MARCOS – 3.13-19
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MATEUS –
10.1-4
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LUCAS – 6.12-16
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Simão (Pedro)
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Simão (Pedro)
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Simão (Pedro)
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Tiago (fº Zebedeu)
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André
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André
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João (irmão Tiago)
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Tiago (fº Zebedeu)
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Tiago
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André
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João
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João
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Felipe
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Felipe
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Felipe
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Bartolomeu
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Bartolomeu
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Bartolomeu
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Mateus
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Tomé
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Mateus
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Tomé
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Mateus
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Tomé
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Tiago (fº Alfeu)
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Tiago (fº Alfeu)
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Tiago (fº Alfeu)
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Tadeu
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Tadeu (Lebeu)
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Simão (Zelote)
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Simão (Zelote)
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Simão (Zelote)
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Judas (fº Tiago)
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Judas Iscariotes
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Judas Iscariotes
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Judas Iscariotes
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Um dos momentos mais
significativos do Ministério terreno de Jesus é quando Ele resolve chamar para
junto dele um seleto grupo de discípulos, que ficaram conhecidos como
Apóstolos, e que a partir daquele momento o acompanharam mais de perto e foram
ouvintes de Seus ensinos e participantes de seus milagres.
Lendo os registros
evangélicos deste momento não encontramos nenhum razão pessoal nos
que foram selecionados, que pudessem distingui-los de tantos outros que naquele
momento também seguiam a Jesus. Ao contrário, de alguns deles, encontraremos ao
longo das narrativas e de Pedro mais acentuada no final, relatos pouco
apreciáveis sobre a conduta deles e para piorar no momento derradeiro, quando
Jesus esta sendo pregado, junto ao Calvário vamos encontrar apenas o jovem João
e algumas das mulheres que acompanharam Jesus durante Seu Ministério. Tudo isso
poderia contribuir para desqualificar estes selecionados, mas quando Jesus chamou
cada um deles, sabia quem eram, sabia o que fariam, mas assim mesmo os chamou,
pois Jesus queria estes homens e não outros.
Nenhum deles decepcionou
Jesus, nem mesmo Judas Iscariotes, pois Jesus sendo Deus conhecia a cada um e
suas múltiplas limitações. Amou cada um deles e os amou até o fim, amou cada um
apesar de suas limitações e debilidades; se Jesus fosse chamar pessoas
perfeitas, teria que chamar apenas os anjos, pois nesta terra apenas um Homem
não falhou – Jesus!
O chamado deste grupo
peculiar de discípulos, antes de nos desanimar, deveria nos animar, pois eles
formam um representativo de todos aqueles que continuaram sendo chamados por
Jesus, através do Espírito Santo, para aprender com Ele e serem enviados a
proclamarem Sua mensagem ao mundo.
Jesus continua a chamar
homens e mulheres, apesar
do que somos, porque simplesmente nos ama e quer por nosso
intermédio comunicar este amor salvador a outras pessoas, que como nós também
são pecadoras que erraram e continuam a errar; o Evangelho é a mensagem
apropriada para pessoas que sozinhas não conseguem servir a Deus, pois suas
naturezas pecaminosas deturpam suas melhores boas intenções.
Enquanto vamos lendo as
narrativas evangélicas e tomando contato com este grupo selecionado por Jesus,
conhecendo cada um deles, nos sentimos mais normais, pois percebemos que eles são tão humanos e tão gente,
como cada um de nós. Anima o nosso coração o fato de que Jesus não chama
pessoas perfeitas, pois certamente estaríamos fora, mas chamou e continua a
chamar gente como a gente, e que Ele mesmo vai pacientemente preparando para
servi-Lo e realizar a Sua vontade e o Seu propósito eterno.
