terça-feira, 1 de outubro de 2019

Salmos Imprecatórios: O Justo Juiz (Salmo 7)



            Os salmos classificados como imprecatórios é um subgrupo dos salmos de lamento.[1] Nesse caso particular o lamento é individual, ou seja, o salmista se coloca na presença de Deus em favor de sua própria vida.
            O salmo expressa inicialmente a oração de alguém que foi traído e perseguido, então o salmista faz uma declaração confiante de fé no Deus que é o Juiz de toda a terra e lhe será por defesa diante do mal que quer destruir sua vida e ele conclui sua oração com um voto de louvor.
            Alguns comentaristas encontram vestígios de um contexto histórico quando Saul esta determinado a matar Davi e o persegue sistematicamente (1 Samuel 24-26). O termo inicial “Shiggaion” parece ser a identificação melodiosa do cântico, mas não há um consenso entre os comentaristas e mesmo os interpretes judeus.[2] O título faz referência a Cush[3] mas não contém uma especificação de quem seja esse personagem, entretanto, o epiteto “benjamita” pode indicar um parente ou servo de Saul e, portanto, um inimigo de Davi; Cush espalhou fake news inflamando as pessoas contra Davi (muito semelhante ao que fará Absalão posteriormente)[4]. A expressão (Selah, v.5) indica que esse salmo era utilizado, em tempo posterior, na liturgia do culto realizado no templo.
Esboço
Apelando Para Que Deus Manifeste Sua Justiça
Clamor por Refúgio e Declaração de Inocência, v.1-5
Petição de Vindicação Pessoal, v.6-9a
Petição de Vindicação Pública, v.9b-16
Voto de louvor, 7.17
Clamor por Refúgio e Declaração de Inocência, v.1-5
            Desde as primeiras linhas o salmista refere-se a muitos inimigos que em suas mentes corruptas maquinam continuamente como destruir sua vida. Essas pessoas incitam e manipulam as informações de maneira que as pessoas são direcionadas contra o salmista, mesmo ele sendo inocente dos fatos divulgados.
            Ó Yahweh, meu Deus, em ti confio (tenho confiado): Davi confia continuamente somente nos recursos advindos da parte de seu Deus. Em todos os momentos em que a vida dele é afligida de forma violenta pelas adversidades, o salmista recorre Àquele que lhe pode dar esperança. “A porta da oração está fechada, a menos que ela seja aberta com a chave da confiança” (Calvino). O salmista não ora a um “deus desconhecido”, mas ao “meu Deus” o que indica um conhecimento não apenas “de ouvir falar”, teológico (intelectual), mas acima de tudo um conhecimento experimental-vivencial (Sl 23 – O Senhor é o meu Pastor e de nada terei falta). O seu Deus é nada menos do que Yahweh, o Deus da Aliança.
            Seus inimigos são comparados a um leão (cf. 10.9; 17.12; 22.13, 16, 21; cf. Pedro o diabo é como um leão querendo nos destroçar) uma besta fera violenta e que representa a ferocidade que se esconde no interior das pessoas de má índole e cuja violência mortífera se revela em sua conduta; não tem como o salmista enfrentar tais inimigos sem a força que vem de seu Deus. Foi nessa convicção que o jovem Davi, que havia enfrentado um leão e vencido, se voluntariou para enfrentar o temível gigante filisteu, que escarnecia e desafiava o povo de Deus, e o venceu com uma única pedra lançada de sua funda – em o Nome do Senhor dos Exércitos!
            No verso três o salmista utiliza-se da imprecação – se de fato ele tem feito as coisas de que tem sido acusado (se fiz isso), que Deus permita que seus inimigos o humilhe e destrua (cf. Jó capto 31). Deus é um justo juiz e não aceita menos do que a equidade como medida. As fake news haviam sido espalhadas por todo o reino de Israel de maneira que diante da opinião pública o salmista já está condenado, mas o salmista apela para o tribunal superior – que Deus o julgue e se acha-lo culpado que seus inimigos não apenas o matem, mas que seu nome seja jogado na lama imunda, que seu nome ou memória sofra escarnio público. Mas a consciência do salmista está tranquila, pois tem plena convicção de que são falsas as acusações que seus inimigos têm espalhado. A fé do salmista na justiça perfeita de Deus se fundamenta no fato de que vive de forma integra diante dele; um cristão que dá ouvidos ao conselho de criminoso, que anda no caminho de pecadores e que se assenta confortavelmente à mesa de escarnecedores e cínicos, jamais pode apelar para o tribunal do Deus justo e reto.
Petição de Vindicação Pessoal, v.6-9a
Levanta-te, Yahweh, em teu furor;
 ergue-te contra a as violências de meus adversários;
            desperta para mim o julgamento que ordenaste.
