Desde a
virada do século tem havido uma continua e crescente onda de desestabilização
social. Duas características desta terrível orquestração mediática é o aumento
assustador da Obscenidade e da Pornografia.
Um
dentre outros nefastos objetivos é a de substituir um pensamento “reprimidor”,
pelo novo pensamento “libidinoso”; eles buscam de forma sistemática, consciente
e determinada, destruir a lei e conceitos morais vigentes para imporem uma nova
ordem moral, que diga-se de passagem de “novo” não tem absolutamente nada de
mais.
O
argumento judicial da obscenidade “artística”, para distingui-la da
pornografia, tão evocada e comumente aceita nos tribunais, não se sustenta
ainda que uma pode ser mais conceitual e a outra comercial, mas a orientação
básica de ambas são as mesmas – confrontar e destruir a moral cristã bíblica.
Resistência
e Aversão à Fé Cristã e à Moral Bíblica
O que está por detrás, mas
cada vez mais perceptível e escancarado, desta onda mediática para impor uma
“nova moralidade”, que de novo nada contém, pois é simplesmente a velha
imoralidade libidinosa desenfreada da obscenidade pornográfica, é seu ódio
óbvio pela fé e o padrão moral bíblico. Toda e quaisquer restrições morais é
considerada como escravidão do ser humano. O arsenal deles visa sempre
desconstruir todos os conceitos estabelecidos: a bênção do casamento sem mácula
e a monogamia, contra a autoridade paterna e materna, contra conceito bíblico
de sexo masculino e feminino, contra a oposição ao aborto. Alimentam as chamas
da revolta, considerando qualquer vida que se conforma à moralidade bíblico-cristã
como uma vida estreita e enfadonha. Por outro lado, a imoralidade e a perversão
em todas as suas formas são vistas como atividades libertadoras estimulantes.
A
Inversão de Valores
A mídia em tempo integral
tenta mostrar que uma vida moral seria cansativa e repulsiva, de tédio e
pobreza sem limites, enquanto a prática do mal é vista como o caminho
libertador do homem. Para eles o mal tem o poder de atração de uma força
magnética e se torna a vitalidade, o dinamismo e a possibilidade do desabrochar
da vida. Para viver verdadeiramente, deve-se focar na libertinagem, tipificada
na obscenidade pornográfica. O homem, portanto, não está realmente vivo se
viver moralmente. É a prática do que é chamado de pecado e perversão que dá à
vida seu sabor e significado. Portanto, somente aqueles que quebram as leis
morais estão realmente vivos, pois para tais pessoas, o mal é a vida.
Moralidade
é Morte
Para o pornógrafo, a
moralidade equivale à morte. Prender pessoas atrás das grades da moralidade,
casamento, lei e ordem são equivalentes a uma sentença de morte. Se o mal liberta,
é lógico concluir que a moralidade prende. Aqui está a fé religiosa do pornógrafo.
A prática do mal é assim transformada em “evangelho” e imersão no pecado o
caminho da “salvação”; o mal e o pecado conduzem à vida e à liberdade.
Esse conceito é propagado
com tanto fanatismo, com tanto fervor, como algo novo e inusitado, mas não passa
de um terreno religioso muito antigo, o do maniqueísmo e de várias seitas que
cultuavam o caos original [2]. Para tais pessoas quebrar as normas da lei
representa vida. Os sociólogos descobriram a alguns anos que muitas pessoas
cometem adultério, não por desejo de outra pessoa, mas por medo de perder o
prazer da vida por perder uma experiência proibida. Aqui está o cerne de todo
este movimento obsceno pornográfico a ponte de lança da “nova moralidade”, pois
ele apresenta o pecado e o mal como constituindo a vida real pela única razão
pela qual se opõem ao bem.
Balizas
Morais Versus Estado Totalitário
O arsenal midiático serve
apenas para preparar o terreno para a implantação de um Estado Totalitário,
onde a família monogâmica será substituída pela liberação completa da vida
sexual e onde os filhos serão moldados à imagem e semelhança desta sociedade
regida pela obscenidade pornográfica.
Não sem razão eles precisam
eliminar o centro gerador de moralidade cristã: a bíblia e o culto. Uma vez que
a bíblia perde seu poder normativo para a vida cotidiana e os cultos tornam-se
apenas celebrações religiosas festivas, nada mais vai poder impedir a
dissolução social e a implantação de uma sociedade libertina e pornográfica.
O Evangelho conforme
estabelecido na Bíblia em toda sua amplitude é a última fronteira. A Bíblia não
aprisiona o ser humano, mas apenas lhe fornece o instrumental para dominar a si
mesmo, que é a o fundamento da verdadeira liberdade. Toda sociedade destituída
de um padrão de caráter está fadada ao caos e ao fracasso. Uma vez que a pessoa
está destituída da capacidade da governar a si mesma, de exercitar o domínio
próprio, ela se constitui em campo fértil para aceitar passivamente uma
autoridade totalitária sobre ela. A
obscenidade pornográfica não eleva o ser humano, mas ao contrário, o rebaixa ao
nível mais animalesco encontrado na natureza. Uma vez rebaixados tais pessoas perdem seu
senso de responsabilidade, bem como sua capacidade moral de governar a si mesmo
e se tornam presas dócil para a tirania monolítica.
Os defensores da obscenidade
pornográfica falam o tempo todo sobre liberdade. Qualquer legislação destinada
a reprimir a pornografia, inclusive infantil, provoca protestos veementes, mas
o cerceamento das liberdades individuais não lhes incomodam. Se a defesa da
liberdade é de fato suas preocupações reais, por que se calam diante de pseudos
governantes que invadem a esfera da liberdade familiar e religiosa? Na verdade,
eles são hostis a qualquer liberdade produzida dentro da estrutura criativa da
lei divina. O conceito obsceno pornográfico visa tão somente extrair todo o conteúdo
e destruir a liberdade moral do ser humano. A escravidão ao pecado é sempre um
prelúdio da decadência social e politica de qualquer sociedade em qualquer
época e lugar.
O Arauto
da Obscenidade Pornográfica: o Marquês de Sade
Ele defendia abertamente a
extração de toda e qualquer restrição dos vícios fossem quais fossem. Sua
plataforma política incluía a abolição das leis contra roubo, assassinato,
prostituição, adultério, incesto, estrupo, sodomia e quaisquer outras
aberrações morais (qualquer semelhança
com a agenda atual do STF não é mera coincidência). Para eles tudo é suportável,
menos as “leis iniquas cristãs” que preservam a integridade da família e da
sociedade. O projeto de Sade e dos
atuais mandatários jurídico e legislativo do Brasil é o mesmo: abolir o cristianismo e toda sua moralidade
por meio de atos legislativos – o que já vem ocorrendo no Brasil nesses
últimos trinta anos, desde a implantação desta pseuda democracia, com a permissividade
e passividade alienante dos que se dizem evangélicos e protestantes.
Conclusão
Diante deste quadro tão
decadente que contemplamos da sociedade brasileira precisamos assumir uma
posição mais clara e contundente. Primeiramente precisamos tomar consciência
das implicações políticas latentes envolvidas neste caos social. Precisamos
agir publicamente nessa direção e também em muitas outras; também precisamos de
ações mais positivas, reordenar primeiramente nossas vidas, bem como a
orientação atual da sociedade de acordo com a fé cristã e suas normas bíblicas.
Não podemos nos acovardar diante das pressões midiáticas, mas nos
estabelecermos nos fundamentos sólidos da Palavra de Deus, sem o qual nada
duradouro pode ser construído. Porque uma vez que as fundações forem corroídas,
a construção não permanecerá.
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
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