O livro do Apocalipse tem como uma de suas
características literárias peculiares a utilização de figuras de linguagem. No
caso especifico que tratamos aqui encontraremos no último livro bíblico as
figuras contrastantes de duas cidades: a Babilônia (17.1-19.5) e a Nova
Jerusalém (21.1-22.21). O valor significativo destas duas figuras esta no fato
de que elas sintetizam a temática do Apocalipse sobre o fim do sistema
pecaminoso e o inicio definitivo do sistema divino. Abaixo temos um quadro
comparativo que vai ilustrar esta bipolaridade contrastante:
Babilônia
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Nova
Jerusalém
|
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Descrição
Básica
|
A Grande
Cidade (16.19; 17.18; 18.16 e 18).
|
A Cidade de
Deus (3.12); a Cidade Santa (21.2 e 10).
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Metáfora
(Simbolismo)
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A grande prostituta (17.1; 19,2)
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A noiva / esposa do Cordeiro (21.2; 21.9)
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Características
Físicas
|
Grande,
importante e poderosa (17.18; 18.2; 18.10; 18.16, 18, 19, 21); rica (18.3, 7,
9-19; cf. 17.4); o palco de todas as atividades sociais terrenas (18.22-23)
|
Compacta,
estável e segura, perfeita em sua estrutura, feita de dos metais mais
preciosos e de beleza exuberante (21: 10-21)
|
Origem
|
Planejada e construída com base no esforço
humano (17.15)
|
Planejada e construída por Deus, ela vem do
céu (3.12; 21.2, 10)
|
Habitantes
|
Aqueles que
habitam na terra (17,2, 8); mas nenhum daqueles cujos nomes estão escritos no
livro da vida do Cordeiro (17.8); nem aqueles que são parte do povo de Deus
(18.4); nem um dos cristãos, apóstolos, profetas e mártires (17.6; 18.20, 24)
|
Aqueles que venceram
(3.12; 21.7); aqueles cujos nomes
estão escritos no livro da vida do
Cordeiro (21.27); os que tiveram lavadas suas vestes (22.14); os servos de
Deus e do Cordeiro (22.3-4); ficaram de fora os incrédulos, idólatras,
mentirosos, etc. (21.8, 27; 22.15); e os que alterarem o que está escrito
nesse livro (22.19)
|
Relação com
as Nações e Seus Líderes
|
Exerce o domínio sobre os reis da terra (17.18);
os reis e os habitantes da terra se prostituíram com sua imoralidade; as nações
se embriagaram com o seu vinho (17.2; 18.3, 9); os governantes lamentam sua
morte (18.10); comerciantes se enriqueceram negociando com ela (18.3) e choraram
quando ela for destruída (18.11 s)
|
As nações caminharam na luz da cidade (21.24);
reis e nações trarão sua glória para ela (21.24, 26); os povos experimentam a
cura nela (22.2)
|
Significado
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Perseguira os
seguidores de Jesus (17.6; 18.24); fara guerra contra o cordeiro em associação
com a besta (17.13-14); multiplicação do pecado, arrogância e luxuria (18.4-7)
|
Deus
habitando entre o seu povo escolhido e recebendo deles adoração (21.3, 22; 22.3-4);
estará cheia da glória de Deus (21.11, 23)
|
Destino
Final
|
Sentirá a ira de Deus (16.19-21); será
traída pela besta (17.16-17); ficará desolada (18.2; 21-23); receberá a
retribuição por suas maldades (18.6); experimentará uma destruição súbita e
violenta através do fogo (17.16; 18.8-10)
|
Habitação permanente (3.12); erradicação de
toda tristeza, dor e morte (21.4); manancial da água da vida (21.6; 22.1,2,
17) e da árvore da vida (22.2, 19); será um reino eterno (22.5)
|
Diante deste quadro é possível perceber que não há alternativas;
o ser humano será cidadão de uma ou de outra cidade, de maneira que haverá “dupla
nacionalidade”. Os que fazem parte da cidade da Babilônia devem usufruir ao
máximo dela, pois o destino final deles será semelhante ao da própria cidade.
Os que haverão de fazer parte da Nova Jerusalém devem viver de modo digno desta
cidadania, pois não há comunhão deles com a Babilônia. Todos aqueles que tentam
viver com dupla cidadania enganam-se a si mesmos e perderam duplamente, pois
nem usufruíram da Babilônia e nem entraram na Nova Jerusalém.
O escritor da epístola aos Hebreus (11.13-16),
recordando os crentes do passado que morreram, muitas vezes de formas cruéis,
sem negar sua fé e alertando os crentes do seus dias, como que contemplando esse
quadro acima escreve: “Estas
pessoas de fé que eu mencionei morreram sem jamais terem recebido tudo quanto
Deus lhes prometeu; mas viram tudo que os esperava adiante, e ficaram contentes,
pois concordavam que esta terra não era a sua verdadeira pátria, mas que eles
eram apenas forasteiros de visita aqui embaixo. E muito logicamente, quando eles falavam assim, estavam com os olhos postos na sua verdadeira pátria no céu. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar. Mas não; eles aspiravam por uma pátria melhor, isto é, a pátria celeste. Por isso, Deus não se envergonha de ser chamado de Deus deles; na verdade, Deus preparou uma cidade para eles".
O dia do juízo está se aproximando
rapidamente e o destino final de ambos os cidadãos será definitivamente
estabelecido. Maranata! Oh Vem Senhor Jesus!
Não
compreendo os Teus caminhos
Mas
te darei a minha canção
Doces
palavras te darei
Me
sustentas em minha dor
E
isso me leva mais perto de Ti
Mais
perto dos Teus caminhos
E
ao redor de cada esquina
Em
cima de cada montanha
Eu
não procuro por coroas
Ou
pelas águas das fontes
Desesperado
eu Te busco
Frenético,
acredito
Que
a visão da Tua face
É
tudo o que eu preciso
Eu
te direi
Que
vai valer a pena
Vai
valer a pena
Vai valer a pena mesmo
Sim,
vai valer a pena
Vai
valer a pena
Vai
valer a pena mesmo
O grande dia haverá de chegar
Quando eu e você, eu e você nos encontraremos com ele
Naquele dia
E eu e você, eu e você
Cantaremos
em uma só voz, a Ele, a Ele, a Ele
Senhor,
valeu a pena
Senhor,
valeu a pena
Senhor, valeu a pena mesmo
Senhor,
valeu a pena
Senhor,
valeu a pena
Eu
haverei de cantar ao meu Senhor
Quando o grande dia chegar
Quando o grande dia chegar, e ele vem
Quando o grande dia chegar
Eu
cantarei, eu cantarei, eu cantarei
Jesus,
sim, sim, sim
Sim,
sim, sim
Jesus,
valeu, valeu, valeu, valeu, valeu, valeu, valeu
Viver
pra Ti
Morrer
pra Ti
Música: Vai
Valer a Pena
Livres Para
Adorar
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
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APOCALIPSE
– Bem Aventurados os Mortos que Morrem no Senhor (14.13)
Apocalipse: A Soberania de Deus
Apocalipse: Glossário - A e B
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