Abadom: No
Primeiro Testamento ocorre seis vezes sempre como um nome de local (lit. [lugar
de] destruição; perdição; inferno) relacionado com Seol (lugar dos mortos),
onde toda a vida, conforto, luz e alegria se extinguem (Jó 26.6; Sl 88.11; Pv
27.20). Apesar de a bondade e sabedoria de Deus não serem ali manifestada não
significa que Deus esteja ausente, pois nada está oculto de Seus olhos (Jó
26.6). No Segundo Testamento “Abadom”, que no grego recebe o nome de “Apoliom”,
aparece uma única vez (Ap. 9.11) e identifica não mais um lugar, mas um ser
maligno “o anjo do poço sem fundo; anjo do abismo”, que não deve ser confundido
com o próprio Satanás.
Abismo: “Ábyssos” é
usado na LXX para traduzir o hebraico “t e hom”
que é utilizado muitas vezes como sinônimo de inferno (hades, Sheol);
local de confinamento. No Segundo Testamento, ocorre apenas duas vezes
fora do Apocalipse (Lucas 8.31 e Romanos 10.7), na primeira dessas referências,
denota a morada dos maus espíritos; e na segunda, a morada dos mortos - isto é,
Hades. Quatro capítulos do Apocalipse fazem referência ao grande “abismo”
( 9.11; 11. 7; 17.8; 20.1, 3). Além disso, um desses capítulos se
refere a “o poço do abismo sem fundo” ( 9.1-2]). Aqui é um lugar onde
residem os espíritos maus, portanto, todas as entidades que entram ou saem
do abismo são espirituais. Mas Satanás não é soberano neste lugar, pois ao
final ele será amarrado e lançado nesse abismo de onde jamais sairá. É desse
abismo que os demônios saem para influenciar os seres humanos a se rebelarem
contra Cristo e sua Igreja. Ao final esse abismo será o lugar do grande
julgamento de toda a maldade quer dos demônios, quer seja daqueles que
permanecerem rebeldes contra o Cristo e seu Reino.
Abominável: refere-se
a todos os que são detestáveis, por causa de seus pecados; todos aqueles
cuja conduta é ofensiva para Deus. Assim, incluiria aqueles que vivem em
pecado aberto; que praticam vícios detestáveis; cuja conduta provoca
repugnância e aversão da parte de Deus (Ap. 21.8).
Abominações: Uma
coisa ou coisas abominadas ou detestadas. Em Ap 17. 4, 5, referem-se à
iniquidade resultante de toda luxuria e sensualidade mundana (carnaval
brasileiro). Em Ap 21.27 está associada à mentira e a todo desejo relacionado
ao mal. Toda religião esplêndida, lucrativa ou elegante acaba por desembocar no
rio das abominações, assimilando tudo aquilo que Deus proíbe e condena.
Acusador: Temos
aqui outra denominação dada à Satanás - "acusador dos irmãos". A
palavra usada aqui - κατήγορος katēgoros, em edições posteriores do Novo
Testamento κατήγωρ katēgōr - significa corretamente "um acusador",
aquele que culpa outro ou cobra outro por um crime (Ap. 12.10); a descrição de
Satanás como acusador concorda com a opinião dos antigos hebreus em relação ao
seu caráter (Jó 1.9-11; 2.4-5; Zc 3.1-2; 1Cr 21.1). A frase "dos
irmãos" refere-se aos cristãos, ou ao povo de Deus; seu propósito é
denegrir o caráter e diminuir a influência do testemunho cristão - assim, os
mártires foram e continuam acusados. Nos primeiros séculos do cristianismo, os
crimes da natureza mais horrível foram lançados aos cristãos e essas calúnias
tinham como objetivo impedir a extensão da igreja cristã.
Adultério: União
ilícita considerada censurável em termos sociais, religiosos, morais ou
legais. Conforme usado em Apocalipse 2.22 sob a influência da figura de
Jezabel muitos cristãos estavam abandonando a fé em Cristo, para se deitar na
cama da idolatria e da luxuria. Mas ela e todos que com ela adulteram haverão
de enfrentar o terrível juízo de Deus. A cama do pecado será seu leito de
doença e angústia.
