“Não
é este o filho do carpinteiro?” (Mt 13.55)
“Não é este o carpinteiro?” (Mc 6.3)
"E, carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Lugar da Caveira, que em hebraico é Gólgota, onde o crucificaram..." (João 19.17,18)
"levando ele
mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro" (1 Pe 2.24)
Após
um período de tempo exercendo seu ministério na região da Judeia, Jesus retornado
à cidade onde havia crescido – Nazaré da Galileia. Entrando na Sinagoga começou
a ensinar com uma autoridade e conhecimento inigualável, de maneira que
produziu inicialmente uma admiração muito grande. Seus milagres corroboravam a
autoridade com que ensinava a Torah.
Mas
rapidamente a admiração transforma-se em inveja e rancor preconceituoso. Um
murmúrio começou a percorrer o ambiente: “como
é possível isto”, ele não passa de filho de um carpinteiro, e nós conhecemos
sua mãe e irmãos e irmãs, pois a muitos anos moram aqui. De onde vem sua
autoridade? Quem foram seus mestres para que ensine as Escrituras desta maneira
tão maravilhosa? Como diria o caipira brasileiro: “tem caroço nesse angu”. A tensão vai aumentando e Jesus percebe que
vai haver tumulto e violência, então fala para eles: "Um profeta é prestigiado em toda parte, menos na sua própria terra, e
entre seu próprio povo!" E se retira da cidade. O evangelista faz um
adendo ao registro evangélico: “E por
isso Jesus só fez ali uns poucos grandes milagres, por causa da falta de fé que
eles tinham”.
“Não é este o
filho do carpinteiro?”
O Filho
de Deus veio à terra na plenitude dos tempos e se revestiu da plenitude de
nossa humanidade. Ele não cresceu no palácio real e nem mesmo no templo e
nem mesmo na capital Jerusalém, mas na casa de um humilde carpinteiro em uma
obscura cidade Nazaré, localizada na região da Galileia desprezada pela elite
politica, econômica e religiosa da Judeia.
É
identificado imediatamente pelos moradores de Nazaré como " o filho do carpinteiro ". Sendo
Ele aqueles que pelo poder de Sua palavra trouxe a à existência todas as
coisas, livre e voluntariamente cresce aprendendo com José o oficio de
carpintaria, o qual até completar seus trinta anos exerceu esse oficio. O Rei
dos reis e Senhor dos senhores se submeteu ao trabalho braçal de um carpinteiro
na casa para auxiliar no sustento de sua mãe e irmãos. Quanta humildade!
Sendo
carpinteiro o Senhor Jesus lidava diariamente com toda sorte de madeira. É
possível imaginarmos que enquanto prepara as madeiras para as mais diversas
construções Jesus parou e pensou naquele dia em que Ele haveria de carregar um
madeiro pesado em seus próprios ombros em direção ao Gólgota. Ali pendurado na
cruz, Ele seria escarnecido e ridicularizado por Suas criaturas? E que
naquela cruz nas três horas de escuridão Ele sentiria todo o terrível peso do
pecado humano – meu e seu.
O Seu
oficio de carpinteiro era um lembrete diário da razão pela qual esvaziou-se de
toda Sua glória e se fez carne e habitou entre nós. Em sua última viagem para
Jerusalém, saindo da Galileia, Jesus por três momentos avisa seus discípulos do
que haveria de acontecer com Ele quando lá chegassem, e repreende Pedro
duramente quando esse tenta desvia-lo do Calvário cruento – “arreda-te Satanás, pois não cogitas das
coisas de Deus (Pai), mas dos homens”.
Mas sereno e resolutamente não diminui o ritmo
de sua derradeira viagem, permitindo apenas uma única pausa para refrigério na
pequena vila de Betânia, no aconchego dos amados amigos Lazaro, Marta e Maria. Ali
em sua última semana Jesus será ungido com o perfume derramado sobre ele, como
preparação para enfrentar toda sorte de humilhação, dor e sofrimento que
poderia ser infligido a uma pessoa. Sim,
Ele poderia ter voltado para o céu a qualquer momento, mas Ele veio ao mundo
para fazer a vontade Daquele que O enviou e para realizar Sua obra (João 4.34).
Quando
finalmente chegou o momento em que Ele deveria sofrer e morrer na Cruz, lemos
as palavras indescritíveis: "E
carregando a Sua Cruz [madeiro], ele saiu para o lugar chamado lugar da
Caveira, que em hebraico é Gólgota, onde eles o crucificaram [pregaram no
madeiro]”. Ele, que havia trabalhado diariamente com madeira por muitos
anos, carregou sua própria cruz de madeira, percorrendo o longo e terrível caminho
até o local onde foi crucificado. Mas isso não é tudo: ali na cruz,
por mais de três horas de escuridão, Jesus também carregou nossos pecados em
seu corpo naquele madeiro. Ao fazer isso, Cristo resolveu definitivamente o problema que eu e você
jamais poderíamos resolver – a questão dos nossos pecados. Cristo naquele madeiro morreu a nossa morte,
para pudéssemos receber a Sua vida. Portanto,
a Jesus Cristo seja todo louvor e adoração hoje e por todos os séculos. Amém e
Amém!
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