristo é visto em Obadias como o Juiz das nações (15-16), o Salvador de Israel (17-20), e o Soberano do reino (21).   Historicamente falando, foi somente através de um único israelita fiel, Jesus Cristo, ‘o Leão da tribo de Judá’ (Ap.5.5) – que os propósitos salvadores de Deus foram realizados. Por Sua morte, porém, o Cristo de Deus haveria de ‘reunir em um corpo os filhos de Deus, que andavam dispersos’ (João 11.52); e, nos propósitos de Deus, o Israel espiritual. Seu povo escolhido estará afinal completo em todas as suas tribos. Será a nação plenamente restaurada dos filhos de Israel que, como fogo, consumirão a casa inteira de Esaú” (DAVIDSON, 1963, p. 870).

Visão Geral do Livro

I. Título v.1

II. O decreto do Senhor vv. 1-14

A condenação de Edom vv. 1-4

O colapso de Edom vv. 5-9

Os crimes de Edom vv. 10-14

III. O Dia do Senhor V 15-21

O dia da retribuição divina vv. 16-16

O dia da restituição divina vv. 17-20

O dia do domínio divino v. 21

Levante-se! Vamos marchar...para a batalha!

O Senhor Yahweh diz isso!

Oremos e sejamos perseverantes, pois essa Caminhada não será fácil e nem confortável; mas é necessária e preciosa para todo o cristão que deseja genuinamente viver de forma agradável a Deus e se constituir verdadeiramente em Luz e Sal desta Sociedade corrupta e depravada.

Verso 1 - NUMA VISÃO DEUS mostrou a Obadias o futuro do povo de Edom. "Chegou uma notícia da parte do Senhor", contou Obadias, "dizendo que Ele mandou um embaixador às nações com a seguinte mensagem: 'Atenção! Todas as nações devem mandar seus exércitos contra Edom e destruir esse povo!'” (bíblia Viva).

Visão de Obadias: sobre Edom. Recebi uma mensagem de Yahweh, um arauto foi enviado por todas as nações: 'Levante-se! Vamos marchar contra este povo. Para a batalha! O Senhor Javé diz isto: (versão NJB).

A visão (chazon) que Deus deu ao seu profeta Obadias – Seu nome significa “servo do Senhor” nada mais além desta profecia é conhecido sobre este homem, mas o que importa é que Ele foi um porta-voz de Yahweh e cumpriu o propósito para o qual foi enviado: servir a Yahweh, dando uma advertência profética à nação de Edom.

Bob Utley sobre o termo visão (chazon) - Refere-se a uma mensagem divinamente comunicada de maneira que não são os pensamentos de Obadias, mas de Deus. Este termo é frequentemente associado com "veio a palavra de YHWH" ou “assim diz o Senhor”.

EDOM e a nação dos descendentes de ESAU irmão gêmeo de JACÓ e, portanto, tão antigos quanto. Eles tiveram tanto tempo (séculos) para repensarem suas vidas, histórias e se voltarem para o Senhor, mas suas escolhas SEMPRE foram contra os ISRAELITAS (descendentes de Jacó/Isarel).

Em várias ocasiões eles poderiam ter ao menos facilitado a vida dos parentes consanguíneos, mas sempre optaram por atazaná-los ainda mais.  

MAS TUDO QUE SE SEMEIA...SEMPRE PRODUZIRA UMA COLHEITA...

A mensagem do profeta é justamente esta...o tempo da colheita dos edomitas está chegando...

...ASSIM COMO chegou o dia da Colheita da população dos dias de Noé

...ASSIM COMO chegou o dia da Colheita das cidades de Sodoma e Gomorra...

dos povos Canaanitas... do Império Assírio... e Babilônico...

O DIA DA COLHEITA DOS EDOMITAS CHEGARÁ COM TODA CERTEZA...E SERÁ TERRÍVEL...

