sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Natividade: Ilustrações – A Anunciação

   
        Os evangelistas gastaram pouco espaço para se referirem à infância de Jesus Cristo. Dos quatros escritos evangélicos da Segunda parte da nossa Bíblia Cristã (NT) apenas dois, Mateus e Lucas nos trazem alguma informação sobre o nascimento e a infância de Jesus.
            Um dos maiores ilustradores de cenas bíblicas, Gustave Doré (1832-1883), nos proporciona cenas maravilhosas dessas poucas narrativas natalinas. A primeira delas é o momento em que um anjo enviado por Deus comunica/anuncia (Lucas 1:26-28) à Maria que o próprio Deus por meio de Seu Espírito, fertilizaria o útero dela, gerando assim um bebê, portanto, não seria apenas mais um ser humano, mas o próprio Filho de Deus, a terceira pessoa da Trindade.
            O evangelista Lucas declara na sua introdução do relato evangélico que conversou com diversas testemunhas oculares, ou seja, pessoas que ainda viva haviam presenciado os acontecimentos que ele haveria de narrar. Portanto, não é difícil que ele tivesse conversado pessoalmente com Maria e ouvido dela o relato desse momento único em que ela toma conhecimento do que Deus haveria de fazer através dela e do bebê que seria gestado em seu útero.
            A narrativa lucana é sintética, como todas as demais, entretanto permeada por uma esfera de delicadeza feminina e repleto de informações preciosas. A então ainda muito jovem Maria tornar-se-ia então a mulher mais privilegiada entre todas as mulheres na história da humanidade. Muitas foram mães de reis, de sacerdotes, de profetas, mas somente Maria carregaria por nove meses em seu útero o Filho de Deus, o Deus Eterno.
            As palavras do anjo não são apenas informativas, mas tem o propósito de tranquilizar o coração da jovem moça que teria toda sua história, seus sonhos e projetos, transformados radicalmente com a notícia trazida pelo ser celestial que surge diante dela.
            O Natal inicia-se desta forma, com Deus comunicando a uma jovem judia o que Ele haveria de fazer!! Como Deus nos surpreende!! Ainda hoje Deus continua se “preocupando” em comunicar a nós Sua vontade e Seus propósitos, através de Sua Palavra. As narrativas evangélicas não se constituem apenas em uma forma informativa, mas muito além disso, os acontecimentos relatados é a forma pela qual o Deus Eterno escolheu compartilhar a cada um de nós, o Seu plano da Salvação do ser humano pecador.
            A gestação de Jesus era necessária, pois Ele teria que assumir a plenitude da nossa humanidade, para que no tempo determinado Ele pudesse morrer a nossa morte. Somente sendo plenamente humana Jesus poderia ser o nosso substituto diante do Tribunal da Justiça divina.
            Deus continua falando insistentemente que o único caminho que o ser humano perdido deve trilhar é Jesus Cristo. Qualquer outro caminho, por mais encantador que possa parecer, não resultara na salvação do pecador.

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Historiologia Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/

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