Aflições/Adversidades: (Ap
6.12-13; 8.7-13; 16.1-16; cf. Sl 34.19; Is 30.20; 48.10; 1Pe 4.12-13; Mt
1.29,32-33). Mesmo após a conversão os cristãos continuam a sofrer as
consequências nefastas do pecado - como perseguição, feridas, doenças,
aflições, pragas, sol, calor, vento, sede e fome - devem ser interpretados
tanto como literais, bem como simbólicas [representativos de uma realidade
espiritual]. As tribulações, as aflições e as adversidades são para nos induzir
a nos lembrarmos de Deus e nos arrependermos (Ap 9. 20-21; 16.9,11);
aprendermos a paciência; sirvamos a outros que estão em maior necessidade do
que nós mesmos e colocarmos nossas vidas em ordem, definindo prioridades
adequadas. Somente nos Novos Céus e Nova Terra os cristãos estarão
completamente livres de todas estas aflições e adversidades.
Alfa e ômega: “O
primeiro e o último”; um dos nomes que Jesus recebe no Apocalipse e que indica
a natureza eterna de Sua vida, missão e destino (Apocalipse 1.8,11; 21.6;
22.13). Alfa é a primeira, Ômega a última letra do alfabeto grego e na
literatura bíblica o começo e o fim de uma coisa representa a totalidade, a
completude, portanto, Jesus Cristo é o Alfa e o Ômega, o começo e o fim; isto
é, nele tudo se inicia e somente nele tudo se conclui.
Altar: O
lugar do sacrifício não somente de animais, mas também para sacrificar grãos,
frutas, vinho e incenso. No Primeiro Testamento era o lugar e o meio pelo qual
o pecador poderia se relacionar corretamente com Deus, pois era impossível se
achegar a Deus a não ser por meio do altar. Na nova dispensação Cristo não
somente é o Sumo Sacerdote, que faz a intermediação, como o próprio altar do
sacrifício, pelos quais todos os cristãos em todas as épocas podem se
relacionar corretamente com Deus (Ap 6.9; 8.3-5; 9.13; 14.18; 16.7).
Amém: A
palavra "Amém" no hebraico ‘certamente’, vem de uma
raiz que significa ‘ser firme, estável, confiável’ e relaciona-se
diretamente à "verdade", "certo", "fiel". Em
Ap. 3.14 é utilizada como um nome pessoal, referindo-se ao Senhor Jesus e
significa que Jesus é eminentemente verdadeiro e fiel em tudo o que ele
afirma. Tanto suas promessas quanto seus juízos haverão de se realizar,
sem qualquer sombra de dúvida. No caso especifico é um alerta para as igrejas
mornas em todas as épocas. Em Isaías 65.16 a melhor tradução é o “Deus do
Amém”, em vez de “o Deus da verdade”.
Ametista: Pedra
preciosa de quartzo cristalizado que varia de cor azul pálida a profunda cor
púrpura; no Primeiro Testamento era símbolo do Sumo Sacerdote (Ex 28.19; 39.12)
e parte integrante no peitoral usado por ele durante as celebrações e ofícios;
no Apocalipse (21.20) é a décima segunda pedra incluída na fundação da muralha
da Nova Jerusalém.
Amilenismo –
interpreta o milênio de Ap 20 como o período de tempo entre a primeira e
segunda vinda de Cristo. Cristo reina no céu com todos aqueles que foram
regenerados e morreram.
Anjo: Literalmente,
um mensageiro para comunicar notícias ou informações; um espírito, ou um ser
espiritual inteligente à serviço de Deus para comunicar sua vontade ao ser
humano; em sentido negativo, um espírito maligno; como, o anjo do abismo
sem fundo (Ap. 9). Os "anjos" são mencionados quase trezentas
vezes nas Escrituras, e estão ausentes apenas dos livros de Rute, Neemias,
Ester, as cartas de João e Tiago.
