E tendo nascido
Jesus em Belém da Judéia, no tempo do Rei
Herodes, eis que uns magos vieram
do Oriente a Jerusalém.
(Mateus 2.1,3-8;16-18)
Um
artista foi contratado para pintar um quadro sobre o Natal. Ele pintou os
pastores que foram comunicados pelos Anjos sobre o nascimento de Jesus – e
retratou de forma magistral o Coro Angelical cantando, “Glória a Deus nas
alturas”. Aos pés dos Pastores está um dos seus cães. O cão está alerta, mas
não está olhando para a cena dos Anjos e dos Pastores. Sua cabeça esta virada
em outra direção. O cão displicentemente não se apercebe do momento ÚNICO que é aquele
acontecimento, ele não sabe
o que aquilo significa – ele não
entende a mensagem das boas novas que está sendo anunciada.
De
fato, Ninguém espera que animais possam entender o significado do Natal. Eles
são incapazes de tal compreensão, mas é espantoso
ver quantas pessoas nunca ainda hoje chegam de fato a compreenderem o significado/a importância do Natal. Milhões sabem que alguma coisa rara aconteceu na pequena
vila de Belém, mas eles não têm
nenhuma idéia das implicações eternas
deste acontecimento. Milhões lamentavelmente
têm apenas uma idéia vaga/superficial sobre Jesus, e por isto normalmente escolhe
rejeita-Lo.
Adentrando ao Texto
Herodes
é um exemplo típico daqueles que através dos séculos não tem entendido o valor/a
importância da grandeza do nascimento
de Jesus Cristo e por isso tem rejeitado
a autoridade dEle em suas vidas.
A
opinião Histórica sobre Herodes
varia, mas a maioria dos
historiadores diz que ele foi um
rei impiedoso/cruel; um político astuto; um oportunista perspicaz; e um rei
egoísta dado a explosões de violência. Sua vida familiar foi caracterizada
por acontecimentos amargos e assassinatos, portanto, seu decreto
para que se matassem os meninos de dois
anos para baixo, conforme registrado nas páginas do evangelista Mateus não foi
algo surpreendente para quem o conhecia bem. Ele não pensou duas vezes em se utilizar da força e poder para cuidadosamente aniquilar todas e quaisquer ameaças ao seu reinado na
Judéia.
Sua
curiosidade ciumenta entrou em alerta
geral quando aqueles sábios
chegaram em Jerusalém procurando pelo nascimento do novo rei. A frase "ficou muito preocupado / ele ficou alarmado" no v. 3 revela toda sua ansiedade; Herodes ficou grandemente perturbado pelas notícias sobre um Rei
recém-nascido. Então, ele se
revestiu de uma “preocupação amigável”
para tentar descobrir onde o novo Rei poderia ter nascido.
A expressão "então ele começou indagar sobre onde o Cristo haveria de nascer" trás a idéia de uma atividade contínua. Em outras palavras, repetidas vezes e já impacientemente, característica pessoal dele, ele exigia que alguém lhe indicasse o exato lugar aonde o nascimento poderia ocorrer.
Lembremo-nos de que este Herodes era extremamente hábil em dissimulação. Ele astutamente procura juntar todos os fatos e envia aqueles sábios a Belém com claras instruções para que voltassem e informassem a Ele exatamente onde a Criança estava e assim ele podia se unir a eles para prestar-lhe suas reverências.
4.Então Herodes
reuniu os chefes dos sacerdotes e os professores da Lei e perguntou onde devia
nascer o Messias. 5 Em Belém da Judéia,
responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: 6 E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo
algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de
apascentar a meu povo, Israel. 7 Então
Herodes chamou os visitantes do Oriente para uma reunião secreta e perguntou
qual o tempo exato em que a estrela havia aparecido; e eles disseram. 8 Depois os mandou a Belém com a seguinte
ordem: -Vão e procurem informações bem certas sobre o menino. E, quando o
encontrarem, me avisem, para eu também ir adorá-lo.
Podemos
imaginar Herodes assentado no seu trono, tentando se acalmar e sorrindo para
ele mesmo. Ele não podia tolerar nenhum rival ao seu trono, afinal ele havia
mandado assassinar seus próprios filhos. Seu plano engenhoso daria certo.
