Estamos na quinta estrofe do Salmo 119 — iniciada pela
letra hebraica He. Esta estrofe começa com um pedido recorrente do
salmista, presente ao longo de todo o salmo e, por isso, elevado à condição de
tema central: “Ensina-me, Senhor, o caminho dos teus estatutos” (cf. vv.
12, 26, 33, 64, 68, 108, 124, 135).
Antes de ensinar a outros, o salmista quer aprender para si
mesmo. Ele deseja apreender, ou seja, conhecer para praticar. Seu
anseio não é teórico — ele quer viver a Palavra de Deus, não apenas
compreendê-la intelectualmente.
Spurgeon observa que esta expressão (“Ensina-me, Senhor, o
caminho dos teus estatutos”) expressa a humildade de um discípulo que reconhece
sua dependência da instrução divina. Spurgeon escreve: “O salmista não pede
apenas para ser ensinado, mas para ser guiado no caminho — ele quer caminhar,
não apenas contemplar”.
O genuíno discipulado e/ou discípulo é aquele entende o valor
do correto ensino da Palavra de Deus, o qual conduz à obediência perseverante. Para
o salmista não é suficiente ou está incompleto apenas saber o que é certo (entendimento
intelectual-doutrinário), pois somente se torna completo quando vivenciado no
cotidiano.
A expressão “e eu os guardarei” pode ser entendida
como: “para que eu possa mantê-los”, “para que eu persevere neles”. Isso revela
uma consciência clara e profunda: a apostasia nasce da ignorância e da falta
de entendimento espiritual. O salmista não quer obedecer parcialmente nem
por um tempo limitado — ele deseja guardar os estatutos “até o fim”, ou
seja, de forma completa e contínua, até o último dia de sua vida.
Thomas Manton, em seu precioso comentário do Salmo
119, observa que esse pedido por ensino não é apenas uma busca por informação,
mas por transformação. Ele escreve: “A ignorância é a mãe da desobediência.
Quando os homens não conhecem os caminhos de Deus, não podem andar neles. O
salmista ora por instrução, não apenas para saber, mas para fazer”. As duas
expressões “Ensina-me… e eu os guardarei” são complementares – constituem
o fundamento de uma vida cristã/espiritual madura e consciente, onde o saber e
o viver se tornam inseparáveis.
No verso 34, o salmista aprofunda seu pedido: “Dá-me
entendimento, e guardarei a tua lei; de todo o coração a cumprirei.” Aqui,
ele reconhece que sem a graça de Deus, não terá força nem disposição
para viver segundo a vontade divina. O Espírito Santo não apenas nos dá compreensão,
mas também nos capacita a viver conforme a Palavra. Manton reforça essa
dependência da graça ao afirmar: “A obediência verdadeira nasce do
entendimento espiritual. O coração segue o que os olhos da alma enxergam com
clareza.” Aqui ele sintetiza um dos pontos da teologia reformada de que
somente pela iluminação capacitadora do Espírito Santo o crente é capacitado a
obedecer a palavra de Deus com sinceridade integral “de todo o coração”.
Por isso, o salmista completa seu pedido com
profundidade: “Assim, obedecerei a ela de todo o coração.” Se o Senhor o
ensinar, ele terá condições de obedecer integralmente à Lei — não por
obrigação, mas por amor e convicção.
Há duas razões principais pelas quais falhamos em obedecer a
Deus:
- Falta de conhecimento - a ignorância espiritual é a raiz da desobediência.
Quando o Espírito ilumina a mente, o coração é movido a seguir com
sinceridade e perseverança.
- Falta de vontade - mesmo
conhecendo a verdade, o coração pode resistir sem a ação da graça. A força
propulsora do crente não é a mera força de vontade, ou o grau de
conhecimento teológico, mas a ação graciosa de Deus que transforma o
querer e o realizar. O apóstolo Paulo entendeu perfeitamente essa
dinâmica espiritual ao declarar: “Mas pela graça de Deus sou o que sou;
e a sua graça para comigo não foi vã...” (1 Coríntios 15:10). Essa
afirmação revela que a identidade e a perseverança do cristão estão
enraizadas na graça divina, não em méritos pessoais. A graça não apenas
perdoa, mas capacita e sustenta. Sem ela, o
coração permanece inclinado à desobediência, mesmo diante da verdade
revelada.