Anticristo [falso
mestre; falso profeta]: “Anti” significa “contra” ou “no lugar de”,
portanto, o Anticristo pode se referir a qualquer pessoa que é contra Cristo ou
que falsamente afirma ser Cristo (Mt 24.23-24; 1 Jo 2.18; 4.3 ). O Anticristo
está relacionado ao governante mundial que se manifestará durante o período da
Tribulação. Ele é alguém que se opõe a Cristo e que procura usurpar o lugar de
Cristo como o falso Messias dos judeus (1 Jo 4.3; Ap 13.1-10). Quando
Jesus voltar, ele irá expor o Anticristo como um impostor, derrotá-lo na
batalha do Armagedom, e reinar com sua Igreja por mil anos [tempo completo] na
terra.
Antipas:
A ideia de que o nome seja (Anti Papa) não se sustenta gramaticalmente. Todas
as circunstâncias levam a supor que este líder da igreja de Pérgamo foi
martirizado em um surto popular, e não em uma perseguição exercida sob a
autoridade do Império Romano, muito recorrente em diversas cidades, pois os
cristãos eram acusados de toda sorte de malefícios e catástrofes naturais que
sobrevinham, pois não adoravam os deuses. O diácono Estêvão (Atos 7) foi morto
pelos judeus e o apóstolo Paulo foi apedrejado por uma multidão na cidade de
Listra até que se supusesse que ele estava morto (Atos 14.19).
Apocalipse: Um
termo às vezes usado para se referir tanto ao livro como ao conteúdo do último
livro do Segundo Testamento e que encerra o cânon bíblico, já que a palavra
“revelação” vem do grego “apokalupsis”.
Apocalíptica –
gênero literário com ênfase em eventos globais e cataclísmicos. Essa literatura
proliferou no período 200 a.C. e 200 d.C. Há claras distinções entre elas e o
livro do Apocalipse.
Apoliom [Abadom]: É
o equivalente grego de Abadom hebraico (o anjo do abismo). O escritor
evangélico John Bunyan utiliza está figura em sua obra alegórica “Progresso do
Peregrino”, quando Apoliom tenta matar o Peregrino, mas perde a batalha e foge
(capto. 9).
Apostasia [dissensão] a
apostasia é um sinal escatológico do dia iminente do Senhor, precursor do
último dia de julgamento (Apocalipse 2.2-5; 2.14-16,20-22;
3.1-2,14-19). A apostasia é caracterizada pela divisão, espírito de rebelião
contra o Espírito do Senhor, corrupção e falta de unidade dentro da comunidade
cristã; Satanás procura introduzir pessoas que possam produzir apostasia ou
dissensões na igreja gerando conflitos internos, disputas, desentendimentos,
mágoas e divisões. A apostasia nos últimos dias assumirá as seguintes formas:
1) O ensino de falsas doutrinas; ênfase nas tradições que não se relacionam com
a salvação evangélica; o materialismo e hedonismo caracterizado pela busca
constante de riqueza, sucesso, poder e influência; 2) nesses últimos dias o
padrão para se receber aprovação serão humanistas e não bíblicos; 3) aceitação
de professores e líderes cuja referência não é somente a Palavra de Deus; 4) um
evangelicalismo complacente e apático; 5) o esfriamento do amor e comportamento
caridoso, expresso na negligência e indiferença para com os pobres, os
inválidos, os órfãos, as viúvas e os estrangeiros.
Apóstolos: Enviado,
embaixador ou mensageiro encarregado para cumprir as instruções do agente de
comissionamento. O substantivo apóstolos aparece setenta e
nove vezes no Segundo Testamento (dez nos Evangelhos, vinte e oito em atos,
trinta e oito nas epístolas e duas no Apocalipse). Na igreja
de Éfeso surgiram pessoas que se autodenominavam apóstolos, e tentaram
impor seus erros aos outros sob pretexto desta falsa autoridade
apostólica, mas depois de examinados foram reprovados (Ap. 2.2). Em
Apocalipse 21.14 os nomes dos apóstolos foram registrados no muro da nova
Jerusalém, como memorial de seu trabalho missionário e pastoral, mas também
como um representativo de todos os cristãos. Podemos destacar que Pedro não é a
única pedra apostólica cuja pregação Cristo edifica sua Igreja. O próprio
Cristo é o verdadeiro fundamento: os doze são fundamentos apenas em relação ao
seu testemunho apostólico sobre Ele.