Mas a solução de Herodes para resolver seu problema – tinha uma “pequena falha”, mas terrível falha. Ele havia deixado Deus de fora, e nenhum problema da nossa vida pode ser realmente solucionado definitiva e satisfatoriamente à parte de Deus. Rejeitar o Senhor é fechar a porta da esperança. Enquanto examinamos as razões/motivos desta triste história da rejeição de Herodes, devemos nos aperceber o quanto este comportamento herodiano é amplamente manifestado na vida da grande maioria das pessoas em nossos dias atuais.
A primeira razão
para que rejeitasse o recém-nascido rei é um motivo muito comum hoje: medo. As mais diversas fobias
dominam nossa sociedade e exercem uma paralisante influencia na mente. Muito da rejeição de Herodes foi fundamentado
em um medo egoísta. Quando ele escutou o termo "rei", ele pensou imediatamente sobre um rei
terrestre. Conseqüentemente,
suas defesas egoísticas foram
acionadas.
Este
tipo de medo é contrario a fé / impossibilita
a fé. Incapacita a pessoa a
perceber a luz da verdade. O Medo,
corretamente compreendido e aplicado, é o nosso temor de e a respeito de Deus. Richard Halverson, Capelão do Senado dos Estados Unidos, uma vez
disse, "Os Homens que tem o temor de Deus vivem destemidamente. Os
Homens que não temem a Deus acabam tendo medo de tudo e de todos". Contemporâneos de Martinho Lutero diziam que ele não temeu nenhum homem porque ele amou e temeu a Deus.
Deus nos manda
vir a Ele em fé. E a fé genuína/verdadeira – a Fé que realmente conduz a
pessoa à Salvação – nasce do genuíno
Temor de Deus. Ironicamente, Herodes demonstrou medo de qualquer
um que ameaçasse seu trono
temporal; mas ele falhou em
temer Aquele cujo trono é eterno.
Quantas pessoas hoje também vivem atemorizadas por
tantas coisas (violência, desemprego, enfermidade, solidão, etc...) e tem
procurado eliminar estes Medos, mas não possuem o Temor de Deus. Jesus mesmo alerta
para este gravíssimo erro: “Não temais os
que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como
o corpo”. (e Jesus esta se
referindo a Deus).
E Tiago entendeu bem este ensino de
Jesus pois escreveu: “Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar
e fazer perecer;” (4.12) Infelizmente uma grande maioria das pessoas não se aperceberam, como Herodes, que mais importante do que as
coisas desta vida/mundo são as coisas espirituais, pois elas tem valor Eterno –
“O que importa ganhar o mundo inteiro e Perder a sua Alma”, pergunta Jesus.
Uma segunda razão pela qual Herodes rejeita o bebe
nascido em Belém foi a incerteza. E esta é uma forma sutil de rejeição. Quantas vezes compartilhamos
com alguém sobre o Evangelho e falamos a elas sobre a nossa experiência de
salvação. E que se ela crer no Senhor
Jesus ela terá o perdão de seus pecados.
E a pessoa nos ouve com atenção e demonstra até certo interesse – mas tomado
pelas incertezas em relação Jesus – ela o Rejeita como Salvador.
Herodes esteve incerto
quanto ao Rei Messias. Incerteza às vezes é uma parede aonde as pessoas se
escondem. Uma filosofia que se tornou muito popular, ainda que muitos nem
saibam disso, principalmente nos meios de comunicação controladas por mentes destituídas
de qualquer temor a Deus – é de que não há Verdades e Valores Absolutos. Ou seja, o que é verdade hoje pode não ser
amanhã – o que é bom hoje pode ser ruim amanhã – o que é certo hoje pode ser
errado amanhã, e sucessivamente.
A
incerteza em relação a Cristo é mais evidente durante o período do
Natal. Anúncios Comerciais dizem “Bom Natal para todos”. Os Shoppings Centers incentivam
as pessoas a comprarem presente uns para os outros. E um alegre homem, gordinho
e de barba branca, vestindo uma extravagante roupa vermelha fica dizendo “Ho,
ho, ho" para todos que passam (nesta
época evito usar roupa vermelha). E por vivermos em uma sociedade superficial
e que perdeu seu senso de valor, facilmente podemos entender o porquê que
existe tanta Incerteza sobre o significado do Natal.