Na medida em que conhecemos
um pouco sobre cada um deste seleto grupo dos Doze, temos a oportunidade de
vê-los como espelhos que refletem cada um de nós, crentes sim, desejos de fazer
a vontade de Jesus sim, mas que como pessoas tropeçaram na pedra da contradição
humana que Paulo tantas vezes também tropeçou, de maneira que as coisas boas e
certas que sabemos devem ser feitas, não fazemos, mas as coisas ruins e erradas
que sabemos não devemos fazer, fazemos. Quando estamos conscientes da nossa
indignidade para merecer a misericórdia e o amor de Deus, estamos em melhor
posição para experimentar o que ele pode fazer por nós.
Vamos examinar, como
introdução, apenas algumas observações sobre os textos evangélicos que
registram o momento singular da escolha deste grupo.
Os Doze Apóstolos
Para qualquer leitor do
Primeiro Testamento [AT] fica fácil identificar a relação direta que Jesus
pretende fazer entre Seu Ministério e a História de Israel. Deus forma a nação
israelita a partir dos doze filhos de Jacó (Israel) e agora Ele vai iniciar a
formação do Novo Israel a
partir deste grupo de Doze Apóstolos. Assim como Israel deveria ser uma bênção
a todas as famílias da terra (Gn 22.17-18 e 26.4), a partir deste novo Israel (Igreja) a mensagem salvadora deve ser
proclamada a todas as nações e até os confins da terra.
Comparando as Três Listas
Lucas destaca que Jesus
utiliza um termo técnico diferente para este grupo – “apóstolos” em lugar de “discípulos”.
O objetivo esta na nova função que eles iram desempenhar e não necessariamente
em uma promoção; “discípulo” é alguém que aprende fazendo, o nosso “aprendiz”,
enquanto que “apóstolo” é alguém comissionado a realizar uma tarefa oficial, o
que eles farão em breve.[1]
Primeiro vem o Discipulado e
somente então o Apostolado "Jesus nomeou os Doze para estarem com
ele e, em seguida, enviou-os com sua autoridade, [em uma missão oficial], para
anunciar a Boa Nova. Muitas pessoas querem a autoridade de um Pedro ou João sem
primeiro passar pela escola de discipulado. Aqueles doze receberam necessária
instrução, treinamento, prática e acima de tudo, o tempo para amadurecer.
Devemos estar dispostos a gastar tempo aprendendo com o Mestre, antes de ir
para frente a fazer o seu trabalho público" (Barton, p. 81).
Conforme indicado acima, três dos quatro evangelistas fornecem uma
lista com os nomes dos doze selecionados. Marcos os dispõe de dois em dois, uma
vez que posteriormente Jesus haverá de envia-los de dois em dois (Mc 6.7) e
provavelmente fosse esta a formação das duplas.
De alguns deles nada ficamos sabendo como Bartolomeu, Tiago, filho de Alfeu,
Tadeu, Simão, o Zelote, e dos demais temos parcas informações nas narrativas
evangélicas, de maneira que muitas informações sobre eles somente será
encontrada fora das narrativas bíblicas. O que não é de surpreender, pois os
evangelistas querem falar sobre Jesus Cristo e não sobre os seus discípulos,
mesmo deste grupo seleto apostólico. Esta é a diferença entre o Evangelho
bíblico e o Evangelho atual: no primeiro é Jesus o centro da narrativa e das
atenções; no Evangelho atual os pregadores se fazem o centro das atenções. Se
autopromovem, dando a si mesmo os títulos e colocando suas imagens em pôsteres e
outdoors imensos.
Destacam-se algumas observações e mudanças feitas
aos nomes de alguns deles: Simão é alterado para Pedro (a rocha) e Levi
altera-se para Mateus (o presente de Deus). Tiago, um dos mais velhos e João, o
mais jovem do grupo, recebem a alcunha de “Boanerges” (filhos do trovão), por
causa de suas atitudes impulsivas (Mc 9.38-41; 10.35-39; Lc 9.54-55). As
mudanças de nomes são comuns nas narrativas bíblicas e implica sempre em
mudança de caráter (de vida) e no caso dos “Boanerges” posteriormente um deles,
João, será identificado como o Apóstolo amoroso; e que transformação ocorre com
Pedro, de acovardado, à beira da fogueira, transforma-se em Pedro o destemido,
diante do Sinédrio. O
Evangelho de Jesus transforma vidas!