Yahweh, juiz dos povos.
julga-me, Yahweh, segundo minha justiça, segundo a minha integridade.
            O salmista contrapõe o juízo de Deus em oposição à fúria assassina de seus inimigos e assim devemos fazer em relação àqueles que querem destruir nossa vida (valores familiares, morais e espirituais). É preciso deixar claro que o nosso Deus é zeloso e poderoso muito mais do que os inimigos que se utilizam de suas posições de poderes para infligir o mal sobre a nossa vida e/ou sociedade em que estamos inseridos (vivendo).
            Mas em nenhum momento o salmista se coloca como juiz sobre seus inimigos. Apesar da urgência e do risco que ele corre, submete-se plenamente à vontade de Deus (João 5.15). Quem vai julgar a causa e emitir a sentença é unicamente Deus – que sonda os corações e perscruta as intenções mais ocultas da alma humana (mais do que qualquer hacker pode fazer).
“Davi, portanto, a fim de orar corretamente, repousa na palavra e na promessa de Deus; e a sequencia de seu exercício é esta: Senhor, não guiado por ambição, nem por uma paixão violenta e inconsequente, nem por um impulso depravado, inconsideradamente a pedir-te o que seja para a satisfação de minha natureza carnal, e, sim, que a clara luz de tua Palavra me dirija, e que dela eu dependa com toda a segurança” (CALVINO, 1999, p. 142-143).
            Jamais podemos ir além desses limites se desejamos a companhia de Deus e sua defesa e preservação do mal. Na perspectiva bíblica jamais os meios justificam fins, mas os meios justos alcançam os fins justos.
            A declaração do salmista deixa claro sua percepção de quem Deus é: O Senhor é juiz dos povos. Na verdade tudo e todas as coisas dependem daquilo que Deus é – se a visão que a pessoa tem de Deus é esquizofrênica, sua vida será uma esquizofrenia absoluta. O evangelicalismo brasileiro é apenas um reflexo da sua visão distorcida de Deus; as instâncias de poder no Brasil expressam sua disfunção e imbecilidade sobre quem Deus é. Aqui o salmista extrapola o horizonte geográfico israelita: o juiz, a quem o salmista apela, é o juiz supremo e universal; dois atributos correlativos, pois somente o supremo pode ser universal (Gn 18.25). O verbo no futuro (julgará) revela uma ação contínua – Deus esta continuamente julgando as nações, os governos, as sociedades. Toda violência praticada contra o povo de Deus em todos os lugares do globo terrestre será vindicada pela justiça divina. Na maioria das vezes achamos que estamos esquecidos e que o mal prevalecerá, mas assim como é impossível que Deus negue a Si mesmo, Sua justiça será manifestada em toda sua extensão e poder – sobre toda a terra – isto inclui o Brasil, os poderes constituídos e a sociedade brasileira. O que sucede com respeito aos juízes deste mundo jamais sucederá com respeito a Deus; ele não corrompe e nem se deixar corromper no que tange aplicação da justiça e do juízo; ele não utiliza dois pesos e duas medidas; Ele julga igualmente grandes e pequenos na mesma balança e utiliza o mesmo peso de equidade.
Petição de Vindicação Pública, v.9b-16
Julga-me, Yahweh, conforme a minha justiça,
            e segundo a minha integridade.
            Por esta razão o salmista coloca como argumento de defesa a sua justiça e integridade; ele se distinguiu dos hipócritas que fazem da justiça (muitas vezes em nome de Deus) a camuflagem para alcançarem seus objetivos mesquinhos e fraudulentos. Deus jamais fica ao lado de criminosos, pecadores e escarnecedores – pois estes no final perecerão. Aqui o salmista refere-se ao seu caráter, ao seu compromisso com os valores e preceitos da Palavra de Deus (única regra de fé e prática), assim como Jó se defende das acusações de seus amigos. O apóstolo Pedro declara em alto e bom som de que o juízo de Deus começara pela casa de Deus: “Pois chegou a hora de começar o julgamento pela casa de Deus; e, se começa primeiro conosco, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?”.
Põe fim à maldade dos ímpios
            e confirma o justo,
pois tu sondas os corações e os rins
            Deus (Elohims) justo!
            O salmista esta sendo afligido por um tempo longo, não é uma questão momentânea, mas uma maldade persistente. Podemos amenizar (politicamente correto) a intenção do salmista de que Deus faça cessar a malícia de seus inimigos e deste modo interrompa as aflições infringidas à sua vida. Mas os termos hebraicos oferecem uma dimensão mais contundente (gamar destruir ou consumir). Desta forma a ideia é que o mal ou malícia dos seus inimigos caiam sobre suas próprias cabeças – que a perversidade dos perversos os consuma.