O livro do Apocalipse é muito semelhante à mensagem do profeta aos Edomitas...

CAIRÁ O GRANDE DRAGÃO, A GRANDE BABILÔNIA...

O Mal será erradicado... e o Bem permanecerá...

Salmo 1 – Deus conhece o Caminho do Justo, mas o Caminho do Ímpio PERECERÁ...

A Visão Profética era um dos meios pelos quais Deus comunicava seus propósitos ao Seu Povo – não tem nada a haver com o “profetismo” personalista dos dias atuais...

ISTO FICA EVIDENTE NO FATO DE QUE ALÉM DO NOME NADA MAIS SABEMOS DESTE PROFETA...

Sua tarefa é extremamente complexa e sua mensagem NADA TEM de popular ou agradável...

É uma mensagem de JUIZO E CONDENAÇÃO há um povo belicoso e ímpio...

MAS COMO VEREMOS

Esta Mensagem de Obadias é Anunciada nos ouvidos dos Israelitas/Judeus

COMO ALERTA...

Se vocês não mudarem a trajetória de Suas Histórias 

O fim trágico deles... será também o de vocês...

Nos dias de Jesus os religiosos PENSAVAM que estavam totalmente SEGUROS com suas religiosidades externas...

O ódio que nutriam por Jesus era justamente porque Ele expunha sua hipocrisia...

JESUS OS CHAMA DE TUMULOS CAIADOS... brancos por fora e podres por dentro...

Portanto, a Mensagem de Obadias continuam ECOANDO PELOS SÉCULOS...

E CONTINUA SENDO TÃO VALIDA HOJE... COMO FOI NOS DIAS DO PROFETA...

Uma leitura simples no livro do Apocalipse confirma cada letra e cada til da profecia de Obadias...

Para resumir, Obadias faz diversas contribuições ao padrão bíblico.

Combina a visão de perto (com referência particular a Edom, vv 1-14) com a visão de longe (envolvendo todas as nações, Obadias 1:15-21 – incluído Brasil/AL).

Prediz julgamento e destruição de todos os ímpios (Obadias 1:15-16, 18).

A restauração de Israel (como reino de todos os salvos) (Obadias 1.17-21).

Finalmente, o estabelecimento do reino definitivo/eterno de Deus (Obadias 1.1).

 

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
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Referências Bibliográficas

ARCHER, Gleason L. Merece Confiança o Antigo Testamento? Ed. Vida Nova, São Paulo, 1979.

BACKER, Walter L. Obadiah in WALYOORD, John F. e ZUCK, Roy B., 1983.

Biblia Hebraica Stuttgartensia, eds. A. Alt, O. Eißfelt, P. Kahle, and R. Kittle (Stuttgart: DeutscheBibelstiftung, c1967-77).

 Biblia Sacra Juxta Vulgatam Clementinam, ed. electronica (Bellingham, WA: Logos Research Systems, Inc.,2005), Logos.

COPELAND, Mark A. Studies in the Minor Prophets. ExecutableOutlines.com

CRABTREE, A. R. Profetas Menoresv.1, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1971.

DAVIDSON, F. O Novo Comentário da Bíblia, v.2. São Paulo: Edições Vida Nova, 1963.

ELLISEN, Stanley A. Conheça Melhor o Antigo Testamento, ed. Vida, Florida, 1991.

FALCÃO, Silas Alvez. Panorama do Velho Testamentov. 2, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1965.

FRANCISCO, Clyde T. Introdução ao Velho Testamento. Tradução Antônio Neves de Mesquita. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1969, [1ª ed].

GILL, John.  An Exposition of the Old Testament, v. 6. Philadelphia, Pennsylvania: William W. Woodward,1819.

LASOR, William S., HUBBARD, David A. e BUSH, Frederic W. Introdução ao Antigo Testamento. Tradução Lucy Yamakamí. São Paulo: Vida Nova, 1999.