Encontramos também algumas combinações estranhas
nesta seleção de Jesus. Um exemplo é Simão, o Zelote, e Mateus, o cobrador de
impostos compartilhando refeições juntos e convivendo pacificamente no mesmo
grupo. Afinal de contas, os zelotes
acreditava que eles eram chamados por Deus para se envolverem em uma guerra
santa contra "os poderes das trevas" e/ou “os inimigos de Israel” e
na visão deles todos os cobradores
de impostos, como Mateus, eram traidores da pátria e da própria
religião judaica e deveriam ser mortos. Mas tal é o poder transformador de
Cristo, que Ele poderia até mesmo incluir uma tão improvável combinação em seu
pequeno grupo de apóstolos. E não poderíamos deixar de destacar Judas Iscariotes “que O traiu" (Mc 3.19) que se
constitui em uma lembrança, ainda que triste, de que a Igreja de Jesus nunca será
perfeita enquanto aqui neste mundo. A Igreja sempre terá seus Judas, mesmo em
ministérios. Mas Deus não a abandona e nem a despreza, ao contrário, assim como
Jesus amou Judas Iscariotes até o fim, inclusive se utilizando dele, Ele ama e
utiliza-se de cada um em Sua Igreja.
Outra característica do trio
evangélico é que os quatro primeiros a serem chamados por Jesus são mencionados
primeiramente, ainda que em sequência diferente: Mateus e Lucas os mencionam em
pares de irmãos; Marcos (como Atos) coloca André por último (Pedro, Tiago,
João), seguindo o critério de intimidade no grupo apostólico e Mateus é um nome
aramaico; Tadeu aparece em alguns manuscritos como Lebeu (não nos dois mais
antigos) e Lucas o chama de “Judas, filho [ou irmão] de Tiago” (Lc 6.16; At
1.13).[2]
Por último podemos ressaltar
o fato de que as três listas iniciam sempre com Pedro e conclui sempre com o
nome de Judas Iscariotes. O adjetivo Zelote pode se referir a uma pessoa que era
zelosa da Lei (como Saulo) ou alguém que foi membro do grupo revolucionário da
época; Iscariotes se refere a uma pessoa que tinha origem do vilarejo
Queriote nas regiões da Galileia.
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes,
Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Historiologia
Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/
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Referências Bibliográficas
BARTON, Bruce. Mark -
Life Application Commentary, Wheaton, 2000.
BAXTER, J. Sidlow. Examinai
as Escrituras, v. 6. São Paulo: Vida Nova, 1989.
BERKHOF, Louis. New Testament Introduction. Eerdmans,
1915, https://archive.org/details/NewTestamentIntroduction Scanned and Edited
Mike Randall.
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia
de Bíblia, Teologia e Filosofia. São Paulo: Hagnos, 8ª ed., 2006.
TASKER, R. V. G. The gospel according to St. Matthew. Grand
Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1961.[ Tyndale New Testament
Commentaries].
[1] O
termo vem do grego (enviado, embaixador, ou mensageiro) comissionado para
comunicar uma mensagem especifica. A Septuaginta, versão grega do AT, utiliza o
termo para traduzir o hebraico (salah - enviar), que inclui ideia de alguém
que está investido de autoridade, pela autoridade que o enviou. Na sua forma
substantiva aparece setenta e nove vezes no Novo Testamento (dez nos
Evangelhos; vinte e oito em Atos; trinta e oito nas Epístolas, e três no
Apocalipse).
[2] “Pode
ser que Judas fosse o seu nome verdadeiro; porém, mais tarde, devido ao estigma
ligado ao nome Judas Iscariotes, Tadeu (que talvez signifique “de coração
bondoso”) tenha sido um nome que substituiu o nome Judas”. (TASKER, 1961, p.
107).
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