“E
far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome;
e tu
serás uma bênção”
Abraão é um dos personagens bíblicos
mais extraordinário. Deus o escolheu e o abençoou de forma
maravilhosa. A sua vida tornou-se um modelo para todo crente em todos os
tempos e lugares.
Esses
dois versos registram um momento crucial na narrativa bíblica em que Deus fala
diretamente com Abrão. Ele é desafiado a deixar para trás tudo o que é familiar
– sua terra, portanto sua comunidade e até mesmo seus laços familiares – para
entrar no desconhecido unicamente confiado na promessa de Deus. Estes versos revelam
a essência da fé: confiar e obedecer à Palavra de Deus sem
conhecer todos os detalhes ou resultados. O escritor de Hebreus oferece uma
definição desta fé de Abrão:
"Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a
convicção de fatos que se não veem."
Mas
quero que pensemos hoje na última frase do verso dois: E assim você será (da
forma verbal hebraica qal imperativo - indicando comando, ordem ou
instruções direta) uma bênção”
Deus
vai estabelecer formalmente sua Aliança com Abrão somente no capítulo 15.18,
aqui trata-se sim do chamado oficial de Deus e suas promessas, bem como o
propósito deste chamado.
É
necessário lembrarmos de que neste momento Abrão tem aproximadamente 75 anos e
Sarai tem 65 anos e o detalhe é que ela não pode gerar filhos, visto que é estéril
(Gn 12.4). Independentemente deste fato, Deus promete que fara de Abrão um pai
de uma imensa dinastia, de muitas nações. Somente um Deus soberanamente
onipotente pode fazer tal promessa, quando todas as circunstâncias revelam uma
impossibilidade humanamente intransponível. Mas para Deus não há impossíveis!
As
palavras do comentarista bíblico Rick Warren[1]
são oportunas: "Não somos salvos fazendo promessas a Deus; somos
salvos crendo nas promessas de Deus para nós”.
1)
Deus chamou (escolheu) Abrão para que ele fosse uma Bênção.
Abraão era da cidade de
Ur dos Caldeus – a cidade era conhecida por sua produção de artefatos
religiosos, portanto, viviam na e da idolatria.
Mas
Deus manifestou Sua graça salvadora na vida de Abraão e o TIROU
daquela condição de idolatra e se revelou a ele de forma pessoal fazendo primeiramente
uma Promessa e posteriormente a ratificando em uma ALIANÇA.
Em nenhum momento
Abraão toma a iniciativa, tudo é uma iniciativa da Graça de Deus.
Um dos textos mais
extraordinários da bíblia que se refere a Abraão é que ele foi chamado AMIGO
DE DEUS.
De idolatra para Amigo de Deus
– que transformação.
E
porque Deus o chamou\escolheu?
SEJA UMA BÊNÇÃO!
Jesus
fez uma declaração semelhante em relação a cada um de nós:
EU
ESCOLHI CADA UM DE VOCÊS, e não vocês que me escolheram, portanto,
IDE sejam uma bênção - E ANUNCIEM O EVANGELHO A TODA CRIATURA.
Da
mesma forma que Abraão foi CHAMADO para ser uma bênção a todas as
famílias da Terra, eu e você fomos chamados para sermos uma bênção a
todas as pessoas (povos, etnias).
E a maior bênção
que podemos dar a qualquer pessoa é a Mensagem do Evangelho Salvador de
Jesus Cristo.
Paulo
entendeu isso como poucos: usei todos os meios lícitos para comunicar o
Evangelho; falei do Evangelho a tempo e fora de tempo; aproveitei
cada oportunidade para falar de Cristo.
DEUS ESCOLHEU eu e
você para que sejamos uma Bênção – comunicando a MENSAGEM DE
SALVAÇÃO A TODAS AS PESSOAS.
2) Deus o abençoou e o tornou grande
para que ele fosse uma bênção.
Poucos crentes foram tão abençoados e engrandecidos como
Abraão.
Mas toda
e cada uma das bênçãos que Abraão recebeu das mãos de Deus tinha um
propósito: ABENÇOAR A VIDA DE OUTRAS PESSOAS.
OBSERVAÇÃO: Deus nunca
proibiu Abrão de USUFRUIR das bênçãos recebidas. Todavia, ele precisava ter
sempre na mente e no coração de que DEVERIA USAR todas as bênçãos
recebidas (da Divina mão) para abençoar outras pessoas além
dele e de seus familiares.
O grande problema da
Nação Israelita é que eles se esqueceram disso e se tornaram um povo egoísta,
orgulhoso e arrogante.
O
resultado deste comportamento foi que Deus retira suas bênçãos e os envia para
o cativeiro – primeiro o Assírio e posteriormente o babilônico. Tudo que
acumularam virou cinzas, ou foram saqueados.
Jesus
faz um alerta aos seus discípulos (e a nós): “Não acumuleis para vós outros
tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os ladrões
escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem
ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam nem roubam; porque, onde está o teu
tesouro, aí estará também o teu coração” (Mateus 6.19-21).
Cada gota das chuvas
de bênçãos que Deus derrama sobre a vida do crente, da família
ou da igreja é para que sejamos BÊNÇÃO PARA OUTRAS PESSOAS.
Calvino nunca teve muitas posses e
seu testamento demonstra o quão pouco ele acumulou no transcorrer da sua
vida. Mas poucos abençoaram tantas vidas em tantos lugares como João Calvino.
As bênçãos de Deus são
como o óleo da botija da viúva de Serepta, nos dias do profeta Elias. Quanto
mais óleo ela tirava, mais óleo surgia.
PARAFRASEANDO:
Quanto mais ABENÇOAMOS A VIDA DE OUTRAS PESSOAS, mais bênçãos
Deus derrama sobre as nossas vidas.
Quando
nos negamos (ou nos omitimos) a ser uma bênção na vida de outras pessoas, Deus fecha
a torneira das bençãos celestiais...e muitas vezes recebemos apenas gotas
benditas, quando poderíamos estar recebendo chuvas de bênçãos.
CONCLUSÃO
Vamos
nos comprometer a Sermos Bênção a cada dia na vida de outras pessoas – sejam
elas quais forem.
Vamos
ser ABENÇOADORES e não ACUMULADORES...
Sejamos
como Barnabé e nunca como Ananias e Safira.
Barnabé
abençoou a vida de muitas pessoas, pois não vivia para si mesmo;
Ananias
e Safira foram ACUMULADORES, pois viviam em função deles;
O
Espírito Santo aprovou a vida de Barnabé, mas reprovou a vida
daquele casal.
QUE SEJAMOS
ABENÇOADOS E ABENÇOADORES.
OREMOS!
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