Esse ano (2020) a Secretaria
de Educação do Estado de São Paulo baixo uma portaria em que proibia a
utilização das nomenclaturas Antes de Cristo (AC) e Depois de Cristo (DC) para
identificação de tempo histórico. Parece algo banal, porém, a razão pela qual
essas e centenas de outras “medidas” politicas têm sido sistematicamente
processadas nas instâncias governamentais sob a égide ideológica socialista-marxista,
que tentam assumir os poderes políticos no Brasil, é de banir da mente das
novas gerações qualquer vestígio da mensagem cristão-evangélica. Com isso não
estou defendendo que essa seja a única expressão para demarcação histórica,
pois nos meios acadêmicos já se formularam diversas outras nomenclaturas, mas o
que não se pode aceitar passivamente é que simplesmente se proíba através de
decreto governamental que uma pratica acadêmica secular seja banida
da literatura escolar, simplesmente porque está vinculada à pessoa de Jesus
Cristo.
Na prática esse banimento da pessoa de Jesus Cristo já
vem sendo paulatina e sutilmente desenvolvida na substituição de Jesus Cristo
pelas figuras fofinhas do coelhinho na páscoa e o bonachão papai Noel no Natal.
Na mentalidade infantil a páscoa significa chocolate e coelhinho e não a paixão
de Jesus e sua ressurreição e o natal significa troca de presentes e não o
nascimento de Jesus Cristo – e não o Verbo que se fez carne a habitou entre
nós, a fim de manifestar a glória de Deus. E tudo isso esta sendo feito com a complacência
dos cristãos-evangélicos que em numero crescente tem aderido consciente ou inconscientemente
essa minimização da figura de Jesus Cristo.
Escrevo estas parcas linhas, pois uma vez mais nos
aproximamos do Natal e acredito que se faz necessário que resgatemos o seu sentido
primário de relembrarmos que uma data do calendário humano tornou-se o divisor
da História em Antes e Depois. Provavelmente não foi em dezembro, mais provável
que tenha sido no mês de abril (calendário judaico), mas que acabou por
diversas circunstâncias históricas sendo fixada no calendário cristão como
sendo em 25 de Dezembro e trato dessa discussão em artigo especifico conforme
mencionada abaixo.
Sendo em abril ou dezembro e poderia ter sido em julho
mediando as duas propostas, o que realmente importa é que Jesus Cristo, o filho
unigênito de Deus, nasceu através de uma mulher chamada Maria em um dia
especifico do calendário humano. Portanto, o que realmente importa no Natal é o
fato inequivocamente bíblico, conforme as narrativas evangélicas e corroboradas
por todas as demais escrituras neotestamentárias de que o Filho (terceira
pessoa da Trindade) adentrou a raça humana de forma real e verdadeira. O
apostolo João, de forma especifica, já defendia essa verdade de forma
contundente e sem qualquer espaço para duvidas de que aqueles que negam que
Jesus Cristo veio em carne (nasceu) seja considerado anátema. Na mesma
proporção em que os cristãos evangélicos se deixam seduzir pelos encantos
coloridos dos shoppings centers com seu consumismo hedonista, em detrimento do
verdadeiro sentido do Natal, as Boas Novas da Salvação perde seu impacto nos
ouvidos das pessoas.
O que
de fato irrita profundamente as mídias comprometidas com uma agenda anticristã é
o fato de que o Natal se reveste de uma significação distinta, pois ela gira em
torno da pessoa de Jesus, não ainda o Jesus dos grandes ensinos e
extraordinários milagres, nem ainda o Jesus que numa manifestação indescritível
de amor deixa-se pregar numa terrível cruz. O Natal nos trás o Jesus bebe,
envolto em panos, aconchegado nos braços de Maria - em toda fragilidade e
dependência - por isso totalmente humano.
O Natal é o principio de
tudo, pois sem este nascimento, não haveria ensinos, milagres e nem o calvário. Sem o Natal não haveria esperança para a raça
humana que alienada de Deus perambula por este mundo, tateando, procurando
soluções para suas mazelas.
A
alegria não está na troca de presentes e nem mesmo em uma refeição farta, e nem
mesmo nas ações sociais, as boas novas do Natal esta no fato de que o Deus
Eterno deixa toda a sua glória e assume a plenitude de nossa humanidade, para
que nós pudéssemos através dele usufruirmos da plenitude da vida eterna.
O
cristão deve e pode se alegrar no e pelo Natal pelo fato de que através do
Advento somos reconciliados com Deus e podemos graciosamente desfrutar de Sua
comunhão paternal e podemos chamá-Lo de Pai nosso.
As
boas novas do Natal esta no fato de que a paz com Deus nos permite alcançarmos
a paz conosco mesmo e a paz com o nosso semelhante. Irmanados em Jesus podemos
chamar uns aos outros de irmãos e apesar de todas as limitações e diferenças
que existem, em Jesus podemos contemplar o ser humano de cada um.
O
Natal é por isso a mais extraordinária festa, a qual todas as pessoas são
convidadas a participarem e experimentarem dos benefícios presentes e eternos
que Jesus lhes oferece amorosa e gratuitamente.
Que este Natal seja para mim e para você – simplesmente Jesus!
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/
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