Nunca
faltaram aquelas pessoas que colocam todo seu conhecimento e disposição para desacreditar as
narrativas bíblicas. Tais pessoas tem um prazer mórbido em relação à bíblia e a
mensagem nela contida.
Nestes
dias marcados por um profundo materialismo e uma quase total despreocupação com
as questões relacionadas ao espírito, muitos tem dado mais valor às fábulas
mitológicas do “Papai Noel”
do que darem o devido valor ao personagem que de fato deu origem às
comemorações natalinas – Jesus
Cristo.
Aqui
temos uma terrível inversão, quando a fábula é tratada como um fato histórico,
e um fato histórico é tratado como fábula.
O Nascimento de Jesus não é uma Fábula
A
narrativa evangélica sobre o nascimento de Jesus (Natal) não traz as
características de uma fábula. Nos registros evangélicos os personagens
“celestes” e “terrestres” não são colocados na mesma “dimensão”. As pessoas humanas: Maria, José, os
pastores, os Magos, Herodes, e outros são os elementos ativos da história –
tomam decisões, fazem escolhas – fazem a ação. Os seres angelicais não
desempenham papel ativo, apenas realizam sua função especifica de Mensageiros
ou Porta-Vozes da mensagem de Deus aos seres humanos.
O Nascimento de Jesus é História Verdadeira
Toda
pesquisa exegética séria e sincera acaba por concluir que a narração evangélica
exprime uma verdade revelada na forma literária. A história é expressa pelos acontecimentos
sucedidos, pela seleção destes fatos realizado pelo escritor, tendo por base o
reconhecimento de seu valor significante e determinante, que na questão dos
evangelhos soma-se à sua significação teológica.
O conceito de história está
explicita desde os clássicos da Antiguidade. Aristóteles (séc.
I e II) definiu que o historiador realiza sua função quando relata
acontecimentos reais e específicos e para Cícero (séc.
I) a história é o testemunho das épocas, luz do verdadeiro, vida da lembrança,
mestra da vida, mensageira do passado.
Os eixos onde repousam a narração do nascimento de
Jesus podem ser plenamente localizados e verificados. A interpretação teológica
das narrativas bíblicas do nascimento de Jesus em nenhum descaracteriza o valor
históricos desses fatos, mas tão somente procuramos compreender o texto bíblico
à luz da graça de Deus. A mensagem divina e salvadora está dentro da historicidade
do texto, dos fatos e acontecimentos ali registrados.
É
dentro desta narrativa bíblica evangélica comprovadamente estabelecida na
historicidade dos acontecimentos ali registrados que encontraremos o verdadeiro
e único sentindo real do Natal – a
história de Jesus Cristo.
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Historiologia Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/
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