            A ideia de uma ação mais contundente de Deus sobre a malignidade dos inimigos fica mais conciliadora com a sentença imediata – e confirma o justo. O justo e/ou a justiça não podem ser estabelecidos enquanto o mal prevalece. Somente Deus tem poder para erradicar o mal ou torna-lo nulo, e tem feito e continuará fazendo, e estabelecer os justos que estão continuamente sendo oprimidos, de maneira que será evidente para todos que Deus os guarda e sustenta pelo Seu poder.
            Por isso o salmista reivindica pela terceira vez o fato de que sua consciência está tranquila em relação às falsas acusações que lhe tem sido continuamente infligidas. Aqui ele se abre totalmente, desnuda-se diante do Deus que “sonda os corações”, que enxerga nitidamente as mais profundas e intimas motivações das ações do salmista, bem como das ações de seus inimigos. De todas as pessoas que viviam na Palestina judaica nos dias de Jesus, nenhum recebeu as palavras mais contundentes de Jesus dos que os fariseus e escribas – raça de víboras, túmulos caiados – e nenhum o perseguiu mais tenazmente do que essas pessoas. A razão do ódio delas e das lideranças do templo é que Jesus expunha à luz do dia as entranhas malignas de seu interior, a suas verdadeiras naturezas. Nada ofende e atrai mais a ira dos hipócritas do que a exposição de suas intenções malignas. Calvino concluiu seu comentário sobre esse verso: “diante do tribunal de Deus, a pergunta não será: ‘Quais foram vossos títulos?’, ou: ‘Qual foi o esplendor de vossas ações?’, e, sim: ‘Qual foi a proporção da pureza de vossos corações?’” (1999, 147).
Deus justo! Toda a confiança e esperança do salmista estão fundamentadas no Deus que perscruta com sua justiça as mentes e os corações. Deus sabe discernir o joio do trigo, os justos dos ímpios – jamais pode ser iludido ou enganado. Ainda que muitos digam que Deus não se importe, a realidade bíblica é que não se passa um único dia sem que Deus faça clara distinção entre os justos e os perversos. Não se pode confundir a longanimidade de Deus com conivência, o que a maioria faz. Elas imaginam que estarão um dia diante de um Deus de grande amor, misericórdia e bondade (o velhinho bonachão do natal); mas ignoram (propositalmente) que estarão diante de um Deus que é perfeitamente justo e que não pode ignorar o pecado em qualquer uma de suas múltiplas formas e nomenclaturas criativas: liberdade de expressão, arte, moda, transgênerotransexual, politicamente correto, inclusão, tolerância, pós-modernismo, etc.
Se o homem não se arrepende [converte],
Deus afia a sua espada, arma o seu arco e o aponta,
E já para ele preparou armas mortais;
e porá em ação as suas setas inflamadas contra os perseguidores.
A cena dos versos 12 e 13 são um alerta! Deus está afiando sua espada e seu arco já está armado e pronto. A grande tragédia dos ímpios está justamente no fato de que eles pensam e agem como se Deus não fizesse conta de suas ações malignas – mas o dia do juízo os apanhara de surpresa e seu desespero será grande, pois no tribunal de Deus não há habeas corpus e a sentença é eterna. O juízo é certo, tanto quanto o sol nasce todos os dias, mas o ser humano em sua estultícia desperdiça seu tempo precioso, escorado em sua falsa esperança, sem tomar conhecimento de que cada transgressão o leva para mais perto da espada afiada da justiça de Deus. A única forma de escape é que se arrependam dos seus maus caminhos, de suas intenções malignas e destrutivas. Mas aqueles descritos pelo evangelista João – que rejeitam a luz e permanecem escondidos nas trevas, para que suas obras más não sejam manifestas – sentirão o peso da espada afiada e das flechas incendiárias do juízo de Deus, pois o caminho dos ímpios perecerá. No caso de Davi ele não temia apenas o arco de Saul, mas de uma turba que se associaram com ele para destruir a vida dele. O mal nunca anda sozinho!
Ei-lo gerando a iniquidade:
            concebe a maldade e dá à luz a mentira.
Ele cava e aprofunda uma cova,
            mas cai na cova que fez.
Sua maldade se volta contra ele,
            sobre o crânio lhe cai a própria violência.
            Nesses versos 14-16 o salmista descreve a vida do ímpio. Ele projeta e desenvolve um plano maligno, preparado em seus mínimos detalhes, mas no final, a forca com que pretendia matar o justo, torna-se a sua própria sentença de morte. Ele ainda nem acabou de parir a maldade e já está prenhe da mentira. As armadilhas feitas nas sombras para matar suas presas, acabaram por serem suas próprias sepulturas. A maldade produzida em suas mentes e corações produzira uma metástase que por fim destruirá suas próprias vidas. Eles mesmos acabam sofrendo a violência que desejavam cometer contra outras pessoas. Deus haverá de frustrar as expectativas dos perversos e destruir todos os seus planos peçonhentos.
