segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Natividade: Jesus Bíblico X Jesus Gnóstico




Nunca se falou ou discutiu tanto a respeito de Jesus como nestes últimos anos.  As mais diversas opiniões têm sido dadas com respeito à sua vida. Não faltam aqueles que abertamente negam a sua existência histórica, mas quanto a estes não temos com que nos preocupar.
A preocupação esta naqueles que admitem sua existência e até mesmo exaltam suas qualidades – mas não se referem ao Jesus que emana dos textos evangélicos da bíblia – e sim a um Jesus que é extraído de centenas de textos fecundamente produzidos nos séculos II em diante, totalmente influenciado pelos conceitos gnósticos.
Atuais Best Sellers que ultrapassaram a tiragem de mais de 1 milhão de exemplares como “Código Da Vinci[1] são  sub produtos da cultura pós-moderna, que pretensiosamente afirmam estarem desvendando os mistérios e revelando o verdadeiro Jesus escondido pelos evangelistas bíblicos e posteriormente pela igreja cristã.
Pior do que as peças de ficção como o acima mencionado, é a literatura produzida por pseudos cristãos amargurados e frustrados como o livro “O Que Jesus disse? O que Jesus não disse?” de Bart Ehrman. Apesar de se identificar como sendo de origem evangélica tradicional, este autor esforça-se por todos os meios para revestir seu livro de uma veracidade que não resiste de forma alguma aos critérios básicos de uma exegese saudável e honesta.
Tanto Bart quanto Brown e seus companheiros e discípulos nada estão trazendo de novo sobre Jesus. Suas fontes de informação é uma vasta literatura que proliferou abundantemente nos primeiros séculos e que “hoje” estão sendo "descobertos" por estes escritores que se utilizando de forma criativa tem produzido suas histórias Hollywoodianas.
Desde o principio a questão de “quem era Jesus” permeou a mente e o coração das pessoas. Os três primeiros evangelistas registram um destes momentos (Mt 16; Mc 8; Lc 9). As duas perguntas básicas são: “Quem os outros dizem que eu (Jesus) sou?” e “Quem vocês dizem que eu sou?”. As respostas continuam sendo o divisor de águas entre os que creem e aqueles que não creem.
Para aqueles que não aceitam que Jesus é o único meio pelo qual o ser humano pode ser salvo, a resposta à pergunta acima não faz a mínima diferença.  Os escritores acima e milhares de outros estudiosos religiosos não acreditam que Jesus seja o salvador de alguém. No máximo foi um grande homem, um grande mestre, alguém que estava disposto a dar sua vida em favor do próximo numa busca utópica de uma sociedade mais justa e amorosa e pagou um alto preço - morrendo como um  mártir.
O Jesus que está registrado nos evangelhos bíblicos é amplamente rejeitado por eles pela simples razão de que reivindica a Divindade e se coloca como o único caminho de se ir a Deus e a única possibilidade de alguém alcançar a salvação eterna. Para estas pessoas e seus aficionados leitores tais reivindicações do Jesus bíblico são inadmissíveis. Suas mentes pós-modernistas não aceitam qualquer afirmação absoluta e inquestionável. Para tais pessoas a “” é um subproduto de suas próprias mentes e conjecturas, que pode ser facilmente mutável ao sabor das últimas novidades.
Quero concluir colocando outra questão, que creio ser fundamental nesta questão sobre a pessoa de Jesus: “Por que as pessoas ainda se fascinam por Jesus?" Já se passaram mais de dois mil anos. A ciência se multiplicou de forma assombrosa. A tecnologia estende seu domínio violentamente sobre cada pessoa deste mundo. Milhares de personagens surgiram, brilharam, e desapareceram. Mas Jesus continua sendo estudado, falado, comentado, desacreditado e o mais importante – CRIDO. Mudou e continua mudando a história de pessoas em todo o mundo, onde quer que o Evangelho chegue. A única resposta é porque Jesus é o que os evangelistas e toda a Bíblica diz que ele é – o Filho de Deus e o Salvador de todo aquele que crê.
Você e eu temos que escolher em qual Jesus haveremos de acreditar: no Jesus gnóstico dos escritores atuais ou no Jesus bíblico?
primeiro não pode salvar ninguém, pois não passa de uma ficção;
O segundo afirma ser o Deus que Salva todo aquele que nele crê.

É Natal – em que Jesus você crê?

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Outro Blog
Historiologia Protestante


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Outras Reflexões

Nota

[1] O autor Dan Brown afirma, por exemplo, que Jesus foi casado e que a ideia de sua divindade foi artificialmente construída pelo Imperador Constantino em 325 d.C. para legitimar o cristianismo tornando-o a religião oficial. Entretanto, quando o livro e suas pseudas informações são examinados pelo prisma da veracidade histórica e textual, sua “história” torna-se uma mera peça de ficção literária.

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