Os salmos classificados como imprecatórios é um subgrupo
dos salmos de lamento.[1]
Nesse caso particular o lamento é individual, ou seja, o salmista se coloca na
presença de Deus em favor de sua própria vida.
O salmo expressa inicialmente a oração de alguém que foi
traído e perseguido, então o salmista faz uma declaração confiante de fé no
Deus que é o Juiz de toda a terra e lhe será por defesa diante do mal que quer
destruir sua vida e ele conclui sua oração com um voto de louvor.
Alguns comentaristas encontram vestígios de um contexto
histórico quando Saul esta determinado a matar Davi e o persegue
sistematicamente (1 Samuel 24-26). O termo inicial “Shiggaion” parece ser a
identificação melodiosa do cântico, mas não há um consenso entre os
comentaristas e mesmo os interpretes judeus.[2] O
título faz referência a Cush[3]
mas não contém uma especificação de quem seja esse personagem, entretanto, o
epiteto “benjamita” pode indicar um parente ou servo de Saul e, portanto, um
inimigo de Davi; Cush espalhou fake news inflamando as pessoas contra Davi
(muito semelhante ao que fará Absalão posteriormente)[4]. A
expressão (Selah, v.5) indica que esse salmo era utilizado, em tempo posterior,
na liturgia do culto realizado no templo.
Esboço
Apelando Para Que Deus
Manifeste Sua Justiça
Clamor por Refúgio e Declaração de Inocência, v.1-5
Petição
de Vindicação Pessoal, v.6-9a
Petição de Vindicação Pública, v.9b-16
Voto de louvor, 7.17
Clamor por Refúgio e Declaração de Inocência, v.1-5
Desde as primeiras linhas o salmista refere-se a muitos
inimigos que em suas mentes corruptas maquinam continuamente como destruir sua
vida. Essas pessoas incitam e manipulam as informações de maneira que as
pessoas são direcionadas contra o salmista, mesmo ele sendo inocente dos fatos
divulgados.
Ó Yahweh, meu
Deus, em ti confio (tenho confiado): Davi confia continuamente somente nos
recursos advindos da parte de seu Deus. Em todos os momentos em que a vida dele
é afligida de forma violenta pelas adversidades, o salmista recorre Àquele que
lhe pode dar esperança. “A porta da
oração está fechada, a menos que ela seja aberta com a chave da confiança” (Calvino).
O salmista não ora a um “deus desconhecido”, mas ao “meu Deus” o que indica um
conhecimento não apenas “de ouvir falar”,
teológico (intelectual), mas acima de tudo um conhecimento experimental-vivencial (Sl 23
– O Senhor é o meu Pastor e de nada
terei falta). O seu Deus é nada menos do que Yahweh, o Deus da Aliança.
Seus inimigos são comparados a um leão (cf. 10.9; 17.12;
22.13, 16, 21; cf. Pedro o diabo é como um leão querendo nos destroçar) uma
besta fera violenta e que representa a ferocidade que se esconde no interior
das pessoas de má índole e cuja violência mortífera se revela em sua conduta;
não tem como o salmista enfrentar tais inimigos sem a força que vem de seu
Deus. Foi nessa convicção que o jovem Davi, que havia enfrentado um leão e
vencido, se voluntariou para enfrentar o temível gigante filisteu, que
escarnecia e desafiava o povo de Deus, e o venceu com uma única pedra lançada
de sua funda – em o Nome do Senhor dos Exércitos!
No verso três o
salmista utiliza-se da imprecação – se de fato ele tem feito as coisas de que
tem sido acusado (se fiz isso), que Deus permita que seus
inimigos o humilhe e destrua (cf. Jó capto 31). Deus é um justo juiz e não aceita menos do que a equidade como medida.
As fake news haviam sido espalhadas por todo o reino de Israel de maneira que
diante da opinião pública o salmista já está condenado, mas o salmista apela
para o tribunal superior – que Deus o julgue e se acha-lo culpado que seus
inimigos não apenas o matem, mas que seu nome seja jogado na lama imunda, que
seu nome ou memória sofra escarnio público. Mas a consciência do salmista está
tranquila, pois tem plena convicção de que são falsas as acusações que seus
inimigos têm espalhado. A fé do salmista na justiça perfeita de Deus se
fundamenta no fato de que vive de forma integra diante dele; um cristão que dá ouvidos
ao conselho de criminoso, que anda no
caminho de pecadores e que se assenta
confortavelmente à mesa de escarnecedores e cínicos, jamais pode apelar para o tribunal do Deus
justo e reto.