            Aqui temos uma verdade absoluta do ensino bíblico: por mais criativos e inteligentes em elaborar suas astúcias e por quantos meios tenham disponível para engendrar malefícios, eles já perderam. Pois Deus em sua perfeita providência faz com que o mal intentado contra o justo se volte contra a própria cabeça do inimigo. Não há necessidade de armarmos armadilhas para os ímpios, pois eles mesmos armam armadilhas para si mesmo – um abismo chama outro abismo. Calvino (1999, p. 153) conclui desta forma:
Portanto, assim que virmos os ímpios tramando secretamente [nos corredores do Congresso, nas salas fechadas do STF] nossa ruína, lembremos de que eles falam falsamente a si próprios; em outras palavras, enganam a si próprios, e não conseguirão executar o que desejam em seu coração [tremendamente corrupto e corruptor].
Voto de louvor, 7.17
Louvarei a Yahweh pela sua justiça,
            E cantarei louvores ao nome do Altíssimo.
            Davi tem tanta convicção na justiça de Deus em seu favor que ele faz um voto de celebrar a justiça de Deus através de cânticos de louvores engradecendo o nome do Senhor. Desde sempre o salmista tem experimentado da fidelidade de Deus, pela qual Ele manifesta sua bondade e graça, livrando e preservando sua vida, bem como de seu povo. Deus não nos deixa reféns das mentes malignas, mas sempre haverá de nos defender de toda violência injusta e nos haverá de livrar da opressão do mal e há de nos manter salvos, mesmo quando os perversos se levantem contra nós e nos venham a perseguir.
            "Altíssimo" é um título raramente encontrado fora dos Salmos, usado pela primeira vez no relato do encontro de Melquisedeque e Abrão (Gênesis 14.18-22). O salmista utiliza-se desse título para anunciar o poder e o governo de Deus sobre todas as nações (47.2; 78.35). O apóstolo Paulo assim também compreendia dessa forma quando escreve aos crentes filipenses (2.10-11) “Para que em o nome de Jesus todo joelho se dobre, no céu, e na terra, e debaixo da terra; e que toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai". Todos não apenas louvarão o nome de Jesus, que está acima de todos os nomes, mas todos se curvarão diante Dele.

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
me.ivanguedes@gmail.com
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Historiologia Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/


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Referências Bibliográficas
CALVINO, João. O livro dos Salmos. V. 1. Tradução Valter Graciano Martins. São Paulo: Edições Paracletos, 1999.
CHOURAQUI, André. A Bíblia – Louvores I (Salmos). Tradução Paulo Neves. Rio de Janeiro: Imago Ed., 1998. [Coleção Bereshit].
DAVIDSON, F. (Editor). O Novo Comentário da Bíblia. V. 2. Editado em português Russell P. Shedd. São Paulo: Vida Nova, 1954. 2ª ed.
DAY, John N. The Imprecatory Psalms and Christian Ethics. Bibliotheca Sacra 159 (Apr-Jun 2002): 166-86.
KIDNER, Derek. Salmos 1-72 – introdução e comentário. Tradução Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1980.
KRAUS, Hans-Juachin. Los Salmos - 1-59, v. 1. Salamanca (España): Ediciones Sígueme, 1993.
LOCKYER, Herbert. Psalms: A Devotional Commentary. Grand Rapids: Kregel, 1993.
LUC, Alex T. "Interpreting the Curses in the Psalms," JETS 42 (1999): 395-96.
HARMAN, Allan M.  Comentários do Antigo Testamento - Salmos. Tradução Valter Graciano Martins. São Paulo: Cultura Cristã, 2011.
PURKISER, W. T. O livro de Salmos. Tradução Valdemar Kroker e Haroldo Janzen. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. [Comentário Bíblico Beacon, v. 3].
SCHOKEL, Luís Alonso. Salmos I: salmos 1-72. Tradução, João Rezende Gosta; revisão H. Dalbosco e M. Nascimento. São Paulo: Paulus, 1996. [Coleção grande comentário bíblico].


[1] Dentro de um mínimo denominador comum podemos classificar como imprecatórios os salmos aqui mencionados: 7, 35, 55, 58, 59, 69 79, 83, 109 e 137, pois é possível encontrar neles as características próprias da imprecação.
[2] A concordância de Strong diz que a palavra Shiggaion “denota um poema lírico composto sob forte emoção mental; uma canção de imaginação apaixonada acompanhada de música adequada”. Aparece somenta mais uma vez em Habacuque 3.1.
[3] Cuchita cf. 2Sm 18.21-mensageiro que trouxe a noticia da morte de Absalão.
[4] Há uma situação análoga em 1 Reis 8.31-34, onde uma pessoa que está sendo acusada, embora reivindique inocência, vai orar no templo clamando pelo veredicto de Deus.

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