Vivemos
dias complicados e repleto de incertezas. Ricos e pobres, homens e mulheres, velhos
e jovens todos e cada um enfrenta sua porção de incertezas na vida. Quando
lemos os Salmos contidos na Bíblia veremos que os salmistas eram muitas vezes
tomados pelas aflições da vida e vivenciavam graus de incertezas e que muitas
vezes se transformavam em em angústias profundas.
Mas o Senhor Jesus já alertava sobre
isso: não vivam ansiosos, basta cada dia seus problemas e lutas. Se ele tivesse
dito somente “não vivam ansiosos”, ficaríamos em uma situação muito difícil,
pois somos ansiosos por natureza (é uma das consequências universais do
afastamento (queda) do ser humano de Deus).
Mas Jesus completa – “basta a cada dia
os seus malefícios -, ou seja, vamos viver um dia de cada vez, em linguagem bem
popular – “vamos matar um leão a cada dia”. Os problemas de hoje, devemos enfrentar
hoje, mas os problemas de amanhã (mesmo que sejam os mesmos) vamos enfrentá-los
amanhã.
Quando o povo de Israel teve que viver
por 40 anos no deserto, Deus lhes dava o alimento (Maná) para cada dia (com exceção
da sexta, por causa do sábado); na oração modelo que Jesus deu aos discípulos (a
pedido deles) oramos: “o pão nosso nos de cada dia nos dá hoje”. Deus nos dá um
exemplo pessoal de se viver um dia de cada vez – ao final de cada dia Ele
contemplava o que fora criado – “e viu Deus que o que fizera naquele dia era
bom”.
Portanto, o que realmente importa é o que
fazemos com essa ansiedade e como administrá-la de forma que ela não se torne
patológico e roube nossa paz e sobriedade espiritual.
Emoções 1
Samuel 18.6-9; 1 Samuel 1.10; 1 Reis 19.2-4; Mateus 6.25-34
Ao nos criar Deus nos deu a capacidade de
sentirmos emoções (imagine a vida sem elas). Em um mesmo dia podemos sentir
diversas emoções: alegria, felicidade, paz, gentileza e bondade. Outras vezes,
expressamos nossas emoções com crueldade, sarcasmo, severidade e de forma
ofensiva. À medida que embarcamos na montanha russa cotidiana as emoções vão se
manifestando de forma positiva ou negativa. Essas emoções nos foram dadas como
presentes, mas o pecado realmente trouxe danos terríveis, e quando deixamos que
determinados sentimentos dominem a nossa mente (coração) elas podem tornar-se
danosas e até mortal, para nós e para os outros (principalmente para quem convive
continuamente conosco). Um filme “Dia de Fúria” mostra um homem que é tomado
por uma fúria tão grande que ele começa a agir violentamente as pessoas que ele
vai encontrando pelo seu caminho, por motivos banais. Portanto, quando falamos
de emoções não estamos tratando de algo simplório, mas de forças que podem tomar
proporções incontroláveis e danosas. O ódio é uma das emoções mais destrutivas
e mortais. Jesus nunca odiou nem mesmo seus inimigos, pois se tivesse odiado
por apenas alguns segundos (tendo Ele todo o poder no céu e na Terra), seus
adversários seriam simplesmente aniquilados. Mas, ao contrário, Jesus os amou e
disponibilizou a cada um deles, de Herodes ao mais simplório da multidão, o seu
perdão.
Ansiedade
Provérbios 12.25
Certamente a ansiedade é uma pandemia
permanente que diariamente contamina milhões ou bilhões de pessoas e afetam as múltiplas
áreas da existência humana: emprego, saúde, finanças, família, estudo,
relacionamentos pessoais e interpessoais. E um dos agentes virais da ansiedade
é sem dúvida, como vimos acima, as incertezas da vida. Não temos certeza do que
está acontecendo hoje, do que possa acontecer amanhã e nem mesmo qual será o
impacto que o que fizemos ou deixamos de fazer no passado pode nos afetar no
presente.
Nos dicionários podemos encontrar
diversas definições sobre ansiedade, como sendo um estado de agitação,
inquietação ou ansiedade mental, angustia (sempre presente em enfermidades
prologadas ou confinamentos pandêmicos). Mas um fator básico do estado de
ansiedade é a sensação de que não estamos no controle da nossa própria vida.
Hoje estamos vendo a multiplicação do que tem sido chamado de “mal súbito). No
grego usado nos textos do nosso Novo Testamento ansiedade vem a ser: distração,
agitação ou inquietação, que é o contrário da paz e que produz um estresse desestabilizador
em nós.
Espero ter ao menos chamado sua
atenção para essa questão da ansiedade e do quanto ela pode vir a se tornar
perigosa e até destrutiva, pois ela afeta a mente e o corpo, e no caso do
crente afeta certamente sua espiritualidade.
Portanto precisamos urgentemente, como
fez o apostolo Paulo, aprendermos a lidarmos com todos os aspectos relacionados
à ansiedade, já que ela é um fator preponderante na qualidade de nossa vida em
suas diversas esferas.
Utilização
livre desde que citando a fonteGuedes,
Ivan PereiraMestre
em Ciências da Religião.Universidade
Presbiteriana Mackenzieivanpgds@gmail.comOutro
BlogReflexão
Bíblicahttp://reflexaobiblica.spaceblog.com.br/
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