Petição de Vindicação Pessoal, v.6-9a
Levanta-te, Yahweh, em teu furor;
ergue-te contra a as violências de meus
adversários;
desperta para
mim o julgamento que ordenaste.
Yahweh,
juiz dos povos.
julga-me, Yahweh, segundo minha justiça, segundo a
minha integridade.
O salmista contrapõe o juízo de Deus em oposição à fúria
assassina de seus inimigos e assim devemos fazer em relação àqueles que querem
destruir nossa vida (valores familiares, morais e espirituais). É preciso
deixar claro que o nosso Deus é zeloso e poderoso muito mais do que os inimigos
que se utilizam de suas posições de poderes para infligir o mal sobre a nossa
vida e/ou sociedade em que estamos inseridos (vivendo).
Mas em nenhum momento o salmista se coloca como juiz
sobre seus inimigos. Apesar da urgência e do risco que ele corre, submete-se
plenamente à vontade de Deus (João 5.15). Quem vai julgar a causa e emitir a
sentença é unicamente Deus – que sonda os corações e perscruta as intenções
mais ocultas da alma humana (mais do que qualquer hacker pode fazer).
“Davi,
portanto, a fim de orar corretamente, repousa na palavra e na promessa de Deus;
e a sequencia de seu exercício é esta: Senhor, não guiado por ambição, nem por
uma paixão violenta e inconsequente, nem por um impulso depravado,
inconsideradamente a pedir-te o que seja para a satisfação de minha natureza
carnal, e, sim, que a clara luz de tua Palavra me dirija, e que dela eu dependa
com toda a segurança” (CALVINO, 1999, p. 142-143).
Jamais podemos ir além desses limites se desejamos a
companhia de Deus e sua defesa e preservação do mal. Na perspectiva bíblica
jamais os meios justificam fins, mas os meios justos alcançam os fins justos.
A declaração do salmista deixa claro sua percepção de
quem Deus é: O Senhor é juiz dos povos.
Na verdade tudo e todas as coisas dependem daquilo que Deus é – se a visão que
a pessoa tem de Deus é esquizofrênica, sua vida será uma esquizofrenia
absoluta. O evangelicalismo brasileiro é apenas um reflexo da sua visão
distorcida de Deus; as instâncias de poder no Brasil expressam sua disfunção e imbecilidade
sobre quem Deus é. Aqui o salmista extrapola o horizonte geográfico israelita:
o juiz, a quem o salmista apela, é o juiz supremo e universal; dois atributos
correlativos, pois somente o supremo pode ser universal (Gn 18.25). O verbo no
futuro (julgará)
revela uma ação contínua – Deus esta continuamente julgando as nações, os
governos, as sociedades. Toda violência praticada contra o povo de Deus em
todos os lugares do globo terrestre será vindicada pela justiça divina. Na
maioria das vezes achamos que estamos esquecidos e que o mal prevalecerá, mas
assim como é impossível que Deus negue a Si mesmo, Sua justiça será manifestada
em toda sua extensão e poder – sobre toda
a terra – isto inclui o Brasil, os poderes constituídos e a sociedade
brasileira. O que sucede com respeito aos juízes deste mundo jamais sucederá
com respeito a Deus; ele não corrompe e nem se deixar corromper no que tange
aplicação da justiça e do juízo; ele não utiliza dois pesos e duas medidas; Ele
julga igualmente grandes e pequenos na mesma balança e utiliza o mesmo peso de
equidade.
Petição de Vindicação Pública, v.9b-16
Julga-me, Yahweh, conforme a minha justiça,
e
segundo a minha integridade.
Por esta razão o salmista coloca como argumento de defesa
a sua justiça e integridade; ele se distinguiu dos hipócritas que fazem da
justiça (muitas vezes em nome de Deus) a camuflagem para alcançarem seus
objetivos mesquinhos e fraudulentos. Deus
jamais fica ao lado de criminosos, pecadores e escarnecedores – pois estes no
final perecerão. Aqui o salmista refere-se ao seu caráter, ao seu compromisso
com os valores e preceitos da Palavra de Deus (única regra de fé e prática),
assim como Jó se defende das acusações de seus amigos. O apóstolo Pedro declara
em alto e bom som de que o juízo de Deus começara pela casa de Deus: “Pois chegou a hora de começar o julgamento
pela casa de Deus; e, se começa primeiro conosco, qual será o fim daqueles que
não obedecem ao evangelho de Deus?”.
Põe fim à maldade dos ímpios
e
confirma o justo,
pois tu sondas os corações e os rins
Deus
(Elohims) justo!
