Esta pequena e singela
parábola contada por Jesus expressa o verdadeiro sentido do natal! Um homem foi
assaltado, espancado e deixado à beira do caminho para morrer. Por ele passaram
varias pessoas, que ocupadas consigo mesmas não quiseram se envolver com aquele
moribundo prostrado na beira do caminho. Mas um samaritano, parou, desceu de
sua montaria, prestou os primeiros socorros à pessoa ferida e colocando-a sobre
seu animal a leva até uma estalagem, onde ela podia ser cuidada até que se
recuperasse. Mais ainda, o samaritano assume o compromisso de saldar qualquer
dívida que possa vir a ser gerada em relação àquele estranho, de maneira que
não lhe falte nada.
O verdadeiro espírito do
Natal é manifestado tão somente quando conseguimos enxergar o outro, além de
nós mesmos. O quão distante estamos desta
realidade! A quase totalidade de nossas preocupações se relaciona direta ou
indiretamente conosco mesmo. Qualquer coisa que possa ameaçar a nossa zona de
conforto é rapidamente racionalizada e descartada como algo maléfico. Nada nos
irrita mais do que nos vermos em uma situação semelhante a esta narrada por
Jesus. Quando surge diante de nós uma situação constrangedora, de alguém que
deseja e/ou necessita de algo de nós. Nada nos irrita mais do que quando
perguntamos unicamente por educação se a pessoa esta bem e ela ousa dizer que
não esta bem e ainda ameaça querer compartilhar suas desventuras e mazelas [é o
cumulo do absurdo]. Somos capazes de gastarmos horas em frente da TV, nos
bate-papos insossos da internet, mas não somos capazes de ouvirmos uma outra
pessoa compartilhar algo dela para nós!
A festa ao redor do Natal
tornou-se uma fortaleza onde nos recolhemos e rapidamente levantamos a ponte
levadiça, para que não venhamos a ser incomodados com os problemas dos outros
[afinal já temos os nossos]. Procuramos rapidamente nos desvencilharmos das
nossas atividades religiosas natalinas [as quais nem ao menos nos preocupamos
mais em convidar outras pessoas para virem conosco] e após rápidos e superficiais
cumprimentos retornamos ainda mais rápidos para a nossa fortaleza e ali vamos usufruir
o que preparamos para nós mesmos [afinal também somos filhos de Deus].
Que neste Natal possamos ser capazes, como foi
aquele samaritano, de enxergarmos o Outro,
aquele que esta à beira do caminho, os desvalidos, os abandonados, aqueles que carecem
de serem ouvidos, que necessitam de uma palavra amável, de serem socorridos,
sarados de suas feridas .... que neste Natal possamos sair de nós mesmos!
Ninguém entendeu melhor o sentindo do
Natal e ninguém expressou melhor o espírito do Natal do que aquele Samaritano!
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Historiologia Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/
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Excelente este blog histórias que tocam a alma e nos tiram as vendas dos olhos. Deus abençoe sua vida!
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