Arca da Aliança: Também
conhecida como Arca do Testemunho ou Arca do Testamento (Ap 11.19). Desde sua
origem no Êxodo sempre foi o marco da presença de Deus no meio de seu povo e a
memória de sua Aliança com suas implicações de bênçãos e maldições. Na epístola
aos Hebreus, principalmente nos capítulos nove e dez, o autor explica à luz do
sacrifício de Jesus Cristo o simbolismo de cada peça contida no Tabernáculo,
incluindo a Arca. Se no Primeiro Testamento a Arca era um símbolo da Aliança de
Israel com Deus, aqui ela é a representação da Aliança de Deus com todos os
povos e nações, pois o Evangelho será pregado no mundo
inteiro.
Armagedom: Monte
de Megido [uma cidade na planície de Jezreel a cerca de 20 milhas do Monte
Carmelo e 16 milhas de Nazaré]. Aparece apenas uma vez no Apocalipse
(16.16). A derrota e a morte do rei Josias ocorreram perto do vale de
Megido quando ele atacou o faraó Neco do Egito, embora o profeta Jeremias o
avisasse para não fazê-lo. Desta forma aquela região do Armagedom passou a
simbolizar o desastre e a destruição que vem do julgamento de Deus pela
desobediência. (2Rs 23.29-30, 2Cr 35.22) Na transposição para o
livro do Apocalipse é a descrição do lugar em que ocorrerão as últimas grandes
batalhas que resultarão na destruição final dos incrédulos e desobedientes e na
inauguração do Novo Céu e a Nova Terra (Ap 16.16; cf. Jl 3.14; Zc 14.1-2).
Arrebatamento –
evento que compõe a segunda vinda de Cristo onde os crentes se encontrarão com
Ele nos ares.
Ásia Menor: A
localização geográfica onde estão inseridas as sete igrejas que recebem as
correspondências enviadas pelo próprio Jesus Cristo. Constitui-se também no
pano de fundo dos acontecimentos narrados no livro e o representativo de todas
as igrejas em todos os lugares e tempo, até o retorno glorioso de Cristo. A
Ilha de Patmos na qual João está exilado e onde escreve o Apocalipse está nessa
região.
Água da Vida: A
água viva é a vida eterna em Cristo (21.6, 22.1, 17). Nenhuma promessa deve
falhar: os necessitados e sedentos sempre serão convidados a virem a Ele, pois
sempre haverão de encontrar novas fontes de vida nele. (Cf. Is 55.1, Jo
4.10-14; 7.37-38). A benção é prometida livremente, como um presente sem
garantia, sem dinheiro e sem preço. Consolação refrescante, que satisfará todos
os anseios e as expectativas mais exaltadas dos cristãos; felicidade que sempre
fluirá para eles, como a água de uma fonte perene. Este é a essência das boas
novas de Deus – essa água viva é gratuita para todos os que têm sede de salvação
e justiça (22.17).
Árvore da Vida:
Os redimidos agora viverão para sempre em um corpo glorificado (2.7, 22.14,
22.19). O Rio e Árvore têm o mesmo epíteto, e trazem o mesmo presente para
os cidadãos da Nova Jerusalém. Todas as bênçãos que Jesus dá são
sintetizadas na literatura joanina, como vida. A única vida verdadeira é
viver como servos redimidos de Deus, e a vida é nossa aqui e agora, se somos
dele. Essa é uma referência muito significativa, pois nos arremete novamente ao
Jardim do Éden, onde o pecado lançou fora o primeiro casal e produziu a morte;
mas em Jesus Cristo somos novamente inseridos nesse Jardim, pois ele é o
restaurador de todas as bênçãos perdidas. Cristo traz de volta o Éden e retira
a espada flamejante; e, em vez do querubim que impede que se coma do fruto da
Árvore da Vida, agora temos o convite gracioso de Jesus: "Venham! Comam; e
vivam para sempre".
