דִּבְרֵי֙ קֹהֶ֣לֶת בֶּן־דָּוִ֔ד מֶ֖לֶךְ בִּירוּשָׁלִָֽם׃
2Vaidade de vaidades, diz o pregador vaidade de vaidades,
tudo é vaidade.
הֲבֵ֤ל הֲבָלִים֙ אָמַ֣ר קֹהֶ֔לֶת הֲבֵ֥ל הֲבָלִ֖ים הַכֹּ֥ל הָֽבֶל׃
Introdução:
O Livro e seu Escritor
Estamos iniciando uma caminhada devocional. Vamos orar para
que o Espírito Santo nos conduza à maturidade espiritual e nos abençoe com toda
sorte de bênçãos espirituais em Cristo Jesus. Amém!
Numa época como a atual, o estudo deste livro parece ser particularmente
apropriado. Nunca, talvez, em qualquer período anterior, este mundo tenha
oferecido tantas seduções para fascinar as mentes das pessoas e afastar seus
corações de Deus. As conquistas da ciência e as maravilhas da arte combinaram
para revestir as coisas materiais e terrenas de mil encantos desconhecidos em
tempos mais simples e rudes.
A
Modernidade dourou tanto o exterior das coisas que lhe conferiu um valor além
da realidade nesta sociedade hedonista e materialista. O que importa é o aqui e agora, não
sobrando espaço na mente e coração das pessoas qualquer reflexão sobre a eternidade.
O
livro de Eclesiastes foi inserido pelo Espírito Santo no conjunto precioso das
literaturas inspiradas (Bíblia) justamente para servir de alerta aos
seus leitores em todas as épocas que esta inversão de valores – do espiritual e
eterno, para o material e finito é correr atrás do vento.
Esta
tem sido a maior e mais terrível ilusão dos séculos chamados modernidade e
pós-modernidade. Mas que na verdade tem sido a ilusão do ser humano desde a
queda e seu afastamento de Deus no Jardim do Éden. E o livro de Eclesiastes
apenas atesta está triste e mortífera realidade, estampada em todas as
multiformes mediáticas.
Jesus, depois de 40
dias de jejum e oração se preparando para iniciar seu ministério, aparece
Satanás para tentá-lo. Na Terceira e última das tentações ele leva Jesus para a
mais alta das montanhas e ali lhe mostra os mais poderosos reinos e seu
esplendor com suas riquezas e encantos. Então o tentador diz: tudo isso lhe
darei se você simplesmente se prostrar e me adorar.
Então Jesus lhe
responde como havia feito nas duas anteriores, utilizando a Palavra de Deus: Vai-te, Satanás,
porque está escrito: ao Senhor teu Deus, adorarás, e só a ele servirás (Mt
4.10).
Está
foi e continua sendo a tática de Satanás para atrair, iludir e destruir a
vida de bilhões de pessoas e, todos os séculos;
e a única forma de não cairmos neste engodo mortífero é
nos agarrarmos à Palavra de Deus, como Jesus Cristo nos ensina: ESTÁ
ESCRITO!
Por
isso o inferno
trabalha 24h por dia e 365 dias por ano para desacreditar a bíblia. Pois
Satanás sabe que somente na e pela Palavra de Deus o ser humano pode resistir
às suas tentações ilusionista. Na mesma proporção em que o crente se
afasta da Palavra de Deus, igualmente se torna presa fácil das artimanhas de
Satanás.
O livro de Eclesiastes é um perfeito
alerta
para todos aqueles que têm se afastado da Palavra de Deus, e, por conseguinte, se afastado do
próprio Deus da Palavra. Salomão havia vivido o suficiente para saber que a vida
sem Deus, por mais rica e esplendorosa que possa ser, é um vazio, um vapor, uma
completa e mortal ilusão.
O filho de Davi, rei de Jerusalém, é o Pregador
(קהלת – Koheleth) [1] cujas palavras o qual somos
convocados a ouvir; e ele inicia seu texto colocando o dedo na ferida daqueles
que escolhem viver alienados de Deus: "Vaidade das vaidades; vaidade das
vaidades; tudo é vaidade".[2]
Esta
frase serve como colchetes que abre (1.2) e fecha (12.8) o livro. O termo hebraico “hebel” que
pode ser traduzido por “vaidade”, traz outras ideias em seu significado: absurdo,
frustração, futilidade, ausência de sentido [isso é sem sentindo, absurdo],
vazio e vapor. O termo pode ser utilizado para se referir a algo
transitório, passageiro.
Eclesiastes
vai advertir no transcorrer de todo livro o absurdo de uma vida sem Deus no
centro. Fiodor
Dostoiévski deve ter lido o livro de Eclesiastes, pois ele escreveu: “Existe no ser
humano um vazio do tamanho de Deus”. E o escritor de Eclesiastes vai
demonstrar na prática que absolutamente nada neste mundo pode preencher este
vazio – nem riquezas, nem prazeres.
Mas
quero concluir com duas palavras preciosas:
Jesus
Cristo: "Eu vim para que tenham vida, e para que a tenham em
abundância” (João 10.10).
Paulo: “Portanto, meus
amados irmãos, sede firmes e inabaláveis, sempre abundantes na obra do Senhor,
sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (1Co 15.58).
Oremos!
Senhor, queremos
declarar que te amamos!
Que a nossa vida
somente encontra real significado e sentindo
em Ti.
Que o Espírito
Santo permeie a nossa mente e coração
com a Tua
Palavra, de tal maneira,
que os nossos
olhos e ouvidos não sejam atraídos
pelas propostas
ilusórias de Satanás,
como ocorreu com
nossos primeiros pais.
Em nome de Jesus
é que oramos. Amém!
Utilização
livre desde que citando a fonteGuedes,
Ivan PereiraMestre
em Ciências da Religião.me.ivanguedes@gmail.comOutro
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[1] A
palavra hebraica קהלת, aqui usada, pode significar a pessoa que reúne o
povo, ou a pessoa que se dirige a ele quando reunido.
[2]
Vaidade aparece 22 vezes em 16 versos (1.2, 14; 2.11, 15, 19, 21, 23, 26; 3.19;
4.4, 7-8, 16; 5.10; 6.2; 12.8).
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