No Primeiro Testamento
O
conhecimento de seu destino exige o estudo do casamento e da família em
momentos diferentes. Nos tempos antigos, as viúvas eram objeto
de herança, como parte dos bens do falecido; vestígios dele são
encontrados nas tentativas de usurpar a autoridade de um homem apreendendo suas
esposas (2 Samuel 16.20; 1 Reis 2,22).
Nos tempos
históricos, elas retomam sua independência, podem retornar para suas
famílias. Se o pai delas é sacerdote, elas podem usufruir a parte dos alimentos
sagrados (Levítico 22.13). É
importante que seus maridos sejam lamentados por elas (Jó 27.15). Mas em geral o destino delas era sempre precário,
digno de piedade, especialmente se elas têm filhos pequenos. Se elas não
têm um pai para defendê-los, ficam à mercê de juízes que muitas vezes eram
corruptos e as exploravam. Elas não têm nada (Salmos 94.6; Jó 22.9;
24.3).
Mas
dentro das leis da Aliança elas começam a receber um amparo legal. Deuteronômio
declara que Deus é seu protetor, e amaldiçoa quem explorar a debilidade delas (Deuteronômio 10.18; 27.19). Elas
tinham direito de recolher os alimentos durante as colheitas (Deuteronômio 24.19,21), elas podem ser convidadas a
jantares e festas, ou seja, participarem das atividades sociais (Deuteronômio 14.29; 16.11, 14). Os profetas fazem do
amparo, assistência da viúva e órfão um ato essencial da genuína fé (Isaías 1.17). A lei do
levirato é um costume antigo codificado nos termos da Aliança: quando um
homem morre sem filho, seu irmão casa com sua viúva e o primeiro filho é atribuído
ao falecido, mantendo seu nome e herdando sua propriedade. De acordo com
os tempos, esse costume era mais ou menos restritivo e estendido a parentes
menos próximos, quando aqueles abriam mão, com testemunhas, do seu direito (Deuteronômio 25.5 12; Rute 4.10).
No Segundo Testamento
Quanto
mais corrompida a religião mais dramática tornava-se a situação das viúvas e
demais desamparados. No contexto neotestamentário elas têm dificuldade em obter
justiça (Lucas 18.3); os
escribas as exploram (Marcos 12.40); seus
recursos geralmente são muito pequenos (Lucas
21.2).
Assim
que a Igreja Cristã é constituída, a primeira divergência interna está ligada à
questão do tratamento para com as viúvas (Atos 6.1) que passam a ter mais
atenção: assistência diária, admissão nas mesas (Atos 6.1 e seguintes), roupas (Atos 8.39). No desenvolvimento da vida eclesiástica Paulo
orienta Timóteo para que estabeleça regras especificas em relação às viúvas: somente
aquelas que não tendo família devem ser "assistida em toda boa obra" como
bom testemunho cristão (1 Timóteo 5.3,16 ).
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
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