Babilônia [a
grande Babilônia]. No livro do Apocalipse a “Babilônia” é o símbolo de toda
corrupção e imoralidade. Ela é descrita em sua grandeza (16.19; 17.18;
18.2; 18.10; 18.16; 18.18-19; 18.21) e seu "domínio sobre os reis da
terra" (17.18), mas seu objetivo é perverter todo o mundo e as nações
(17.15; cf. 17.1; 14. 8; 17. 2; 18. 3; cf. 18.23). Além disso, Babilônia
tem uma relação especial com a besta (17.3), de modo que o as atividades
malignas da cidade prostituta é o mesmo da besta (17.7). A primeira referência
a ela é um juízo de destruição definitiva (14.8); ela atrai como um para raio o
juízo de Deus (16.17-21; especialmente v. 19). Ela não somente é a fonte das abominações
na terra (17.5), como se constitui na grande responsável pelo martírio dos
cristãos (17.6; 18.24). A ironia apocalíptica é que a Babilônia vai ser
destruída pelo seu próprio aliado a Besta (17.16-17) é resultante do decreto de
Deus (17.17) e definitiva (18.9-19), pois no não há lugar para ela na Nova
Criação que Jesus Cristo está estabelecendo. “Babilônia era a grande inimiga
de Israel nos tempos do Antigo Testamento (Isaías 21: 9; Jeremias 50: 2; 51: 8)
e aqui está a capital da civilização apostata final, o símbolo da sociedade
humana organizada politicamente, economicamente e religiosamente em oposição e
desafio a Deus” (LADD, 2008, p. 194).
Balaão (Doutrina de): O
profeta pagão chamado Balaão, da região da Mesopotâmia, foi contratado pelos
inimigos do povo de Israel para amaldiçoa-los, mas Deus reverteu o resultado
final. Todavia, Balaão orientou a Balaque, rei dos moabitas que o havia
contratado, como induzir os israelitas a pecarem para que perdessem o favor de
Deus (Nm 31.16; Dt 23.4; cf. 2Pe 2.15; Jd 1.11). A "doutrina de
Balaão" (Ap 2.14) implica em todo e qualquer utilização da mensagem
evangélica para beneficio próprio e toda falsa pregação que incentiva a
libertinagem hedonista. Os cristãos da cidade de Pérgamo foram repreendidos
pelo próprio Cristo, através de João, por aderirem a essa doutrina perniciosa.
[Nestes últimos tempos tem predominado no evangelicalismo brasileiro está forma
espúria e condenável de pregação].
Babilônia: Uma cidade célebre situada
no Eufrates, cujo fundamento original é descrito sob a palavra Babel – a origem
da confusão de línguas e divisão de nações. Sob Nabucodonosor, Babilônia
atingiu o ápice de sua grandeza e esplendor, em consequência da opulência e do
luxo dos habitantes, a corrupção e a licenciosidade dos costumes e da moral
foram levados a um extremo assustador. Seu próprio nome passou a simbolizar
tudo o que é materialista, mundano, mau e perverso. Durante os dias do apóstolo
João, Roma simbolizou a Babilônia. No entanto, ao longo do tempo, Babilônia tornou-se
um nome simbólico aplicado a qualquer poder, império ou "grande cidade,
que reina sobre os reis da terra" (Ap 17.18). Babilônia representa
adoração falsa, ideologias espúrias, religião corrupta e estilos de vida
imorais. As cabeças e chifres da “Besta” simbolizam os governos mundanos,
reinos, poderes, povos e governantes do mundo que abraçaram o materialismo e o
modo de vida babilônico. Ela é chamada de “mãe das prostituições e
abominações”, “mãe das abominações” e “a prostituta que está assentada sobre
muitas águas” (Ap 17.1, 5, 12), e “o nome da blasfêmia” (Ap 13.1; 17.3). O
termo “Babilônia” também pode ser uma designação usada para representar o
