Este é o primeiro quadro pintado por
Lucas para sua exposição natalina. Ele inicia com a figura de João
Batista, para deixar bem claro qual é o papel dele nestes novos tempos
da manifestação da graça de Deus não apenas para com Israel, mas também para
com todo o mundo.
“Seu nome é João” (1.63) – desde a escolha do nome do bebê que haverá
de nascer encontra-se os indícios desta nova manifestação da graça divina, pois
o nome João significa "Deus manifesta graça".
Deste modo o nascimento dele indica claramente a todas as pessoas que tomam
conhecimento deste evento que se inaugura novos tempos. E tudo quanto o menino
necessitara para exercer seu ministério receberá do Espírito Santo, do qual
será cheio (v.15). O ponto central de seu ministério já esta definido: "ele
fará muitos filhos de Israel retornar [converter] ao Senhor, seu Deus"
(v.16; cumprida literalmente em 3.10-18).
“João
não é o Messias” - Além desta
mensagem central há um propósito secundário nesta narrativa lucana de tirar
qualquer dúvida de que João (Batista) não é o Messias. Por um bom tempo
criou-se uma confusão sobre a identidade de João, e o próprio Lucas registra
isto: "Como o povo estivesse na expectativa e todos cogitassem em seus
corações se João não seria o Messias..." (3.15). Lucas quer deixar bem
claro desde as primeiras linhas de sua narrativa evangélica de que João exerce
a importante função de precursor, aquele que há de preparar os ouvidos e
corações do povo para ouvirem e crerem no Messias que esta por chegar para
realizar a salvação deles. Portanto, João é o elo entre a mensagem profética do
Antigo Testamento e a nova mensagem evangélica do Novo Testamento.
“Milagre da fecundação” - O nascimento de João esta intimamente relacionada com acontecimentos similares do Antigo Testamento. É impossível para o leitor das primeiras Escrituras não se lembrar das mulheres como Sara, Rebeca, Raquel (Gn 18.10-11; 25.21; 30.22-23) enquanto toma conhecimento da situação de esterilidade de Isabel. E assim como Deus manifestou seu poder e graça na vida daquelas mulheres, uma vez mais faz nascer vida onde não mais havia possibilidade humana para gerá-la. Os novos tempos inaugurados com o nascimento de João são de vida e salvação.
“Contraste” Neste quadro pintado por Lucas o casal piedoso Zacarias e Isabel fazem um contraste com a figura de Herodes, o Grande, então governante de toda a Palestina (Judéia). Enquanto Herodes era um dissimulado religioso, pois não sendo descendente judaico se fez prosélito da religião judaica, entretanto toda a sua história é uma prova irrevogável que a "religião" era apenas um instrumento para alcançar seus interesses pessoais, egoístas e esquizofrênicos, e por isso foi rejeitado por Deus. Em contraste temos neste casal a expressão de uma religião genuína e piedosa, centrada na fé que anelava o cumprimento das promessas messiânicas e em um compromisso de obediência à vontade de Deus, de maneira que foram aprovados e abençoados por Deus.
“Do Templo para a Casa” O inicio da narrativa nos coloca no Templo, onde Zacarias exercia sua função de sacerdote, mas ao termino somos transportados para a casa dele e Isabel, onde por um tempo torna-se o lugar da manifestação da graça divina, quando de sua fecundação. Lucas faz em torno de cinquenta referências a casa e na maioria das vezes em relação direta a uma manifestação da graça salvadora de Deus.
Conclusão
“Milagre da fecundação” - O nascimento de João esta intimamente relacionada com acontecimentos similares do Antigo Testamento. É impossível para o leitor das primeiras Escrituras não se lembrar das mulheres como Sara, Rebeca, Raquel (Gn 18.10-11; 25.21; 30.22-23) enquanto toma conhecimento da situação de esterilidade de Isabel. E assim como Deus manifestou seu poder e graça na vida daquelas mulheres, uma vez mais faz nascer vida onde não mais havia possibilidade humana para gerá-la. Os novos tempos inaugurados com o nascimento de João são de vida e salvação.