O salmista tem plena consciência desta verdade e
declara: “Senhor, o conhecimento vem de Ti — a vontade já está em meu
coração.” Ele deseja ser instruído para que sua obediência seja plena e
sincera.
Aqui está uma deficiência inerente ao cristianismo
— tanto no passado quanto no presente: o conhecimento, por mais correto e
verdadeiro que seja, precisa descer ao coração. Caso contrário, transforma-se
apenas em um cristianismo retórico e filosófico — como uma figueira coberta por
folhagem verde e viçosa, mas sem fruto algum.
Jesus ilustrou essa verdade de forma vívida ao
realizar uma lição de objeto com seus discípulos, ao amaldiçoar a figueira
estéril à beira do caminho (Marcos 11:13–14). Assim como a figueira, muitos
podem ostentar folhas — conhecimento, discurso, religiosidade — mas sem frutos
visíveis de transformação e obediência.
Essa é a
raiz da queda de Israel e do seu consequente cativeiro: o povo rejeitou o
conhecimento de Deus, não por ignorância, mas por negligência
voluntária. O profeta Oséias não acusa os israelitas por desconhecerem a
verdade, mas por não se importarem em vivê-la. Eles tinham acesso à Palavra,
mas faltava-lhes vontade e compromisso para andar segundo os princípios da
Aliança. Essa advertência ecoa até hoje. Não basta saber — é preciso vivenciar.
Faça-me seguir o caminho dos Teus
mandamentos; Fique
comigo, para que eu não venha a
desviar do caminho certo, por ignorância ou negligência. Que oração preciosa – fica comigo Senhor!
Nesta
diminuta oração (como saída da boca de pequeninos) o salmista reconhece que a
caminhada na verdade não depende apenas de saber o caminho, mas de ser guiado
por Deus ao longo dele, em cada quilômetro, a cada passo. Ele clama por direção
contínua, pois sabe que sem a presença e o auxílio divino, há risco de desvio —
seja por ignorância, seja por negligência espiritual.
Fica
comigo, Senhor, por cada passo,
quando a estrada se estreita e o dia escurece.
Não confio em meu saber, nem em meu braço —
é tua mão que me guia e fortalece.
Então
o salmista completa: “pois nisso me deleito” — uma
declaração que revela não apenas obediência, mas prazer espiritual profundo.
Isso nos convida a uma reflexão sincera: quando foi a última vez que eu e você dissemos que nosso prazer e
satisfação estivava em Deus? Não apenas em Suas bênçãos, mas Nele mesmo — em Sua Palavra, em Sua presença, em Sua
vontade.
No
momento em que Jesus foi batizado no rio Jordão, o Pai fez uma declaração
maravilhosa: “Este é o meu Filho amado, em quem
me agrado” (Mateus 3:17). Nestas benditas palavras o Pai escancara Seu coração
para com o Filho que em plena obediência e submissão e cheio do Espírito fará
toda a vontade do Pai e não a dele. O salmista, de forma semelhante, declara
que todo o seu prazer está em obedecer à Palavra de Deus e usufruir da
companhia divina. Ele não
vê os mandamentos como fardo, mas como fonte de alegria.
No verso 36, o salmista continua insistindo
com Deus: “Inclina o meu coração aos teus testemunhos”. Ele não pede
apenas por entendimento intelectual, mas por transformação interior. Não basta
conhecer — é preciso amar a verdade. O salmista clama por
uma inclinação do coração, pois sabe que a mente pode entender, mas só o coração convertido pode obedecer com prazer.
A Bíblia não deve ser lida apenas com a mente. Ela
precisa ser recebida com o coração — o centro da vida, da vontade, dos afetos.
Antes de ser aprendida, a Palavra de Deus precisa ser amada por mim e por você!
Sem amor pela verdade, o conhecimento se torna frio, estéril, e até perigoso.
As palavras corretivas de Jesus
à igreja de Éfeso, descrita em Apocalipse, deixa claro este ponto, pois não
bastava pregarem e ensinarem uma teologia correta e bíblica — se fazia urgente que Voltassem ao Primeiro
Amor!
e
não à cobiça: esse
detalhe é muito importante – não basta
um coração inclinado à Palavra, mas também que seja desviado da cobiça — uma
súplica dupla, que revela tanto atração pela verdade quanto repulsa pelo pecado.