O salmista esta sendo afligido por um tempo longo, não é
uma questão momentânea, mas uma maldade persistente. Podemos amenizar
(politicamente correto) a intenção do salmista de que Deus faça cessar a
malícia de seus inimigos e deste modo interrompa as aflições infringidas à sua
vida. Mas os termos hebraicos oferecem uma dimensão mais contundente (gamar –
destruir ou consumir). Desta forma a
ideia é que o mal ou malícia dos seus inimigos caiam sobre suas próprias
cabeças – que a perversidade dos perversos os consuma.
A ideia de uma ação mais contundente de Deus sobre a
malignidade dos inimigos fica mais conciliadora com a sentença imediata – e confirma o justo. O justo e/ou a
justiça não podem ser estabelecidos enquanto o mal prevalece. Somente Deus tem
poder para erradicar o mal ou torna-lo nulo, e tem feito e continuará fazendo,
e estabelecer os justos que estão continuamente sendo oprimidos, de maneira que
será evidente para todos que Deus os guarda e sustenta pelo Seu poder.
Por isso o salmista reivindica pela terceira vez o fato
de que sua consciência está tranquila em relação às falsas acusações que lhe
tem sido continuamente infligidas. Aqui ele se abre totalmente, desnuda-se
diante do Deus que “sonda os corações”,
que enxerga nitidamente as mais profundas e intimas motivações das ações do
salmista, bem como das ações de seus inimigos. De todas as pessoas que viviam
na Palestina judaica nos dias de Jesus, nenhum recebeu as palavras mais
contundentes de Jesus dos que os fariseus e escribas – raça de víboras, túmulos
caiados – e nenhum o perseguiu mais tenazmente do que essas pessoas. A razão do
ódio delas e das lideranças do templo é que Jesus expunha à luz do dia as
entranhas malignas de seu interior, a suas verdadeiras naturezas. Nada ofende e
atrai mais a ira dos hipócritas do que a exposição de suas intenções malignas. Calvino
concluiu seu comentário sobre esse verso: “diante
do tribunal de Deus, a pergunta não será: ‘Quais foram vossos títulos?’, ou:
‘Qual foi o esplendor de vossas ações?’, e, sim: ‘Qual foi a proporção da pureza de vossos
corações?’” (1999, 147).
Deus justo! Toda
a confiança e esperança do salmista estão fundamentadas no Deus que perscruta
com sua justiça as mentes e os corações. Deus sabe discernir o joio do trigo,
os justos dos ímpios – jamais pode ser iludido ou enganado. Ainda que muitos
digam que Deus não se importe, a realidade bíblica é que não se passa um único
dia sem que Deus faça clara distinção entre os justos e os perversos. Não se
pode confundir a longanimidade de Deus com conivência, o que a maioria faz. Elas
imaginam que estarão um dia diante de um Deus de grande amor, misericórdia e
bondade (o velhinho bonachão do natal); mas ignoram (propositalmente) que
estarão diante de um Deus que é perfeitamente justo e que não pode ignorar o
pecado em qualquer uma de suas múltiplas formas e nomenclaturas criativas:
liberdade de expressão, arte, moda, transgênero, transexual, politicamente correto, inclusão, tolerância, pós-modernismo,
etc.
Se o homem não se arrepende [converte],
Deus afia a sua espada, arma o seu arco e o aponta,
E já para ele preparou armas mortais;
e porá em ação as suas setas inflamadas contra os
perseguidores.
A
cena dos versos 12 e 13 são um alerta! Deus está afiando sua espada e seu arco
já está armado e pronto. A grande tragédia dos ímpios está justamente no fato
de que eles pensam e agem como se Deus não fizesse conta de suas ações malignas
– mas o dia do juízo os apanhara de surpresa e seu desespero será grande, pois
no tribunal de Deus não há habeas corpus e a sentença é eterna. O juízo é
certo, tanto quanto o sol nasce todos os dias, mas o ser humano em sua
estultícia desperdiça seu tempo precioso, escorado em sua falsa esperança, sem
tomar conhecimento de que cada transgressão o leva para mais perto da espada
afiada da justiça de Deus. A única forma de escape é que se arrependam dos seus
maus caminhos, de suas intenções malignas e destrutivas. Mas aqueles descritos
pelo evangelista João – que rejeitam a
luz e permanecem escondidos nas trevas, para que suas obras más não sejam
manifestas – sentirão o peso da espada afiada e das flechas incendiárias do
juízo de Deus, pois o caminho dos ímpios perecerá. No caso de Davi ele não
temia apenas o arco de Saul, mas de uma turba que se associaram com ele para
destruir a vida dele. O mal nunca anda sozinho!