Alguns anos atrás, uns dias antes do
Natal, dois locutores de uma
estação de rádio (americana) foram suspensos
por questionarem a existência do
Papai Noel durante sua programação. Dezenas de ouvintes telefonaram para a rádio queixando-se que suas crianças ficaram
chocadas quando eles afirmaram que o Papai-Noel não existia.
As
pessoas estão muito mais
preocupadas em defender uma fantasia infantil do que se preocuparem em ensinarem seus filhos sobre Aquele que
de fato deve ser e é o Centro do natal – Jesus Cristo. Mas esta indiferença é consequência da INCERTEZA que a maioria das pessoas
tem a respeito de Jesus – de quem Ele é de fato e de verdade. Para tais pessoas
é mais fácil defender o Papai Noel
– do que crer que Jesus é o Salvador!
Mas
as raízes deste Medo e Incerteza
é sem dúvida o velho e sempre presente
Orgulho Humano. Herodes em nenhum
momento teve a intenção
de dobrar seu joelho em reverência e muito menos submissão ao bebe de Belém. Seu Orgulho jamais permitiria tal desatino. O
Orgulho exige que a pessoa pense que ela está além de qualquer necessidade, especialmente necessidade espiritual. O Orgulho incapacita o ser
humano de enxergar suas reais necessidades e o faz sentir-se autossuficiente. O
Orgulho humano produz um falso sentimento de superioridade de forma que as
pessoas não conseguem perceber sua real situação diante de Deus.
Herodes vivia no luxo.
Ele possuía poder e prestígio. Por Que ele necessitaria de ir a Belém
para ver o pequenino Jesus? O orgulho produz
a cegueira e finalmente petrifica
o coração para a verdade
de modo que os olhos da alma tornam-se
inutilizados por completo. Como bem disse Abraão ao homem em tormentos, na parábola
de o Rico e Lazaro, e que solicita que se permitisse que ao menos Lazaro retornasse
da morte e alertasse seus irmãos – mas Abraão lhe responde: ainda que fosse
possível, de nada adiantaria, pois eles não creriam, assim como não criam nas
Escrituras que testificam de Jesus Cristo, o Salvador.
Conclusão
Milhares
de pessoas irão lotar centenas de Shopping Centers, lindos e atrativamente
adornados com enfeites natalinos, motivadas pelo impulso hedonista e materialista
que controlam suas mentes e corações. Outros milhares irão participar de algum
tipo de celebração religiosa cristãs, também adornadas com arranjos evangélicos
natalinos. Uma minoria terá a disposição correta de celebrarem o nascimento do
Salvador (tendo consciência que a data é fictícia, ainda que o nascimento seja
real). Uma grande maioria apenas cumprirá um ritual religioso e festivo.
Neste
próximo natal, como em tantos outros passados, algumas pessoas usufruirão das
bênçãos de Deus provenientes do nascimento de Jesus Cristo o salvador. Outros se
contentaram em ficar admirando o colorido dos enfeites e do barulho festivo que
está em toda parte.
Herodes tomou suas decisões em relação a Jesus – REJEITOU
E VOCE? Qual a sua decisão em relação a Jesus?
“Aquele que Crê no Filho (Jesus) tem a Vida Eterna,
o que não Crê no Filho(Jesus) já esta condenado”
Natal - Como Chegar?
Revelado amplamente
O nascimento do
menino:
Por anjos cantando
o hino
Com mensagem
surpreendente;
Pela estrela
reluzente
Que os sábios do
Oriente,
Conduz com reais
presentes:
Ouro e incenso e
mirra.
Os escribas tão
descrentes
Reconhecem a
profecia,
Mas ela não é o seu
guia.
Eles são
indiferentes,
Sofrem forte
letargia.
E de Herodes e sua
gente
Grande ira se
acirra.
Veja o quadro tão
completo:
Anjos, magos e
pastores,
Homens nobres e
doutores,
Uns adoram humildemente
Outros
violentamente
Querem destruir a
vida
E de maneira
atrevida
Mostram toda a sua
birra.
Esta cena é
repetida
Cada ano no Natal
Há quem o ache tão
banal
Que a data quer
destruída
E a deturpa
totalmente
A Jesus é
indiferente
Dele não faz caso
não.
Outro há que
reverente
Aproxima-se
encantado
Vendo o Verbo
encarnado
E lhe dá
alegremente,
Arrependido,
respeitoso,
O presente mais
valioso,
Todo o seu coração.
Gilberto Celeti
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