“Contraste” Neste quadro pintado por Lucas o casal piedoso Zacarias e Isabel fazem um contraste com a figura de Herodes, o Grande, então governante de toda a Palestina (Judéia). Enquanto Herodes era um dissimulado religioso, pois não sendo descendente judaico se fez prosélito da religião judaica, entretanto toda a sua história é uma prova irrevogável que a "religião" era apenas um instrumento para alcançar seus interesses pessoais, egoístas e esquizofrênicos, e por isso foi rejeitado por Deus. Em contraste temos neste casal a expressão de uma religião genuína e piedosa, centrada na fé que anelava o cumprimento das promessas messiânicas e em um compromisso de obediência à vontade de Deus, de maneira que foram aprovados e abençoados por Deus.
“Do Templo para a Casa” O inicio da narrativa nos coloca no Templo, onde Zacarias exercia sua função de sacerdote, mas ao termino somos transportados para a casa dele e Isabel, onde por um tempo torna-se o lugar da manifestação da graça divina, quando de sua fecundação. Lucas faz em torno de cinquenta referências a casa e na maioria das vezes em relação direta a uma manifestação da graça salvadora de Deus.
Conclusão
Neste primeiro quadro de sua galeria natalina, Lucas já
indica os pontos centrais da sua narrativa evangélica. A iniciativa
no que concerne à salvação é de Deus, pois somente Ele pode trazer vida onde há
apenas morte; João é o instrumento capacitado pelo Espírito Santo para
pré-anunciar esta mensagem salvadora a todas as pessoas; a resposta à
proclamação das boas novas deve ser a conversão, manifestada na fé que enche os
corações de alegria!
Enquanto você contempla este primeiro quadro natalino de
Lucas, examine teu coração e responda de forma positiva a esta
maravilhosa manifestação da graça de Deus, contida no Evangelho, e faça
uma conversão em sua vida. Pare de se afastar e de andar
na periferia do relacionamento com Deus - volte-se para Ele agora mesmo.
Creia de todo o teu coração para que você possa experimentar como Zacarias e
Isabel, desta maravilhosa alegria, que somente o poder de Deus pode produzir na
tua vida.
Assim
como o nascimento de João marcou
o amanhecer de um novo dia na história da raça humana,
faça deste Natal um amanhecer novo
na sua
vida.
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/
Artigos Relacionados
A Galeria Natalina de Lucas:
O Evangelho da Infância
http://reflexaoipg.blogspot.com/2017/10/uma-vez-mais-o-natal-se-aproxima.html?spref=tw
Evangelho Segundo Lucas:
Autoria e Título
Evangelho Segundo Lucas:
Data e Propósito
Natal em Imagens – A
Anunciação
Quando o Natal foi
Comemorado em 25 de dezembro?
Contexto Histórico dos
Evangelhos
Referências Bibliográficas
ASH,
Anthony Lee. O Evangelho Segundo Lucas. Tradução Neyd V. Siqueira.
São Paulo: Editora Vida Cristã, 1980.
BETTENCOURT,
Estevão. Para Entender os Evangelhos. Rio de Janeiro: Agir, 1960.
CARSON
D. A., DOUGLAS, J. Moo & MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento.
São Paulo: ed. Vida Nova, 1997.
CASALEGNO,
Alberto. Lucas – a caminho com Jesus missionário. São Paulo: Edições
Loyola, 2003.
CHAMPLIN,
Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado – versículo por versículo, v.
II. São Paulo: Millenium, 1987.
________________________. Enciclopédia de
Bíblia, Teologia e Filosofia, v.3. São Paulo: Candeia, 1995.
LEAL,
João. Os Evangelhos e a Crítica Moderna. Porto: Livraria Apostolado da
Imprensa, 1945.
MORRIS,
Leon L. Lucas – introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida
Nova, 2008. [Série Cultura Cristã].
TENNEY,
Merrill C. O Novo Testamento - sua origem e análise, 2a ed. São Paulo:
Vida Nova, 1972.
Nenhum comentário:
Postar um comentário