RYRIE, Charles Caldwell. Ryrie Study Bible. Expanded Edition, Moody, 1978.

WALYOORD, John F. e ZUCK, Roy B. (Editors). The Bible Knowledge Commentary. Wheaton: Victor Books, 1983.

 

Leitura Devocional 1ª Epistola de João – O Perigo e a Refutação do Gnosticismo (1.3-6)

 


João foi a última testemunha ocular restante. Era muito querido na igreja de Éfeso. Os crentes na igreja naquela época devem ter gostado de ir à sua casa para ouvir suas histórias em primeira mão sobre Jesus. As crianças provavelmente se reuniam em torno de: "Vovô João, conte-nos novamente sobre a história dos pães e peixes!"

Como última testemunha ocular, a autoridade de João era inquestionável.

Muitos estavam começando a se infiltrar e ensinar muitas mentiras sobre Jesus Cristo.

Mas João sabia a verdade. Ele ouviu, viu e tocou Jesus. Como testemunha ocular, seu depoimento foi forte. Devemos lembrar também que houve mais de 500 testemunhas oculares da ressurreição de Cristo (1 Coríntios 15).

O Perigo do Gnosticismo

O gnosticismo era uma filosofia misturada com misticismo e que tento infiltrar-se no Cristianismo (que estava cada vez mais popular e se expandindo por todos os lugares).

O que os gnósticos ensinavam?

Para eles toda matéria (corpo) era mal e todo espírito era bom; de maneira que Jesus (como espírito perfeito/evoluído) não teve um corpo real. Seu Espírito apenas "parecia" ser um corpo humano. Era mais como uma aparição ou um fantasma.

Verso 3 – Mas o testemunho de João refuta diretamente este ensino dos gnósticos.

Característica de todas as Seitas e Ensino Falso

Atacam a divindade ou a humanidade de Jesus e isso não é exceção. Mas João ouviu e viu Jesus face a face. Ele tocou Jesus. Você pode tocar em um fantasma? Podemos parafrasear o que João está dizendo assim:

"Gente, eu estava lá. Jesus não era um fantasma. Ele era real."

Outro aspecto do Gnosticismo (significa “conhecimento”)

Somente alguns poucos ALCANÇAVAM este CONHECIMENTO SUPERIOR...

Mas no Cristianismo o único CONHECIMENTO VERDADEIRO É JESUS CRISTO...e os que Creem Nele recebem livremente Seu Conhecimento...

João está COMPARTILHANDO com seus leitores esse COHECIMENTO DE CRISTO...não era um Segredo a ser Guardado a 7 chaves...

O Conhecimento de Cristo é para ser Compartilhado com todas as pessoas...

 Verso 5 – Eis, então, a mensagem que ouvimos dele, e agora proclamamos a vocês: DEUS É LUZ e nenhuma sombra de escuridão pode existir nele.

Deus é a Luz e podemos ter comunhão com Ele [trad. Phillips].

Mais uma vez vemos que João está compartilhando o que aprendeu.

Ele ouviu a mensagem de Cristo e a anunciou aos outros.

Devemos perguntar-nos se estamos a fazer o mesmo.

Estamos inventando desculpas para não compartilhar o Evangelho?

Se assim for, devemos repensar a condição das pessoas perdidas.

CONCEITOS DISTINTOS

YIN/YANG

CRISTIANISMO

Há um pouco de bom no mal

E um pouco de mal no bom

Uma coisa triste sobre as religiões do mundo é que seus deuses são semelhantes aos que o(s) criou.

O resultado disso é que seus deuses têm muitas falhas e podem pecar.

Não há trevas em Deus

Não há mal, pecado, trevas, imperfeição, erros em Deus, nem um pouco.

Ele é pura luz, puro bem, pura santidade, pura perfeição.

O Deus da bíblia não peca jamais.

Por isso podemos adorá-Lo e segui-Lo com absoluta confiança, sabendo que Ele é perfeito e nunca nos decepcionará.  