A palavra hebraica usada aqui para “cobiça” é בֶּצַע (betsa), que significa ganância, lucro
desonesto, desejo egoísta. É uma palavra carregada de peso moral,
frequentemente associada à corrupção, exploração e idolatria do material. A
mesma palavra colocada na boca dos irmãos de José enquanto decidiam se o matavam
ou vendiam aos mercadores egípcios (Gênesis 37:26), se o matarmos o que ganharemos com isso
- a cobiça torna-se a mais perniciosa, por ser a
raiz de todo o mal.
Está expressão “e não à cobiça” é semelhante à da
oração do Senhor - "E não nos deixeis cair em tentação". Há
muito mais pessoas afastadas da comunhão com Deus, e mantidas longe Dele, por cobiça, do que por qualquer outro pecado.
O salmista continua sua tomografia espiritual da alma humana ao
declarar: “Desvia meus olhos de contemplar a vaidade” (verso 37). Como
quem examina as camadas mais profundas do coração, ele revela que o olhar é a
porta de entrada para os desejos, e os desejos são o prelúdio das ações. Essa
súplica é precisa e cirúrgica — como uma tomografia computadorizada que revela
o que está oculto, distorcido ou inflamado.
Ao pedir que seus olhos sejam desviados da vaidade, o salmista está
incluindo tudo o que é falso, irreal e sem valor duradouro — riquezas, honras, prazeres
passageiros, poder humano, ídolos e qualquer objeto de confiança que não seja
Deus. A palavra hebraica usada aqui para “vaidade” é שָׁוְא (shav’), que significa literalmente
falsidade, engano, ilusão. Em Eclesiastes um termo equivalente é amplamente
utilizado como um estribilho “vaidade, tudo é vaidade”. Ainda que a palavra
sejam distintas o sentido semântico é completamente similar - portanto, o Salmista
e o Pregador estão em perfeita sintonia: sem Deus, tudo é vaidade — e os olhos precisam ser
desviados da ilusão para contemplar o eterno.
Essa
mesma luta é retratada por John Bunyan em O Peregrino, quando
Cristão chega à Feira da Vaidade — um lugar repleto de distrações,
tentações e promessas vazias. Ali, sua fé e determinação são testadas
intensamente. A feira representa o mundo que seduz os olhos e enfraquece o
coração.
Esse
terrível e mortal perigo está presente desde o Éden. Em Gênesis 3, Eva “viu que o fruto era agradável aos
olhos e desejável para dar entendimento” — e só então estendeu a mão e comeu. O
pecado começou com o olhar, não com a ação.
Antes de pecarmos com as ações, pecamos com os olhos.
“E
vivifica-me no teu caminho” é mais do que um pedido por vida — A
expressão hebraica para “vivifica-me” éחַיֵּנִי (ḥayyēnî),
derivada de ḥayah, que significa dar vida, restaurar, reviver. De
maneira que o salmista ora pedindo por uma revitalização espiritual —
não apenas livramento do erro, mas renovação interior para
andar com fervor no caminho de Deus. É necessário que o Senhor nos torne vivos,
ativos e comprometidos com Sua Palavra.
Verso
38 - Estabeleça a Teu servo Tua promessa – Confirme
a Tua Palavra; faça firme e verdadeira; não deixe minha mente vacilar ou ser cética em relação à tua verdade. Esta
parece ser uma oração contra
a influência da dúvida e do ceticismo; uma oração para que as dúvidas não possam
surgir em sua mente e para que as objeções e dificuldades do ceticismo não
tenham lugar ali.
que é para aqueles que Te temem - A
palavra de promessa de Deus pertence somente para aqueles que tem o Temor do Senhor – que serve ao
Senhor com reverência e temor piedoso; que o adoram em espírito e em
verdade.
Desvia o opróbrio que
temo (verso
39). Essa oração é, de fato, uma
resistência contra o ceticismo espiritual. Essa pequena oração é profundamente
relevante — tanto teologicamente quanto emocionalmente. O salmista, tem
necessidade de uma estabilidade interior, por uma fé que resista às pressões da
dúvida, do ceticismo e das tentações emocionais. E aqui temos uma janela para
refletir sobre saúde mental, espiritualidade e o medo de
falhar diante de Deus e da comunidade.
O pedido do salmista
revela uma consciência profunda da fragilidade da mente humana, especialmente quando exposta à pressão, ao
sofrimento ou à sedução do mundo. Quantas vidas de crentes têm sido abaladas ou
até destruídas por não darmos atenção a esse detalhe essencial: o cuidado
com a saúde da mente e da alma.
