Os Acádios
(também referida como Ágade ou Acade; em sumério: ki-uri; em acadiano: mat
akkadim), habitaram o centro e norte da Mesopotâmia, convivendo com os sumérios
durante vários séculos. Em 2.371 a.C. surge um líder que assume o controle de
Kish e derrota Lugalzagesi de Uruk, era Sargão, que numa escalada de conquistas
impõe seu poder sobre a grande maioria das chamadas cidades-templos da região mesopotâmica.
Etnicamente os acádios são do tronco e língua semita, mas
sua guerra contra os sumérios não é motivada pelo componente racial, e sim,
pelo desejo de forma um grande império e marcar a História. Como diria o velho
Salomão “não há de novo debaixo do sol”.
É a primeira nação a romper com a estrutura de
cidade-templo suméria e estabelecer um estado universal, possibilitando uma
expansão sistemática de conquista e domínio, através do controle das rotas
comerciais e vias de comunicação da Baixa Mesopotâmia. É a primeira manifestação
de um conceito de império que se tem notícia na história humana. Para alcançar
este propósito os acádios tiveram que estabelecer uma ampla organização
administrativa civil com numerosos funcionários públicos, bem como, ampliar e
manter um exército cada vez mais numeroso, com grande agilidade e capacidade de
manobras bélicas. Criaram o chamado armamento leve como o venábulo (lança)
dando mais agilidade aos seus exércitos quando em batalhas.
Assim como haverá de ocorrer em outros Impérios, os acádios
acabam impondo também um domínio no idioma, cabendo a eles o pioneirismo de
maneira que no primeiro milênio antes de Cristo toda diplomacia, economia e
literatura foram sendo adaptadas e assimiladas pela língua e escrita cuneiforme
acadiana, que se constitui na primeira língua tronco semita a ser expressa por
escrita. Tornou-se uma das línguas mais ricas da Antiguidade, produzindo entre
outros o Código de Hamurabi.
Sua capital, Acádia, fundada pelo próprio Sargão, ainda
não foi localizada pelos arqueólogos, entretanto, as principais sedes de seu
império foram as cidades-estados, onde eram mantidas as administrações
governamentais com os funcionários acadianos à frente e onde eram mantidas
(supridas) as guarnições militares, agilizando assim os deslocamentos de tropas
onde fossem mais necessárias.
Sua religião constituída de deuses semitas, cósmicos,
luminosos e de grande personalidade, possuía uma rica mitologia que se foram
sincretizando com as tradições religiosas sumerianas tornando o característico
religioso do mundo mesopotâmico. Foram eles que iniciaram o costume de
divinizar o rei. Nas artes suas figuras
indicam o naturalismo e expressividade. A principal fonte de informação a respeito dos seus deuses são as tábuas descobertas em Ras Shamra, localidade no norte da Síria situada onde existiu o antigo reino de Ugarit, que se desenvolveu em meados do segundo milênio antes da era cristã. A descoberta dos arquivos
ugaríticos teve grande importância para o estudo bíblico, pois estes arquivos
forneceram pela primeira vez uma descrição detalhada das crenças religiosas
canaanitas durante o período diretamente anterior à colonização israelita.
Estes textos mostram paralelos significativos com a literatura hebraica
bíblica, particularmente nas áreas do imaginário divino e da forma poética. A
poesia ugarítica tem diversos elementos encontrados posteriormente na poesia
hebraica: paralelismos, métricas e ritmos. As descobertas de Ugarit levaram a
uma nova apreciação do Velho Testamento como literatura. Nesse endereço
eletrônico você encontrara uma tradução completa do “Épico de Baal” http://documentofantastico.blogspot.com.br/2011/05/textos-ugariticos.html
Por cerca de 160 anos os acádios dominaram e determinaram
o destino do Oriente Próximo, que somente após 2.230 a.C., quando da morte do
neto de Sargão, Naram-Sim, seu domínio começa a eclipsar, terminando esta dinastia
com o assassinato de Sharkalisharri. As reais causas do declínio acadiano não
estão muito esclarecidas, o fato é que eles foram substituídos pelo poder das
tribos nômades, chamados guti, originários dos montes Zagros, no Alto do rio Tigre,
que atacavam as cidades urbanizadas, visto que a sedentarização das populações
do Oriente Médio lhes dificultava a caça e o pastoreio. O declínio do império acadiano produziu um
retrocesso econômico e cultural muito grande em toda região da Mesopotâmia.
Me. ipg
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ResponderExcluirMy email: me.ivanguedes@gmail.com
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ResponderExcluirEu sou completamente apaixonada por história dá antiguidade, principalmente,todas as quais se referem as mulheres cristã,
ResponderExcluirSe você tiver algum artigo que deseje compartilhar me envie e terei prazer em inseri-lo no blog.
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