O verso 6 ensina claramente que um relacionamento real com Cristo afetará a maneira como vivemos. Não podemos andar nas trevas e ter um relacionamento com Cristo ao mesmo tempo. Isso não significa que nunca pecamos.

A palavra "caminhar" refere-se a uma coisa contínua, um hábito, aquilo que estamos acostumados a fazer.

A última parte do verso, que diz "pratique a verdade", tem a mesma ideia – não é fazer ações esporádicas, em ocasiões especiais, de acordo com a conveniência. É viver continuamente no exercício da Verdade. A mentira ou quaisquer derivados dela, não podem fazer parte da vida daquele que nasceu de novo; daquele que faz parte da Nova Criação que Deus está fazendo por meio de Jesus Cristo.

João não está advogando de forma alguma o perfeccionismo ou algo semelhante. Ele tem plena consciência de que ninguém [com exceção de Jesus Cristo] é perfeito ou pode alcançar a perfeição nesta vida e neste mundo pós Queda. Entretanto, ainda que venhamos a ERRAR [e erraremos] precisamos ter como META/OBJETIVO sempre fazer o certo, o correto, o honesto, o justo.

Não podemos nos contentar/acomodar em apenas fazer o errado...

A doutrina adequada deve sempre
produzir a
prática adequada.

O que João está ensinando é que os nossos hábitos/ações revelam o nosso caráter – se temos de fato e verdade um relacionamento com Cristo.

Devemos avaliar de perto nossas próprias vidas para ver se estamos criando o hábito de fazer o certo ou se temos nos acomodado no hábito de pecar.

Um título para este verso poderia ser "não sejam hipócritas".

Não seja, como diz um antigo hino evangélico [hoje completamente esquecido] - Crente Domingueiromas de segunda a sábado não é Crente não...

Se temos este hábito, somos hipócritas como os fariseus. E como eles não passamos de túmulos caiados – enganando a nós mesmos.

O apostolo João gosta muito de usar a palavrinha “MAS” ...

"mas" - há esperança. Todos nós vivíamos nas Trevas...mas, fomos Lavados no Sangue precioso de Jesus, e tudo foi mudado... Este sangue nos purifica de todo pecado. Por causa disso, podemos ter verdadeira comunhão uns com os outros (remove barreiras entre as pessoas) e com Deus.

Na vida do cristão não se aplica aquele ditado popular de que

pau que nasce torto, morre torto”.

Cântico Antigo

Havia um homenzinho torto
Morava numa casa torta
Andava num caminho torto
Sua vida era torta
Um dia, o homenzinho torto
A Bíblia encontrou
E
tudo que era torto
Jesus endireitou

 

 

Utilização livre desde que citando a fonte

Guedes, Ivan Pereira

Mestre em Ciências da Religião.

me.ivanguedes@gmail.com

Outro Blog

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Referências Bibliográficas

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ROBERTSON, Archibald Thomas. The Robertson's Word Pictures of the New Testament. Broadman Press 1932,33. [1960].

VINE, W. Collected writings of W. E. Vine. Nashville: Thomas Nelson, 1996.

CALVINO, João. Comentário das Epístolas Gerais. Traduzido por Valter Graciano Martins. São Paulo: Editora Fiel, 2015. [Série Comentários Bíblicos].

HENDRIKSEN, GUILLERMO. Juan – comentário del Nuevo Testamento. Michigan. Subcomission Literatura Cristiana de la Iglesia Cristiana Reformada, 1980.

PACK, Frank. O Evangelho Segundo João. São Paulo: Vida Cristã, 1983.

TENNEY, Merrill C. O Novo Testamento – sua origem e análise. 2ª ed. São Paulo: Vida Nova, 1972.

STOTT, John R.W. I, II, e III João – Introdução e Comentário. Edições Vida Nova, 1982.

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