As condições que afetam
o funcionamento psicológico, emocional e comportamental de uma pessoa — como
ansiedade, depressão, esgotamento espiritual — envolvem alterações na forma
como ela pensa, sente, percebe o mundo e se relaciona. E essas alterações podem
comprometer a fé, a comunhão e até a identidade espiritual.
Por isso, a oração do
salmista é também um convite à vigilância interior:
“Senhor, confirma a Tua
Palavra em mim. Que ela seja mais forte do que minhas dúvidas, mais firme do
que minhas emoções, mais clara do que minhas confusões.”
porque os teus
juízos são bons - os teus
estatutos; tuas leis. Eu sei que eles são bons. Sei que devo
obedecê-los – aqui temos o conflito de Paulo: o que sei que é certo e bom, não
faço; mas o que não está de acordo com sua Palavra faço – socorre-me
Senhor! Tanto o salmista
quanto Paulo dependia totalmente da ação graciosa de Deus para que pudessem viver
de acordo com a Palavra de Deus.
“Senhor, confirma a Tua promessa em mim. Que
ela seja mais forte do que minhas dúvidas, mais firme do que minhas emoções,
mais clara do que minhas confusões.”
O salmista encerra esta
estrofe com beleza e profundidade.
Primeiro, ele faz uma
declaração de amor: “Tenho saudades dos teus preceitos.” Saudade só se sente daquilo que
se ama — e amar a Palavra de Deus é amar o próprio Autor da Palavra. Nos
primeiros dias da nossa conversão, éramos tomados por uma paixão ardente pela
Escritura. Cada versículo era como mel, cada página como fogo no coração. E ainda
hoje? O nosso
amor por Deus é continua proporcional ao nosso amor pela Sua Palavra.
Em seguida, ele conclui essa estrofe com um
pedido: vivifica-me na tua justiça.
Jesus disse: “Buscai primeiro o Reino de Deus e a Sua Justiça...” O
coração do crente ama e anseia viver na e pela
Justiça de Deus, e não pelo politicamente correto segundo uma sociedade
depravada e corrupta. O nosso padrão de vida não é definido por uma mídia
ideologicamente anticristã e antibíblica; o nosso padrão é a Justiça de Deus.
A genuína vivificação espiritual está fundamentada
na justiça divina, não na moralidade humana em permanente decadência, nem nos
mutáveis padrões culturais, cada vez mais alienados dos princípios imutáveis da
Palavra de Deus. Não existe o chamado “novo normal” — o que existe é o velho
e carcomido pecado ou a vivificação pela Palavra eterna de Deus. O
posicionamento em relação a esses dois padrões determina o caráter de cada
pessoa.
Para Reflexão - Faça a escolha correta:
Ensino divino:
A) Conhecimento basta.
B) Dependo de Deus para caminhar.
Perseverança:
A) Obediência parcial.
B) Guarda até o fim.
Graça e obediência:
A) Força própria.
B) Graça capacita o coração.
Inclinação do coração:
A) Esforço contra cobiça.
B) Peço a Deus inclinação à verdade.
Prazer na Palavra:
A) Dever sem deleite.
B) Deleite leva à vivificação.
Utilização livre desde que citando a
fonteGuedes, Ivan PereiraMestre em Ciências da Religião.me.ivanguedes@gmail.comOutro BlogHistoriologia ProtestanteContribua para manutenção deste blog
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Referências Bibliográficas
BUNYAN, John. O peregrino. Tradução de Adiel Almeida de Oliveira.
São Paulo: Vida Nova, 2008.
BRIDGES, Charles. An Exposition Of PSALM 119. grace-ebooks.com
(eBook).
BULLOCK, C. Hassell. An Introduction to the Old Testament Poetic Books.
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HARMAN, Allan M. Comentários do Antigo Testamento – Salmos. Tradução de
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KRAUS, Hans-Joachim. Los Salmos: 60–150. Volume 2. Salamanca (España):
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MANTON, Thomas. An exposition of Psalm 119. London: James Nisbet & Co.,
21 Berners Street, 1872.
SPURGEON, Charles H. The treasury of David: containing an original exposition
of the Book of Psalms. Vol. 5. London: Passmore & Alabaster, 1882.
(Disponível em edições modernas pela Banner of Truth ou online em domínio
público).

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