Ainda que não haja uma concordância universal está é a primeira ou uma das primeiras correspondências do apostolo Paulo. Ele e Barnabé haviam anunciado o Evangelho na região da chamada Galácia do Sul e Paulo escreve depois do fim desta viajem, provavelmente de Antioquia (49 D.C.), tornando-a a mais antiga das epístolas de Paulo. A favor desta data é o fato que Paulo não menciona a decisão do Concílio de Jerusalém (At 15) que estava relacionado diretamente com as questões dos judaizantes, deixando a transparecer que primeiro e tão importante Concílio ainda estava ainda por acontecer.
A Epístola aos Gálatas, assim como sua coirmã
epistola aos Romanos, foram o grito de batalha da Reforma Protestante do Século
XVI porque elas contêm o Manifesto de Paulo da Justificação pela Fé.
A epístola aos Gálatas foi traduzida como “a
escritura da Liberdade Cristã”. Lutero tinha esta Epístola em especial
consideração. Nos dias de Paulo ela sustenta uma polêmica poderosa contra os
Judaizantes e seus ensinos legalistas (no século XVI confronta o Catolicismo e
suas inumeráveis aberrações teológicas).
Alguns falsos mestres adentraram às comunidades
cristã recém estabelecidas na Galácia e começaram a ensinar, dentre outras
coisas, que várias das práticas cerimoniais do Antigo Testamento deviam serem
adotadas pela Igreja Cristã. Deste modo, o apóstolo escreve refutando com
veemência este falso evangelho com base na Lei e obras e passa a demonstrar a superioridade
da justificação pela fé e a santificação pelo Espírito Santo.
Além disto, estes Judaizantes não só proclamavam
um evangelho falso, mas buscavam desacreditar o apostolado de Paulo. Por esta
razão, nos primeiros dois capítulos, Paulo defende seu apostolado e a mensagem por
ele pregada. Depois, nos capítulos 3 e 4 ele expõe a doutrina genuína
da graça, a doutrina da justificação pela fé
somente. Alguns, porém,
estavam refutando dizendo que tal doutrina levaria
a licenciosidade, então o apóstolo demonstra que a liberdade Cristã não
significa de modo alguma autorização para qualquer tipo de licenciosidade ou
depravação. Deste modo, os capítulos 5 e 6 demonstram claramente que os
cristãos devem aprender a viver pelo poder do Espírito e que não devem
manifestar os frutos da carne (pecado) mas o fruto do Espírito (santificação).
Nesta Epístola encontramos a elaboração do Falso
Evangelho:
·
distorcem a
verdade - fazem com que ensine o que nunca foi feito para ensinar;
·
subtraem
verdades fundamentais da mensagem;
·
e por fim,
acrescentam à mensagem evangélica outros aspectos secundários.
Essa era a tática dos judaizantes aqui, que estavam amalgamando todo ranço do judaísmo à mensagem libertadora do Evangelho de Cristo. John Phillips observa corretamente que "A carta não apenas visava silenciar os judaizantes, mas também foi projetada para definir, de uma vez por todas, exatamente o que o cristianismo realmente é" (p. 18, 2004).
Esta pequena epistola aos crentes da Galácia é um
testemunho do amor, zelo e compromisso que o apostolo Paulo, ainda em seus
primeiros anos, tinha para com seu Senhor e Salvador e para com a Mensagem que
lhe fora delegada pelo próprio Cristo. Neste sentido, Paulo torna-se intransigente.
Para &
Pense
▪ Você está disposto a defender o Evangelho bíblico hoje?
▪ Como você entende e vive a Liberdade Cristã?
▪ Você tem compromisso e coragem para ser intransigente em
relação à defesa do Evangelho bíblico?
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Referências
Bibliográficas
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James L. R. Nuevo Testamento - panorámica general. EUA. Editorial
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Donald. Gálatas – Introdução e Comentário.
São Paulo. Vida Nova, 2008.
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Merrill C. Gálatas – Escritura da Liberdade Cristã. São Paulo. Vida Nova, 1967.
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