Ei-lo gerando a iniquidade:
concebe
a maldade e dá à luz a mentira.
Ele cava e aprofunda uma cova,
mas
cai na cova que fez.
Sua maldade se volta contra ele,
sobre
o crânio lhe cai a própria violência.
Nesses versos 14-16 o salmista descreve a vida do ímpio.
Ele projeta e desenvolve um plano maligno, preparado em seus mínimos detalhes,
mas no final, a forca com que pretendia matar o justo, torna-se a sua própria
sentença de morte. Ele ainda nem acabou de parir a maldade e já está prenhe da
mentira. As armadilhas feitas nas sombras para matar suas presas, acabaram por
serem suas próprias sepulturas. A maldade produzida em suas mentes e corações
produzira uma metástase que por fim destruirá suas próprias vidas. Eles mesmos
acabam sofrendo a violência que desejavam cometer contra outras pessoas. Deus
haverá de frustrar as expectativas dos perversos e destruir todos os seus
planos peçonhentos.
Aqui temos uma verdade absoluta do ensino bíblico: por
mais criativos e inteligentes em elaborar suas astúcias e por quantos meios
tenham disponível para engendrar malefícios, eles já perderam. Pois Deus em sua
perfeita providência faz com que o mal intentado contra o justo se volte contra
a própria cabeça do inimigo. Não há necessidade de armarmos armadilhas para os
ímpios, pois eles mesmos armam armadilhas para si mesmo – um abismo chama outro
abismo. Calvino (1999, p. 153) conclui desta forma:
Portanto,
assim que virmos os ímpios tramando secretamente [nos corredores do Congresso, nas
salas fechadas do STF] nossa ruína, lembremos de que eles falam falsamente a si
próprios; em outras palavras, enganam a si próprios, e não conseguirão executar
o que desejam em seu coração [tremendamente corrupto e corruptor].
Voto de louvor, 7.17
Louvarei a Yahweh pela sua justiça,
E
cantarei louvores ao nome do Altíssimo.
Davi
tem tanta convicção na justiça de Deus em seu favor que ele faz um voto de
celebrar a justiça de Deus através de cânticos de louvores engradecendo o nome
do Senhor. Desde sempre o salmista tem experimentado da fidelidade de Deus,
pela qual Ele manifesta sua bondade e graça, livrando e preservando sua vida,
bem como de seu povo. Deus não nos deixa reféns das mentes malignas, mas sempre
haverá de nos defender de toda violência injusta e nos haverá de livrar da
opressão do mal e há de nos manter salvos, mesmo quando os perversos se
levantem contra nós e nos venham a perseguir.
"Altíssimo" é um título raramente encontrado
fora dos Salmos, usado pela primeira vez no relato do encontro de Melquisedeque
e Abrão (Gênesis 14.18-22). O salmista utiliza-se desse título para anunciar o
poder e o governo de Deus sobre todas as nações (47.2; 78.35). O apóstolo Paulo
assim também compreendia dessa forma quando escreve aos crentes filipenses (2.10-11)
“Para que em o nome de Jesus todo joelho se dobre, no céu, e na terra, e
debaixo da terra; e que toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para
a glória de Deus Pai". Todos não apenas louvarão o nome de Jesus, que está
acima de todos os nomes, mas todos se curvarão diante Dele.
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
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Historiologia Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/
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Referências Bibliográficas
CALVINO, João. O livro dos Salmos. V. 1. Tradução Valter Graciano Martins.
São Paulo: Edições Paracletos, 1999.
CHOURAQUI, André. A Bíblia – Louvores I (Salmos).
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SCHOKEL, Luís Alonso. Salmos
I: salmos 1-72. Tradução, João Rezende Gosta; revisão H. Dalbosco e M.
Nascimento. São Paulo: Paulus, 1996. [Coleção grande comentário bíblico].
[1] Dentro de um mínimo denominador comum
podemos classificar como imprecatórios os salmos aqui mencionados: 7, 35,
55, 58, 59, 69 79, 83, 109 e 137, pois é possível encontrar neles as
características próprias da imprecação.
[2] A
concordância de Strong diz que a palavra Shiggaion “denota um poema lírico
composto sob forte emoção mental; uma canção de imaginação apaixonada
acompanhada de música adequada”. Aparece somenta mais uma vez em Habacuque
3.1.
[3] Cuchita cf. 2Sm 18.21-mensageiro que
trouxe a noticia da morte de Absalão.
[4] Há uma situação análoga em 1 Reis
8.31-34, onde uma pessoa que está sendo acusada, embora reivindique inocência,
vai orar no templo clamando pelo veredicto de Deus.
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