mundanismo, o materialismo, o hedonismo e a maldade em geral. As
características da Babilônia identificadas no livro do Apocalipse incluem o
seguinte. Babilônia derrama o sangue dos santos e dos profetas (Ap 16.6; 17.6;
18.24); é conhecida por seu prazer de extrema riqueza e luxo extravagante (Ap
17.41; 18.3,11-16); é caracterizada por imoralidade sexual e apetites
indulgentes (Ap 17.1-2,5); tem domínio sobre todas as nações (Ap 17.15,18;
18.3, 23-24); seu destino deve ser a destruição juntamente com os reis que, por
causa de seus enganos, farão guerra ao Cordeiro e aos santos. “Então um anjo
poderoso levantou uma pedra de forma semelhante à duma pedra de moinho, jogou-a
no oceano e bradou. Babilônia, aquela grande cidade, será atirada fora, como eu
atirei esta pedra, e desaparecerá para sempre. Nunca mais haverá ali o som da
música - não haverá mais pianos, nem saxofones, nem trombetas. Nenhuma
indústria de espécie alguma jamais existirá novamente lá, e não mais se moerá
grão. Escuras, bem escuras serão as noites dela; nem uma única lâmpada numa
janela jamais se verá outra vez. Não mais os sinos alegres de casamento, nem
vozes felizes de noivos e noivas. Seus negociantes eram conhecidos ao redor do
mundo e ela enganava todas as nações com as suas feitiçarias. E ela foi também
responsável pelo sangue de todos os profetas e santos martirizados" (Ap
18.21-24; cf. 17.14-16).
Balança (na mão): Instrumento
usado para pesagem (Ap 6.5-6); dois pratos suspensos em cordas presas a um raio
de equilíbrio, cujo feixe é suspenso por um cordão no centro, suspenso por um
anel ou gancho, mas também eram mantidos pela mão [o símbolo atual da justiça].
Ela é carregada pelo terceiro cavaleiro do Apocalipse e é uma representação
figurativa das provações e tribulações do ser humano. Assegura que a equidade
prevalecerá em todos os negócios entre Deus e a humanidade; DEUS sabe o quão pesado
é cada fardo e cada sofrimento, por esta razão, Ele sabe o quanto seus servos
podem suportar. Enquanto a balança de Deus é justa, a balança humana é
corrupta, pois seus juízes aceitam subornos e são influenciados pelas
circunstâncias. O grande conforto do cristão é que ele será pesado pela balança
de Deus e não dos homens.
Besta: Uma
combinação de poder civil e religioso. Em Daniel, as feras representavam os
quatro impérios universais. A palavra grega traduzida por “besta” em
Apocalipse é “therion”. Essa palavra denota um animal -
especialmente um animal selvagem - e, por extensão, um ser totalmente
selvagem. O escritor usa therion em seu sentido natural
uma única vez (6.8), mas os outros 30 o termo é usado em seu sentido figurado,
referindo-se a um agente utilizado por Satanás para se opor a Deus, ao Cordeiro
e aos santos. A maioria das ocorrências de therion é
encontrada nos capítulos 13 e 17, onde temos a descrição de “uma besta saindo
do mar” (13.1) [mar é um símbolo do abismo (11: 7)], “outra besta saindo da
terra” (13.11) e “uma besta escarlate” [. . .] tinha sete cabeças e
dez chifres ”(17.3). Pelo menos uma delas (13.11-18), é aparentemente o
mesmo que o falso profeta (comp. 13.11-14; 19.20).Em contraste com a Besta
surge a figura do Cordeiro (Ap 5.6). Em algum momento surge a figura de um
Cordeiro deformado, pois “falava como dragão”, simbolizando os falsos profetas
e anticristos, ou seja, uma pessoa, poder ou influência que defende e propaga o
mal, ainda que transvestido de cristianismo (Ap. 13.11).
