sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Natividade: Fábula ou História?

Nunca faltaram aquelas pessoas que colocam todo seu conhecimento e disposição para desacreditar as narrativas bíblicas. Tais pessoas tem um prazer mórbido em relação à bíblia e a mensagem nela contida.
Nestes dias marcados por um profundo materialismo e uma quase total despreocupação com as questões relacionadas ao espírito, muitos tem dado mais valor às fábulas mitológicas do “Papai Noel” do que darem o devido valor ao personagem que de fato deu origem às comemorações natalinas – Jesus Cristo.
Aqui temos uma terrível inversão, quando a fábula é tratada como um fato histórico, e um fato histórico é tratado como fábula.
O Nascimento de Jesus não é uma Fábula
A narrativa evangélica sobre o nascimento de Jesus (Natal) não traz as características de uma fábula. Nos registros evangélicos os personagens “celestes” e “terrestres” não são colocados na mesma “dimensão”. As pessoas humanas: Maria, José, os pastores, os Magos, Herodes, e outros são os elementos ativos da história – tomam decisões, fazem escolhas – fazem a ação. Os seres angelicais não desempenham papel ativo, apenas realizam sua função especifica de Mensageiros ou Porta-Vozes da mensagem de Deus aos seres humanos.
O Nascimento de Jesus é História Verdadeira
Toda pesquisa exegética séria e sincera acaba por concluir que a narração evangélica exprime uma verdade revelada na forma literária. A história é expressa pelos acontecimentos sucedidos, pela seleção destes fatos realizado pelo escritor, tendo por base o reconhecimento de seu valor significante e determinante, que na questão dos evangelhos soma-se à sua significação teológica.
O conceito de história está explicita desde os clássicos da Antiguidade. Aristóteles (séc. I e II) definiu que o historiador realiza sua função quando relata acontecimentos reais e específicos e para Cícero (séc. I) a história é o testemunho das épocas, luz do verdadeiro, vida da lembrança, mestra da vida, mensageira do passado.
Os eixos onde repousam a narração do nascimento de Jesus podem ser plenamente localizados e verificados. A interpretação teológica das narrativas bíblicas do nascimento de Jesus em nenhum descaracteriza o valor históricos desses fatos, mas tão somente procuramos compreender o texto bíblico à luz da graça de Deus. A mensagem divina e salvadora está dentro da historicidade do texto, dos fatos e acontecimentos ali registrados.
É dentro desta narrativa bíblica evangélica comprovadamente estabelecida na historicidade dos acontecimentos ali registrados que encontraremos o verdadeiro e único sentindo real do Natal – a história de Jesus Cristo.

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
Outro Blog
Historiologia Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/

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