Um dos maiores ilustradores de cenas bíblicas, Gustave Doré (1832-1883), nos proporciona
cenas maravilhosas dessas poucas narrativas natalinas. A primeira delas é o
momento em que um anjo enviado por Deus comunica/anuncia (Lucas 1:26-28) à Maria que
o próprio Deus por meio de Seu Espírito, fertilizaria o útero dela, gerando
assim um bebê, portanto, não seria apenas mais um ser humano, mas o próprio
Filho de Deus, a terceira pessoa da Trindade.
O evangelista Lucas declara na sua introdução do relato evangélico que
conversou com diversas testemunhas oculares, ou seja, pessoas que ainda viva
haviam presenciado os acontecimentos que ele haveria de narrar. Portanto, não é
difícil que ele tivesse conversado pessoalmente com Maria e ouvido dela o
relato desse momento único em que ela toma conhecimento do que Deus haveria de
fazer através dela e do bebê que seria gestado em seu útero.
A narrativa lucana é sintética, como todas as demais, entretanto permeada por
uma esfera de delicadeza feminina e repleto de informações preciosas. A então
ainda muito jovem Maria tornar-se-ia então a mulher mais privilegiada entre
todas as mulheres na história da humanidade. Muitas foram mães de reis, de
sacerdotes, de profetas, mas somente Maria carregaria por nove meses em seu
útero o Filho de Deus, o Deus Eterno.
As palavras do anjo não são apenas informativas, mas tem o propósito de
tranquilizar o coração da jovem moça que teria toda sua história, seus sonhos e
projetos, transformados radicalmente com a notícia trazida pelo ser celestial
que surge diante dela.
O Natal inicia-se desta forma, com Deus comunicando a
uma jovem judia o que Ele haveria de fazer!! Como Deus nos surpreende!! Ainda
hoje Deus continua se “preocupando” em comunicar a nós Sua vontade e Seus
propósitos, através de Sua Palavra. As narrativas evangélicas não se constituem
apenas em uma forma informativa, mas muito além disso, os acontecimentos
relatados é a forma pela qual o Deus Eterno escolheu compartilhar a cada um de
nós, o Seu plano da Salvação do ser humano pecador.
A gestação de Jesus era necessária, pois Ele teria que assumir a plenitude da
nossa humanidade, para que no tempo determinado Ele pudesse morrer a nossa
morte. Somente sendo plenamente humana Jesus poderia ser o nosso substituto
diante do Tribunal da Justiça divina.
Deus continua falando insistentemente que o único caminho que o ser humano
perdido deve trilhar é Jesus Cristo. Qualquer outro caminho, por mais
encantador que possa parecer, não resultara na salvação do pecador.
Utilização livre desde que
citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da
Religião.
Universidade Presbiteriana
Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Historiologia Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/
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