Bem-Aventuranças [Bênçãos]: O
Senhor Jesus pronuncia várias bênçãos sobre os justos que ouvem e atendem a
revelação dada por meio de Seu servo João. Essas bênçãos são geralmente
referidas como bem-aventuranças. No transcorrer do livro há uma série de bem-aventuranças,
e por serem sete significa que se trata de uma alegria (bênção) perfeita e/ou
completa (1.3 [x2]; 14.13 [x2]; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7,14). Cada uma delas
segue uma fórmula consistente que insta o leitor/ouvinte a ler/ouvir, entender
e fazer aquilo que é pronunciado neste livro de profecia. Todos os cristãos que
ouvem e obedecem a Palavra de Deus podem esperar as seguintes bênçãos que João
menciona: eles participarão da “árvore da vida ... no paraíso de Deus e
herdarão a vida eterna” (Apocalipse 2. 7; 22 . 2,14); ao morrerem neste mundo
“descansarão de seus labores; e as suas obras os seguem ”(Ap 14.13); eles não
sofrerão a “segunda morte [ou espiritual]”; eles se tornarão “sacerdotes de
Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos” (Ap 2.11; 20.6; 20.14; 21.8; cf.
Sl 116.15); receberão “maná escondido” [o Pão da Vida (João 6.51), um
“novo nome” e uma “pedra branca” que é uma referência à aceitação e aprovação
de Deus; eles receberão a "estrela da manhã" (Ap 2.28); reinarão com
Deus “sobre muitos reinos” e serão feitos “reis e sacerdotes” (Ap 1.5-6; 2.26;
5.9-10; 22.3); seu nome não será removido do Livro da Vida, e Cristo
“confessará seus nomes” perante o Pai e os anjos do céu e os vestirá em “vestes
brancas” ou, em outras palavras, em glória celestial; eles serão convidados a
“andar com Cristo” e serão bem-vindos à “ceia das bodas do cordeiro” (Ap 2.17;
3.2,5; 6.11; 7.14; 19.8-9,14; 21.27; cf. Mt 10.32-33; 2Tm. 2.12); eles viverão
na Nova Jerusalém (Ap 3.12); compartilharão os tronos reais com o Pai e Jesus
Cristo e se sentarão no meio deles (Ap 3.21; 4.2; 6.16; cf. Rm 8.17-18); eles
herdarão tudo o que Deus tem, e eles se tornarão filhos e filhas de Cristo e
Ele os aceitará como Seus "chamados, escolhidos e fiéis" (Ap 17.14;
21.7; cf. At 17.29; Rm 8.16-17; Gl 4.7; Hb 12.9).
Berilo: uma
joia transparente de uma cor verde azulada, donde é chamado pelos lapidários,
agua marina. A primeira da quarta fileira de pedras preciosas no peitoral do
sumo sacerdote (Ex 28.20; 39.13); é a oitava pedra usada na fundação do muro da
Nova Jerusalém (Ap 21.20).
Blasfêmia: O
nome dado a Besta que surge do mar ((Ap 13.1; 17.3). Este nome se encaixa
porque é o objetivo da besta suplantar o único e verdadeiro Deus (Ap 2.9;
13.5-6; 16.9, 11, 21). Blasfemar é depreciar ou profanar o nome de Deus [usar o
nome de Deus para explorar os neófitos]; alegar ser Deus ou fingir possuir
atributos e poderes divinos.
Dia do Senhor –
evento que compõe a segunda vinda de Cristo como um todo para a consumação de
todas as coisas. O julgamento e a destruição dos inimigos de Deus são
características marcantes desse dia (interpretação amilenista).
Escatologia –
literalmente o “estudo das últimas coisas”. O termo abarca questões relativas a
vida após a morte, bem como os eventos relativos ao fim dos tempos.
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
me.ivanguedes@gmail.com
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ALEXANDER H. E. Apocalipse. São Paulo. Ed.
Ação Bíblica do Brasil, 1987.
ASHCRAFT,
Morris. Comentário Bíblico Broadman, v.12, ed. JUERP, 3ª ed.,
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